PCB (FV): Repúdio ao covarde assassinato do Camarada Oris do PCF!

Proletários de todos os países, uni-vos!

Brasil, novembro de 2021

Ao CC do Partido Comunista das Filipinas

Repúdio ao covarde assassinato do Camarada Oris do PCF!

O Comitê Central do Partido Comunista do Brasil (Fração Vermelha) se dirige ao Comitê Central do Partido Comunista das Filipinas, a seus dirigentes, quadros e militantes, ao heroico Novo Exército do Povo das Filipinas (NPA), a seu Comando Nacional de Operações, a todos os seus mandos e combatentes, assim como a todas as massas e bases revolucionárias que lutam sob sua direção, para manifestar nossa profunda e fraternal dor pela morte do Camarada Oris (Jorge Madlos).

O Camarada Oris foi covardemente assassinado pelo exército reacionário do genocida Duterte, entre a cidade de Impasugong e a Rodovia Nacional, no último 29 de outubro, quando se encontrava junto a seu assistente médico, o Camarada Pika (Eighfel De la Peña). O regime reacionário tenta agora, em vão, montar um cenário de encontro/enfrentamento. Ainda que seja publicamente conhecido que ambos camaradas estavam desarmados nesse momento. Em um comunicado, o Partido Comunista das Filipinas enfatiza a responsabilidade do general Brawner, de seus homens e dos oficiais do 403º Batalhão de Infantaria no assassinato dos camaradas Oris e Pika. Denuncia que os corpos dos combatentes não foram entregues às suas famílias e ficaram sob o controle do velho Estado.



Quando soubemos da morte do Camarada Oris, de 74 anos, pudemos conhecer um pouco de sua história como firme comunista e pudemos ter consciência da grande perda que foi seu assassinato para o Partido Comunista das Filipinas e para o povo filipino na contínua luta revolucionária.

O Camarada Oris era um notório dirigente e quadro do Partido, foi eleito membro do Comitê Central e do Birô Político na II Conferência do PCF, em 2016, e assumiu importantes responsabilidades na Comissão Militar. Em 2015, foi um dos principais mandos do Comando Operativo Nacional do NPA. E, antes disso, durante mais de quatro décadas, entregou sua vida ao Partido e à revolução dirigindo as forças revolucionárias através da Guerra Popular na região noroeste de Mindanao, atuando sempre sobre uma base de massas cada vez mais ampla e profunda.

O Camarada Oris foi detido em 1987 durante o governo de Corazón Aquino e passou cinco anos na prisão, mantendo seu juramento de dar sua vida pelo Partido e à Revolução. Serviu ao povo de todo coração, especialmente aos camponeses pobres e às pessoas da etnia Lumad. Viveu com eles, lutou com eles e os dirigiu durante muito tempo.

O governo genocida de Duterte está atacando brutalmente ao movimento revolucionário das Filipinas desde 2017. Se produziram numerosas detenções, torturas e assassinatos de dirigentes, ativistas e simpatizantes no objetivo de deter a continuidade da Guerra Popular no país. No entanto, tanto o genocida Duterte como os amos aos quais serve – a reação local e o imperialismo – se equivocam se pensam que tiveram êxito em seu objetivo.

Camaradas,

Estamos seguros de que o inimigo fracassou em seus sinistros planos. Porque o Camarada Oris já havia forjado centenas de sucessores no desenvolvimento da guerra popular devido à sua completa dedicação ao Partido e à Revolução e a seu imparável espírito de resistência revolucionária. A luta de classes segue seu curso e o ódio dos oprimidos contra os opressores levará o povo filipino ao triunfo, guiado pela todopoderosa ideologia do proletariado internacional, o marxismo-leninismo-maoismo, principalmente maoismo.

O sangue derramado pelo Camarada Oris, assim como o de muitos outros revolucionários filipinos, regará ainda mais a revolução. Seu exemplo de vida seguirá sendo uma rica fonte de inspiração para as novas gerações de revolucionários marxistas-leninistas-maoistas de todos os países. Especialmente nesta época de novas revoluções, quando entramos em uma situação de agravamento da crise geral do imperialismo em todos os níveis – econômico, político e militar – e com o agravamento de todas as contradições, especialmente a contradição principal entre nações oprimidas e o imperialismo.

Levantamos respeitosamente nossas bandeiras vermelhas maoistas em homenagem à memória do Camarada Oris.

Honra e glória eternas ao Ka Oris!

Abaixo o imperialismo e seu vassalo genocida Duterte!

Abaixo o revisionismo, viva o marxismo-leninismo-maoismo, principalmente maoismo!

Abaixo a guerra imperialista! Viva a guerra popular!

Partido Comunista do Brasil – Fração Vermelha (P.C.B. – FV)

Comitê Central