A contribuição de J. V. Stalin para o marxismo-leninismo (URSS, 1950)

Nota do Blog: A seguir publicamos uma tradução inédita para o português do documento “A contribuição de J. V. Stalin para o marxismo-leninismo”. Tal documento é um relato do evento dos 70 anos do Camarada Stalin, em que prominentes filósofos soviéticos palestraram. Dentre eles, destacava-se Mark Mitin, que em sua palestra frisa as contribuições universais do Camarada Stalin ao marxismo-leninismo, cuja principal é ter definido a elevação do marxismo a uma nova e superior etapa, o marxismo-leninismo.
É importante destacar para nossos leitores que a semelhança com a definição do Presidente Gonzalo acerca do maoismo não é mera coincidência. E que tal definição não está, como alguns detratores dizem, fora dos clássicos do marxismo, pelo contrário, é a aplicação magistral do materialismo dialético e histórico à filosofia marxista.
Para além disso, os filósofos sustentam que nas condições da construção do socialismo na URSS, o pensamento de Stalin era de fato a aplicação criadora do universal do marxismo-leninismo à realidade concreta da Rússia e também internacionalmente no contexto histórico da vitória do socialismo em 1/6 do mundo. Aqui se destacava que ser comunista, ser marxista-leninista naquela quadra histórica correspondia ser marxista-leninista, contribuições do Camarada Stalin e mesmo a vitória da revolução chinesa como parte desse processo de assimilação do marxismo-leninismo e as contribuições do Camarada Stalin.
Outro ponto de destaque é a sustentação teórica de um dos camaradas palestrantes de que Lenin e Stalin defenderam a contradição (unidade e luta de contrários) como lei fundamental, essência da dialética. Como se sabe, todos estes aportes foram defendidos e encarnados pelo Presidente Mao, posteriormente desenvolvidos a uma nova etapa.

Bons estudos.

A contribuição de J.V. Stalin para o marxismo-leninismo

M.B. Mitin
M.D. Kammari
G.F. Aleksandrov

… As obras teóricas do camarada Stálin e a luta prática revolucionária e criativa pelo comunismo dirigida por ele tiveram uma poderosa influência transformadora na ciência. O fundamento do próprio marxismo já era uma grande revolução na ciência e, em nossa época, os ensinamentos de Marx e Engels, elevados por Lênin e Stálin a uma nova e superior etapa, tornaram-se a base científica para a transformação das relações sociais, da tecnologia e da própria natureza.

Josef Vissarionovich Stalin – o continuador da obra imortal de Marx e Engels, o amigo e companheiro de armas de Vladimir Illich Lenin e continuador de suas obras geniais – é o maior pensador de nossa época moderna, um tesouro da ciência marxista-leninista. Ele enriqueceu e desenvolveu o materialismo dialético – um meio poderoso para a compreensão científica das ciências sociais – e influenciou muito e de forma frutífera o desenvolvimento das ciências naturais.

A Academia de Ciências da URSS marcou a ocasião do 70º aniversário do nascimento do camarada Stalin com uma grande série de sessões de seu Conselho Geral e de todas as suas seções e conselhos científicos de vários institutos. Em várias palestras, em uma atmosfera de entusiasmo geral, foram resumidas as grandes contribuições do camarada Stalin para o desenvolvimento e a continuação do marxismo-leninismo e para a criação de uma nova ciência e tecnologia soviética.

Em 26 de dezembro de 1949, representantes de disciplinas históricas e filosóficas lotaram a sala de conferências da Seção de História e Filosofia, a sala na qual, há 20 anos, o camarada Stálin fez uma palestra magnífica para a conferência de operários agrícolas marxistas que enriqueceu o tesouro do marxismo-leninismo. As sessões realizadas fizeram parte das sessões da Academia de Ciências dedicadas ao septuagésimo aniversário do nascimento do amado líder.

Eminentes cientistas soviéticos tomam seus lugares no presidium.

Para a palestra sobre o tema “J.V. Stalin – da ciência marxista-leninista”, o pódio foi dado ao acadêmico M.B. Mitin.

J.V. Stalin, seguidor leal de Lenin, continuador de sua causa, fez uma contribuição inestimável para o desenvolvimento do leninismo – diz o palestrante. Durante um período anterior da atividade política do camarada Stalin, na época de sua estada no Cáucaso, ele já se mostrava como o mais firme e consistente seguidor de Lenin. Já durante esses anos, enfatizou o palestrante, o camarada Stalin criou uma série de obras originais da teoria marxista-leninista, que representavam por si só uma séria contribuição ao leninismo. No espírito leninista, ele abordou questões de ideologia, tática, organização e formação teórica e prática do partido bolchevique.

A importância dos trabalhos teóricos de J.V. Stalin é grandiosa. Ele generalizou toda a herança ideológica de V.I. Lenin e deu a fundamentação teórica do leninismo. O camarada Stalin deu a definição clássica do leninismo: “O leninismo – escreveu ele – é o marxismo da era do imperialismo e da revolução proletária. Para ser mais exato, o leninismo é a teoria e a tática da revolução proletária em geral, a teoria e a tática da ditadura do proletariado em particular” (J.V. Stalin, Questões do Leninismo, Foreign Languages Press, Pequim 1976, p. 3 [Fundamentos do Leninismo]).

Nessa definição, o camarada Stalin enfatiza a unidade contínua, a integridade e a progressão dos ensinamentos de Marx e Lenin. Ele destacou que a base do leninismo é o marxismo e que, sem entender e partir do marxismo, não há como entender o leninismo. Dessa forma, o camarada Stalin chamou a atenção para o que há de novo relacionado ao nome de Lenin, o que Lenin contribuiu para o desenvolvimento da teoria marxista com base na generalização da nova experiência na luta de classes do proletariado na época do imperialismo e da revolução proletária.

O camarada Stalin sempre enfatiza que a base teórica do leninismo é o marxismo. Sabe-se que há relativamente pouco tempo, houve uma tentativa em nossa literatura filosófica de “completar” essa declaração de J.V. Stalin com a consideração de que, juntamente com o marxismo, o leninismo se baseia na filosofia revolucionária-democrática clássica russa do século XIX.

Sem dúvida, a importância do pensamento filosófico clássico do século XIX é grande como o pensamento mais avançado e mais revolucionário do período pré-marxista. Entretanto, é completamente errado considerar a filosofia clássica russa como a base teórica do leninismo juntamente com o marxismo. O leninismo, conforme salientado repetidamente pelo camarada Stalin, tem uma base teórica, e essa base é o marxismo.

A obra do camarada Stalin Os Fundamentos do Leninismo, escrita em 1924, logo após a morte de Lenin, é um desenvolvimento criativo extraordinário da ciência marxista-leninista. Uma poderosa força de generalização teórica, de profundo conhecimento da história, percorre toda essa obra, há o reconhecimento completo do tesouro de ideias de Lenin – tudo isso caracterizou o papel de V.I. Lenin como o criador do leninismo, como o continuador do marxismo para uma nova era histórica. A obra do camarada Stalin Os Fundamentos do Leninismo e várias outras obras de J.V. Stalin (A Revolução de Outubro e as Táticas dos Comunistas Russos, Sobre Questões do Leninismo, Os Resultados do Trabalho da XIV Conferência do P.C.R.(B), Perguntas e Respostas e outras) formaram, em seu conjunto, uma obra integral sobre a questão do leninismo.

O camarada Stalin mostrou o significado internacional do leninismo. Ele expôs de forma incisiva e direta as tentativas de distorcer o leninismo, que tentaram restringir o leninismo à situação peculiar da Rússia, que tentaram transformar o leninismo em um fenômeno “puramente russo”.

O camarada Stalin mostrou que o principal no leninismo consiste nos ensinamentos sobre a ditadura do proletariado, que todas as outras partes constituintes do leninismo: a questão camponesa, a questão nacional, os ensinamentos sobre estratégia e tática… devem ser abordados como consequência dessa essência principal à qual estão organicamente ligados. Dessa forma, o camarada Stalin enfatizou o caráter verdadeiramente militante e revolucionário do leninismo, que luta pela liquidação do capitalismo e pelo estabelecimento da ditadura do proletariado, pela construção de uma nova sociedade.

