Nota do blog: O último dia 3 de dezembro marcou os 90 anos do natalício do Presidente Gonzalo, Chefatura do Partido Comunista do Peru – PCP e da Revolução Peruana, que dirigiu a Fração Vermelha para retomar o caminho de Mariátegui e reconstituir o Partido, iniciou e desenvolveu a Guerra Popular no Peru e, neste processo, integrando a verdade universal do marxismo-leninismo-maoismo com a prática concreta da Revolução Peruana, plasmou o pensamento-guia desta, o pensamento gonzalo, bem como brindou a ideologia científica do proletariado internacional com aportes de validez universal, dentre as quais a própria definição do maoismo como nova, terceira e superior etapa do marxismo. O marxismo é hoje, portanto, necessariamente, marxismo-leninismo-maoismo, principalmente maoismo, aportes de validez universal do Presidente Gonzalo.
Intrépido comunista, persistiu inquebrantável até seu último suspiro, quando assassinado nas masmorras do velho Estado latifundiário-burocrático peruano em 11 de setembro de 2021, após 29 anos enclausurado pela reação. Mesmo com o recodo após sua captura em 1992, a patranha das “Cartas de Paz” e todo o sinistro papel da Linha Oportunista de Direita revisionista e capitulacionista (LOD r e c), os comunistas peruanos hoje levam a cabo a tarefa de Reorganização Geral do Partido, em meio à incessante Guerra Popular, desfraldando, defendendo e aplicando o todo-poderoso pensamento gonzalo, fazendo tremer as classes dominantes reacionárias peruanas, o revisionismo, o imperialismo e toda a reação mundial.
Em comemoração desta célebre data, publicamos tradução não oficial de um importante documento partidário do PCP, “Conclusões do Processo da Luta Armada”, datado de março de 1984, que consiste em um balanço dos primeiros quatro anos de Guerra Popular, particularmente no que diz respeito à aplicação da Linha Militar, centro da Linha Política Geral. O documento é precedido de uma apresentação do Movimento Popular Peru (MPP), organismo gerado do PCP para o trabalho no exterior, que celebra também o Dia do Exército Popular de Libertação (EPL). A tradução foi baseada na versão disponibilizada pelo MPP, cotejada com outros arquivos digitalizados disponíveis na internet.1
VIVA OS 90 ANOS DO NATALÍCIO DO PRESIDENTE GONZALO!
VIVA OS APORTES DE VALIDEZ UNIVERSAL DO PRESIDENTE GONZALO!
HONRA E GLÓRIA AO PRESIDENTE GONZALO!
O PRESIDENTE GONZALO É IMORTAL E VIVE EM SEU TODO-PODEROSO PENSAMENTO GONZALO!
Equipe Editorial
Servir ao Povo
Proletários de todos os países, uni-vos!
EM CELEBRAÇÃO DO NATALÍCIO DO PRESIDENTE GONZALO E DO DIA DO EPL
03 de dezembro de 2024
O Presidente, aplicando criadoramente o marxismo-leninismo-maoismo às condições concretas da realidade peruana, gerou o pensamento gonzalo, dotando assim o Partido e a Revolução de uma arma indispensável que é garantia de triunfo.
O pensamento gonzalo foi forjado ao longo de anos de intensa, tenaz e incessante luta por desfraldar, defender e aplicar o marxismo-leninismo-maoismo, por retomar o caminho de Mariátegui e desenvolvê-lo, por reconstituir o Partido e, principalmente, por iniciar, manter e desenvolver a guerra popular no Peru servindo a revolução mundial e a que o marxismo-leninismo-maoismo, principalmente maoismo, seja na teoria e na prática o seu único mando e guia. Sobre esse pensamento que sustenta-se a Linha Política Geral e seus 5 elementos com a Linha Militar ao centro.
Foi o processo da guerra popular que impulsionou o pensamento gonzalo, que o levou a materializar-se como pensamento gonzalo. Foi primeiro especificado como pensamento-guia, depois como pensamento-guia do Presidente Gonzalo e, mais tarde, como pensamento gonzalo. Pensamento-guia, II Conferência Nacional, quando o Partido se prepara para gerar vazio no campo e criar Novo Poder, essa foi a base histórica concreta. O referente ao pensamento-guia do Presidente Gonzalo, I Sessão Plenária do Comitê Central da III Conferência, em que se acordou o Grande Salto dentro do plano Conquistar Bases, na guerra popular.
No I Congresso do PCP (1988), sobre a Linha Militar, se estabeleceu:
Desfraldando, defendendo e aplicando o marxismo-leninismo-maoismo, principalmente o maoismo, o Presidente Gonzalo estabeleceu a linha miliar do Partido. Na I Conferência Nacional Ampliada de novembro de 1979, esta foi acordada como o centro da linha política geral e está sendo desenvolvida ao longo da guerra popular.
O Presidente Gonzalo persistentemente integrou a verdade universal do marxismo-leninismo-maoismo com a prática concreta da revolução peruana, combatendo e aplastando o revisionismo e as linhas oportunistas de direita; aplicando o materialismo dialético à questão da guerra, por isso a linha militar expressa também o pensamento filosófico do Presidente Gonzalo e resume as leis da guerra, da guerra revolucionária em geral e as leis específicas da guerra revolucionária no Peru. A linha militar é vital para nosso trabalho ideológico, político, militar, econômico e cultural, e permite-nos diferenciar a linha militar proletária da linha militar burguesa.
A linha militar são as leis que regem a guerra popular pela conquista do Poder e sua defesa. É constituída por três elementos: 1) Guerra Popular, que em nosso caso se especifica como guerra popular unitária, campo principal, cidade complemento; 2) Construção das forças armadas revolucionárias, o que em nosso caso se especifica como Exército Guerrilheiro Popular, cuja particularidade é a incorporação da milícia para avançar rumo ao mar armado de massas; e 3) Estratégia e tática que se plasmam através de campanhas de cerco e aniquilamento e contracampanhas de cerco de aniquilamento, o que em nosso caso se especifica aplicando planos políticos e militares que têm estratégia política e estratégia militar, concretizadas em campanhas com conteúdos específicos.
