Dinamarca: Mensagem do Primeiro de Maio sobre a fundação do Comitê Estrela Vermelha (2024)

Nota do blog: Publicamos a seguir tradução não oficial de um comunicado sobre a fundação do Comitê Estrela Vermelha na Dinamarca, que “baseia-se e é guiado pela ideologia todopoderosa de nossa classe internacional, todopoderosa porque é verdadeira: o marxismo-leninismo-maoismo, principalmente maoismo, com os aportes de validez universal do Presidente Gonzalo” visando cumprir a tarefa histórica de reconstituir o Partido Comunista da Dinamarca – DKP “como Partido de Novo Tipo, hoje um Partido marxista-leninista-maoista militarizado, uma máquina de guerra construída e forjada para levar a cabo a tarefa histórica de nossa classe: conquistar o Poder para a nossa classe através da Guerra Popular”.

Proletários de todos os países, uni-vos!

Mensagem do Primeiro de Maio sobre a fundação do Comitê Estrela Vermelha

É com grande alegria e otimismo comunista que neste Primeiro de Maio – Dia Internacional da Luta dos Trabalhadores – e como parte e em meio à celebração do 130º aniversário do natalício do Presidente Mao Tsetung, proclamamos a formação de nossa organização: o Comitê Estrela Vermelha! Como resultado da luta de classes do proletariado, tanto internacional como nacional, em curso e cada vez mais intensa, surgiu o Comitê Estrela Vermelha. Ainda que nossa organização esteja em seus primeiros anos, tanto em idade como politicamente, sua perspectiva é grande, porque seu claro futuro está em meio às chamas da luta de classes e da luta de duas linhas a se desenvolver, amadurecer e endurecer-se na prática revolucionária para converter-se em uma organização verdadeiramente proletária. Nosso objetivo claro é servir à Revolução Proletária Mundial lutando contra o imperialismo, o revisionismo e a reação de todo tipo. Fazemos isto principalmente forjando o proletariado na organização de vanguarda da Dinamarca que reconstituirá o Partido Comunista da Dinamarca para dirigir a Revolução Socialista na Dinamarca através da Guerra Popular.

A necessidade do Partido Comunista da Dinamarca

Lutamos pelo Programa Comunista: o objetivo de nossa classe, que é conquistar e consolidar o Poder para dirigirmo-nos ao Comunismo. Na Dinamarca, isto significa organizar a luta de classes do proletariado, para que possa conquistar o Poder através de uma Revolução Socialista, e então, com as sucessivas Revoluções Culturais, levar-nos a nós e ao resto da humanidade ao Comunismo. Portanto, planteamos o que o Presidente Mao afirmou em 1948 ao resumir cem anos de luta proletária e revolução mundial:

Para fazermos a revolução, necessitamos dum partido revolucionário. Sem um partido revolucionário, sem um partido fundado na teoria revolucionária marxista-leninista e no estilo revolucionário marxista-leninista é impossível dirigir a classe operária e as grandes massas do povo à vitória sobre o imperialismo e os seus lacaios. Em mais de cem anos decorridos desde o nascimento do marxismo, só graças ao exemplo que deram os bolcheviques russos dirigindo a Revolução de Outubro e a construção socialista e vencendo a agressão fascista, se formaram e desenvolveram no mundo partidos revolucionários de novo tipo. Com o nascimento de partidos revolucionários desse tipo, mudou a fisionomia da revolução mundial. A mudança foi tão grande que transformações de todo inconcebíveis para as velhas gerações se produziram mesmo no meio de raios e trovões”.

– Forças revolucionárias do mundo inteiro, uni-vos, lutai contra a agressão imperialista – Mao Tsetung, 1948 [Nota do Tradutor]

O que o Presidente Mao nos ensina se confirma em toda sua plenitude, e hoje mais do que nunca. Necessitamos do Partido Comunista da Dinamarca como Partido de Novo Tipo, hoje um Partido marxista-leninista-maoista militarizado, uma máquina de guerra construída e forjada para levar a cabo a tarefa histórica de nossa classe: conquistar o Poder para a nossa classe através da Guerra Popular.

Na Dinamarca, nossa classe tinha o seu Partido de Vanguarda: o Partido Comunista da Dinamarca. O Partido foi fundado em 1919 sobre claros princípios marxistas-leninistas em meio às tormentas da luta de classes internacional e nacional e da luta de duas linhas. Fundado como uma seção da Internacional Comunista e temperado no espírito do internacionalismo proletário. Com profundas raízes entre as massas, dirigiu a classe e o povo a muitas vitórias durante décadas desde sua fundação. Na Guerra Civil Espanhola, mais de 220 de seus membros deram heroicamente as suas vidas pelo proletariado e o povo da Espanha. O maior heroísmo e prestígio do Partido e da classe foram vistos na Resistência Nacional Armada contra a ocupação fascista hitlerista da Dinamarca e contra o governo social-democrata, lacaio e vende-pátria no período de 1940-1945. Foi o DKP [Nota do Tradutor: Partido Comunista da Dinamarca] que tomou a iniciativa de iniciar e dirigir a Luta Armada pela Liberdade e desfrutou de enorme participação e apoio das massas. O Partido sofreu um revés quando depôs as armas depois que a ocupação foi derrotada e a direção capitulou frente a burguesia dinamarquesa. Foi finalmente liquidado pelo revisionismo moderno de Kruschov, e o nome do Partido existe hoje apenas tecnicamente como um rótulo para uma associação revisionista corrupta dentro da Aliança Vermelha e Verde – um partido carcomido pelo revisionismo apodrecido e o cretinismo parlamentar.