O camarada Stalin mostra com uma força tremendamente convincente que a teoria marxista é o guia para a ação, que graças a Lênin o partido bolchevique possuía uma grande arma, com a qual poderia tomar a fortaleza mais inexpugnável.

Lenin morreu em 1924. Todos os encargos decorrentes da solução da tarefa histórica da construção do socialismo em nosso país foram assumidos pelo camarada Stalin. Sob sua direção, foi realizada uma transformação gigantesca que não tinha precedentes na história e que mudou radicalmente a face do país.

A época de Stalin é a época da vitória do socialismo em um sexto da Terra e da transição gradual do socialismo para o comunismo na URSS. A importância histórica internacional dessa vitória é inestimável. A URSS foi a primeira a pavimentar o caminho para o socialismo. A experiência inesgotável da construção do socialismo na URSS é um exemplo para todos os países, para todos os partidos comunistas fraternos.

O camarada Stalin desenvolveu criativamente o leninismo para essa nova época, mostrou as leis dessa época, deu uma resposta às questões mais complicadas colocadas pela prática revolucionária. O camarada Stálin enriqueceu a teoria marxista-leninista com novas declarações e novas diretrizes correspondentes à nova experiência na luta de classes da classe operária na URSS e em todo o mundo. O que J.V. Stalin contribuiu para os ensinamentos marxistas é uma nova e superior etapa no desenvolvimento do leninismo. J.V. Stalin é um teórico do socialismo vitorioso, o fundador da teoria científica da sociedade socialista.

A vitória do socialismo na URSS resultou na criação de uma nova formação socioeconômica. A nova formação social e estatal que foi criada, desenvolvida e fortalecida exibe características sociais específicas apenas dessa formação. O socialismo tornou-se parte da vida cotidiana de milhões de trabalhadores. Surgiram novas relações sociais entre as pessoas. As relações de produção, ou seja, as relações entre as pessoas engajadas no processo social de produção, são construídas com base na cooperação entre camaradas e na assistência mútua socialista. Um novo homem da época socialista foi formado.

J.V. Stalin fez uma análise completa do modo de produção socialista, que é um modo de produção superior ao capitalismo. Ele analisou a diferença radical entre o socialismo e o capitalismo, as características da superioridade desse modo de produção como uma etapa superior, um sistema social mais progressista do que qualquer outro anterior, como um tipo mais elevado de organização social do trabalho. J.V. Stalin investigou minuciosamente as leis dessa nova formação.

Seguindo as indicações de V.I. Lenin, o camarada Stálin desenvolveu um programa rigoroso, científico, teórico e prático para a industrialização socialista de nosso país. O método socialista de industrialização, ele ressaltou, é radicalmente diferente dos métodos de industrialização dos países capitalistas. Os países capitalistas realizaram sua industrialização por meio da exploração impiedosa dos operários, da pilhagem de colônias, por meio de conquistas, saques e empréstimos onerosos. A industrialização capitalista resultou no empobrecimento das massas operárias, na ampliação do exército de reserva de mão de obra e na formação de uma enorme massa de desempregados. Resultou no agravamento da crise econômica do capitalismo, na miséria em massa e no sofrimento das massas operárias. O método soviético de industrialização baseia-se no domínio da propriedade social sobre os instrumentos e meios de produção, nas fontes internas de acumulação socialista para o desenvolvimento da indústria. Seguindo as considerações de V.I. Lenin, o camarada Stálin elaborou em teoria e colocou em prática um plano rigoroso para a coletivização da agricultura. Essa foi uma das tarefas mais complicadas da revolução socialista; no entanto, o poder soviético realizou essa tarefa com sucesso. Como resultado, na aldeia soviética ocorreu uma revolução cujo significado, conforme apontado pelo camarada Stalin, pode ser comparado ao da Revolução de Outubro de 1917. O camarada Stalin criou a teoria da coletivização do campo, ele é o fundador do sistema kolkhoz.

Com base na coletivização do campo, a antiga classe exploradora de nosso país – os kulaks – foi liquidada. Todas essas mudanças sociais produziram as condições para a vitória do socialismo em todas as esferas da economia da URSS.

A vitória do socialismo em nosso país foi estabelecida do ponto de vista legal com a adoção da Constituição da URSS de 1936. A União Soviética entrou em um novo período de desenvolvimento. Então, de fato, foi levantada a questão da construção do comunismo, a transição passo a passo do socialismo para o comunismo. Em conexão com a vitória do socialismo na URSS, foram revelados novos aspectos e características da nova formação social. A contribuição histórica de J.V. Stalin baseia-se na descoberta das leis da sociedade socialista, na profunda generalização teórica dessa nova época, na concretização e no desenvolvimento do leninismo sobre a questão do Estado, das classes, do trabalho, das forças motrizes, das nações no socialismo e no comunismo.

No Relatório ao XVIII Congresso da P.C.U.S.(B.) (março de 1939) sobre a questão do Estado, o camarada Stalin declarou “Não podemos esperar que os clássicos marxistas, separados como estavam de nossos dias por um período de 45 ou 55 anos, tenham previsto todo e qualquer ziguezague da história no futuro distante e em cada país em separado. Seria ridículo esperar que os clássicos marxistas tivessem elaborado, para nosso benefício, soluções prontas para todo e qualquer problema teórico que pudesse surgir em um determinado país 50 ou 100 anos depois, para que nós, descendentes dos clássicos marxistas, pudéssemos cochilar tranquilamente à beira da lareira e mastigar soluções prontas”. (J.V. Stalin, Problemas do Leninismo, Foreign Languages Press, Pequim 1976, p. 931).

As declarações de Stalin sobre a possibilidade da construção do comunismo em nosso país, sobre a preservação do Estado no período do comunismo em caso de cerco capitalista, enriqueceram o leninismo com uma nova arma teórica, deram ao partido bolchevique, à classe operária e a todos os trabalhadores do país soviético uma grande perspectiva, clareza de objetivos e inspiraram novas conquistas. Eles esclareceram, com uma poderosa força motriz, o desenvolvimento subsequente do país soviético, rumo às alturas da nova formação social. O camarada Stalin continuou o trabalho de Lenin sobre a questão do Estado, que este último não pôde concluir devido à sua morte prematura.

J.V. Stalin desenvolveu, em primeiro lugar, as características completas das classes da sociedade socialista na URSS. A essência de suas explicações sobre o conteúdo de classe da sociedade socialista pode ser resumida da seguinte forma:

a) A consolidação do socialismo na URSS implicava a completa liquidação de todas as classes e estratos exploradores em nosso país.

b) A vitória da Revolução de Outubro e a consolidação do socialismo na URSS resultaram em uma mudança na natureza social da classe operária, do campesinato e da intelectualidade.

Os grupos sociais da sociedade soviética passaram por mudanças radicais: “…a classe operária da URSS é uma classe operária inteiramente nova, uma classe operária emancipada da exploração, algo que a história da humanidade nunca conheceu” (ibid., p. 801 [Sobre o Projeto de Constituição da URSS]). Além disso, “[…] o campesinato soviético é um campesinato inteiramente novo, como a história da humanidade nunca conheceu” (ibid., p. 802).

c) A sociedade socialista soviética consiste em duas classes – operários e camponeses; a intelligentsia é um estrato social, mas não uma classe separada; os trabalhadores, os camponeses e a intelligentsia operária têm direitos iguais em todas as esferas da vida econômica, política, social e cultural do país.

d) No futuro, quando todas as diferenças de classe forem superadas, os operários, os camponeses e a intelectualidade se tornarão os operários da sociedade comunista. Dessa forma, com base na generalização da experiência da sociedade socialista soviética, J.V. Stalin estabeleceu que, sob o socialismo, como a primeira fase do comunismo, as classes ainda existem, certas diferenças de classe entre elas ainda são preservadas, que essas classes têm uma nova natureza socialista, mas que somente na fase superior do comunismo essas diferenças de classe desaparecerão.

