Viva o Dia dos Heróis do Povo Brasileiro! Honra e Glória eternas aos companheiros e companheiras caídos na Luta!
Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo
Proletários, povos e nações oprimidas de todo o mundo, uni-vos!
Viva o dia dos Heróis do Povo Brasileiro! Honra e Glória eternas aos companheiros e companheiras caídos na luta!
Saudemos ardorosamente o dia 9 de Abril! Saudemos o nosso grandioso povo brasileiro e a todos os seus heróis e heroínas!
Glorifiquemos sua heroica memória e sigamos o seu valoroso exemplo de dar a vida à causa da emancipação do nosso povo de toda exploração e opressão e pela libertação de nossa pátria do jugo imperialista.
Completaram-se quatro anos da infame emboscada, tortura e assassinato do companheiro Renato Nathan, cometidos pela ação combinada de forças policiais do velho Estado genocida e pistoleiros do latifúndio. Sua morte, ademais do vazio de sua falta como companheiro é uma dura perda para a luta de resistência do povo e para a revolução. Nossos corações ficaram feridos para sempre e nossas mentes latejam o ódio incontido de vingança. Mas o companheiro Renato é imortal, como são imortais todos os heróis e heroínas do povo. Sua presença seguirá encarnada em nossas bandeiras vermelhas nos convocando a persistir e a brigar sem descanso nas lutas de resistências e pela causa da revolução proletária. Seu exemplo de lutador abnegado e comprometido servidor do povo é como chama luminosa que atiça nossa coragem e decisão por cumprir as metas e a servir as massas de todo o coração.
Por isto mesmo, que justa e merecidamente e na ausência injustificável da definição do dia dos Heróis do Povo Brasileiro, a Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo propôs às organizações classistas e revolucionárias de nosso país e com sua aprovação unânime instituiu o dia 9 de Abril como o Dia dos Heróis do Povo Brasileiro.
No período mais recente a reação assassinou o companheiro Cleomar Rodrigues, dirigente da LCP do Norte de Minas e Sul da Bahia, o companheiro Enilson, dirigente da LCP de Rondônia e Amazônia Ocidental e muitos outros ativistas camponeses, ademais do assassinato cotidiano nas vilas e favelas, principalmente de jovens negros. Assassinaram os companheiros Zé Bentão, um dos fundadores da LCP, Elcio e Gilson também da LCP de Rondônia, Luiz Lopes dirigente da LCP do Pará e Tocantins e dezenas de outros ativistas de outras organizações populares e das massas, tal como nos últimos dias o assassinato covarde de dois camponeses do acampamento do MST, na empresa Araupel, em Quedas do Iguaçu, no Paraná.
O inimigo nos ataca porque somos sua negação e obstáculo à sua dominação, porque nossa luta impede seu progresso de sanguessugas e nosso combate os golpeia. O Presidente Mao Tsetung nos ensinou que quando o inimigo nos ataca com muita fúria não é tão ruim assim, pois quer dizer que estamos no caminho certo.
Agora, como no passado, assim tem sido a luta do povo brasileiro. Para entendermos e desfraldar o valor da luta de nosso glorioso povo e de seus heróis e heroínas é preciso recorrer nossa história, a história das lutas de nosso povo. Mais ainda, para entendermos a necessidade de enaltecer suas façanhas e sacrifícios, seguir seus exemplos e forjar em nós a decisão de dar a vida pela causa e pela revolução.
Desde 1500 quando chegaram aqui os conquistadores europeus a resistência não cessou um só dia. Os povos daqui originários, batizados de índios pelos conquistadores, nunca se dobraram à invasão de seus territórios. Sua resistência, como foi a Confederação dos Tamoios com Aimberê, nunca parou apesar do genocídio ao longo dos cinco séculos. A luta de resistência do povo africano, trazido para cá a ferros e escravizados, prosseguiu atravessando os séculos com revoltas e rebeliões, como os Quilombos em todo o país, cujo mais destacado Quilombo de Palmares chefiado por Zumbi resistiu quase 100 anos e a Revolta dos Malês na Bahia. Os colonialistas europeus para cá enviaram também os “indesejáveis”, parte das massas pobres de seus países, enfiadas a força nas galeras e aqui lançados à própria sorte. Foi da luta incansável dos povos indígenas em defesa de seus territórios e contra sua escravização, a luta do povo preto escravizado pelo fim do cativeiro e a luta dos brancos pobres enviados da Europa por um pedaço de terra e sobrevivência, fundidas na resistência contra o jugo colonial de Portugal e Holanda que nasceu e veio se forjando e consolidando nosso povo, nossa nacionalidade, a língua, costumes, psicologia, a definição do território, o sentimento e razão por defendê-lo e expulsar os colonialistas.
