Tradução não-oficial.
Proletários de todos os países, uni-vos!
No dia 23 do presente mês e ano, às 5 da manhã tropas de ar, mar e terra do exército russo em uma operação relâmpago penetraram no território da Ucrânia dando início a sua guerra de agressão imperialista contra este país, hoje em dia em seu avanço se encontra às portas da capital Kiev com o aberto propósito de derrubar ao governo do país e estabelecer uma administração títere em todos os níveis estatais e impôr a “desmilitarização” do país, isto é, pô-lo sob o protetorado do exército do Estado imperialista russo.
Pode surpreender a alguns que esta guerra de agressão e ocupação do país pela superpotência atômica imperialista russa, se produziu agora em que esta superpotência atômica e a superpotência imperialista hegemônica única, o imperialismo ianque, como parte do desenvolvimento de sua contradição em meio de conluio e pugna, haviam regressado à mesa de negociações para discutir um acordo geral sobre armas estratégicas e demais problemas de “segurança” e, entre estes, sobre a expansão da aliança imperialista OTAN aos países que antes pertenceram ao chamado “Pacto de Varsóvia”, as ex semicolonias do social-imperialismo soviético.
Porém, não pode ser nenhuma surpresa se se tem em conta que desde fins de janeiro os imperialistas ianques haviam tornado público que o imperialismo russo ia a invadir de todas maneiras a Ucrânia e que para isso a concentração de mais de cem mil soldados na fronteira comum de Rússia com Ucrânia, fazendo um chamado depois a que todo seu pessoal diplomático, cidadãos, etc. abandonem a Ucrânia de imediato e que, poucos dias antes do ataque russo, o genocida presidente Biden e outros altos representantes do imperialismo ianque e de seu instrumento, a OTAN, haviam declarado em forma categórica que “a OTAN não permitirá que Rússia toque um só troço de terreno de nenhum país sócio da OTAN”, o que repetiram em todas as ocasiões e que em caso que Rússia invada a Ucrânia se lhe imporia as mais duras sanções econômicas. Conhecido é que Ucrânia não é sócia da OTAN nem da União Europeia. Foi uma mensagem oblíqua, com o que transmitiram a mensagem clara que os imperialistas ianques não iriam arriscar nenhum choque direto com os imperialistas russos, assim se dava carta branca para que os imperialistas russos desatem sua guerra de agressão contra Ucrânia. Os imperialistas ianques haviam visto sua oportunidade de aproveitar a desesperada situação de Putin e os imperialistas russos para facilitar-lhes o caminho a ser apanhado em uma guerra de ocupação que esperam que tenha consequências muito similares para os imperialistas russos que a de Afeganistão teve para os social-imperialistas soviéticos.
Os fatos expostos confirmam que a contradição principal no mundo é nações oprimidas, superpotências e potências imperialistas, contra todos os ataques dos revisionistas de toda pelagem que negam a contradição principal para negar e atacar a definição do maoismo. Esta contradição nações oprimidas-imperialismo segue sendo e será em perspectiva quaisquer que sejam as circunstância que puderam repercutir adiando-a transitoriamente para logo tornar-se principal de novo.
O que esta guerra de agressão imperialista se produza na Europa Oriental não nega a importância das nações oprimidas, pudera desorientar que Ucrânia está na Europa, porém ela é um dos países que eram semicolonias da URSS. Nesses países, não se desenvolveram revoluções, senão corrida imperialista e decomposição revisionista que deu margem à selvageria burguesa, uma selvageria capitalista, assim passaram de umas mãos à outras.
No caso concreto da Ucrânia, está caiu transitoriamente sob o domínio semicolonial principalmente do imperialismo russo, a quem entregou suas armas atômicas em 1993 em troca de proteger sua segurança. Logo neste século os imperialistas ianques, alemães, franceses e outros em conluio e pugna começaram a mover o piso do regime pró-russo dominante no país e veio a chamada “revolução de color”, logo o reestabelecimento do regime pró-russo e posteriormente a “revolução de Maidan”, mediante a intervenção indireta destes imperialistas usando a chamada “guerra de baixa intensidade”, com o que se produziu a mudança do regime a um conformado pelos diferentes grupos da grande burguesia dependente de diversos amos estrangeiros como o atual servente dos ianques Volodimir Zelenski (desde 2019).
Em resumo, Rússia deixou de ser o país imperialista principal que oprimia a Ucrânia para passar a ser o imperialismo ianque, em conluio e pugna com outros países imperialistas, o imperialismo opressor principal dessa semicolonia. Ante isto veio a agressão direta e indireta (guerra híbrida) do imperialismo russo em 2014 com a ocupação da Criméia, o estabelecimento de dois protetorados russos no Baixo Don [NT- Donbass] e o resto do país caiu como zona de influência do imperialismo ianque e outros.
