Conversas com a Camarada Laura nas Bases das Montanhas Vizcatán
Introdução
Hoje, publicamos as CONVERSAS COM A CAMARADA LAURA NAS BASES DAS MONTANHAS VIZCATÁN, no VRAEM (Vale dos Rios Apurímac, Ene e Mantaro), realizada por volta de 2012, o essencial da entrevista é que nela, como tem que ser, com guerra popular assume a defesa do Presidente Gonzalo, a chefatura do Partido e da revolução, do pensamento gonzalo, o I Congresso e da BUP (Base de Unidade Partidária) e todo o caminho percorrido até agora e se toma firme posição contra a LOD (Linha Oportunista de Direita) revisionista e capitulacionista encabeçada pela ratazana Miriam e especialmente contra a linha oportunista de direita, disfarçada de esquerda, revisionista e capitulacionista da ratazana José e sua camada que usurparam o CRP (Comitê Regional Principal). Consideramos que é um magistral documento marxista-leninista-maoista, pensamento gonzalo. Nele com a documentação partidária em mãos a camarada Laura, desde as mesmas montanhas de Vizcatán, com profundo sentimento e ódio de classe, com firme convicção e posição comunista e com a ideologia do marxismo-leninismo-maoismo, pensamento gonzalo assume a defesa de nossa chefatura, o Presidente Gonzalo, e de seu todopoderoso pensamento, e deslinda, aplasta e varre contra todas as patranhas da CIA- reação peruana e seus serviçais do novo revisionismo contra o Presidente Gonzalo, o PCP e a guerra popular.
Com esta entrevista documentamos como a esquerda luta com guerra popular por impor a linha vermelha no VRAEM. Assim, os comunistas, combatentes e massas, praticando a filosofia da luta que só com fuzil se pode transformar o mundo, está lutando para levar adiante a reorganização do CRP do PCP como parte da reorganização geral de todo o Partido em meio à guerra popular e em luta de morte contra o revisionismo.
É um documento com o qual se impôs a luta de duas linhas no Partido em 2013, portanto, expressa como se estava manejando a luta de duas linhas nesse momento, o qual serviu de base para dar o salto na tarefa partidária da RGP (Reorganização Geral do Partido) em torno de maio de 2014. Mostra pois parte desse processo. Por isso, haverá muitas interrogações que os leitores podem plantear sobre diversos aspectos, alguns seguramente muito importantes sobre esta luta e que ficam elucidados na entrevista. Muitos já se resolveram no tempo transcorrido, e outros seguramente estão se resolvendo com o desenvolvimento da RGP em meio à guerra popular. Com esta entrevista nos desvenda que cada vez mais estamos nos aproximando de sua brilhante culminação.
Ademais, o problema de varrer, mediante a luta de duas linhas, tudo o que se opõe à Chefatura e ao pensamento gonzalo é complexo e demanda fazê-lo a fundo. Porque como está estabelecido, só fazendo-nos firmemente á Chefatura do Presidente Gonzalo e seu todopoderoso pensamento e desenvolvendo uma firme e sagaz luta de duas linhas para manter vermelho o Partido podemos avançar na guerra popular e manter firmemente seu curso.
Há algumas fotografias que nos remeteram e que publicaremos, enquanto que as fotos em que aparece a camarada Laura e o entrevistador para preservar o segredo revolucionário e outras por diversas razões não publicaremos. Em todo caso, é a primeira edição nossa destas importantes conversações, é certo que virão outras mais.
Estamos seguros que, a presente publicação elevará o mais alto o otimismo e alegria revolucionária de todos os maoistas e demais revolucionários do mundo e muito especialmente da América Latina.
MPP (CR)
Março de 2017
O TERCEIRO MOMENTO DA SOCIEDADE PERUANA CONTEMPORÂNEA
Conversa com a Camarada Laura nas Bases das Montanhas Vizcatán:
Abrimos caminho para a camarada Laura [iniciando o texto com alguns dados, NT], para que este processo da sociedade peruana chegue com a maior nitidez a posteridade. Este diálogo aconteceu no setor denominado Roblepampa. As margens do rio Imaybamba, limite entre os departamentos de Huancavelica e Ayacucho. O rio Imaybamba desce das alturas de Sanabamba, parte de seu fluxo vem das planícies de Tayacaja, e seu curso chega a desembocar no rio Mantaro, quase a altura do setor denominado Puríssima, um pouco mais avançado rio abaixo do Mantaro. Todo este lugar é parte do que se denomina glorioso e guerreiro Vizcatán, a camarada Laura, afirma:
“Vou começar expressando minha sujeição ao Presidente Gonzalo, chefe do Partido e da Revolução, ao Partido Comunista do Peru, à ideologia invicta do proletariado: o Marxismo-Leninismo-Maoismo, Pensamento Gonzalo, á guerra popular no Peru”.
