Nota do blog: Publicamos a seguir tradução não oficial para português do Brasil da declaração da Liga Comunista Internacional (LCI) por ocasião do Primeiro de Maio de 2025, Dia do Internacionalismo Proletário, encontrada no periódico Internacional Comunista (CI-IC).
Proletários de todos os países, uni-vos!

Organizar a rebelião das massas sob a bandeira do marxismo-leninismo-maoismo!
Neste Primeiro de Maio de 2025, nós, a Liga Comunista Internacional (LCI), saudamos com ardente fervor comunista nossa Classe, o proletariado internacional, e todas as Nações e Povos Oprimidos do mundo. Saudamos nossos camaradas de armas de todo o Movimento Comunista Internacional, todos os Partidos e Organizações Comunistas que lutam por elevar a missão beligerante por nossa meta final comum, o Comunismo, a patamares cada vez mais altos, até a vitória final. Saudamos os destacamentos armados de operários e camponeses que combatem heroicamente nas Guerras Populares e nas lutas armadas travadas sob a direção dos comunistas, com base na ideologia proletária. Saudamos os órgãos de poder popular, em seus distintos estágios de desenvolvimento, nos países onde os comunistas se levantaram em armas e estão destruindo o velho poder reacionário. Saudamos todos os revolucionários e autênticos democratas que, em todos os cantos do mundo, realizam os mais altos sacrifícios junto conosco na luta implacável contra o imperialismo, o revisionismo e a reação.
Neste dia, marchamos ombro a ombro, sob a flamejante bandeira vermelha com a foice e o martelo, mais determinados do que nunca a pôr fim à milenar velha ordem de exploração do homem pelo homem, repletos de otimismo revolucionário e com absoluta convicção da justeza de nossa causa. Hoje é o nosso dia, o dia em que reunimos nossas forças e vemos, diante de nossos olhos, as crescentes fileiras de um contingente revolucionário internacional em formação, decidido a assaltar os céus.
As condições para o desenvolvimento da Revolução Proletária Mundial são excelentes, os ventos sopram a nosso favor, e uma análise da situação mundial só pode confirmar esse fato.
O mundo de hoje é marcado pela crise geral do imperialismo, sua acelerada decomposição e seu parasitismo cada vez maior
O imperialismo norte-americano, encabeçado politicamente pelo governo Trump, hoje tenta desesperadamente reorganizar sua economia impondo ajustes no mercado global, a fim de retomar posições, fortalecer seu domínio sobre as Nações Oprimidas e romper as alianças e coalizões de seus concorrentes imperialistas, tendo o social-imperialismo chinês como alvo principal. Para isso, aplica o que pode ser descrito como tática de “diplomacia das canhoneiras”, explorando o fato de ser o principal exportador de capital do mundo e o “maior consumidor global” (o maior parasita). As medidas políticas, econômicas e militares do governo Trump – sejam a crescente rejeição das instituições criadas após a Segunda Guerra Mundial (como a ONU), a agitação na OTAN ou as tarifas – não são expressões do caráter errático do genocida degenerado Trump, mas sim de um plano consciente da fração do capital financeiro norte-americano representada politicamente pelo Partido Republicano. No entanto, o imperialismo ianque está sitiado pelos povos do mundo, e suas ambições desenfreadas o colocam numa posição de crescente isolamento dos demais países imperialistas; na verdade, seu poder está em constante declínio, e a frente única dos povos do mundo contra os imperialistas, liderados pelos Estados Unidos, cresce e continuará crescendo. O imperialismo ianque é o principal inimigo dos povos do mundo e atua como o gendarme contrarrevolucionário mundial.
Nós, comunistas, devemos mostrar com clareza às massas que focar em Trump e no herdeiro do Apartheid, Musk, na suposta ameaça dos “oligarcas” (como se o Estado imperialista nem sempre representasse os interesses da Oligarquia Financeira) e no “perigo fascista”, é seguir a reboque do Partido Democrata e encobrir o imperialismo norte-americano. O tão “encantador”, “democrático” e “progressista” Obama não foi melhor do que Trump; ambos são belicistas e assassinos em massa, ambos representam os interesses do parasita mais monstruoso que a história já conheceu. Todo governo dos EUA será apenas isso: a administração política dos interesses do Estado imperialista, servirá a seus objetivos e será sempre um arqui-inimigo das Nações e Povos Oprimidos do mundo.