Agora, com sua guerra de agressão, o imperialismo russo busca reestabelecer seu domínio, porém não já como semicolonia senão com caráter colonial. Isto está por definir-se nos momentos atuais.
Ucrânia, país oprimido, é o botim da disputa imperialista. Portanto, nesta situação, ali se estão expressando não somente a contradição principal, senão também a contradição entre a superpotência imperialista hegemônica única, o imperialismo ianque (o cachorro gordo) e a superpotência atômica russa (o cachorro fraco), com uma economia do tamanho da Bélgica e as contradições, que se desenvolvem também em conluio e pugna, de cada uma destas com as outras potências imperialistas como Alemanha, França, etc. Nos remitimos à citação do Presidente Mao sobre o incidente do Canal de Suez em 1956 (ver discurso do Presidente Mao de 27 de janeiro de 1957).
Estes problemas que vemos desde começos dos 90 do século passado na Europa, lamentavelmente não em movimento da classe nem do povo, senão para passar de umas a outras mãos imperialistas, retroceder fronteiras a como eram antes da II guerra mundial e estão atiçando nacionalismo. Tudo isto confirma o estabelecido pelo Presidente Gonzalo, sobre Alemanha depois da reunificação, que pelo que se vislumbrava e se confirma com todos estes acontecimentos, não ia ser fácil seu trânsito a superpotência como sonham. Estes desenvolvimentos dados desde os 90 à atualidade, estas situações rompem os equilíbrios derivados da II Guerra Mundial.
Todo esse domínio imperialista da URSS na Europa Orienta arrancou-se, o Pacto de Varsvóvia se caiu em pedaços, no fundo corrida imperialista e decomposição do revisionismo. Portanto o problema era novo equilíbrio, nova confrontação e distribuição de forças. Esses são os fatos que se estão dando até agora como bem o estabelece o Informe de “A cena mundial” do Periódico Internacional Comunista.
Que corresponde fazer o povo ucraniano? A luta de libertação contra o imperialismo principalmente russo, guerra prolongada; falha é direção política porém o proletariado e o povo ucraniano tem larga experiência de luta, fez a revolução socialista dirigido pelo grande Lenin, derrotou a invasão nazi como parte do povo soviético e o Exército Vermelho na Grande Guerra Pátria dirigida pelo camarada Stalin, assim que gerarão sua direção política, reconstituirão seu Partido Comunista como partido marxista-leninista-maoista militarizado, em meio da luta armada guerrilheira contra o invasor desenvolvendo guerra de resistência, guerra de libertação nacional como corresponde à revolução em uma nação oprimida.
O Presidente Mao nos chama a:
Unir-se para derrubar o imperialismo, o revisionismo e a reação mundiais, isto hoje em dia é plenamente vigente. Marchemos firmes e seguros à Conferência Internacional Maoista Unificado para estender a partida de nascimento à nova organização internacional do proletariado.
Enquanto haja/houver exploração sobre a Terra, não haverá um mundo novo portanto o problema é destruir o imperialismo, o revisionismo e a reação, todo sistema de exploração, e necessariamente se edificará o socialismo. Baste ver as experiências socialistas vividas, varreram, em poucos decênios, centúrias de exploração, óbvio que não total e cabalmente porque tempo faltou porém como foi que países tão atrasados como China ou URSS se constituíram em potência ou superpotência. Só o socialismo é capaz de desenvolver as forças restringidas pelo imperialismo, o revisionismo e a reação mundiais. Outra coisa é que nesses processos tenha ocorrido a restauração e tornaram-se revisionistas, que descaradamente desenvolveram capitalismo; é porque abandonaram o marxismo, porque restauraram o capitalismo, foi porque abandonaram o edificar o socialismo, porém também ali se levantará a revolução e o socialismo voltará a ser desenvolvido.
Como disse o Presidente Gonzalo: Todo isto porá mais a contradição principal e nos leva a reafirmamos que as nações oprimidas são base da revolução como tendência principal no mundo. Insisto, ver essa tendência como tendência histórica, como tendência política e como compreensão que abre passo à ação transformadora dos comunistas para que logre que se expresse mais claramente. Nos reafirma, em síntese, que as nações oprimidas são base da revolução como tendência principal da história.
FORA IMPERIALISTAS RUSSOS DA UCRÂNIA! APOIEMOS AO POVO UCRANIANO!
MOVIMENTO POPULAR PERU
Fevereiro de 2022
Isso mesmo camaradas. E devemos lembrar também da luta pela criação da República Socialista Mundial e pela unificação do planeta Terra sobre a bandeira do socialismo/comunismo. Depois procurem saber mais sobre a FRT-PCTB, espero que aceitem uma colaboração com a FRT-PCTB, mas não represento a FRT-PCTB, e sim vocês teriam que falar com o presidente da FRT-PCTB, o Antonio Cabral Filho, sobre isso. República Socialista Mundial já!