A luta pela independência do Brasil, ainda inconclusa, feita de duras e sangrentas batalhas e levantamentos populares, como a expulsão dos holandeses do Nordeste, a Conjuração de Felipe dos Santos, em Minas, a Conjuração Mineira com Joaquim José da Silva Xavier, o Alferes Tiradentes, entre outras. A independência de 1822 foi produto da pressão do povo e mesmo das classes dominantes locais, formada já de brasileiros senhores de terra, porém que não passou de mera separação de reinos, criando-se o Império do Brasil. Mas ainda assim só se manteve expulsando os portugueses colonialistas, através de rebeliões populares, tais como a Conjuração Baiana, a Balaiada no Maranhão, a Cabanagem no Pará, a Confederação do Equador no Nordeste, a Revolução Farroupilha no Sul e a Revolução Liberal em Minas com Teófilo Otoni. Dentre tantas lutas pela independência total do país e progresso do povo e da Nação, foram lutas sangrentas com que nosso povo forjou grandes chefes, heróis e heroínas. Sacrifícios imensos, lutas renhidas e incessantes que levaram à Abolição da Escravidão, em 1888 e a Proclamação da República, em 1889.
As classes dominantes de colonialistas, primeiro portugueses e logo os ingleses, juntamente com os senhores de terra e grandes comerciantes, após sufocar a ferro e fogo as lutas emancipatórias, corriam com seus arranjos para continuarem a manter o mesmo sistema de exploração e a condição semicolonial e semifeudal do país. Foi assim com a Abolição da Escravidão, oficial e formalmente os escravos foram emancipados, porém sem nenhuma medida para assegurar-lhe as mínimas condições econômicas e sociais, ademais do racismo que só se fez agravar e persiste nos dias atuais. Também a Proclamação da República foi o aborto da luta republicana democrática para impedir qualquer alteração da ordem econômica e social. República dos senhores de terra, dos Coronéis e da burguesia compradora (grandes comerciantes da exportação e importação) que seguiu reprimindo e massacrando a luta do povo pobre em todo o país no campo e na cidade.
Como continuação das lutas de nosso povo, a luta do campesinato, principalmente a dos camponeses pobres sem terra ou com pouca terra contra o latifúndio, assim como ocorreu com o povo preto com o fim oficial da escravidão, se espalhou penetrando fundo os interiores inóspitos do país, criando comunidades e como posseiros, foram fundindo com os remanescentes de quilombolas e populações indígenas na miscigenação da raça, ocupando e defendendo o território nacional. Mas sempre tendo que empreender lutas de resistências contra as investidas dos grandes senhores de terras e grandes burgueses, que como lacaios do capital imperialista, de tempo em tempo lançavam empresas repressivas para expulsá-los a ferro e fogo e açambarcar suas terras. Assim tivemos as grandes batalhas de resistência camponesa como Canudos, na Bahia, no final do Século XIX, a Guerra do Contestado, na região entre Paraná e Santa Catarina, no início do Século XX. Caldeirão no Ceará e Pau de Colher na Bahia e o próprio fenômeno do Cangaço no Nordeste e do Jagunçado no Norte de Minas e sertão da Bahia, todos nas primeiras décadas do Século XX.