Essas considerações teóricas foram incorporadas na Constituição da URSS; elas são um passo adiante no desenvolvimento da teoria do leninismo, elas enriquecem o leninismo com novos valores teóricos. A existência de duas classes no socialismo, a existência de diferenças substanciais de classe entre elas, baseiam-se na existência, no socialismo, de duas formas de propriedade socialista. Anteriormente, era mais ou menos aceito que no socialismo existiria apenas uma forma de propriedade baseada nos instrumentos e meios de produção socializados. Essa questão não podia ser colocada de forma mais definitiva, pois as condições necessárias não existiam. J.V. Stalin desenvolveu e concretizou os ensinamentos de Marx, Engels e Lenin sobre o socialismo e estabeleceu que, no socialismo, a propriedade pode existir de duas formas: a forma de propriedade estatal consistentemente socialista, que é a propriedade de todo o povo, e a forma de propriedade cooperativa-kolkhoz, a propriedade dos produtores coletivos (Nota do Blog: propriedade coletiva).

A tese das duas formas de propriedade socialista sob o socialismo foi comprovada pelo camarada Stalin. Ele elaborou a questão do caráter socialista dos kolkhozes, a questão das formas de desenvolvimento e consolidação dos kolkhozes. Tudo isso constitui uma contribuição eminente à ciência marxista-leninista, que possibilita a exposição das leis de desenvolvimento da sociedade socialista.

J.V. Stalin concretizou o ensinamento leninista sobre a questão do trabalho sob o socialismo e o comunismo. Com relação a essa questão, a tese principal poderia ser resumida da seguinte forma:

1. O socialismo e o trabalho não podem ser isolados um do outro; a formação socialista é, antes de tudo, uma formação que não tem vagabundos ou parasitas, onde a famosa tese leninista: “quem não trabalha, não come”, de que o trabalho é uma obrigação de todos os operários, foi colocada em prática. “O socialismo – disse o camarada Stalin – não repudia de forma alguma o trabalho. Pelo contrário, o socialismo é baseado no trabalho. O socialismo e o trabalho são inseparáveis um do outro.” (J.V. Stalin, Questões do Leninismo, p. 663. [Discurso proferido no Primeiro Congresso Sindical de Brigadistas de Choque de Fazendas Coletivas).

2. Sob o socialismo, o trabalho se torna uma questão de honra e glória popular, tem um caráter diretamente social: o operário é honrado, é uma espécie de figura social, a sociedade presta atenção nele e ele recebe da sociedade uma grande recompensa moral e material pelo trabalho bem feito.

3. Desenvolvendo a famosa consideração de Marx, Engels e Lênin sobre a questão do socialismo e do comunismo, o camarada Stálin deu a seguinte definição desses dois estágios da nova formação social. Ele ressaltou que por igualdade o marxismo entende:

“…c) o dever igual de todos de trabalhar de acordo com sua capacidade, e o direito igual de todos os operários de receberem de acordo com o trabalho realizado (sociedade socialista); d) o dever igual de todos de trabalhar de acordo com sua capacidade, e o direito igual de todos os operários de receber de acordo com suas necessidades (sociedade comunista). Além disso, o marxismo parte do pressuposto de que os gostos e as necessidades das pessoas não são, e não podem ser, idênticos e iguais em relação à qualidade ou à quantidade, seja no período do socialismo ou no período do comunismo.” (J.V. Stalin, Questões do Leninismo, p. 741-742. [Relatório para o XVII Congresso do Partido]).

As posições do camarada Stalin são um desenvolvimento dos ensinamentos marxistas-leninistas sobre o socialismo e o comunismo. Temos aqui uma formulação mais concreta dos principais princípios do socialismo e do comunismo com base na experiência prática da construção do socialismo na URSS.

J.V. Stalin, desenvolvendo as ideias leninistas sobre o socialismo e com base na construção e consolidação vitoriosas do socialismo na URSS, descobriu as novas forças motrizes da sociedade socialista que eram desconhecidas antes e estavam ausentes nas formações socioeconômicas anteriores, a saber: a unidade moral-patriótica dos povos da URSS, o patriotismo soviético.

O camarada Stálin descobriu as forças motrizes do desenvolvimento da sociedade socialista, o que é uma descoberta de importância fundamental para a ciência marxista-leninista. O camarada Stálin trouxe à tona novas formas de desenvolvimento social, novos estímulos para o desenvolvimento da sociedade socialista. J.V. Stalin também descobriu o papel especial desempenhado pela autocrítica no desenvolvimento do país soviético. As posições do camarada Stalin são bem conhecidas: precisamos da autocrítica tanto quanto precisamos de ar e água.

A explicação completa sobre o significado da autocrítica, seu tremendo papel, a extensão em que o partido exige a autocrítica como um método de direção adequada do país, seu significado como uma lei objetiva no desenvolvimento da sociedade socialista – todos esses são passos sérios no desenvolvimento dos ensinamentos marxistas-leninistas sobre o socialismo.

Nas obras de Marx e Engels, a questão nacional é considerada na era do capitalismo pré-monopolista. O movimento de libertação nacional foi estudado em vários países: Irlanda, Polônia, Hungria, Índia e China.

Lenin, com base nas principais ideias de Marx e Engels, desenvolveu os pontos de vista dos fundadores do marxismo com relação à questão nacional, criou o ensino da questão nacional na era do imperialismo e da revolução proletária. Lenin fundamentou e provou que a questão nacional é uma parte da questão geral da revolução proletária, da questão da ditadura do proletariado.

Lenin criou um sistema sólido de pontos de vista sobre a questão das revoluções nacionais-coloniais na era do imperialismo. Ele associou a questão nacional-colonial à questão da derrubada do imperialismo.

A contribuição de Stalin para o desenvolvimento subsequente dos ensinamentos marxistas-leninistas sobre a questão nacional é especialmente grande. J.V. Stalin é o criador da teoria e do programa bolchevique sobre a questão nacional. J.V. Stalin elaborou a teoria marxista das nações, a questão da origem da nação, as peculiaridades do desenvolvimento das nações na Europa Ocidental e no Oriente. Ele formulou os princípios básicos da abordagem bolchevique para a solução da questão nacional e fundamentou o princípio bolchevique da unidade internacional dos trabalhadores.

Ao desenvolver a teoria da sociedade socialista, a base dos ensinamentos do Estado socialista soviético, o camarada Stalin produziu uma fundamentação científica dos principais problemas e questões relacionados à construção do Estado soviético multinacional. A União Soviética é, para o mundo inteiro, um exemplo de fraternidade entre os povos nunca antes visto na história. A amizade dos povos do país soviético tornou-se uma das fontes da força de nosso Estado, uma das fontes do patriotismo soviético.

No relatório apresentado no 27º aniversário da Grande Revolução Socialista de Outubro, o camarada Stalin deu a definição clássica da essência e da força do patriotismo soviético: “A força do patriotismo soviético – disse o camarada Stalin – reside no fato de que ele não se baseia em preconceitos raciais ou nacionalistas, mas na profunda lealdade e devoção do povo à sua pátria soviética, na parceria fraterna do povo trabalhador de todas as nacionalidades em nosso país. O patriotismo soviético combina harmoniosamente as tradições nacionais dos povos e os interesses vitais comuns de todo o povo trabalhador da União Soviética.” (J.V. Stalin, Sobre a Grande Guerra Patriótica na União Soviética[também em Obras, Red Star Press, Londres, 1984, Vol. 15, p. 422-423]).

J.V. Stalin desenvolveu ainda mais a teoria leninista da questão nacional com relação à sociedade socialista soviética. Ele elaborou uma tese muito relevante que determina o desenvolvimento da cultura dos povos da URSS. Essa tese diz o seguinte: o desenvolvimento da cultura dos povos da URSS é nacional em sua forma, mas socialista em seu conteúdo.