A contenda entre os imperialistas está atingindo novos patamares, e o imperialismo norte-americano tenta manter seu poder decadente de várias maneiras e neutralizar seus crescentes rivais. Ainda assim, nenhuma das demais potências imperialistas é capaz de confrontar, no curto prazo, a superioridade política, econômica e militar do imperialismo norte-americano, que ainda domina o sistema imperialista.
Particularmente desde a crise de 2008, o sistema imperialista tem sido abalado por crises econômicas, políticas e militares. Junto à tendência de declínio da hegemonia do imperialismo norte-americano, surgem novas polarizações e alianças dentro do sistema imperialista mundial. O social-imperialismo chinês tenta cada vez mais, dentro da dinâmica de conluio e pugna, entrar em competição com os EUA em certas regiões e setores. O imperialismo russo intensificou suas movimentações militares contra a expansão do imperialismo “ocidental” sob a direção do imperialismo norte-americano através da OTAN, e os conflitos imperialistas ganharam uma nova dimensão, especialmente com a guerra na Ucrânia. Embora as potências imperialistas dentro da UE (especialmente Alemanha e França) façam novamente parte das movimentações econômicas e militares do imperialismo norte-americano com a guerra na Ucrânia, também buscam aumentar sua relevância militar por conta própria.
A China social-imperialista, em meio às suas contradições internas, é contida pelas manobras dos ianques e não consegue atingir os níveis de crescimento necessários para se tornar uma superpotência, assolada por uma crise no setor imobiliário e incapaz de estimular o tão necessário consumo interno. A economia japonesa está mais interligada que nunca à dos EUA, sendo o Japão o maior investidor estrangeiro no país nos últimos cinco anos, e suas capacidades políticas e militares são minúsculas em comparação à China, o que o torna totalmente dependente da “proteção” norte-americana. A Alemanha enfrenta seu terceiro ano de recessão completa, seu maior parceiro comercial são os EUA e qualquer perturbação no setor industrial exportador teria consequências terríveis para a “paz social” no país, que é a principal preocupaçação política da burguesia alemã; ao mesmo tempo, se enfrentam problemas políticos para formar um governo “estável” e a necessidade de “normalizar” a extrema-direita da AfD. A França enfrenta crescentes problemas econômicos e tenta desesperadamente usar seu relativo poderio militar como moeda de barganha na UE, além de ter sérios problemas internos com o conflito entre o Presidente e o Parlamento (chegando ao ponto de, em abril, proibir um importante candidato de concorrer nas próximas eleiçções presidenciais). A “União Europeia” como um todo é uma bagunça, incapaz de resolver qualquer um dos seus maiores problemas devido às suas contradições internas; seu único feito nos últimos tempos, além dos contínuos assassinatos em massa de imigrantes no Mar Mediterrâneo, foi a ultrajante intervenção nas eleições romenas, em completa negação da soberania daquele país; o chamado projeto de “Rearmar a Europa” baseia-se principalmente em gastos para os quais nenhuma verba foi aprovada: 650 bilhões de euros, de um total de 800 bilhões anunciados, não têm cobertura. A Itália tem um enorme problema de dívida e tenta manter o melhor relacionamento possível com os EUA, usando-o para obter vantagens na luta interna na UE. A única opção para o Reino Unido manter seu papel atual no mundo é alinhando-se aos EUA, e não pode conseguir nada sem agir em conluio com outros imperialistas. Ao Canadá só resta protestar quando sua soberania é abertamente questionada e é repetidamente humilhado pelo governo norte-americano. Por fim, a Rússia, a única potência imperialista capaz de desafiar os EUA em termos de força militar graças ao seu arsenal nuclear, está há três anos atolada em sua guerra de agressão contra a Ucrânia e paga um alto preço por essa guerra injusta.