Com o crescimento industrial, cresceu o proletariado, principalmente nas grandes cidades portuárias da região sudeste e sul. O crescimento de suas lutas, bem como a influência internacional da Revolução Socialista na Rússia, de 1917, deu origem em 1922 à criação do Partido Comunista do Brasil. Com este acontecimento tanto a luta da classe operária e das massas populares urbanas, bem como a luta dos camponeses ganharam nova dimensão e perspectiva. As lutas revolucionárias e revoltas militares comandadas pela jovem oficialidade do Exército Nacional, principalmente pelos tenentes, contra o poder oligárquico desembocaram no movimento, a Coluna Prestes, que de 1924 a 1926 percorreu o país. Cruzando de sul a norte, retornando em direção ao sul e entrando pelo centro-oeste, fazendo justiça, combatendo as oligarquias, levando as aspirações democrático-burguesas e, embora sem perder nenhuma batalha, mas por falta de uma direção proletária, revelou as fragilidades da pequena e média burguesias (burguesia nacional), terminou no sudoeste retirando-se do território nacional e internando-se na Bolívia. Movimento que sacudiu as oligarquias abrindo grandes possibilidades para transformações revolucionárias em todo o país. Ao final o Movimento Liberal de 1930, chefiado por Getúlio Vargas, que contou com adesão da maioria do ex-Estado-maior da Coluna-Prestes, ao triunfar tomando de assalto o poder, pondo fim à república do café com leite dos barões do café de São Paulo e latifundiários mineiros, não representou nenhuma modificação da ordem econômica e social. Significou muito mais a traição das aspirações democráticas do Movimento Tenentista e deu origem ao regime fascista do Estado Novo.
Todas estas foram lutas sangrentas que apesar do empenhado apoio e grandes sacrifícios do povo, não resultaram na concretização dos seus interesses. Exatamente por estes movimentos e lutas carecerem de uma direção proletária firme. E apesar da incessante luta camponesa e das condições criadas para avançar, já com a existência do Partido Comunista, principalmente após o fim da Segunda Guerra Mundial (1945), com a grande vitória dos povos contra o nazifascismo e o heroico e decisivo papel desempenhado nela pelo Exército Vermelho da União Soviética, as lutas do campesinato não puderam avançar muito nem obter maiores vitórias por causa do reformismo que predominou na direção do Partido Comunista.
Este foi o período em que a dominação imperialista sobre o Brasil passou às garras do EUA, agravando mais as contradições entre nossa nação e o imperialismo e entre camponeses pobres e latifundiários. Tais lutas como as das Ligas Camponesas em Porecatu, no Paraná, no Triângulo Mineiro e Sul da Bahia (meados dos anos de 1940 e início dos de 1950), de Trombas e Formoso, em Goiás (anos de 1950), no Oeste Paulista o mesmo período entre outras e das Ligas Camponesas do Nordeste que se expandiram por todo o país (fim dos anos de 1950 e início dos de 1960). Todas estas lutas, com todo o heroísmo das massas e de tantos dirigentes seus, também em sua maioria, foram arrasados a ferro e fogo pelas forças armadas reacionárias e demais forças policiais do velho Estado. Assim que a causa das inúmeras derrotas das lutas de nosso povo se deveram fundamentalmente à debilidade das suas direções pequeno-burguesas, reformistas e oportunistas.
Assim sucederam e se viu repetir a linha oportunista de direita que predominou na direção do Partido Comunista com as ilusões constitucionais, a legalidade e a influência da traição revisionista kruschovista que restaurou o capitalismo na URSS, passando a defender a transição pacífica pelo caminho eleitoreiro. Mesmo a luta pela reconstrução do Partido Comunista em 1960, que representou um salto na constituição do Partido Comunista do Brasil como partido comunista marxista-leninista, demarcando-se dos reformistas revisionistas encabeçados por Prestes e tomando a experiência da Grande Revolução Chinesa e as ideias do Pensamento Mao Tsetung e lançando-se pelo caminho da guerra popular, não pode completar o salto necessário da luta revolucionária do nosso povo. Este foi o mais rico período após décadas da luta dos povos, em que a luta de libertação nacional havia avançado na Ásia, África e América Latina e a Grande Revolução Cultural na China estremecia o mundo, lutando contra a restauração capitalista e propagandeando a revolução mundial.