O camarada Stalin ressalta que a palavra de ordem da cultura nacional era uma palavra de ordem burguesa enquanto o poder permaneceu nas mãos da burguesia, e a consolidação da nação ocorreu sob a direção da burguesia. A consigna da cultura nacional, nacional na forma e socialista no conteúdo, tornou-se uma consigna proletária quando o proletariado alcançou o poder, e a consolidação da nação começou a se desenvolver sob o poder soviético. “De fato – escreveu o camarada Stalin – o período da ditadura do proletariado e da construção do socialismo na URSS é um período de florescimento de culturas nacionais que são socialistas em conteúdo e nacionais em forma; pois, sob o sistema soviético, as próprias nações não são as nações ‘modernas’ comuns, mas nações socialistas, assim como em conteúdo suas culturas nacionais não são as culturas burguesas comuns, mas culturas socialistas.” (J.V. Stalin, Obras, Vol. 12, p. 379. [Relatório ao XVI Congresso do P.C.U.S.(B.)])

Essa tese tem um significado fundamental e determinou um programa completo para o trabalho prático em nossas repúblicas nacionais, um programa baseado em fundamentos sólidos.

Em seu artigo “A Questão Nacional e o Leninismo” (1929) e no Relatório Político para o XVI Congresso do Partido (1930), J.V. Stalin apresentou novas e mais importantes posições sobre as nações burguesas e as nações socialistas. Anteriormente, o socialismo era concebido de maneira muito geral, como o sistema que leva à abolição da nação. J.V. Stalin mostrou que o socialismo não leva à abolição das nações, mas apenas à abolição das nações burguesas. Ele mostrou que, com base nas ruínas das antigas nações burguesas, surgem novas nações socialistas que são muito mais sólidas e estáveis do que qualquer nação burguesa, pois estão livres de contradições de classe antagônicas. A declaração de J.V. Stalin de que na história existem dois tipos de nações – burguesas e socialistas, que as nações burguesas estão ligadas ao destino do capitalismo e que devem desaparecer com o colapso do capitalismo, enquanto o surgimento do socialismo leva à criação de novas nações socialistas com base nas antigas nações – essas declarações são uma nova e grande contribuição para o desenvolvimento dos ensinamentos marxistas-leninistas sobre a questão nacional, para o desenvolvimento dos ensinamentos sobre o socialismo.

A enorme e inesgotável experiência do desenvolvimento do estado multinacional soviético, o desenvolvimento das nações soviéticas foi cientificamente generalizado por J.V. Stalin. O que ele apresentou no decorrer da elaboração da questão das nações burguesas e socialistas é uma nova página na teoria marxista-leninista da questão nacional. Nesse aspecto, J.V. Stalin também estudou a questão do futuro das nações e das línguas nacionais.

J.V. Stalin, um grande representante do marxismo criativo, é um continuador das melhores qualidades, características e tradições de V.I. Lenin. Como se sabe, desde seus primeiros trabalhos, Lenin nunca deixou de enfatizar que um verdadeiro marxista deveria ser capaz de levar em conta a vida real. Lenin reiterou muitas vezes a famosa tese de Marx e Engels de que “nosso ensino não é um dogma, mas um guia para a ação”.

J.V. Stalin desenvolveu ainda mais e elevou a uma nova e superior etapa o ensino do materialismo dialético e histórico. Sua obra “Materialismo dialético e histórico” representa um dos trabalhos mais eminentes da filosofia marxista-leninista. Ela está ao lado de obras clássicas do marxismo-leninismo como “O Capital”, de Marx, “Anti-Dühring”, de Engels, e “Materialismo e Empiriocriticismo”, de Lênin. Nessa obra genial, as bases do materialismo dialético e histórico são apresentadas de forma extremamente concisa e sintética. O camarada Stalin fez nessa obra uma generalização das contribuições de Marx, Engels e Lenin sobre o ensino do método dialético e da teoria materialista. Ele desenvolveu tudo isso com base nos resultados mais recentes da ciência e da prática revolucionária.

J.V. Stalin é um grande líder dos povos da URSS e do povo trabalhador de todo o mundo, um corifeu da ciência marxista-leninista. Ele combina em si mesmo um poder teórico colossal e uma tremenda experiência em direção. J.V. Stalin é o dirigente do PCUS (B) e do Estado soviético. O poder da direção stalinista baseia-se em direções mobilizadoras e inspiradoras, sempre voltadas para o que é mais importante, mais relevante, mais necessário para a solução frutífera e bem-sucedida das tarefas que as massas operárias enfrentam. O poder da direção stalinista baseia-se na brilhante análise dialética dos fenômenos, na capacidade de considerar fatos e eventos em seu desenvolvimento, em sua inter-relação, em sua contradição. Seu poder é a capacidade genial de olhar para o futuro, prever o desenvolvimento e exigir as ações necessárias. O poder da direção stalinista consiste em uma crítica dura das deficiências, em ajudar os que estão atrasados, em ajudar tudo o que é novo, progressivo e capaz de impulsionar um desenvolvimento positivo na ruptura decisiva do velho, obsoleto, que se tornou um freio ao desenvolvimento. O poder da direção stalinista baseia-se na mais profunda fé leninista no poder criativo e inesgotável das massas populares.

M.D. Kammari apresentou um artigo sobre o desenvolvimento da teoria marxista-leninista sobre a questão nacional por Stalin.

O nome de Stalin, um gênio continuador do grande ensinamento e trabalho de Lenin, está ligado – disse o orador – à solução de uma das questões mais importantes da revolução socialista. Essa questão, assim como outras, foi elaborada por Stalin em estreita cooperação com Lenin.

Lenin e Stálin, em sua abordagem da questão nacional, partiram das principais ideias de Marx e Engels. Lenin e Stálin desenvolveram essas ideias na era do imperialismo e da revolução proletária, na era da construção do comunismo na URSS; eles fundiram e generalizaram essas ideias em um sistema sólido de pontos de vista sobre as revoluções nacionais-coloniais, associaram a questão nacional-colonial à questão da liquidação do imperialismo, explicaram o significado da questão nacional-colonial como parte integrante da questão geral da revolução proletária e da ditadura do proletariado.

As obras de J.V. Stalin fornecem uma fundamentação científica completa do programa e da política do partido bolchevique em relação à questão nacional e são uma diretriz para todos os partidos comunistas: são como uma vela brilhante que ilumina o caminho dos povos das colônias e dos países dependentes rumo à liberdade e à independência.

Desde os primeiros passos de sua carreira revolucionária, J.V. Stalin, juntamente com V.I. Lênin, defendeu e desenvolveu a ideia da hegemonia do proletariado na revolução, o princípio do internacionalismo proletário na construção da social-democracia russa contra os bundistas, federalistas caucasianos e nacionalistas, que se disfarçavam com frases socialistas.

Em sua obra A visão social-democrata da questão nacional (setembro de 1904), J.V. Stalin fez uma contribuição notável para o programa nacional da RSDLP.

Já nesse período, J.V. Stalin provou ser um dos principais teóricos da questão nacional. Ele dominou o método dialético marxista e apresentou uma organização e uma solução proletárias excepcionalmente profundas, dialéticas, clássicas e para a questão nacional. Nessa obra está o embrião das ideias desenvolvidas posteriormente pelo camarada Stalin em sua obra clássica Marxismo e a Questão Nacional (janeiro de 1913), escrita às vésperas da Primeira Guerra Mundial, quando os sentimentos nacionalistas da classe operária foram fortalecidos e fomentados pelos partidos social-chauvinistas da Segunda Internacional, os Bundistas, os Liquidacionistas e os Trotskistas na Rússia. O trabalho de J.V. Stalin tornou-se a principal declaração do bolchevismo internacionalmente antes da guerra de 1914. Essa foi uma declaração teórica e também o programa bolchevique com relação à questão nacional. Em sua obra, duas teorias, dois métodos, dois programas, duas formas de pensar a questão nacional se opõem: a dos partidos da Segunda Internacional e a do leninismo.