[…] O Presidente Mao estabeleceu o caminho de cercar as cidades pelo campo e sua medula as Bases de Apoio, tendo em conta que os poderosos imperialistas e seus aliados reacionários chineses se encontravam entrincheirados nas principais cidades e que se a revolução se negava a capitular e queria perseverar na luta teria que converter as atrasadas regiões rurais em avançadas e sólidas Bases de Apoio, em grandes baluartes militares, políticos, econômicos e culturais da revolução desde onde lutar contra o feroz inimigo, que atacava as zonas rurais utilizando as cidades, e levar passo a passo a revolução à vitória completa através de uma guerra prolongada.
Com base nesta tese maoista, o Presidente Gonzalo estabeleceu levar adiante uma guerra popular unitária donde o campo é o teatro principal das ações armadas, pois, em nosso país temos uma imensa maioria de massas camponesas e aí devem se construir as Bases de Apoio, já que, como disse o Presidente Mao: “Está pois evidente que a luta revolucionária prolongada assente nas bases de apoio revolucionárias há de consistir principalmente numa guerra de guerrilhas camponesa dirigida pelo Partido Comunista. É por consequência errado ignorar a necessidade de utilização das regiões rurais como bases de apoio revolucionárias, descuidar o trabalho tenaz entre os camponeses e descurar a guerra de guerrilhas”.2 Mas, além disso, o Presidente Gonzalo especifica que devem ser realizadas ações armadas nas cidades como complemento.
[…] Nós militantes do Partido Comunista do Peru assumimos cabal e completamente a linha militar do Partido, estabelecida pelo Presidente Gonzalo que, baseando-se no mais alto cume gerado pelo proletariado internacional, o marxismo-leninismo-maoismo, especificou nossa linha militar com o pensamento gonzalo, dotando-nos de uma arma invencível, a guerra popular unitária, campo principal e cidade complemento, que levamos adiante como principal forma de luta, sendo uma tocha acesa diante do mundo proclamando a validez universal do sempre vivo marxismo-leninismo-maoismo.
Para esta nova celebração do nascimento de nosso Chefe, o Presidente Gonzalo, e do dia do Exército Popular de Libertação (EPL), nada melhor do que publicar o documento CONCLUSÕES DO PROCESSO DA LUTA ARMADA, do Partido Comunista do Peru, cuja importância e oportunidade para sua publicação serão compreendidas a partir de seu estudo.
O documento trata dos quatro anos de revolução armada, das quatro conquistas da luta armada e do processo de desenvolver a guerra popular. O Comitê Central aprovou este documento que contém o processo da luta armada e as conclusões, assim como os princípios a sujeitarem-se todos os membros do Partido. O Partido, a este respeito, estabeleceu:
Devemos sujeitar-nos a três pontos fundamentais:
a) Um só pensamento, o Pensamento-Guia.
b) Uma só Linha.
c) Uma só Direção.
Veem-se os quatro anos da guerra popular e parte do pano de fundo, desde a Constituição.3
– O Partido para tomar o Poder.
– O abandono do caminho.4
– A Reconstituição e a Fração.
– O pensamento-guia e o Partido Revolucionário de Novo Tipo.
– Passamos a dirigir a Luta Armada.
Em quatro anos de luta armada, quatro marcos foram alcançados.
I Marco. IX Sessão Plenária, de definição, se decide o ILA [Início da Luta Armada].
II Marco. Preparação: I Conferência Nacional, Militarização do Partido, Plano Militar Estratégico, Construção dos Três Instrumentos, Desenvolvimento da Luta Armada, Forjar a Primeira Companhia, dá-se a Primeira EEM [Escola Militar] do Partido, declaração da guerra e II Pleno do Comitê Central.
III Marco. Início: Em 17 de maio se inicia a Luta Armada com a ação de Chuschi (em fins de maio se define o início do Plano; 93 ações durante aquele ano, começamos com ações modestas, mas iniciamos uma guerra camponesa; 15 mil ações até hoje). Em nossa Pátria abriu-se o III Momento da SPC [Sociedade Peruana Contemporânea], após maio de 1980 até dezembro. ILA e iniciamos a Guerra de Guerrilhas. Iniciamos uma guerra camponesa, principalmente guerrilheira.
IV Marco. Desenvolvimento da Guerra de Guerrilhas, é o período mais longo; dali se prepara o equilíbrio estratégico e a ofensiva final; adentramos nesse longo período e começamos abrindo Zonas Guerrilheiras; em cinco meses abrimos várias Zonas, logramos oito Zonas Guerrilheiras e cinco Zonas de Operações até maio de 1981; aí começamos a desfraldar a Guerra de Guerrilhas até fins de 1982, foram dois anos e cumprimos o desdobramento em partes: obtendo armas e meios, remexendo o campo com ações armadas e Batir II,5 com isso abrimos as Zonas Guerrilheiras; aí entraram as Forças Armadas, a reação fez operações policiais em janeiro de 1981, em intervalos fragmentados; fez outra depois da ação de Tambo, logo depois da ação do CRAS (Prisão) [Centro de Reabilitação e Adaptação Social] de Ayacucho. Assim, em setembro de 1981, no V Pleno se analisou o que fazer caso o exército entrasse. Entramos então no Grande Salto de Conquistar Bases de Apoio, em que se definem a estratégia político-militar e as quatro tarefas da Guerra Popular. Já cumprimos uma especificamente com DDC-1 e depois com DDC-2 em sua Primeira Onda. Vemos que DDC (Defender, Desenvolver e Construir) é politicamente principal e permanente em toda a estratégia de CBA-Estratégia Política [Conquistar Bases de Apoio]. Este ano cumprimos com enfrentar o exército e construir.
Logramos 15 mil ações e mais de 7 mil no último ano. Nossas ações armadas se multiplicaram. Nossa Revolução se elevará cada vez mais.
Após esta apresentação comemorativa colocamos à disposição o documento acima mencionado.
VIVA O PRESIDENTE GONZALO E SEU TODO-PODEROSO PENSAMENTO GONZALO!
VIVA A LINHA MILITAR DO PARTIDO!