Após os enfrentamentos com as forças armadas reacionárias e frente à derrota da Guerrilha do Araguaia, com a perda da maioria dos melhores quadros revolucionários – problemas que se deveram aos erros de concepção sobre a ideologia e da própria guerra popular – terminou na capitulação da maioria da direção do Partido Comunista que abandonou a linha revolucionária da guerra popular e retornou ao velho reformismo eleitoreiro, da legalidade e do cretinismo parlamentar.
Também no período que abarcou a década de 1960 e início da de 1970, período em que o regime militar fascista pro-imperialismo norte-americano surgido do golpe militar de 1964 estava na ofensiva, as correntes ideológicas pequeno-burguesas de influência, principalmente, da Revolução Cubana, o castrismo e guevarismo, levaram aos desvios militaristas com várias organizações armadas empenhadas na guerrilha urbana e que, apesar do heroísmo de muitos militantes homens e mulheres, foram aplastados.
Em todas estas lutas destacaram-se milhares de valorosas e valorosos militantes revolucionários e comunistas. Os inolvidáveis heróis da Coluna Prestes, do Levante Popular de 1935 dos quais destacaram pela firmeza e fidelidade inquebrantável à causa comunista, os internacionalistas alemães Arthur Ervert e Olga Benário. Os milhares de militantes do Partido Comunista, que mesmo sob a direção reformista, entregaram suas vidas ao Partido e à revolução. Os heroicos combatentes da resistência armada ao regime militar fascista, que mesmo sob uma direção errônea, entregaram seu precioso sangue à causa da libertação do nosso povo, como Carlos Marighella, Capitão Carlos Lamarca, Mario Alves entre tantos. Os heróis e heroínas combatentes da Guerrilha do Araguaia que pagaram o preço de suas generosas vidas por abrir o caminho da guerra popular para fazer a revolução em nosso país, tais como o grande Pedro Pomar, Maurício Grabois, Osvaldão, Lenira, Dina, Sônia entre tantos e tantas.
A década de 1980, com a liquidação do Partido Comunista do Brasil enquanto partido revolucionário, o vácuo criado pelo enfraquecimento e mesmo ausência da direção proletária, as ideologias pequeno-burguesas reformistas e eleitoreiras, brandindo um discurso radical, ganharam influência sobre as massas populares, principalmente no movimento sindical e camponês, descontentes com os estragos do regime militar. Assim a luta pela “redemocratização” dos liberais arrastou praticamente toda a esquerda, dentro da qual surgiu o PT. Como um aglomerado de sindicalistas treinados pelos institutos para o “sindicalismo livre” manejados pelo Departamento de Estado do EUA, os intelectuais pequeno-burgueses agrupados no CEBRAP (Centro Brasileiro de Pesquisa) instituição financiada pela Fundação Ford dos EUA, os ex-guerrilheiros arrependidos, socialdemocratas, as comunidades eclesiais de base da igreja católica, as tendências trotskistas e com o apoio do revisionismo cubano se conformou e desenvolveu o principal partido operário burguês, como o mais importante logro da reação para desviar o proletariado e as massas populares do caminho revolucionário.
Cada vez mais este partido abandonou o discurso radical do socialismo pequeno-burguês trocando-o pelo socialdemocrata e com a adesão dos demais partidos revisionistas ao seu “projeto de desenvolvimento para o Brasil”, através da integração total ao velho Estado de grandes burgueses e latifundiários serviçais do imperialismo, só fez repetir as velhas e surradas teses de “democratizar o Estado” e fazer “maior distribuição de renda”. Assim sua “frente popular” oportunista eleitoreira chegou ao gerenciamento de turno do velho Estado em 2002. Após o apogeu de popularidade, devido às ilusões e assistencialismo que levou a grande parte das massas populares tão empobrecidas, afundou-se nas práticas mais imundas da política movida à corrupção, encontra-se atolado na crise política que se arrasta atualmente o país.