O camarada Stalin elaborou aqui a base da abordagem bolchevique à questão nacional: a exigência de considerar a questão nacional do ponto de vista histórico concreto e dialético, em uma interconexão descontínua com a situação internacional correspondente à era do imperialismo, como parte da questão geral da revolução. Stalin fundamentou o lema programático do partido sobre o direito das nações à autodeterminação e o princípio da solidariedade internacional dos operários como ponto de partida necessário para a solução da questão nacional.

Ao fundar a teoria marxista da nação, J.V. Stalin estabeleceu uma base teórica sólida para o programa e a política do partido bolchevique em relação à questão nacional, criou uma arma invencível para a luta do marxismo-leninismo contra qualquer variedade de ideologia e política do nacionalismo burguês.

J.V. Stalin previu o futuro relacionando a solução da questão nacional com o crescimento do imperialismo na Europa e a inevitabilidade do crescimento da democracia na Ásia, com guerras imperialistas iminentes e as “distúrbios” criados por elas, ou seja, crises e revoluções.

Essa previsão do camarada Stalin foi totalmente confirmada no período da Primeira Guerra Mundial e, especialmente, no período da Grande Revolução de Outubro.

J.V. Stalin aponta duas etapas na elaboração da questão nacional pelo partido bolchevique: a etapa pré-outubro, quando a questão nacional ainda não havia se tornado uma questão internacional e estava associada à solução da revolução democrático-burguesa, e a etapa de outubro, quando a questão nacional se tornou uma questão internacional, quando se fundiu com a questão da libertação das colônias e passou a ser associada ao destino da revolução socialista. Essas posições de Stalin, juntamente com suas posições sobre os três períodos da história dos movimentos de libertação nacional – o período do capitalismo pré-monopolista, o período do imperialismo e o período soviético – têm um significado inestimável para as políticas dos partidos comunistas e também para a ciência histórica. A vitória da Grande Revolução Socialista de Outubro abriu um novo estágio soviético na solução da questão nacional e no desenvolvimento do marxismo-leninismo em geral. A Revolução de Outubro, conforme apontado por Stalin, deu origem a uma nova era na história da humanidade, uma nova era na história das nações oprimidas. A era da exploração “sem revolta” nas colônias acabou, uma nova era começou, a era da direção do proletariado e nas colônias, a era de sua hegemonia na revolução.

J.V. Stalin elaborou de forma abrangente a questão da aliança da revolução proletária com os movimentos de libertação nacional dos povos das colônias e dos países dependentes, a questão da estratégia e das táticas dos partidos comunistas, a ideia da hegemonia do proletariado nesses movimentos; ele fundamentou e desenvolveu ainda mais a declaração de Lenin sobre a possibilidade da transição dos países atrasados para o socialismo, abandonando o capitalismo sob as condições do apoio das revoluções proletárias nos países desenvolvidos. Essas ideias se tornaram um grande poder revolucionário, transformador e criativo, capaz de levar centenas de milhões de pessoas à luta por sua libertação.

A hegemonia do proletariado é nova e decisiva nos movimentos de libertação nacional, o que dá a esses movimentos consciência, organização, estabilidade e um poder invencível que os leva à vitória sobre o imperialismo.

J.V. Stalin enfatiza constantemente que a existência da União Soviética é um fator decisivo que facilita e garante o sucesso e a vitória final de todos os movimentos de libertação nacional dos povos dos países dependentes e das colônias, uma vez que a própria existência de tal Estado restringe as forças obscuras da reação, seus sucessos inspiram os povos oprimidos na luta por sua libertação, facilitando essa libertação. A libertação dos povos dos países de democracias populares na Europa e na Ásia testemunha a grandeza do papel libertador da União Soviética, como libertadora dos povos do jugo do imperialismo.

O camarada Stalin previu brilhantemente que a China seguiria o caminho da revolução popular anti-imperialista rumo à criação de um poder popular anti-imperialista que levaria a China ao caminho socialista de desenvolvimento. A criação da República Popular da China implica um novo e poderoso golpe contra todo o sistema colonial do imperialismo, que está passando por uma profunda crise, e eleva a um patamar superior a luta dos povos da Ásia e de todo o mundo colonial em geral. Essa vitória implica um sério fortalecimento das forças da paz, do socialismo e da democracia, encabeçadas pela URSS.

J.V. Stalin mostra que a questão nacional é colocada e resolvida no leninismo de forma diferente do que era no período da Segunda Internacional. J.V. Stalin aponta para a existência de quatro elementos principais na teoria leninista da questão nacional:

“O primeiro ponto é a fusão da questão nacional, como uma parte, com a questão geral da libertação das colônias, como um todo…

O segundo ponto é que a vaga palavra de ordem do direito das nações à autodeterminação foi substituído pela clara palavra de ordem revolucionária do direito das nações e colônias de se separarem, de formarem estados independentes…

O terceiro ponto é a revelação da conexão orgânica entre a questão nacional e colonial e a questão do domínio do capital, da derrubada do capitalismo, da ditadura do proletariado…

O quarto ponto é que um novo elemento foi introduzido na questão nacional – o elemento da equalização real (e não meramente jurídica) das nações (ajuda e cooperação para que as nações atrasadas se elevem ao nível cultural e econômico das nações mais avançadas), como uma das condições necessárias para garantir a cooperação fraterna entre as massas operárias das várias nações”. (J.V. Stalin, Obras, Editora de Línguas Estrangeiras, Moscou, 1953, Vol. 5, pp. 52-60. [De Acerca da Apresentação da Questão Nacional]).

J.V. Stalin desenvolveu a tese leninista sobre as duas tendências do capitalismo em relação à questão nacional: a tendência à formação de nações e estados nacionais e a tendência à “unificação” das nações sob o poder do capital financeiro. J.V. Stalin argumenta que essas tendências são contradições irreconciliáveis para o imperialismo, pois o imperialismo não pode se “unir” sem explorar uma nação. A luta entre essas duas tendências enriquece a análise do capitalismo no período do imperialismo e essa contradição é uma das fontes de sua fraqueza estrutural, da instabilidade interna, do colapso dos estados burgueses multinacionais, do colapso e da falência das políticas da burguesia com relação à questão nacional. A falência das políticas do imperialismo alemão, japonês e, depois deles, anglo-americano nas colônias e nos países dependentes, “marshalizados”, é uma confirmação brilhante da força e do significado das teses leninistas.

Para o comunismo, essas duas tendências, enfatiza J.V. Stalin, são dois lados da mesma questão: a libertação das nações oprimidas do jugo do imperialismo e sua unificação em uma economia mundial socialista unificada, voluntariamente e com base na igualdade total. Stalin, juntamente com Lenin, criou e fortaleceu o estado socialista multinacional, colocou em prática a política nacional do poder soviético, definiu os caminhos e as formas que levam à formação de uma comunidade fraterna de nações com base no sistema soviético, sob a liderança da classe operária e de seu partido, definiu o caminho para a formação e o desenvolvimento das nações socialistas e de sua cultura.

O camarada Stalin resolveu brilhantemente as questões complicadas e intrincadas das relações entre as nações, realizou um trabalho prático gigantesco na fundação das repúblicas soviéticas nacionais e sua unificação na URSS.

Não há uma única república soviética em cuja formação e consolidação Stalin não tenha participado de forma decisiva e destacada.

J.V. Stalin generalizou de forma brilhante a experiência revolucionária das massas na construção do Estado soviético. Ele colocou a questão da federação e desenvolveu as formas mais convenientes de unificação das repúblicas soviéticas em um Estado unificado. Ele mostrou a superioridade da federação soviética em comparação com as federações burguesas.