A GUERRA POPULAR É INVENCÍVEL!
Movimento Popular Peru
Dezembro de 2024
Proletários de todos os países, uni-vos!
CONCLUSÕES DO PROCESSO DA LUTA ARMADA
Março de 1984
INTRODUÇÃO
Empenhamo-nos em resolver o problema da guerra. O problema do Poder, do Poder revolucionário, não qualquer Poder, mas o do proletariado, classe da qual somos vanguarda, em cuja ideologia nos sustentamos, classe à qual servimos e serviremos.
A GUERRA POPULAR NO PERU
Esta guerra revolucionária pela qual corre abundantemente o sangue do povo e dos comunistas, esta guerra popular nada mais é do que uma parte, um pedaço da Revolução Mundial (RM), pois como nos ensinou Marx, nós combatemos em diversas partes da Terra e o faremos dentro e em função da RM.
Essas são as nossas orientações e continuarão a sê-lo, ressaltamos o vínculo indesligável com a RM porque as circunstâncias históricas, a concatenação dos fatos que é a própria história, pôs sobre os nossos ombros, os comunistas do Peru, desfraldando, defendendo e aplicando o maoismo, combater na linha de frente como parte avançada desse glorioso processo revolucionário que o proletariado dirige.
Os próprios fatos têm determinado a que nossa revolução seja um exemplo, uma tocha, uma grande fogueira que está mostrando à face da Terra o poder de nossa invencível ideologia: o marxismo-leninismo-maoismo, principalmente o maoismo (o PCUS e o PCCh cumpriram tarefa infinitamente maior: foram centro e base da RM), isso para melhor compreendermos a nossa maior e mais alta responsabilidade.
Não estamos apenas mudando a nossa pátria, mas somos esperança real coalhada da invencibilidade da ideologia do proletariado. Duas razões que devemos levar em consideração:
1. Somos os verdadeiros transformadores da nossa pátria.
2. Somos brigada de choque da RM.
Muito importante:
– Sobre a cota: “O selo de compromisso com a nossa revolução, com a RM, com esse sangue do povo que corre em nosso país destruindo o velho e construindo o novo”.
A cota é uma pequena parte da revolução peruana e da RM, é a nossa revolução, a maior parte é causada pela reação e a menor parte por nós. Eles formam rios, nós apenas molhamos lenços de papel.
A III Campanha é um êxito completo, desta forma o que acordamos se converteu em fato estremecedor que remexe profundamente as bases do Estado reacionário do Peru e, por sua vez, sua repercussão em outras terras é cada vez maior e crescente, principal, superou a inflexão e é superior à II Campanha.
– Sobre o otimismo histórico (ver IISP [II Sessão Plenária])
O nosso ponto de partida deve endossar o otimismo histórico que, como Partido do proletariado, devemos sempre expressar, porque ser criadores da nova ordem é a liberdade nascente que temos plasmado destruindo o velho através de milhares de ações novamente concretas em quase toda a nossa pátria, em feitos que têm golpeado duramente a reação, que têm feito tremer particularmente este governo mais explorador e mais genocida, governo mais demagógico que com a ação armada estamos demonstrando tal qual é.
Nós comunistas não cremos na ditadura reacionária, cremos apenas na ditadura do proletariado criada e sustentada pelas armas e dirigida pelo PCP.
Nossas previsões estão se cumprindo (ver IIISP [III Sessão Plenária]) e sucesso para a III Campanha, III Campanha parte do PC de GS [Plano de Grande Salto]6 dentro do grande PE de CB [Plano Estratégico de Conquistar Bases].
COMITÊ POPULAR PRINCIPAL, CONQUISTA DA III CAMPANHA
PRESIDENTE MAO. “O Poder nasce do fuzil”. “Tudo sai da boca dos canhões”.
Partimos de uma só base ideológica, que é o otimismo histórico, que ao mesmo tempo é concretizado, plasmado, convertido em fato, desenvolvido como ação transformadora que vai demolindo mais e mais a velha ordem e gerando a nova ordem, o Novo Poder guiado pelo Partido, em representação do proletariado e ligado ao campesinato pobre e à pequena-burguesia; em síntese, uma ditadura conjunta com as demais classes que unem-se pelo mesmo fim. Não se trata de otimismo histórico em abstrato, mas sim de fato concretizado com as nossas mãos, principalmente com nossa concepção, o marxismo-leninismo-maoismo, principalmente o maoismo, e guiados pelo pensamento gonzalo que é aplicação dessa verdade universal à condição específica da nossa realidade, desta nossa pátria que é o Peru.
Um dos objetivos é unirmo-nos fortalecendo o otimismo histórico, potenciando o otimismo como arma transformadora de classe, otimismo marxista-leninista-maoista, pensamento gonzalo. Estamos levando aditante a mais profunda remoção (como dizem alguns reacionários, remoções profundas que não se viam desde os tempos do vice-rei Toledo, há 400 anos). Precisamos partir desse otimismo histórico concretizado, plasmado, reverberando pelo mundo, longe de nós toda debilidade; otimismo histórico com a nossa ardente crescente, batida que ressoa em todo o mundo.
PROBLEMA DO TRABALHO DE MASSAS
É um problema difícil e complexo, fácil de entender e difícil de aplicar.
Marx: “As massas fazem a história”, o Partido as dirige, mais não pode fazer, as massas devem ser movidas para varrer a velha ordem e não barganhar que se restrinja a opressão, para romper o ciclo vicioso de exploração.
Marx: Sindicato fácil na luta econômica, errado na luta política.
Em mais de 90 anos de movimentos geraram-se critérios de oportunismo, revisionismo, do trabalho de massas. No entanto, porque desenvolvemos a Guerra Popular, devemos abrir caminho resolutamente em direção ao proletariado, em direção à classe operária, porque é nossa classe, ampliar a IM (incorporação de massas) com camponeses, principalmente o campesinato pobre, abrimos passo à pequena-burguesia, particularmente a intelectualidade. Presidente Mao: “Sem intelectuais não há revolução”.