No Oriente Médio, África e Ásia, a disputa por influência entre os imperialistas se intensificou e as intervenções militares são generalizadas. Esses desdobramentos estão levando a uma agudização das contradições entre as potências imperialistas. De um lado, a componente da OTAN, liderada pelos EUA e seus aliados (Grã-Bretanha, Alemanha, França, Canadá, Japão, Austrália, etc.), e de outro, a componente imperialista centrada na Rússia e na China. Essas componentes podem ser observadas não apenas na Europa, mas também na região Ásia-Pacífico. A política norte-americana de contenção à China levou a alianças militares com países como Japão, Austrália, Reino Unido e Canadá. À medida que a China emergiu como um dos principais atores globais, os EUA e seus aliados a definiram como uma ameaça estratégica e buscam contê-la. A agudização dessas contradições cria a possibilidade de um novo foco de guerra na região Ásia-Pacífico.
Em suma, o equilíbrio de poder dentro da ordem imperialista mundial tende a se alterar, mas, até agora, nenhuma das principais potências imperialistas está em condições de desencadear uma nova Guerra Mundial para desafiar o imperialismo norte-americano. Assim, a propaganda alarmista serve apenas para desviar a atenção da tendência principal, que é a revolução. No entanto, com a agudização das contradições, aumentou o perigo de novas e maiores guerras imperialistas (até mesmo uma Guerra Mundial), e a faísca que as acenderá pode surgir a qualquer momento na situação atual. Os comunistas devem compreender a revolução como a tendência principal para entender corretamente as necessidades do momento.
As guerras que o imperialismo desencadeia nas Nações Oprimidas, como parte de sua contenção e expressão de seu desígnio pela repartilha do mundo, são principalmente guerras de pilhagem e de subjugação dos países alvo de agressão direta ou indireta. As guerras e conflitos armados que assolam a África, da Líbia no norte até Moçambique no sul, do Sahel no oeste à Somália no leste, têm todos esse caráter. O mesmo se aplica às guerras e conflitos armados que vão da Palestina a Mianmar. Vivemos novamente um período em que mais guerras estão sendo travadas e preparadas, agressões imperialistas, intervenções militares e golpes de Estado são promovidos. Essas guerras são guerras coloniais modernas, e o termo “guerras por procuração” tenta encobrir essa essência. Os que acreditam na mentira imperialista do “fim da história” e da “vitória do capitalismo”, proclamada pelo imperialismo norte-americano nos anos 1990, sempre “esquecem” a luta das nações e países por sua independência e libertação; em seus cálculos, o principal fator da história, as massas, não é levado em consideração e, portanto, os anseios dos povos pela revolução são ignorados. Mas, repetidamente, a realidade explode na cara dos pensadores das torres de marfim.
Em todo o mundo, as massas estão em movimento e levantam-se em rebelião
A maior greve geral e protesto popular da história da Grécia ocorreu em abril deste ano. Greves gerais e movimentos grevistas em diversos outros países, como Argentina, Índia e África do Sul, têm como alvo direto os ataques das classes dominantes e seus governos. Protestos populares massivos se intensificam na Sérvia. A revolta popular em Bangladesh derrubou o governo. A luta das massas na Turquia levou às ruas a ira de amplos setores do povo. Estes são apenas alguns dos exemplos mais recentes. À medida que a pilhagem e as guerras coloniais modernas se intensificam, e a população das nações oprimidas cresce e a pobreza se aprofunda, o potencial revolucionário das massas aumentará até o ponto em que o povo preferirá morrer lutando a morrer de fome. Esta será a base para as lutas anti-imperialistas, guerras de libertação nacional, resistência à agressão e revoluções em geral.