O gerenciamento do PT e sua “frente popular” eleitoreira com Luiz Inácio e Dilma na presidência do país, após trair desde o primeiro dia de governo suas promessas feitas ao nosso povo, acreditaram que aumentando o consumismo e sua propaganda ufanista de Brasil potência, de fim da “fome e da pobreza”, de que o Brasil transformou-se num “país de classe média” iriam calar a boca do povo e governariam por mil anos. Mas o que chamam de “desenvolvimento” é mesma e surrada cantilena de distribuir migalhas para o povo enquanto os ricos ficam cada vez mais ricos. O imperialismo nunca subjugou e pilhou as riquezas nacionais tanto como na última década, os banqueiros nunca parasitaram tanto o povo e a nação, as corporações monopolistas transnacionais e locais nunca sugaram tanto o proletariado e demais trabalhadores e o latifúndio nunca concentrou tanto a propriedade da terra. Nunca o velho Estado através de seus aparatos repressivos promoveu tanta matança de pobres na cidade e no campo, dos que se levantam em defesa de seus mínimos direitos e a criminalização da pobreza e das lutas populares se assemelham à dos regimes fascistas, militares ou civis de nossa história.
As lutas de massas radicalizadas que temos dirigido tal como as explosões espontâneas das revoltas de operários nos canteiros das grandes obras do PAC e as rebeliões do povo por toda parte do país, bem como as jornadas de 2013 e 2014, têm servido para que, por outro lado e uma vez mais, o carcomido e reacionário Estado Brasileiro, Estado burocrático de grandes burgueses e latifundiários a serviço do imperialismo, principalmente norte-americano, desse mostra inequívocas de que segue sendo o velho, podre e genocida instrumento das classes dominantes lacaias, para servir ao imperialismo. E mais ainda para manter e aprofundar o Brasil na condição semicolonial, submeter as amplas massas populares à exploração máxima e os camponeses à espoliação semifeudal conservada através da evolução de suas formas, base sobre a qual se assenta e desenvolve esse capitalismo atrasado, burocrático e afundado em crises crônicas, como a atual. Este monstro, que suga o suor e sangue do nosso heroico proletariado, explora os camponeses, oprime a pequena e média burguesia, saqueia a nação e esmaga todo o nosso povo. Por isto mesmo que as heroicas jornadas de luta de nosso povo têm sido o grande grito de revolta e rebelião contra toda essa exploração, opressão e podridão, proclamando aos quatro cantos do país de que é justo rebelar-se!
Longe do que dizem e repetem todos os dias os dois lados em disputa pelo controle da direção da máquina do velho Estado, a base material de tal crise política é a crise crônica que caracteriza nosso país semicolonial/semifeudal, que se agravou como reflexo da crise mundial do imperialismo. A desmoralização que esta falsa esquerda oportunista e eleitoreira, com sua vergonhosa prática burguesa corrupta, enlameou a honrada legenda da esquerda e dos comunistas, deu palanque, credibilidade e legitimidade para as forças da direita mais tradicional das classes dominantes. Estes oportunistas, demagogos e populistas acreditaram mesmo que ao se servirem de administradores de turno do velho Estado de grandes burgueses e latifundiários serviçais do imperialismo, poderiam montar seus castelos de sonho de poder, iludindo as massas com programinhas assistencialistas para desviá-las da luta por suas conquistas, encabrestando-as para calar sua boca.
Desesperados com a combatividade e independência das massas pobres, os oportunistas da “frente popular” eleitoreira – PT, PCdoB, PSB e etc. – vendo desmascaradas suas ensebadas políticas de tráfico descarado dos interesses das massas, cumpriram a risca o papel nefasto de presidir a repressão covarde contra a luta das massas pobres e servir ao imperialismo, à grande burguesia, aos latifundiários e a toda reação. Agora que estão afundados na crise depois de ter feito tudo que fizeram para os banqueiros, para as corporações transnacionais, para o “agronegócio” e para o imperialismo, são rechaçados por estes que os culpam pela crise política, abrindo as entranhas da corrupção que se meteram como todos os velhos partidos burgueses, desmoralizando-os e maquinando para depô-los do posto de gerentes de turno do velho Estado a que tanto bem serviram. Desesperados estes calejados oportunistas manejam com a chantagem ao povo com o conto do “golpe da direita” e se revelam como os mais miseráveis e fariseus defensores e apologistas da velha democracia burocrática, das carcomidas instituições do velho Estado genocida, fazendo bravatas e juras de aplicar o receituário imperialista para tirar a economia da crise, afundando ainda mais nos métodos burgueses de compra de votos contra o impeachment.