Lenin disse: “O trabalho de massas é constante, a violência é exercida quando corresponde”, mas deve-se ver o contexto, fazem mais de 60 anos, Lenin não viveu a OERM (Ofensiva Estratégica da Revolução Mundial), mas é o iniciador dos novos tempos e advertia que o velho mundo afundaria nas mais diversas guerras; vivemos no período de 50 a 100 anos, do qual fala o Presidente Mao. O problema da guerra está mais na ordem do dia e nos anos vindouros estará cada vez mais.
O Presidente Mao, este poderoso proletário, deu-nos as leis da Guerra Popular, o que não é só aporte individual, mas condensação marxista-leninista.
Nossa modesta experiência, que tampouco é individual e que está nas entranhas do pós-guerra, II Guerra Mundial, nos leva à Guerra Campo-Cidade, Tática única marxista.
Diferenciar a mata superficial das massas profundas que emergem do fundo, despedaçando tudo o que se opõe.
Nossa experiência planteia-nos questões, nisso estamos avançando, não se resolverão da noite para o dia, requererão enormes esforços, o novo nasce em meio às dificuldades e não nasce completo e perfeito, que podemos tatear às cegas, não há que se lamentar, mas sim analisar os problemas. Aplicar soluções e logo ver como a realidade, a vida, os nega ou os afirma, os corrige ou os elimina.
Planteamos a necessidade de uma investigação do trabalho de massas do Partido na Guerra Popular.
Estamos avançando ante um problema complexo, que é decisivo, nunca se poderá organizar todo o proletariado sob o capitalismo, mas temos que nos abrir ao proletariado para conquistá-lo pela mente, pela ação a uma parte; se não desenvolvermos o trabalho camponês, se não nos abrirmos à pequena-burguesia, à intelectualidade, ainda mais agora que há tanta demagogia, não poderemos desenvolver a Guerra Popular.
Em síntese: o trabalho partidário, as III e IV Campanhas, têm avançado e se desenvolvido e nos planteiam um problema de como evoluir e desenvolver a vida partidária na Guerra Popular, temos tarefa de RGP [Reorganização Geral do Partido], estamos em consolidação IPO [ideológico-político-orgânica]. Plantearmos o trabalho de massas no Partido deverá potenciar a Guerra Popular.
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Grande passo além da incorporação no MRI [Movimento Revolucionário Internacionalista], porque nos reincorporamos mais diretamente ao MCI [Movimento Comunista Internacional], o problema é marxismo-leninismo-pensamento maotsetung ou marxismo-leninismo-maoismo. O PCI [Partido Comunista da Índia] propõe uma campanha de apoio à Guerra Popular do PCP e propõe que se edite através do MRI documentos do PCP durante a luta armada. O MRI propõe estudar documentos do PCP durante a Reconstituição e a JMG [Junta Militar de Governo],7 o PCP propõe que se debata e estude o documento do PCP sobre os 5 anos de Guerra Popular. Saímos ganhando, isso é benéfico.
Problema, isso não é verdade, tudo tem seu processo, nossa Guerra Popular tem muito prestígio. No mundo os revisionistas espalham que para manter a revolução devem estar ligados ao “Socialismo” (da URSS), nós estamos demonstrando que isso é falso (porque temos autossuficiência e autodeterminação), estamos demonstrando que há a necessidade de desenvolver um pensamento próprio, os fatos mostram que há a necessidade de aplicar o marxismo-leninismo-maoismo e gerar um pensamento próprio, um pensamento-guia que é aplicação da concepção universal à própria realidade. A história demonstra que sempre há se gerado pensamento-guia, embora não como desenvolvimento universal como marxismo-leninismo-maoismo.
Os problemas são ideológicos e políticos e traduzem-se em problemas de direção, temos vivido um pouco disso.
– Importância de ter uma única linha correta e pensamento-guia que devemos cuidar como a menina dos nossos olhos.
– Ressonância de que nossa revolução tem melhor compreensão nos países atrasados e nos países atrasados outras questões são colocadas. Mas ali também há povo e há combatentes, o que abre caminho para que nossa ideologia, que é o marxismo-leninismo-maoismo, seja o eixo de todos os comunistas da Terra.
Sentir o internacionalismo de países tão distantes, internacionalismo que se estende desde a Ásia, passando pela Europa, até os Estados Unidos.
Nenhuma revolução se desenvolve sem o internacionalismo proletário, que não é um problema de solidariedade, é ser parte de uma unidade, uma classe, o proletariado, uma ideologia, o marxismo, que é um só processo desenvolvendo-se em grandes lutas. No plano internacional, temos avançado, é o rugir dos canhões que faz os surdos ouvirem e os cegos verem.
Reconhecimento ao PCI, ao MRI e aos que sustentam a campanha. A conquista mais importante é a III Campanha,8 não menosprezamos o logro da vida interna tampouco o aporte internacional, dizemos que se trata completamente de ação armada.
CONCLUSÕES DO PROCESSO DA LUTA ARMADA
I. CONCEPÇÃO
I Marco. Defesa do marxismo-leninismo-pensamento maotsetung.
II Marco. Desfraldar, defender e aplicar o marxismo-leninismo-pensamento maotsetung.
III Marco. Maoismo. Marxismo-leninismo-maoismo. Marxismo-leninismo-maoismo, pensamento-guia.
– O marxismo-leninismo-maoismo, principalmente o maoismo, está encarnado no Partido. Se está aplicando e desenvolvendo o marxismo-leninismo-maoismo, concretizando o pensamento-guia do Partido, concepção que guia a revolução peruana.
– Necessidade de fortalecer mais a entronização do pensamento-guia. Documento sobre pensamento-guia.
II. POLÍTICA
I Marco. Definição de iniciar a luta armada.
II Marco. Estabelecimento da Linha Política Geral e da Linha Militar como centro.
III Marco. III Momento e desenvolver a militarização do Partido através de ações.
IV Marco. Crise geral do capitalismo burocrático, o caminho democrático começa a elevar-se em luta armada, desenvolvendo a guerra de guerrilhas e conquistando Bases de Apoio. Contradição principal: Novo Estado x Velho Estado.