Tentativas como a conspiração para liquidar a heroica luta da nação curda pela autodeterminação, promovida pelo Estado turco e seus amos imperialistas, jamais terão êxito. A luta pode atravessar complexos avanços e retrocessos, mas, no final, os falsos dirigentes serão completamente desmascarados, e as massas seguirão aqueles que são os verdadeiros defensores de sua causa, os comunistas. A tática contrainsurgente imperialista dos “acordos de paz” pode gerar retrocessos, como ocorreu no Nepal, mas nunca será capaz de mudar o curso da história. A questão é sempre a necessidade de uma direção correta.
A heroica luta do Povo Palestino contra o assalto do Estado de Israel, promovido e dirigido pelo imperialismo norte-americano, é um brilhante exemplo não apenas de coragem e determinação, mas também do fato de que um povo oprimido, desde que se mantenha firme em suas armas, confie em suas próprias forças e sustente uma Frente Única contra o agressor, será capaz de resistir e derrotar qualquer ataque genocida do imperialismo. Contudo, embora a resistência seja uma precondição para a libertação, não são a mesma coisa. Apesar de toda a sua glória, a Frente de Resistência Nacional Palestina, em sua atual composição, não será capaz de dirigir a luta das massas populares palestinas até a vitória completa e a plena libertação nacional e de nova democracia da Palestina. Para esmagar e derrotar o Estado de Israel e seus amos imperialistas, é indispensável uma Guerra de Libertação Nacional que cumpra as tarefas da revolução democrática. Na Era do Imperialismo e da Revolução Proletária, essa tarefa só pode ser levada a cabo sob a direção do proletariado. Sem a direção de um Partido Comunista, que hoje deve necessariamente ser um Partido marxista-leninista-maoista, que desenvolva uma Guerra Popular e dirija efetivamente a Frente Única, a libertação da Palestina não alcançará a vitória completa contra o jugo imperialista. Somente o Partido Comunista que aplicar criadoramente o marxismo-leninismo-maoismo, considerando o momento histórico e as condições nacionais, em meio à guerra, será capaz de resolver as tarefas pendentes de qualquer revolução, seja ela democrática ou socialista, e esta é uma verdade universal e sem exceções. Todos os comunistas e revolucionários devem apoiar a Frente de Resistência Nacional Palestina sem quaisquer reservas covardes, defendê-la contra todos os ataques oportunistas traiçoeiros, e, ao mesmo tempo, redobrar os esforços para servir a luta dos comunistas palestinos para constituir seu Partido marxista-leninista-maoista.
A luta épica da Frente de Resistência Nacional Palestina inflamou o recrudescimento da luta anti-imperialista em todo o mundo, desde a solidariedade armada dos povos do Iêmen e do Iraque até as mobilizações de milhões nas cidadelas do imperialismo. Este movimento deve e irá se fundir com o movimento revolucionário do proletariado internacional. Nesse aspecto, as lutas de vanguarda dos Partidos Comunistas marxistas-leninistas-maoistas que dirigem Guerras Populares desempenham um papel decisivo.
As Guerras Populares maoistas são faróis luminosos de esperança que mostram o caminho a seguir: a libertação nacional dos grilhões semicoloniais e semifeudais impostos pelo imperialismo, que só pode ser conquistada por meio de uma vitoriosa revolução democrática. Precisamos de mais Guerras Populares, e que elas convirjam com as lutas em curso das Nações e Povos Oprimidos pela libertação nacional em uma poderosa tempestade que varra o imperialismo da face da Terra. Nesse contexto, a situação da América Latina merece atenção especial dos comunistas e revolucionários de todo o mundo.
Na América do Sul, o Estado de Emergência está em vigor tanto no Equador quanto no Peru. Na Argentina, os níveis de pobreza disparam, e as massas levantam-se crescentemente em firmes protestos populares. A Venezuela não alcança estabilidade, e o conflito fronteiriço com a Guiana pode escalar para um confronto armado a qualquer momento. Na Colômbia, o regime de Petro – que, apesar de sua demagogia, representa apenas os interesses dos capitalistas burocráticos e latifundiários serviçais do imperialismo, principalmente ianque – não consegue pacificar o país, e as chamas da luta armada permanecem acesas. Na Bolívia, os conflitos entre as classes dominantes são resolvidos com violência, e o momento em que as massas se recusarão a serem colocadas umas contra as outras se aproxima cada dia mais. No Paraguai, a luta guerrilheira prossegue. No Chile, a luta pela terra se intensifica e a luta armada no campo já é uma realidade. Contudo, mais importante ainda na situação atual, no campo do Brasil uma poderosa tormenta começou, e os camponeses pobres respondem com armas nas mãos aos pistoleiros dos latifundiários, bem como às forças policiais e armadas que os apoiam, em um contexto geral de crescente onda de protestos populares em todo o país. O governo reacionário do oportunista Luiz Inácio, servo do imperialismo, principalmente ianque, tão somente fracassou em suas tentativas de conter a rebelião das massas.