Como sempre ao longo de nossa história, também nos últimos anos, frente ao heroísmo combatente, frente à feroz resistência oposta pelas massas organizadas aos planos dos reacionários presididos pelos oportunistas na direção do velho Estado genocida, planos sinistros de aplastar as massas, destruir sua organização e assassinar massas pobres e revolucionários que as guiam. Isto principalmente desde as jornadas de 2013 quando caíram em completo estado de desespero, tremem de pavor, tremem sim porque sentiram o prenúncio da guerra revolucionária. Convergindo com o aparato repressivo do velho Estado que gerenciam a mais de 13 anos e toda a apodrecida e venal imprensa desencadearam a mais raivosa, reacionária e anticomunista campanha contra os maoístas, numa desenfreada luta ideológica contra as massas pobres. Ao comportarem assim, nada mais têm conseguido do que lançar nas alturas a propaganda revolucionária da tática revolucionária maoísta.
Tudo isto é demonstração da luta incansável de nosso povo por resistir, lutar em defesa de seus direitos e combater por derrubar as três montanhas de exploração e opressão: o latifúndio, a grande burguesia e o imperialismo, para culminar a conformação da Nação Brasileira com verdadeira República Democrática e independência nacional.
Todos esses acontecimentos da história das lutas de nosso sofrido, mas combativo e heroico povo, estão atados por um mesmo fio condutor e compõe, com um número sem fim de atos de bravura. É a história heroica de nosso povo, particularmente de nosso proletariado e nosso campesinato. Sob a ação continuada da mesma política a serviço do imperialismo, principalmente norte-americano, da grande burguesia e latifundiários locais, seguimos incansavelmente resistindo e combatendo os inimigos do povo, prosseguindo a luta debaixo da brutal e sistemática repressão dos aparatos de polícia do velho Estado genocida e dos bandos de pistoleiros e paramilitares do latifúndio, enfrentando perseguições, prisões, processos e a morte. A matança covarde de lutadores do povo e de tantos militantes de nossa organização não nos intimida, muito ao contrário nos desafia a lutar com mais decisão e fúria. Os reacionários e todos os oportunistas continuam sonhando que podem afogar em sangue nossa luta, mas como a história o tem demonstrado, o sangue derramado de nossas companheiras e companheiros caídos rega nossa luta e a revolução.
Tomando as palavras do Presidente Gonzalo afirmamos que assim, os heróis e heroínas de nosso povo, como o personagem da história, seguem ganhando batalhas mais além da morte, pois, vivem e combatem em nós conquistando novas vitórias; sua poderosa e inapagável presença a sentimos palpitante e luminosa ensinando-nos hoje, amanhã e sempre a dar a vida pelo povo e pela revolução.
Ressaltemos, pois, companheiras e companheiros, que a longa e gloriosa jornada, donde a valentia das massas que sempre atenderam aos chamados de suas direções, também sempre deram provas cabais de sua combatividade, entregaram as vidas valorosas de suas melhores filhas e filhos, operários, camponeses, intelectuais honestos, juventude e mulheres do povo, combatentes heroicos do povo. As massas contribuem para forjar o necessário partido revolucionário do proletariado que por ter sido liquidado pelos revisionistas no país precisa ser reconstituído como verdadeiro Partido Comunista marxista-leninista-maoísta para encetar a luta armada revolucionária pelo poder na Revolução de Nova Democrática ininterrupta ao socialismo, a serviço da Revolução Mundial e no rumo do luminoso Comunismo. Contribuem não só com as palavras necessárias, mas, sobretudo com atos, ação e decisão acatando e sustentando as bandeiras para as grandes batalhas pelas transformações sociais.