– A Linha Política Geral e a Linha Militar como centro se desenvolvem no III Momento da sociedade peruana em meio à crise geral do capitalismo burocrático, iniciando e desenvolvendo a guerra de guerrilhas e conquistando Bases de Apoio.
– Combater a evitação da Linha Política Geral e da Linha Militar como centro, que nega as condições objetivas e subjetivas para desenvolver a luta armada e levar a cabo a tarefa central da revolução, que é a conquista do Poder estruturando Bases de Apoio.
III. POLÍTICA AGRÁRIA
I Marco. Lição da luta camponesa: Sem luta armada dirigida pelo Partido, a ação leva à evolução dentro de leis agrárias.
II Marco. Tática agrária: Combater a evolução da feudalidade visando a propriedade associativa e conjurando a não associativa, neutralizar o campesinato médio e apoiar-se no campesinato pobre, invasões.
III Marco. Luta de classes no campo: Relação problema camponês – problema da terra – luta armada – Poder, tudo sob a direção do Partido. Colheitas, invasões.
IV Marco.
• Tática agrária na luta armada: Terra para quem nela trabalha mediante confisco, limpando terrenos e estabelecendo Bases de Apoio com luta armada.
• Arrasamento: Destruir relações feudais para desarticular o processo produtivo, colheitas, invasões com ações principalmente guerrilheiras.
• Polarização: Problema de política, campesinato revolucionário e campesinato conservador, plantios coletivos.
– Em todo o processo da luta armada aplicou-se pôr o trabalho camponês como base e o trabalho militar como guia, aplicou-se a política agrária, a tática e a linha de classes na guerra agrária. Colheita, invasão e plantio coletivo. Destruir as relações semifeudais aplicando os arrasamentos, direcionando a ponta de lança a desarticular o poder gamonal, um golpe no gamonalismo.9 Levando em conta a polarização no campo.
– Combater o ver o campo plano, não golpear a propriedade associativa, mudar metas, estar pelas tomadas de terra e partilha, pela greve de cereais e alta de preços dos produtos.
IV. CONSTRUÇÃO
I Marco. Replanejamento do sistema organizativo.
II Marco. Plano Estratégico de Militarização dos Partidos Comunistas.
III Marco. Diretriz organizativa. Reajuste geral do Partido para centrar no militar.
IV Marco.
• Desenvolvimento do Plano Estratégico de Militarização dos Partidos Comunistas. Plano de desenvolvimento da construção, as duas redes no campo e na cidade.
• Sistema de Zonas Guerrilheiras e Sistema de Bases de Apoio.
• Direção onímoda do Partido e manejo concêntrico dos três instrumentos. Reorganização Geral do Partido. Necessidade de consolidação ideológica, política e organizativa.
– Elevou-se o orgânico ao nível de direção política, o Partido como eixo de tudo e centrado no militar, cumprindo-se exitosamente o desenvolvimento da militarização do Partido através de ações e concretizando-se a direção onímoda do Partido nos três instrumentos da revolução (Partido, Força de Luta Armada e Frente Única).
– Combater a evitação do Partido, a oposição à militarização expressa em querer Partido frouxo, liberalismo, burocratismo, anarquismo, formas artesanais. O desajuste à construção das duas redes e ao manejo concêntrico. Problemas nas cinco necessidades: centralismo democrático, clandestinidade, segredo, vigilância e disciplina.
V. FRENTE ÚNICA
II Marco. Planteamentos do marxismo-leninismo-pensamento maotsetung e Frente Única.
III Marco. Comitê de Partilha. Comitê Popular. Âmbito onde se questiona o Poder. Zona Guerrilheira, Zona de Operações, pontos de ação, Bases de Apoio.
IV Marco. Comitê Popular Clandestino. Frente Revolucionária de Defesa do Povo. Comitê Organizador da Base e República Popular de Nova Democracia. Três funções e cinco cargos.
– Ao término de Batir I, em dezembro de 1982, o Partido concretizou a Frente Única ligada à construção do Novo Estado através da luta armada e com a forma principal de organização sob direção do Partido. Pôs em marcha Sistema de Estado: Ditadura de três classes, baseada na aliança operário-camponesa; e Sistema de Governo: Assembleia Popular. Concebe Estado Fluido conforme a fluidez da guerra. Passamos de Governo de Operários e Camponeses a República Popular de Nova Democracia. Necessidade de lei de terras, lei de Direitos do Povo, lei da família. Hoje temos Comitê Organizador da Base e Comitê Organizador da República, três funções: direção, planificação e construção. Comitês Populares, cinco cargos. Frente Revolucionária de Defesa do Povo no campo, Movimento Revolucionário de Defesa do Povo (Centros de Resistência) na cidade. Organismos Gerados.
– Combater o desligamento da Frente Única ao Estado, o Partido e a luta armada; a incapacidade de ver o caráter de classe da Frente Única, sua base a aliança operário-camponesa preocupando-se com a média burguesia e o campesinato rico, a evitação dos organismos gerados, principalmente o Movimento de Camponeses Pobres e o Movimento de Operários e Trabalhadores Classistas, e a errônea aplicação da política de três terços. Aplicar ditadura, coerção e violência populares. Superar o insuficiente trabalho de massas e desenvolver o Movimento Revolucionário de Defesa do Povo (Centros de Resistência).
VI. DIREÇÃO
I Marco. Presidência do Birô Político e do Comitê Central.
II Marco. Sanciona-se a Chefatura do Camarada Gonzalo.
III Marco. Lei de Direção.
IV Marco. Direção unipessoal e direção coletiva. Ditadura do proletariado. Presidência do Partido, Presidência da Comissão Militar e Presidência do Comitê Organizador da República Popular de Nova Democracia.
– Fortalecendo-se a Presidência do Camarada Gonzalo, garantia de triunfo, se forja a direção da luta armada. Se fortalece o sistema de direção: Comitê Permanente, Birô Político, Comitê Central, Três Recomendações: não se deixar pressionar, aplicar a coerção e exercer a ditadura.
– Combater toda evitação de direção. Tratar o problema da direção como questão-chave da luta de duas linhas.