O poder soviético estabeleceu a completa igualdade política e jurídica das nações e eliminou a opressão nacional. Essa conquista do partido e do poder soviético tem importância histórica e mundial. Mas isso não é suficiente, ressaltou J.V. Stalin. “A essência da questão nacional na F.R.S.S. – disse J.V. Stalin no X Congresso do P.C.R.(B.) – está em abolir o atraso real (econômico, político e cultural) que algumas das nações herdaram do passado, para tornar possível que os povos atrasados alcancem a Rússia central em aspectos políticos, culturais e econômicos.” (J.V. Stalin, Works, Vol. 5, p. 39).

Essa grande tarefa histórica foi realizada pelo partido, sob a direção de Stalin, com base na política nacional leninista-stalinista, com base na política de industrialização e coletivização, na liquidação das classes exploradoras e na construção do socialismo. A história do socialismo e as conquistas sociais dos povos da URSS foram estabelecidas na Constituição de Stalin. A grande Constituição de Stalin da URSS declara que todas as nações e raças, independentemente de sua etapa de desenvolvimento passado e presente, independentemente de sua força ou fraqueza, devem ter direitos iguais em todas as esferas da vida social. A Constituição soviética julga qualquer expressão de propaganda de hostilidade nacional como uma ofensa grave contra os pilares do Estado soviético. Na sociedade soviética, não há nações ou raças privilegiadas, oprimidas e desiguais. Não é a origem nacional, mas as capacidades individuais, o trabalho individual, que determinam o lugar de um cidadão na sociedade soviética. O camarada Stálin mostrou que, com base no sistema soviético, foram criadas e consolidadas novas nações soviéticas e socialistas que, de acordo com sua estrutura de classe, atributos espirituais e orientação sociopolítica, diferem radicalmente das antigas nações burguesas.

As nações soviéticas são nações socialistas, libertas da exploração, do antagonismo de classe, com novas características morais e políticas soviéticas e socialistas, tipos psicológicos, consistindo de classes fraternas, a classe operária, o campesinato e a intelectualidade, cujas fronteiras de classe estão desaparecendo. Essas são nações que estão construindo o comunismo, libertas dos remanescentes do capitalismo, que estão se unindo e construindo conjuntamente o comunismo por meio da competição socialista global e da cooperação fraterna.

A grande comunidade de nações socialistas foi criada sob a direção do partido bolchevique, sob a direção da classe operária russa, graças à política nacional correta, leninista-stalinista, de assistência desinteressada às nações anteriormente oprimidas e de postura atenciosa em relação às particularidades de seu modo de vida e cultura. Graças especialmente ao cumprimento dessa política, a classe operária russa e o povo russo conquistaram a confiança e o apoio de todos os povos da URSS e de todos os povos progressistas do mundo. O camarada Stalin desenvolveu e elevou a uma etapa superior a ideologia do internacionalismo proletário, a amizade dos povos, e mostrou que a fonte da amizade dos povos da URSS é o sistema socialista soviético, as políticas internacionalistas da classe operária, seu partido e seu Estado.

Como resultado da realização dessa política e da construção do socialismo, a amizade dos povos da URSS floresceu, novas relações de confiança e cooperação fraterna foram estabelecidas entre eles.

O Estado socialista multinacional sobreviveu a um grande teste durante a Grande Guerra Patriótica contra os invasores fascistas, sob o qual qualquer outro Estado teria entrado em colapso. Não há outro Estado que poderia ter emergido mais fortalecido e com a amizade de seu povo mais consolidada do que o Estado soviético; o patriotismo soviético, a amizade dos povos e a unidade moral e política são forças motrizes poderosas da sociedade soviética. O camarada Stalin generalizou a experiência da guerra afirmando que no Estado soviético a “questão nacional e o problema da cooperação das nações foram resolvidos melhor do que em qualquer outro Estado multinacional” (Bolshevik, nº 3, 1946, p. 4. Traduzido do russo). O sistema soviético deu aos povos da URSS um poder único. As obras de J.V. Stalin serviram e agora servem ao nosso partido e a todos os partidos comunistas irmãos como uma arma em sua luta contra os nacionalistas burgueses, contra a camarilha nacionalista-fascista de Tito, contra os socialistas de direita e agentes semelhantes do imperialismo anglo-americano, enfatiza o orador.

A teoria da cultura como nacional na forma e socialista no conteúdo tem grande significado na luta contra o nacionalismo, para a educação do povo trabalhador no espírito do internacionalismo, para a amizade dos povos e possibilita o florescimento das culturas nacionais dos povos da URSS.

O camarada Stálin expôs a teoria chauvinista de Kautsky, segundo a qual o proletariado, ao chegar ao poder, deveria seguir o caminho da assimilação. O camarada Stálin generalizou a experiência da revolução socialista na URSS e afirmou que ela reviveu muitas novas nacionalidades que antes eram “esquecidas”, “deu-lhes nova vida e um novo desenvolvimento”. O camarada Stálin previu que a mesma coisa aconteceria em outros países multinacionais; como resultado de uma revolução em países como a Índia, “dezenas de nacionalidades até então desconhecidas, com suas próprias línguas e culturas separadas, aparecerão em cena”. (J.V. Stalin, Obras, Vol. 7, p. 141. The Political Tasks of the University of the Peoples of the East” [As tarefas políticas da Universidade dos Povos do Oriente]).

Essas declarações de J.V. Stalin expõem e derrubam diferentes teorias burguesas e cosmopolitas dos imperialistas anglo-americanos modernos, que executam uma política de assimilação forçada, engolindo todas as nações e raças pela raça anglo-americana “superior”. A previsão de J.V. Stalin em sua obra The National Question and Leninism (A questão nacional e o leninismo) sobre a preservação de nações, línguas e culturas nacionais tem grande significado teórico e político. O camarada Stalin, ressalta o palestrante, deu uma perspectiva clara do desenvolvimento das nações socialistas, das línguas e culturas nacionais, tanto no período da vitória do socialismo em nosso país quanto no período da vitória do socialismo em outros países e no mundo inteiro. Aqui, com força única, as previsões científicas de Stálin se manifestam como materialistas-dialéticas, mostrando que ele é um grande teórico do marxismo criador. Essas declarações de Stalin têm um significado importante para todas as ciências sociais, para a filosofia, a ciência do Estado, o direito, o idioma, a teoria da literatura, a arte e a cultura em geral, bem como para a prática dos partidos comunistas em todos os países do mundo, especialmente no que diz respeito à questão nacional.

Na URSS, sob a liderança do partido de Lenin-Stalin, está sendo realizada uma grande revolução cultural, que envolveu todas as tribos e povos de nosso país no processo de criação histórica consciente. Esforços gigantescos estão sendo feitos para desenvolver as culturas e os idiomas nacionais, uma experiência que tem significado histórico, científico e prático mundial. A grande revolução socialista abriu uma nova era na história, criou um mundo completamente novo de relações sociais entre pessoas, nações, raças, um novo mundo de conceitos, ideias, sentimentos, características que forçaram a criação de novas palavras, enriqueceram e desenvolveram os idiomas nacionais. Não é de surpreender que os idiomas dos povos da URSS, tanto os antigos quanto os modernos, os menos desenvolvidos ou os mais desenvolvidos, estejam agora sendo preenchidos com novas formas, estejam passando por uma revolução, experimentem saltos para estados qualitativamente diferentes. No que diz respeito à cultura e aos idiomas, a luta do socialismo contra as tendências e elementos reacionários burgueses-nacionalistas, feudais-clericais e outros semelhantes chega a um fim vitorioso com a vitória do socialismo, com a vitória dos princípios do internacionalismo socialista, a política nacional leninista-stalinista.

O camarada Stálin ensina que “toda nação – não importa quão grande ou pequena ela seja – possui suas próprias peculiaridades, suas próprias características específicas que pertencem somente àquela nação e não a nenhuma outra. Essas peculiaridades são uma contribuição de cada nação para o tesouro da cultura mundial, o que a torna mais completa e rica. Nesse aspecto, todas as nações – tanto as pequenas quanto as grandes – têm direitos iguais e todas as nações são diferentes umas das outras.” (J.V. Stalin, Bolshevik, nº 7, 1948, p. 2. Transcrito do russo). O camarada Stalin ensina que o internacionalismo na cultura implica respeito pela criatividade cultural de todos os povos, não a supressão das culturas nacionais, mas a assistência ao seu desenvolvimento.