O exemplo destas melhores filhas e filhos do povo, seu heroísmo frente a truculência e poderio armado do inimigo é a comprovação cabal, mil vezes revelada na História da Humanidade pelos oprimidos, provas e heroísmo grandiosos que só eles podem desfraldar. Provas de que a luta dos oprimidos, que hoje persiste com as guerras de libertação dos povos agredidos e ocupados militarmente como Afeganistão, Iraque, Palestina, Líbia, Síria entre outros e das guerras populares dirigidas por Partidos Comunistas maoísta na Índia, Filipinas, Turquia e Peru, irá inexoravelmente varrer com o imperialismo e toda a reação da face da terra com a Revolução Proletária Mundial. O imperialismo, no seu avançado estado de decomposição, expresso nas crises econômica e social que não pode mais que tentar encobrir e no aumento desenfreado da exploração dos trabalhadores de seus países e principalmente no aumento de sua agressão às nações oprimidas, como faz atualmente em toda região ampliada do Oriente Médio. São guerras de rapina por nova partilha do mundo entre as demais potências imperialistas, que entre pugnas e conluio, o imperialismo do EUA não se detém por manter e consolidar sua condição de superpotência hegemônica única, o imperialismo russo por manter e ampliar suas esferas de influência e condição de superpotência atômica e as demais potências imperialistas da Europa, Japão e China.
É por fim e principalmente, prova de que nossa luta se aprofunda, que o movimento revolucionário reconstituído no país, sob o guia e a luz inextinguível do marxismo-leninismo-maoísmo, deve e pode crescer e vencer os inimigos do povo sem quaisquer ilusões imediatistas numa vitória rápida e via o velho Estado e seu cretinismo parlamentar, mas ao contrário, será através duma luta armada prolongada.
Devemos então perguntar companheiras e companheiros, como temos celebrado este dia 9 de Abril tão grandioso e heroico? O que manifestamos neste momento? Devemos ter a clareza de que é oportunismo, direitismo, vacilação e mesmo capitulação não desfraldar e glorificar o heroísmo revolucionário das massas e de suas melhores filhas e filhos. Invoquemos os nomes heroicos dos revolucionários, os comunistas e massas que têm povoado a sagrada e gloriosa história de luta de nosso povo. Glorifiquemos nossos heróis e heroínas, armemo-nos poderosamente de seus inapagáveis exemplos. Estar cada dia mais determinado e resoluto em dar a vida à nossa luta e à revolução é questão de suma importância para todas e todos lutadores do povo com mais e mais audácia sustentá-las e desenvolvê-las enfrentando e derrotando a histeria da contrarrevolução, toda sua truculência que conhecemos na história do nosso povo e que seguramente cada dia mais haveremos de enfrentar e vencer. É questão decisiva para todas e todos revolucionários empenhados em rechaçar o oportunismo eleitoreiro e em brigar por reconstituir o Partido Comunista marxista-leninista-maoísta, para desencadear a luta armada revolucionária e através da guerra popular levar a cabo a revolução democrática, agrária e anti-imperialista, conquistar a República de Nova Democracia passando ininterruptamente ao Socialismo e servindo à Revolução Mundial.
Para culminar nossas ardorosas saudações ao Dia dos Heróis do Povo Brasileiro lancemos aqui as palavras do PCP–Partido Comunista do Peru ao celebrar o Dia da Heroicidade nascido da resistência heroica dos prisioneiros de guerra aos massacres nos presídios de El Frontón, Lurigancho e Callao, perpetrados pelas forças armadas reacionárias do Peru a mando do presidente de então o fascista e criminoso de guerra Alan Garcia Perez:
“A rebelião dos prisioneiros de guerra é o desmascaramento e a condenação públicos e ante o mundo destes sinistros planos de matança massiva, em defesa da revolução e de suas próprias vidas; e o monstruoso e infame genocídio que por mandato governamental e com carta branca, perpetraram as forças armadas e aparatos repressivos, com cego ódio ao povo e perversa fúria homicida se estalou contra a indobrável, férrea resistência feroz dos camaradas, combatentes e filhos das massas que desfraldaram ideologia, valor e heroicidade desatadas audazmente em ardente desafio bélico; e se a besta reacionária bebeu sangue até fartar-se para impor a paz dos mortos, as vidas miserável e astutamente ceifadas transformando-se em imperecível, plasmam a trilogia monumental das luminosas trincheiras de combate de El Frontón, Lurigancho e Callao, marco histórico que proclamará mais e mais a grandeza do Dia da Heroicidade.”