Na América Central, o Estado de Emergência foi decretado em El Salvador, e o regime ultrarreacionário declarou guerra aos pobres. No México, verdadeiros senhores da guerra – financiados pelo consumo de drogas nos países imperialistas – travam uma guerra contra o povo, sendo o mais vil e perverso de todos o próprio Estado Federal. As massas na Guatemala e os operários no Panamá continuam lutando contra as condições em constante deterioração, com o agravamento da pobreza e da miséria.
Nas Antilhas (ilhas do Caribe), o Haiti é assolado por uma hedionda guerra civil entre reacionários rivais, estimulada pela intervenção imperialista. O regime cubano não consegue fornecer sequer a eletricidade necessária ao povo, e, quando as massas protestam, enfrentam a repressão feroz dos revisionistas.
Tudo isso ocorre no contexto de uma profunda crise do capitalismo burocrático e crescente agressão do imperialismo norte-americano, que acelera o turbilhão e multiplica a volatilidade em todo o continente. Nesta região, a luta dos camponeses, principalmente os pobres, é a força principal da revolução democrática. Hoje, a situação revolucionária em desenvolvimento desigual no mundo se expressa de forma concentrada nos países oprimidos da Ásia, África e América Latina.
Uma importante força estratégica do Movimento Comunista Internacional hoje são os Partidos e Organizações da LCI que operam do Rio Grande à Terra do Fogo. Não bastaria dizer que na América Latina a pradaria está seca; seria mais preciso afirmar que toda a região é um barril de pólvora prestes a explodir em uma tempestade revolucionária. Com base nisso, os maoistas atuam mobilizando, politizando, organizando e, cada vez mais, armando as massas, principalmente os camponeses pobres, a força principal da revolução democrática, com a perspectiva inabalável de iniciar a Guerra Popular. Sem dúvida, nisso reside hoje o apoio mais importante que se pode prestar aos camaradas que lutam nas Guerras Populares na Ásia.
O regime reacionário de Marcos nas Filipinas, lacaio do imperialismo, enquanto vende o país e tenta transformá-lo em uma base de apoio para a preparação da guerra imperialista, intensifica a guerra contra o povo por meio de campanhas contrarrevolucionárias, tendo como principal alvo os comunistas. As massas trabalhadoras e revolucionárias, sob a direção do Partido Comunista das Filipinas e do Novo Exército do Povo (NEP), travando uma guerra popular prolongada há mais de 56 anos, representam a maior ameaça interna aos planos de pilhagem e guerra dos governantes capitalistas burocráticos. Falsas promessas e concessões anunciadas em relação à “anistia” foram desmascaradas como apenas um dos dezenas de contos de fadas usados pela camariha governante de Marcos para semear confusão entre as massas. O “plano para derrotar o Partido Comunista” está fracassando, assim como todos os anteriores, e a intensificação das campanhas contrarrevolucionárias já está levando à intensificação da Guerra Popular, com um movimento de retificação que impulsiona o avanço em diversos aspectos da revolução democrática, principalmente a revolução agrária. Condenamos também veementemente a assassina “Operação Kagaar”, levada a cabo pelo velho Estado capitalista burocrático e ultrarreacionário contra as massas populares na Índia. Intensificam-se campanhas contrarrevolucionárias como a Operação Kagaar, uma nova guerra contra o povo, uma campanha de aniquilamento, ao passo que cresce a militarização geral e a corporativização do Estado fascista bramânico-hiduísta. Seu objetivo de “destruir a guerra popular” será derrotado, como foi poderosamente demonstrado na “Operação Caçada Verde”. Com pleno espírito internacionalista proletário, conclamamos à defesa e ao apoio às Guerras Populares na Índia e nas Filipinas por todos os meios possíveis. Expressamos nossa total convicção de que todos os planos do inimigo serão esmagados e que as Guerras Populares, com o firme apoio das massas de seus países e a solidariedade dos comunistas e revolucionários do mundo, se desenvolverão e destruirão a velha ordem e estabelecerão o poder de nova democracia dos povos.