É por isso, ressalta M.D. Kammari, que é completamente lógico que tenham sido especialmente os povos da URSS, educados pelo partido de Lenin-Stalin no espírito do socialismo, do internacionalismo proletário e da amizade entre os povos, que salvaram a civilização mundial dos invasores fascistas e que, atualmente, lideram o campo do socialismo e da democracia, e que estejam na liderança da luta pelo socialismo, pela democracia e pela paz democrática no mundo.

As obras de J.V. Stalin são uma arma na luta contra todos os tipos de ideologias e frases antipatrióticas e cosmopolitas a serviço do imperialismo anglo-americano. As obras do camarada Stalin são uma arma insubstituível na luta contra todos os tipos de nacionalismo, racismo, ideologia e políticas imperialistas.

O nome de J.V. Stalin – o gênio seguidor dos grandes ensinamentos de Marx, Engels e Lenin – tornou-se um símbolo e uma bandeira da libertação dos povos do jugo do imperialismo, a bandeira do internacionalismo proletário. As grandes ideias da amizade leninista-stalinista e da irmandade dos povos que defendem um novo mundo, conclui o professor Kammari, estão atualmente inspirando centenas de milhões de pessoas em todas as partes do planeta na luta por sua libertação.

… O acadêmico G.F. Aleksandrov deu uma palestra sobre o tema “A luta de J.V. Stalin pela filosofia marxista-leninista militante”. O palestrante começou sua palestra lembrando ao público que J.V. Stalin, desde o início, como aluno e companheiro de armas de V.I. Lenin, defendeu firmemente a luta pela elevação da classe operária, por sua educação socialista e organização política. O camarada Stalin deu uma fundamentação completa à ideia do papel da teoria revolucionária no movimento dos operários. A declaração de Lenin e Stalin sobre a fusão da luta da classe operária com o socialismo científico tem um significado especial. Os operários se propuseram a construir um novo mundo, o comunismo. A história nunca forneceu um exemplo de tal construção. Ao contrário do capitalismo, a sociedade socialista não pode avançar espontaneamente; ela é formada, construída e criada conscientemente, de acordo com um plano. A ciência do socialismo e do comunismo tem um significado particularmente importante para a luta da classe trabalhadora. Não foi em vão que o partido bolchevique, Lenin e Stalin, tanto antes quanto depois da Grande Revolução de Outubro, fortaleceram a agitação fervorosa dos ideais bolcheviques entre as massas. Não é coincidência que essa tarefa tenha sido enfrentada durante o último terço do século na época soviética. Não seria impossível alcançar o comunismo se a classe operária, o campesinato trabalhador, a intelectualidade e as massas populares não conhecessem os objetivos dessa construção e o caminho para sua realização bem-sucedida. É por isso que a luta do partido pela educação comunista do povo soviético adquiriu tanta importância na época da transição gradual para o comunismo.

O camarada Stalin estabeleceu um vínculo contínuo entre o conteúdo e as tarefas da teoria revolucionária militante e a situação e o estado da classe operária. O marxismo-leninismo é fundamentado e desenvolvido pela classe operária, como a ideologia de classe das massas proletárias, do partido comunista. A ideia leninista sobre a expressão da linha e da luta de classes dentro do partido desempenhou o papel mais importante no processo de criação de um partido de um novo tipo, na educação de classe do proletariado russo e internacional. Essa ideia foi adotada e desenvolvida por Stalin.

Já em seu artigo A luta de classes, escrito em 1906, o camarada Stalin expôs a questão da necessidade histórica da construção do partido proletário, seu papel na luta política das massas proletárias e sua liderança ideológica nessa luta.

O partido leninista-stalinista orientou e inspirou o movimento revolucionário dos trabalhadores, elevou seu nível político e de classe e o caráter militante de sua luta contra a burguesia, contra o imperialismo; pode-se dizer que o partido comunista salvou o movimento dos operários da dominação burguesa, de sua divisão pela atividade dos serviços de inteligência da burguesia.

O camarada Stálin apresentou e fundamentou a enorme importância da implementação dos ensinamentos do materialismo dialético e histórico na luta política da classe operária, na atividade prática de seu partido. O camarada Stalin deu um desenvolvimento completo e uma fundamentação científica a essa consideração mais profunda de que “dominar a teoria marxista-leninista significa assimilar a substância dessa teoria e aprender a usá-la na solução dos problemas práticos do movimento revolucionário sob as condições variáveis da luta de classes do proletariado” (História do Partido Comunista da União Soviética (Bolchevique), Minicurso, p. 355). O materialismo dialético e histórico, portanto, exige um estudo profundo e exato das condições contemporâneas da luta de classes, a implementação na prática da análise materialista da atividade política, a posição de todas as classes envolvidas na luta de classes. Lenin e Stalin definiram a luta, o desenvolvimento de contrários, as contradições, como a essência da filosofia marxista. Eles exigiram que os revolucionários expusessem as principais contradições da sociedade com uma abordagem dialética e materialista para a análise da perspectiva do desenvolvimento da luta entre esses contrários, que eles se engajassem em uma luta incondicional e intencional pela vitória mais rápida e completa da classe revolucionária, o proletariado.

A partir daqui, continua o Acadêmico G.F. Aleksandrov, fica claro que a ideologia de um partido comunista, sua ciência filosófica, serve a um objetivo – a ideologia do proletariado em sua luta de classes contra o capitalismo, pelo comunismo, para a fundamentação científica das políticas, das táticas revolucionárias e da estratégia do partido. Essa é a essência da ideologia do partido leninista-stalinista. Se a ideologia da burguesia, seu sistema histórico-filosófico, desmoronar sob os golpes impiedosos da prática da luta de classes, o desenvolvimento das ciências naturais, se eles estourarem, nas palavras do Grande Lenin, como bolhas de sabão, então isso é resultado do próprio destino da burguesia, o colapso irreversível de seu sistema social e estatal.

Se a ideologia do proletariado, sua base filosófica, o materialismo dialético e histórico – em cada experiência na luta de classes, em cada passo à frente, no desenvolvimento das ciências naturais – encontrou uma prova de seus princípios, ampliou sua influência sobre a classe operária e desferiu golpes poderosos na ideologia da burguesia, então isso é um reflexo do destino histórico da classe operária, de seu grande papel como coveira do capitalismo, como construtora do comunismo.

Na derrota e no colapso da ideologia burguesa, nas vitórias e triunfos da filosofia marxista-leninista, vê-se claramente o resultado irreversível ao qual a moderna luta de classes conduz: a vitória do proletariado de todos os países sobre a burguesia, do campo socialista sobre o campo capitalista.

Lenin e Stalin ergueram a bandeira do marxismo militante no partido, fundamentaram e desenvolveram a visão genial de Marx e Engels sobre a luta irreconciliável entre a ideologia proletária e a burguesa, como uma lei da luta de classes. Eles foram guiados por essa visão durante toda a sua experiência revolucionária.

J.V. Stalin fez a mais profunda análise marxista-leninista da moderna luta de classes, mostrando que a luta entre o proletariado e a burguesia havia se tornado um eixo em torno do qual gira a vida moderna. Ele também mostrou que a atual luta entre o materialismo dialético e o obscurantismo idealista compreende a forma ideológica dessa mesma luta de classes entre o proletariado e a burguesia. Os ideólogos e filósofos burgueses, derrotados pelo marxismo, sempre recorrem a manobras astutas. Eles tentam esconder a repugnante essência burguesa de seu pensamento fingindo que estão acima das classes, dos partidos e das ideologias. Eles fingem que representam uma “terceira força”, que está acima da luta de classes entre o proletariado e a burguesia. Lênin e Stálin provaram que na luta entre as classes modernas, na luta entre dois campos – o campo socialista e o campo imperialista – não há espaço para uma “terceira força”. Essa chamada “terceira força” sempre esteve e está agora do lado da burguesia contra o proletariado.