VII. LUTA DE DUAS LINHAS
I Marco. Compromisso do IX Pleno: defender e aplicar os acordos, aplastar todo intento revocatório e varrer toda oposição dentro ou fora do Partido. Aplastamento de linha oportunista de direita.
II Marco. Luta contra a linha direitista em gestação e desenvolvimento.
III Marco. Luta contra o direitismo desencabeçado. Tratar a doença para salvar o paciente.
IV Marco. Contradições no seio do povo, raiz dos problemas: o novo e os restos do velho. O direitismo como perigo principal.
– O bom manejo dialético da luta de duas linhas permitiu conjurar a cisão do Partido e a estruturação de linhas oportunistas, fazendo avançar 90% da militância aplicando-se o desencabeçamento e resolvendo-se as contradições entre direita e esquerda e as divergências na esquerda como contradições no seio do povo.
– Combater a evitação da luta de duas linhas e o ato de reduzi-la a uma só contradição direita-esquerda, para assim parecer ampliar a direita e antagonizar a luta rotulando a luta de duas linhas como ultra. Não baixar a guarda ante as táticas utilizadas pela direita: fazer manobras, revogar os acordos, dar golpes de mão, intrigas e conspirações, formar pandilhas, mudança de metas, eximir-se de sua responsabilidade, fazer luta suja rebaixando-a a um nível pessoal e não como luta de ideias.
VIII. LINHA MILITAR
I Marco. Estratégia Política: Acordo de Iniciar a Luta Armada.
II Marco. O marxismo-leninismo-pensamento maotsetung e a Guerra Popular no país. Estratégia Política.
III Marco. Os três elementos da Linha Militar. Leis do início da luta armada. Política principal.
IV Marco.
• Desenvolver a guerra de guerrilhas abrindo e desenvolvendo as Zonas Guerrilheiras e conquistando Bases de Apoio.
• Leis do desenvolvimento da guerra de guerrilhas e Leis da Base de Apoio. Suas políticas principais. Desenvolvimento da ampla guerra de guerrilhas de alta mobilidade.
– Desenvolvimento da Linha Militar como centro.
• A definição. Definir e decidir, Partido de Novo Tipo para tomar o Poder. Decisão partidária: nova meta, nova etapa. Toma-se o acordo de iniciar a luta armada.
• A preparação. Estabelecimento das bases do caminho da Guerra Popular no país.
• O início. Grande contenda por começar a luta armada gerando ações armadas e forças armadas ligadas ao campesinato. Forma principal de luta e forma principal de organização.
• O desenvolvimento da guerra de guerrilhas. Através de três passos: 1) Abrir Zonas Guerrilheiras, 2) Desenvolver Zonas Guerrilheiras e 3) Concretização da Nova Ordem especificada em Comitês Populares. Leis da guerra de guerrilhas, desenvolvimento da guerra de guerrilhas como estratégia, é o período mais longo mediante o qual nossas forças passam de débeis a fortes, criando Bases de Apoio e aniquilando as forças do inimigo. Restabelecimento e contrarrestabelecimento.
– Combater a oposição à Linha Militar que lhe imputa de militarismo, hoxhaísmo, aventureirismo, mecanicismo, negando a abertura e o desenvolvimento das Zonas Guerrilheiras e a conquista de Bases de Apoio, baixar o ritmo, opor-se aos saltos e capitular por superestimar o inimigo e centrar em armas primeiro, modalidades que apontam a uma LMB (linha militar burguesa).
IX. ESTRATÉGIA E TÁTICA
II Marco. Plano Estratégico Militar e estratégia defensiva: Campo principal, cidade complemento. A guerra revolucionária como uma unidade.
III Marco. Plano de início da luta armada principalmente guerrilheira.
IV Marco.
• Plano de desenvolvimento da guerra de guerrilhas. Abrir Zonas Guerrilheiras baseadas em Bases de Apoio.
• Plano de Desatar a Guerra de Guerrilhas. Os três momentos: 1) Conquistar armas e meios, 2) Remexer o campo impulsionando ação guerrilheira, 3) Bater para avançar em direção às Bases de Apoio. Enlace.
* Especificações importantes do V Pleno sobre as táticas a se aplicar de acordo com a participação das forças policiais e/ou Forças Armadas em suas diferentes possibilidades.
* Plano sobre a política de fuga.
• Plano das Campanhas Batir I e II.
* Plano de três partes nas cidades.
• Grande Plano de Conquistar Bases.
* Planos zonais. Restabelecimento, contrarrestabelecimento.
– Desenvolvimento da estratégia e tática mantendo a todo momento uma estratégia superior à do inimigo. Concretização de planos estrategicamente centralizados e taticamente descentralizados que impulsionam o desenvolvimento da luta armada através de saltos quantitativos e qualitativos indo do simples ao complexo, aplicados com iniciativa, flexibilidade e planificação. Levando em conta a realização de operações ofensivas dentro da guerra defensiva, batalhas de decisão rápida dentro da guerra prolongada e operações em linhas exteriores dentro das linhas interiores. Manejando a tática guerrilheira do Presidente Mao e hoje a forma superior da guerra civil, campanhas de cerco e aniquilamento e contracampanhas de cerco e aniquilamento.
– Combater a subestimação das nossas forças, a não sujeição à centralização dos planos mencionando particularidades, critérios de “plano alto”10 e contratempos nos fatos; rigidez, estreiteza, visão parcial, não pôr a política no comando, prolongamento na execução e falta de belicosidade. Não planificar toda a contracampanha em seu conjunto e variar a tática de dar voltas evitando confrontos, tendendo a fugir e recuar. Superar o mal manejo de eixos, movimentos, pelotões, pontos de retirada, concentração e dispersão que leva a ações fora da zona guerrilheira ou base de apoio. Na cidade, superar a descompaginação do plano de três partes.
X. CONSTRUÇÃO DO EXÉRCITO
I Marco. Formar quadros militares. Formar grupos próprios para ação armada.
II Marco. Compromisso de forjar de fato a I Companhia.
III Marco. De grupos para dirigir multidões a destacamentos e pelotões baseados em Companhias. Organizar as milícias.
IV Marco.
• Atuação das Companhias visando batalhões. Destacamentos especiais para a guerrilha urbana.