Nos países imperialistas, a burguesia trava uma campanha contra os direitos democráticos e trabalhistas tão arduamente conquistados. O esforço de jogar o peso da crise sobre os ombros da classe operária e dos amplos setores populares tem sido respondido com crescentes greves e lutas operárias, ao passo que a ira e o repúdio contra essas falsas “democracias” aprofundam a crise do parlamentarismo, na qual a tendência inerente dos imperialistas ao fascismo e à reacionarização se manifesta cada vez mais abertamente. A censura e a repressão contra movimentos democráticos e anti-imperialistas, como ocorre na França ou na Irlanda, são enfrentadas com protestos e com o desmascaramento da suposta ordem “democrática”. A campanha pela libertação do conhecido anti-imperialista Georges Ibrahim Abdallah mobiliza milhares de pessoas em toda a França, com os comunistas assumindo um papel importante nesse processo. A militarização imperialista e a exportação de equipamentos de guerra para a Ucrânia e para Israel têm sido enfrentadas com bloqueios e greves de operários na Inglaterra e na Itália. Na Bélgica, operários realizaram uma greve geral contra o aumento da idade de aposentadoria como parte de uma “reforma da previdência”. Grandes protestos contra demissões em massa e a desindustrialização, particularmente na indústria automobilística e em outros setores industriais, ocorreram nos EUA, Inglaterra, Alemanha e Áustria. Na Espanha, os trabalhadores e as massas se levantaram contra a “gestão de crise” da burguesia, que causou o assassinato de centenas de pessoas pelas enchentes, principalmente em Valência, onde não só os partidos burgueses, mas também o rei, foram repudiados combativamente pelas massas. O crescimento visível das lutas operárias e movimentos de massas nos países imperialistas desmascara a mentira oportunista e revisionista sobre a “inatividade” e “passividade” da classe operária e a negação de seu papel revolucionário nos países imperialistas. A velha força para conter e incorporar a classe operária, a social-democracia, encontra-se em profunda crise e cada vez mais incapaz de desempenhar seu papel em prol da burguesia imperialista, razão pela qual os partidos de direita, em particular, vêm sendo preparados como alternativa para a “estabilização”. Os oportunistas e a chamada “esquerda liberal” se revelam como putrefato apêndice da velha ordem “democrático-burguesa”, apoiando as frações dominantes da burguesia contra o “fascismo”. Os resultados eleitorais e as dinâmicas internas dos movimentos operários e populares demonstram que a social-democracia e o oportunismo estão perdendo crescentemente – ou já perderam – sua posição hegemônica dentro do movimento operário, e também falham cada vez mais em conter os movimentos de massas, o que gera um certo “vácuo” e, consequentemente, mais greves “descontroladas” e outras ações independentes por parte dos oprimidos. O potencial para que os comunistas ampliem suas raízes dentro da classe operária e das massas populares é favorável; é preciso organizar e fincar raízes profundas na classe proletária – aquela que não tem nada a perder a não ser seus grilhões – e forjar nela a mais consequente classe revolucionária, a fim de assumir sua tarefa histórica de dirigir a Revolução Proletária Mundial. Isso impulsionará, sem dúvida, o processo de reconstituição dos respectivos Partidos Comunistas e o desenvolvimento das revoluções socialistas.