Lenin e Stalin ensinam que, em uma sociedade de classes, não há espaço para uma ideologia, uma filosofia que esteja acima das classes. Lenin e Stalin apresentaram essa questão de maneira clara e exata: não existe uma “terceira” linha “intermediária” na filosofia: ou o pensamento materialista revolucionário do proletariado ou o narcótico religioso-místico dos imperialistas. Não há caminho do meio aqui. A defesa do objetivismo é uma expressão de classe, a expressão da ideologia burguesa.

Por meio de sua análise materialista genial da luta de classes moderna, sua exposição destemida das mais profundas contradições da época moderna, a elaboração científica dos caminhos e formas de alcançar a vitória da classe operária internacional sobre o imperialismo, o camarada Stalin dá um exemplo clássico de como a filosofia marxista-leninista deve ser compreendida e aplicada.

Cada dia que passa confirma a genial análise stalinista da época moderna. É assim que o materialismo – a filosofia do partido marxista-leninista – triunfa e o idealismo – a ideologia da burguesia imperialista – finalmente entra em colapso. A conclusão stalinista sobre a inevitabilidade do colapso do imperialismo e a vitória indubitável do proletariado baseia-se na aplicação criadora do materialismo dialético e histórico na análise dos fenômenos da vida social moderna, da luta de classes moderna. A análise stalinista arma ideologicamente o campo da paz, da democracia e do socialismo e dá uma fundamentação científica à luta travada por esse campo.

O camarada Stalin ensina que o marxismo-leninismo não é um dogma, mas um guia para a ação. O partido da classe operária, diz o camarada Stalin, “não é uma escola de filosofia ou uma seita religiosa. Nosso partido não é um partido de luta?” (J.V. Stalin, Obras, Vol. 1, p. 66. The Proletarian Class and the Proletarian Party [A Classe e o Partido Proletário]).

O materialismo dialético exige uma análise materialista clara da realidade, uma luta que possa realizar tarefas cientificamente determinadas, que rompa os obstáculos impostos pela prática no curso da luta da classe trabalhadora. Os marxistas traduzem o centro de gravidade para a aplicação na vida das ideias do comunismo científico. Sob essa luz, com os marxistas da escola leninista-stalinista “não há discrepância entre a palavra e a ação… os ensinamentos de Marx retêm completamente sua força viva e revolucionária”. (É necessário enfatizar e sempre lembrar – diz o orador – que a ciência filosófica leninista-stalinista não implica apenas que os revolucionários são obrigados a agir com decisão, a lutar com paixão, mas a agir na luta com base em um profundo conhecimento das leis do desenvolvimento da sociedade. Devemos ao camarada Stalin a grande conquista da derrota total da ideologia burguesa que nega a necessidade do desenvolvimento histórico, a conquista da exposição de todas as vantagens do profundo conhecimento científico das leis do desenvolvimento da sociedade para as massas proletárias e seus partidos comunistas. Ele demonstrou que, ao dominar as leis do desenvolvimento da sociedade, é possível liderar a classe operária com confiança, é possível ver mais do que a classe proletária como um todo. Esse é o ponto, argumenta o camarada Stalin. “Os ideólogos avançam, e é precisamente por essa razão que a ideia, a consciência socialista, é de tão grande importância para o movimento.” (J.V. Stalin, Obras, Vol. 1, p. 120. (Brevemente sobre as divergências no partido). O conhecimento das leis do desenvolvimento tem um enorme significado para a luta de classes das massas proletárias, induz o movimento para a frente, acelera o curso da história em direção à revolução socialista. E, na época da ditadura do proletariado, isso leva ao comunismo. Esse significado torna possível elaborar a estratégia política correta, levar em conta a experiência da luta revolucionária em todos os países, determinar corretamente a direção principal do movimento proletário em um determinado país em um determinado período histórico.

A estratégia política do partido, baseada no conhecimento das leis de desenvolvimento da sociedade, acelera o desenvolvimento histórico, conduz o movimento pelo caminho mais curto, evita que a classe operária tenha vítimas desnecessárias, que passe por sofrimentos desnecessários na luta pela derrubada do capitalismo. Deixar de compreender as leis do desenvolvimento da sociedade significa trair o método revolucionário e marxista, significa fechar os olhos para o desenvolvimento da vida e agir cega e aleatoriamente.

O camarada Stalin deu importância especial à questão da previsão científica do desenvolvimento da vida social pelo partido revolucionário e seus dirigentes. A teoria revolucionária proporciona conhecimento das leis de desenvolvimento da sociedade e das perspectivas desse desenvolvimento. É por isso que a teoria, argumenta o camarada Stalin, “dá aos operários práticos o poder de orientação, clareza de perspectiva, confiança em seu trabalho, fé na vitória de nossa causa”. (J.V. Stalin, Onrnas, Vol. 12, p. 148. [Acerca das Questões da Política Agrária.]). No Relatório sobre os Resultados do Primeiro Plano Quinquenal, o camarada Stalin disse: “O partido comunista é invencível se conhece seu objetivo e se não tem medo das dificuldades”. (J.V. Stalin, Questõesdo Leninismo, Foreign Languages Press, Pequim, 1976, p. 630).

Essas declarações da teoria marxista-leninista têm um significado excepcional para a compreensão de todo o espírito revolucionário, de todo o conteúdo científico do materialismo. Essas afirmações argumentam que somente a posição leninista-stalinista na filosofia pode fornecer a análise objetiva e correta do desenvolvimento da sociedade, que reflete a verdade histórica, o curso objetivo do desenvolvimento da sociedade.

Em nossa época, essas palavras do grande Lenin adquiriram uma nova e brilhante confirmação: “Ao seguir o caminho da teoria marxista, nos aproximaremos cada vez mais da verdade objetiva (sem nunca esgotá-la); mas ao seguir qualquer outro caminho, chegaremos a nada além de confusão e mentiras”. (V.I. Lênin, Obras Escolhidas, Vol. 14, p. 143. [Materialismo e Empirio-Criticismo.])

Somente o partido comunista tem a coragem e a ousadia de enfrentar abertamente a necessidade histórica e declara ao mundo inteiro o caráter indubitável e consistente de partido de sua ideologia. Isso é possível porque esse ponto de vista de classe, proletário, é o único científico e coincide com a realidade objetiva. Quanto mais baseada em princípios, persistente e consistente for a aplicação na vida pelo partido comunista da análise dos fenômenos sociais e da luta ideológica, mais exato, completo e verdadeiro será o conhecimento alcançado. Os interesses de classe das massas proletárias, a meta do partido comunista, por um lado, e as leis do desenvolvimento objetivo, por outro, seguem a mesma direção: quanto mais amplo e rico for o conhecimento do desenvolvimento da sociedade alcançado pelo partido, mais exata e completa será a análise de qualquer fenômeno da vida social e do desenvolvimento da sociedade, mais próxima será a fusão com os interesses dos partidos comunistas, com os interesses da classe trabalhadora.

Nosso partido – conclui o Acadêmico G.F. Aleksandrov – é chamado de comunista porque seu objetivo é a construção da sociedade comunista. Defender o caráter partidário da filosofia e de qualquer outro campo do conhecimento humano significa lutar de forma altruísta, com a ardente e inflexível vontade revolucionária da escola leninista-stalinista, para lutar pela linha do partido comunista em prol de seus objetivos.

De “O Septuagésimo aniversário de Josef Vissarianovitch Stalin”, publicado em Izvestia Akademii Nauk USSR, Seria Istorii i Filosofii, Tomo VII, Izdatelstvo Akademii Nauk USSR, Moscou, 1950, pp. 3-30.

Traduzido do russo pela “Inter”.

Tradução ao português do Brasil de Servir ao Povo.