• Exército Guerrilheiro Popular: força principal, força local e força de base.
– No início, ILA 80, o Partido adentrou a resolver a contradição Partido – Força Armada concretizando a forma principal de organização, desenvolvendo o Exército de Novo Tipo como pilar no Novo Estado e através de saltos de grupos sem armas para dirigir multidões a Exército Guerrilheiro Popular sob a direção absoluta do Partido, e seguindo o princípio de que “o Partido manda no fuzil”. Formado por operários e camponeses, principalmente camponeses pobres, sujeitos à construção ideológica, política e militar do marxismo-leninismo-maoismo, pensamento-guia. Cumpre com combater, mobilizar as massas e produzir. Sustentado pelas massas e com grande espírito intrépido, demonstrando assim que o decisivo são os homens e não as armas.
– Combater a tendência a evitar a construção ideológica, política e militar do Exército Guerrilheiro Popular que atenta contra o caráter do Exército de Novo Tipo e a direção absoluta do Partido; varrer o conservadorismo na incorporação de camponeses principalmente pobres e a má seleção; exigir o cumprimento de três funções e avançar no bom manejo das forças principais, locais e de base, superar a conformação amorfa de companhias, a incapacidade de marchar de sua direção, o desmonte de pelotões e a posposição de batalhões. Resolver o adestramento.
SOBRE AS AÇÕES
AS QUATRO FORMAS DE LUTA:
I. AÇÃO GUERRILHEIRA
– Colheitas e plantios coletivos:
Avanços: Airabamba, Tancayllo, Aizarca e plantios coletivos protegidos pelo Exército Guerrilheiro Popular e conduzidos pelo Comitê Popular.
Limitação: Não mover o eixo dos Pampas.
– Assalto:
Avanços: A postos policiais, Luricocha, Quinua, Tambo, Totos, Vilcashuamán. Desarmamentos.
Limitação: Não fazer a irrupção, Ñaña, Ricardo Palma.
– Emboscadas:
Avanços: Salto na I Campanha de Defender, Desenvolver e Construir, Sivia, Minascucho. Emboscada a veículos das Forças Armadas. Ataques surpresas.
Limitação: Desenvolver mais, não se aplica a contraemboscada; visar patrulhas; as forças são surpreendidas: Omasi, Manallascac, Tuco.
– Tomadas de povoados:
Avanços: Saltos qualitativos e quantitativos desde o Início (Pujas) até Conquistar Bases; de pequenos a médios.
Limitação: Vinchos (CR Central), permitem que os reacionários se agrupem e os prendam por não se camuflarem e por não fazerem um bom reconhecimento, faltou aniquilar.
– Enfrentamentos:
Avanços: Se começa a perder reverência às Forças Armadas e se responde com grande decisão. Andahuaylas, Aranhuay, Milucha, Sacsamarca, Huancasancos. Forças combinadas ou mesnadas.11
Limitação: São surpreendidos e não fazem planos de resposta, dispersam-se. Ocoril, Pujas.
– Arrasamentos e contrarrestabelecimentos; golpes a pontos críticos e invasões:
Avanços: Se começa a manejar a guerrilha com ampla mobilidade, campanhas de cerco e aniquilamento e contracampanhas de cerco e aniquilamento. Umaru.
Limitação: Golpear e escapar; evitar golpear o ponto principal da Base; manifestação de errantismo, Lucanas. Desenvolver mais a ampla guerra de guerrilhas de alta mobilidade. Resolver movimentações em sigilo e por pelotões.
– Campanhas de cerco e aniquilamento e contracampanhas de cerco e aniquilamento:
• Fuga
Avanços: Política de fuga, CRAS Ayacucho.
Limitação: Problemas com o princípio básico da guerra, “plano alto”, incompreensão.
• Motins, tática de luta nas ruas
Avanços: Na capital do país, simultaneamente em 13 pontos e uma área ampla com golpes sucessivos. Se avançou em unir luta armada com lutas reivindicativas do povo. Centros de Resistência.
Limitação: Desenvolvê-los em torno das lutas do proletariado.
II. SABOTAGEM
– Sabotagens:
Avanços: Golpes contundentes à economia do país, ao capitalismo burocrático e ao imperialismo e social-imperialismo. Aplicação em séries. San Martín de Porres, Southern, oleodutos, torres de luz e micro-ondas, Hogar SA, Bayer, fardos de algodão, canaviais. Plano de três partes.
Limitação: Não golpear o social-imperialismo, falta elevar maiores sabotagens. Mais bloqueios de rodovias.
III. TERRORISMO SELETIVO
– Justiçamentos e tribunais populares:
Avanços: Justiçamento de autoridades e delatores.
Limitação: Não execução de autoridades de mais alto nível.
IV. GUERRA PSICOLÓGICA
– Agitação:
Avanços: Propaganda armada centrada no campesinato como principal. 200 mil documentos de Desenvolvamos a guerra de guerrilhas!; 100 mil cartazes; folhetos gráficos, 150 mil o primeiro e 100 mil o segundo. Guerra psicológica.
Limitação: Na cidade não visar o proletariado.
– Mobilização:
Avanços: De mobilizar centenas de pessoas a mobilizar 50 mil camponeses apenas no CR Principal durante o “Batir”. É principalmente armada.
Limitação: Proletariado e massas pobres da cidade.
OS CINCO PASSOS:
1. AÇÕES
Avanços: Adentramos à forma principal da guerra civil, campanhas e contracampanhas de cerco e aniquilamento. Manejo de campanhas. Os cinco passos.
Falhas: Falhas de plano: Ñaña, Tambo 2, Chumbes. Falhas de reconhecimento, investigação; definir terreno. Falhas de informação. Não veem duas colinas. Lircay, Ricardo Palma.
2. DESTACAMENTOS
Avanços: Exército Guerrilheiro Popular, três forças. Marcha noturna, marcha regular e forçada.
Falhas: Problemas no manejo de forças, problemas em concentração e dispersão. Companhia: direção não funciona; amorfa sem pelotões. Movimentação, mobilidade por rodovia durante o dia. São surpreendidos: Tuco, Manallasac, etc. Falhas de vigilância. Falhas de coordenação.