Estamos definitivamente no início de um novo período de revoluções no mundo, e a decomposição do imperialismo avança dia após dia. O terreno para a Revolução Proletária Mundial está amadurecendo, e especialmente a necessidade de direção dos Partidos marxistas-leninistas-maoistas torna-se cada vez mais evidente. A agudização das contradições entre os imperialistas, a crescente agressão imperialista e a reacionarização alimentam a fúria dos oprimidos do mundo e do proletariado internacional, e essa fúria busca formas de ser canalizada e concretizada. Todos os comunistas e revolucionários devem se concentrar no curso inevitável da história e transformar as condições objetivas em bases políticas e organizativas para o desenvolvimento da Revolução Proletária Mundial. O processo turbulento que atravessa o mundo e a agudização das contradições nos oferecem a oportunidade de encontrar esperança, e não desespero. Como disse o Presidente Mao: “Há um grande caos sob o céu: a situação é excelente”. Todos os comunistas e revolucionários devem cumprir com sua responsabilidade.
Organizar a rebelião das massas sob a bandeira do marxismo-leninismo-maoismo
A luta pela reconstituição dos Partidos Comunistas deve ser firmemente assumida, com iniciativa, responsabilidade e ambição proletária. Aplicando criadoramente a verdade universal do marxismo-leninismo-maoismo, compreendendo plenamente o maoismo como a terceira, nova e superior etapa de seu desenvolvimento, em conformidade com as condições históricas e nacionais de cada revolução, os comunistas devem avançar na forja da Linha Política Geral e do Programa da revolução que devem dirigir, em meio à luta de duas linhas e à luta de classes pela conquista do Poder, que só pode ser alcançada por meio da guerra revolucionária, e simultaneamente construir as formas de organização correspondentes às formas de luta. Os comunistas devem ir aos setores mais amplos e profundos das massas, educá-las na violência revolucionária e na luta contra o revisionismo e o oportunismo, rompendo com a “legalidade” burguesa e o cretinismo parlamentar, entendendo que o desenvolvimento da revolução no mundo é determinado pelos mais pobres, que são a maioria e os mais dispostos a se rebelar. Somente assim será possível varrer o “colossal monte de lixo”, parte por parte, e aos comunistas manejar corretamente a relação entre a luta pelas reivindicações diárias e a luta pelo Poder, entendendo que o Poder é a primeira e principal reivindicação das massas. Somente assim poderá surgir a Aliança Operário-Camponesa, que é a garantia da hegemonia do proletariado na Frente pela revolução democrática, e somente assim a hegemonia do proletariado poderá ser mantida também na revolução socialista. Com essa orientação, devemos organizar a classe revolucionária mais consequente, o proletariado, bem como a principal classe revolucionária nos países oprimidos, os camponeses, e formar uma forte frente de unidade com todos os outros setores revolucionários das massas oprimidas e exploradas, as mulheres, os intelectuais, as massas pobres nas cidades, a juventude, as crianças e todas as outras classes e setores do povo.
O proletariado só pode conquistar o Poder Político por meio da violência revolucionária; portanto, a principal forma de luta é a luta armada e a principal forma de organização são as forças armadas revolucionárias. Antes da eclosão de uma guerra revolucionária, todas as lutas e toda organização devem servir para prepará-la; após seu início, tudo deve servir para o seu desenvolvimento até a vitória.
As condições objetivas para o desenvolvimento da Guerra Popular são magníficas, e todas as lições recentes do confronto armado entre o imperialismo e os povos do mundo confirmam a validez da teoria militar dos marxistas-leninistas-maoistas. O homem é o fator decisivo na guerra, como ficou mais de uma vez demonstrado nas retumbantes derrotas militares sofridas pelas forças lideradas pelo imperialismo norte-americano no Iraque e no Afeganistão. As experiências da Frente de Resistência Nacional Palestina demonstram que a Guerra de Guerrilhas prolongada pode ser sustentada com êxito mesmo em ambientes urbanos e sob as condições mais adversas, desde que conte com o apoio das massas, pois é delas que retira sua força. As experiências nos campos de batalha da Palestina e da Ucrânia fazem com que os estrategistas imperialistas revertam suas teorias e, agora, reconheçam a importância decisiva da Guerra Terrestre – e, dentro dela, novamente conferem maior peso à Guerra de Túneis. Mesmo o desenvolvimento de armamentos como os drones pode, uma vez que os Combatentes do Povo aprendam a manuseá-los, tornar-se parte útil do arsenal do Exército Revolucionário.