A fundação de nosso Comitê marca um salto decisivo nos esforços de nossa classe na Dinamarca para reconstituir sua vanguarda neste país. Acreditamos que a fundação de nosso Comitê é muito oportuna, porque sem a vanguarda de nossa classe, a burguesia imperialista dinamarquesa tem sido capaz de seguir seu caminho enlouquecido, roubando à nossa classe um direito após o outro que ela conquistou ao longo do século XX. Ao mesmo tempo, a burguesia continua desatando sua exploração e agressão imperialistas contra os povos do mundo.

O imperialismo dinamarquês é uma potência imperialista menor mas igualmente cruel. Vive do sangue, suor e lágrimas do proletariado e dos povos do mundo. Não poupa meios para promover seus objetivos imperialistas, como demonstrou repetidamente em suas incursões imperialistas, por exemplo, na Iugoslávia, no Iraque, na Líbia e no Afeganistão. O imperialismo dinamarquês também mantém hoje um domínio colonial extremamente atrasado sobre a Groenlândia e as Ilhas Faroé, o que tem impedido o desenvolvimento dessas nações durante séculos. O imperialismo dinamarquês continua seu processo de reacionarização, que se agravou significativamente desde a erroneamente chamada “crise do coronavírus”. Esta reacionarização caracteriza-se por uma militarização de toda a sociedade; uma centralização da divisão tripartida do poder no poder executivo; e um crescente chauvinismo imperialista e agressão. Ao mesmo tempo, o empobrecimento das massas na Dinamarca está crescendo, o custo de vida é cada vez mais elevado, enquanto cada vez mais programas de assistência social são cortados apesar dos enormes lucros da burguesia e do Estado burguês.

O imperialismo dinamarquês já atingiu há muito sua data de caducidade. É monopolista, parasitário e moribundo. Hoje é apenas um cadáver hipócrita e apodrecido à espera de ser enterrado pela classe e o povo dirigidos pelo DKP.

Portanto, nossa tarefa é penetrar nas massas mais amplas e profundas, lutar e dirigir a luta de classes para reconstituir o Partido Comunista da Dinamarca. Apenas mediante a participação direta nos trovões e no fogo da luta de classes poderemos compreender as leis específicas da luta de classes no país. Só assim poderemos identificar a Linha Vermelha na história de nosso Partido, retomá-la e desenvolvê-la ainda mais nas condições dinamarquesas modernas.

O maoismo deve ser mando e guia

Nosso Comitê baseia-se e é guiado pela ideologia todopoderosa de nossa classe internacional, todopoderosa porque é verdadeira: o marxismo-leninismo-maoismo, principalmente maoismo, com os aportes de validez universal do Presidente Gonzalo, isto é, do Pensamento Gonzalo.

Acreditamos firmemente que o marxismo alcançou uma terceira, nova e superior etapa: o maoismo, forjado pelo Presidente Mao Tsetung, que ao desenvolver os três componentes do marxismo: filosofia marxista, economia política marxista e socialismo científico, produziu um novo salto qualitativo para o marxismo em seu conjunto, o que implica uma nova etapa.

Isto foi feito durante os mais de 22 anos de Guerra Popular na China, o estabelecimento da República Popular da China, o impulso ao desenvolvimento do socialismo e culminou na tormenta celestial de dez anos da Grande Revolução Cultural Proletária. Todo este magnífico processo sob a Chefatura pessoal do Presidente Mao Tsetung.

O maoismo é universal. Isto é, ser marxista hoje exige ser marxista-leninista-maoista, principalmente maoista. O marxismo-leninismo-maoismo deve ser aplicado criadoramente às condições concretas de cada país e não mecânica ou dogmaticamente, porque nesse caso a revolução tomaria o caminho do oportunismo e fracassaria. Para aprender a aplicar o marxismo-leninismo-maoismo às condições concretas da Dinamarca, devemos aprender do Presidente Gonzalo e do Partido Comunista do Peru, que definiram o maoismo e o aplicam criadoramente no Peru durante quase 44 anos de invencível Guerra Popular.

Aplicando criadoramente o maoismo às condições peruanas, o proletariado e o povo peruano alcançaram o Pensamento Gonzalo, que é garantia de triunfo no Peru e que também sustenta princípios universais. Estamos convencidos de que o Pensamento gonzalo contém importantes princípios que são essenciais para serem aplicados pelo proletariado de nosso país e do resto do mundo para dirigir a revolução à vitória.