3. PLANIFICAÇÃO
Avanços: Retirada, durante a noite, com refúgio, escalonada. Um ponto dois lados, ponto principal. Contenção, irrupção. Três grupos: ataque, suporte e segurança. Meios: consecução e distribuição. Por onde golpear, ponto mais débil. Nunca entre dois flancos.
Problemas: Improvisa-se; prever êxito, fracasso, baixas. Ponto de partida, de retirada, de concentração. Ensaios, voz de comando. Sinal de início; senhas, enlaces. Controle de tarefas. Minuciosidade.
4. EXECUÇÃO
Avanços: Se alcança o objetivo. Irrupção nos assaltos-chave, se falhar rendem-se com incêndios.
Falhas: Consecução do objetivo: Ricardo Palme, Vilcashuaman, CRAS Ayacucho (armas). Belicosidade, audácia, decisão rápida. Momento mais importante.
5. BALANÇO
Avanços: Balanços zonais.
Falhas: São ignorados, não se tiram lições positivas e negativas em pelotões, destacamentos, etc.
CONQUISTAS
I. NO IDEOLÓGICO-POLÍTICO
Nos baseamos no marxismo-leninismo-maoismo, pensamento-guia. O pensamento-guia é o principal porque é a aplicação e desenvolvimento do marxismo-leninismo-maoismo. Com o pensamento-guia reconstituímos o Partido, iniciamos a luta armada e hoje a desencadeamos conquistando Bases de Apoio através de políticas principais, Linha Política Geral e Linha Militar como centro.
II. NA CONSTRUÇÃO
Construção concêntrica dos três instrumentos da revolução: Partido – Força Armada – Frente Única através do desenvolvimento da luta armada.
• No Partido, com o PNT (Partido de Novo Tipo) se desenvolve a militarização do Partido através de ações, dirigindo a guerra revolucionária e manejando os três instrumentos.
• Na Força Armada, surgindo da forma principal de luta, das ações e da forma principal de organização, o Exército Guerrilheiro Popular como Exército de Novo Tipo.
• Na Frente, criação e conquista de Bases de Apoio, Comitês Populares, Frente Revolucionária de Defesa do Povo, Movimento Revolucionário de Defesa do Povo, República Popular de Nova Democracia.
III. NA DIREÇÃO
Estabelecimento da direção da revolução com a presidência do Camarada Gonzalo, que é garantia de triunfo e expressão da ditadura do proletariado.
IV. PLANO
Correto estabelecimento e manejo dos planos de luta armada mantendo estratégia superior. Hoje, especificação das campanhas de cerco e aniquilamento e contracampanhas de cerco e aniquilamento. Cinco passos.
V. AÇÃO ARMADA
Concretizamos as leis específicas da Guerra Popular quebrando planos políticos e militares do inimigo, Forças Policiais e um ano com as Forças Armadas. Baseando-nos em nossos próprios esforços e apoiando-nos na luta do proletariado internacional e dos povos oprimidos do mundo.
VI. SOBRE A LUTA DE DUAS LINHAS
Manejamos as contradições entre Esquerda e Direita, as divergências na Esquerda como contradições no seio do povo, conjurando a cisão e fazendo avançar 90% da militância através da campanha de retificação, elevando a unidade do Partido em função da luta armada. Combater o direitismo como perigo principal.
Março de 1984.
1Os arquivos digitalizados estão disponíveis no Centro de Documentação da Universidade Nacional de San Marcos, de Lima. O primeiro é datado de março de 1984. O segundo é especificado como sendo do primeiro semestre de 1984, porém a introdução cita “o documento do PCP sobre os 5 anos de Guerra Popular”, portanto pode ter sido publicado posteriormente. A introdução está na parte final do documento, contudo, em nossa formatação, colocamo-la no início. – N.T.
2Mao Tsetung, “A Revolução Chinesa e o Partido Comunista da China”, dezembro de 1939. – N.T.
3Constituição do Partido: refere-se à fundação do PCP por José Carlos Mariátegui em 1928 e sua constituição enquanto Partido Comunista marxista-leninista. – N.T.
4“Abandono do caminho”: refere-se ao período de abandono do caminho de Mariátegui no PCP. A Fração Vermelha dirigida pelo Presidente Gonzalo encabeçará a luta contra o oportunismo e o revisionismo e por retomar o caminho de Mariátegui e Reconstituir o Partido. – N.T.
5“Batir”: o terceiro momento do II Plano Militar do PCP foi dividido em duas campanhas, “Batir I” de julho a outubro de 1982, e “Batir II” de novembro de 1982 a março de 1983, sob a consigna de “batir al enemigo, golpear a las fuerzas vivas y socavar el orden reaccionario” (“derrotar o inimigo, golpear as forças vivas e minar a ordem reacionária”). – N.T.
6Plano de Grande Salto: desenvolvido sob o plano fundamental de Conquistar Bases, especificou-se em torno da estratégia política de “que se expressem duas repúblicas, dois caminhos, dois eixos”. Foi aprovado na III Conferência, em 1983, a ser cumprido a partir de junho de 1984. Teve quatro campanhas: 1) Construir o Grande Salto (junho a novembro de 1984), 2) Desenvolver o Grande Salto (dezembro de 1984 a abril de 1985), 3) Potenciar o Grande Salto (junho a novembro de 1985) e 4) Arrematar o Grande Salto (dezembro de 1985 a setembro de 1986). – N.T.
7Junta Militar de Governo: refere-se especialmente ao período do regime militar encabeçado pelo General Juan Velasco Alvarado, de 1968 a 1980. – N.T.
8Terceira Campanha de Grande Salto, parte do Plano de Conquistar Bases. – N.T.
9Gamonalismo: Fenômeno peruano comparável – com particularidades – ao coronelismo no Brasil, baseado na concentração da terra e no domínio político, militar, econômico e ideológico dos camponeses pelos latifundiários. – N.T.
10“Plano alto”: refere-se à menção de elevados critérios que supostamente impedem o cumprimento de um determinado plano. – N.T.
11Mesnada: tropa mercenária. – N.T.