Tudo isso reforça ainda mais nossa convicção, determinação e ambição de servir à reunificação dos comunistas do mundo, com a perspectiva da reconstituição da Internacional Comunista. Esta luta é longa, complexa, e os ataques constantes do inimigo a tornam ainda mais árdua, mas nós, comunistas, existimos precisamente para resolver os problemas colocados pela Revolução Proletária Mundial. Nós, comunistas, somos superiores a todas as dificuldades e nada nem ninguém pode nos deter. Prevaleceremos.
Embora muitos discursos “anti-imperialistas” apresentem lutas reformistas ou parlamentares como solução, a experiência histórica demonstra que esses métodos nada mais fazem que aprofundar a exploração dos povos e legitimar a exploração. Diante disso, é uma necessidade urgente a construção de uma luta anti-imperialista revolucionária, classista e internacional. É preciso organizar a violência revolucionária e as Guerras Populares dos povos oprimidos e do proletariado internacional, sem nunca esquecer que a violência contrarrevolucionária só se vence com violência revolucionária. O oportunismo reformista ou parlamentar serve para assegurar a continuidade do sistema existente e tornar ainda mais vulneráveis os direitos dos oprimidos. Por isso, a clareza ideológica, a iniciativa política e o desenvolvimento de organizações nacionais e internacionais para fortalecer as bases da Revolução Proletária Mundial não são uma escolha, mas uma necessidade. A expressão concreta dessa necessidade tornar-se-á ainda mais relevante hoje, com o fortalecimento dos Partidos marxistas-leninistas-maoistas, o avanço dos processos de reconstituição e o desenvolvimento de organizações internacionais anti-imperialistas.
A tarefa urgente que temos diante de nós é moldar a Frente Anti-Imperialista Internacional, cujo principal objetivo é elevar o apoio às Guerras Populares a um novo patamar. Nesse sentido, reafirmamos nosso férreo e sólido apoio ao Partido Comunista do Peru, ao Partido Comunista das Filipinas, ao TKP/ML e à luta de nossos camaradas do Partido Comunista da Índia (Maoista), que hoje combatem heroicamente para derrotar a “Operação Kagaar” – operação de cerco e aniquilamento – das forças armadas do velho Estado reacionário indiano, para persistir no caminho da guerra popular e manter bem alto a bandeira vermelha. Confiamos que nossos camaradas romperão a campanha contrarrevolucionária de cerco e que a guerra popular triunfará no final.
Conclamamos todos os comunistas e revolucionários do mundo a unirem-se a nós sob a bandeira do marxismo-leninismo-maoismo, na luta implacável contra o imperialismo, o revisionismo e a reação mundial, a serviço da Revolução Proletária Mundial.
VIVA O PRIMEIRO DE MAIO!
ABAIXO O IMPERIALISMO, O REVISIONISMO E A REAÇÃO!
A VITÓRIA PERTENCE AO PROLETARIADO INTERNACIONAL EM RESISTÊNCIA E LUTA E AOS POVOS OPRIMIDOS DO MUNDO!
VENCEREMOS, O PROLETARIADO INTERNACIONAL E OS POVOS OPRIMIDOS DO MUNDO VENCERÃO!
VITÓRIA ÀS GUERRAS POPULARES!
VIVA O MARXISMO-LENINISMO-MAOISMO!
VIVA A LCI!
VIVA O INTERNACIONALISMO PROLETÁRIO!
AVANTE NA CONSTRUÇÃO DA FRENTE ANTI-IMPERIALISTA!
PROLETÁRIOS DE TODOS OS PAÍSES, UNI-VOS!
Liga Comunista Internacional
1º de maio de 2025