Hoje vemos como o maoismo se faz sentir à escala global. Vemos como as lutas mais luminosas de nossa classe no mundo de hoje: as Guerras Populares no Peru, Turquia, Índia e nas Filipinas servem como tochas que iluminam e mostram o caminho do proletariado e os povos do mundo rumo à libertação. Com a fundação da Liga Comunista Internacional – LCI no final de 2022 e sua campanha para celebrar o 130º aniversário do natalício do Presidente Mao, o maoismo está logrando uma hegemonia crescente no Movimento Comunista Internacional e consolidando-se cada vez mais como único mando e guia da Revolução Proletária Mundial. Reafirmamos que a Liga Comunista Internacional é um grande salto para impor o maoismo como mando e guia da Revolução Proletária Mundial, ao mudar a tendência no Movimento Comunista Internacional da dispersão para a unificação sob o maoismo e para a reconstituição da Internacional Comunista. Portanto, reafirmamo-nos no que a LCI proclamou em sua Declaração de Fundação:

A I Conferência Internacional Maoista Unificada é base e marcha inexoravelmente na reunificação dos comunistas do MCI, máquina de guerra, máquina de combate que levanta as imarcescíveis bandeiras do marxismo-leninismo-maoismo e da invencível guerra popular!”.

Declaração Política e de Princípios da Liga Comunista Internacional

A situação que vivemos é extraordinária e as condições objetivas para a revolução são muito favoráveis. A crise do imperialismo está se aprofundando, enquanto preparam uma nova repartilha do mundo: uma guerra mundial imperialista, a qual devemos enfrentar com a revolução. O agravamento das contradições fundamentais no mundo leva ao crescimento da luta das massas. As condições subjetivas também são favoráveis com um novo período de revoluções que se abre em todo o mundo.

A Heroica Resistência Nacional Armada do povo palestino e a Heroica Contraofensiva de 7 de Outubro marcaram um novo e inegável salto na luta palestina pela libertação nacional e conduziram à inspiração e ao otimismo nas lutas de libertação nacional e revoluções em todo o mundo. Este otimismo e vontade de lutar contra o imperialismo, acompanhado pelo ódio de classe contra os imperialistas e o brutal genocídio de seus lacaios sionistas contra o povo palestino, também se retiveram no centro das atenções da luta de classes na Dinamarca e levaram a uma grande mobilização e politização das massas. Isto levou a um rechaço generalizado do imperialismo dinamarquês, demonstrando assim que os interesses do proletariado são fundamentalmente irreconciliáveis com o imperialismo. A luta das massas na Dinamarca clama todos os dias por sua vanguarda. Para que se organize a sua rebelião. Corresponde aos comunistas em formação no país penetrar funda e profundamente entre as massas mais amplas e profundas, vivendo, trabalhando e lutando junto a elas. Plantear suas demandas diárias, mobilizando-as, politizando-as e organizando-as, mostrando que a luta por suas demandas e a tarefa de reconstituir o Partido e lançar a revolução são duas faces da mesma moeda.

Como Comitê de Comunistas em Formação, assumimos a responsabilidade da grande e difícil tarefa de reconstituir o Partido Comunista da Dinamarca como um Partido Maoista, uma máquina de guerra para dirigir a Guerra Popular na Dinamarca rumo à conquista do Poder. Desta maneira lutamos por cumprir a tarefa histórica de nossa classe na Dinamarca, servindo sempre à Revolução Proletária Mundial. Todo revolucionário na Dinamarca que esteja de acordo com este objetivo deve olhar para cima, assumir a responsabilidade e unir-se à luta por este grande objetivo. Com isto, neste Primeiro de Maio sigamos celebrando vigorosamente a campanha da Liga Comunista Internacional para celebrar o 130º aniversário do natalício do Presidente Mao Tsetung, pondo na agenda a reconstituição do glorioso Partido Comunista da Dinamarca!

VIVA A FUNDAÇÃO DO COMITÊ ESTRELA VERMELHA!
ADIANTE COM A RECONSTITUIÇÃO DO PARTIDO COMUNISTA DA DINAMARCA!
VIVA A LIGA COMUNISTA INTERNACIONAL – LCI!
VIVA O 130º ANIVERSÁRIO DO NATALÍCIO DO PRESIDENTE MAO TSETUNG!
VIVA O MARXISMO-LENINISMO-MAOISMO, PRINCIPALMENTE MAOISMO!
UNIR-SE SOB O MAOISMO! MORTE AO REVISIONISMO!
VIVA A HEROICA RESISTÊNCIA NACIONAL ARMADA DO POVO PALESTINO!
MORTE AO IMPERIALISMO! GUERRA POPULAR ATÉ O COMUNISMO!
ABAIXO O IMPERIALISMO DINAMARQUÊS! LIBERDADE PARA A GROENLÂNDIA E AS ILHAS FAROÉ!

Comitê Estrela Vermelha
Primeiro de Maio de 2024