“Os anos 80 têm uma denominação especial, é ILA-80 (Início da Luta Armada). Com o passar dos anos, sua importância ficará marcada de maneira imarcescível, como já o está sendo, pois desde ali, ficou gravado na costa dos Andes o futuro nascimento da República Popular do Peru. Entramos em um momento crucial, o da crise geral do capitalismo burocrático. A sociedade peruana, como sistema, caducou nestes quase 200 anos de vida republicana. Este período, ademais, está marcado pela luta armada entre revolução e contrarrevolução. Esta ardente luta do povo peruano têm servido para que o mundo inteiro compreenda que a ideologia do proletariado, em dura luta, chegou em sua Terceira, Nova e Superior etapa: o Marxismo-Leninismo-Maoismo, passando a ser o Maoismo o fundamental e decisivo no mundo, para levar adiante revoluções proletárias. No Peru é de especial importância como Marxismo-Leninismo-Maoísmo, Pensamento Gonzalo. Abriu-se uma época cuja primeira parte deve culminar com a instauração de um Novo Estado de Operários e Camponeses, uma República Popular de Nova Democracia, qualquer que sejam as circunstancias que se tenham que passar”.
“Depois de mais de 11 anos de governo militar e sendo Presidente de fato o General Francisco Morales Bermúdez, havendo instalado uma Assembleia Constituinte que sancionou a Carta de 1979, se convoca as eleições para maio de 1980, data no qual se deveria eleger um Presidente e que esta deveria iniciar se funcionamento, com seus poderes ao estilo demo-liberal, o que as classes dominantes denominavam Democracia, chamada também pelos atores diretos daquele então, transferência do poder para a civilidade”.
“O ano de 1980 se produziu a transferência de poder das mãos das Forças Armadas, com uma nova Carta Magna que constitui a terceira reestruturação do estado peruano no século XX. A partir de então, os sucessivos governos têm um problema central: a guerra popular que o Partido Comunista do Peru dirige.
O MARXISMO-LENINISMO-MAOÍSMO, PENSMAENTO GONZALO. A MAIS ALTA IDEOLOGIA DA CLASSE TRABALHADORA, ELEVADA AO TOPO PELO PARTIDO COMUNISTA DO PERU.
Esta guerra popular é enfrentada pelo estado reacionário do Peru, empregando as políticas contrarrevolucionárias de massas contra massas e em meio a um genocídio bárbaro, tentam derrotar, ao que eles chamam de subversão armada. Pelejou-se ardorosamente, por inflamar mais a guerra popular, por construir o novo poder e, a custa de sangue vertido pelos comunistas e filhos do povo, chegamos a abrir bases de apoio e adentramos na guerra de guerrilhas, que acende esperanças luminosas para acabar com a escravidão do homem pelo homem”.
Foto da camarada Laura que não se incluiu.
A presente imagem foi tomada pelo autor, no setor denominado Roblepampa, avançando algo mais, rio abaixo, as margens do rio Imaybamba, afluente do rio Mantaro, atual província de Tayacaja, este rio marca o limite entre os departamentos de Huancavelica e Ayacucho. Está claro, a margem esquerda do Mantaro já pertence ao departamento de Junín. Por falta de material adequado e… não foi possível gravar a conversa, motivo pelo qual anotamos só algumas questões que consideramos fundamentais ou as que foram muito fáceis de registrar.
Foto não incluída.
CAMARADA LAURA. SETEMBRO DE 2012. ROBLEPAMPA
No presente diálogo, a camarada Laura iniciou comentando sobre a Grande Revolução Cultural Proletária, a qual considera de suma importância. Conforme o diálogo ia transcorrendo surgiam perguntas aleatórias, diria, não houve um plano de entrevista. Este diálogo aconteceu à vista e na presença da camarada Mariela, quem também aparece na foto e concordava na medida em que se prolongava a manifestação da camarada Laura
Camarada Laura nos diga algo sobre sua vida em ván, como é o dia-a-dia dos guerrilheiros:
“Sempre temos julgado mais importante desenvolver nossas vidas como parte do Partido e da Revolução. Acreditamos que a vida, curta ou longa, deve ser útil ao mais sublime da humanidade: a luta pelo Comunismo… e nós acreditamos firmemente na construção da República Popular do Peru, uma República de Nova Democracia, acreditamos na Revolução, na luta armada; elevamos as alturas a grande consigna do Presidente Mao O poder nasce do fuzil. Este grandioso processo da Revolução no Peru é dirigido pela classe operária mediante seu Partido, que dá o curso, e é o Partido da classe operária o Partido Comunista do Peru o que há de nos guiar a nossa meta final. Reiteramos um Partido Marxista-Leninista-Maoista, Pensamento Gonzalo, a ideologia científica do proletariado, sendo o Maoismo o fundamental e decisivo para a Revolução Proletária Mundial e o Pensamento Gonzalo para a Revolução Peruana, por ser a aplicação criadora do Maoismo a nossa realidade. Reiteramos nossa filosofia de luta que só com o fuzil se pode transformar o mundo. Muitos corações junto ao nosso já empreenderam esta heroica façanha, que levará a humanidade a meta final que é o Comunismo”.
“NÃO CREIO QUE VALHA A PENA CONTAR ESTE CAPÍTULO DA MINHA VIDA, SIMPLESMENTE PORQUE NOSSAS VIDAS ESTÃO FEITAS COMO PARTE DO PARTIDO E DA REVOLUÇÃO. APENAS NOS ESFORÇAMOS EM CUMPRIR BEM NOSSA JORNADA.
CONJUNTAMENTE COM NOSSOS CAMARADAS, EM REITERADAS OPORTUNIDADES, TEMOS DADO NOSSO FIRME COMPROMISSO DE DAR A VIDA PELO PARTIDO E PELA REVOLUÇÃO. POR NOSSA META INALTERÁVEL, QUE É O COMUNISMO, SABENDO QUE DEPOIS DE NOSSA MORTE, OUTRAS MÃOS EMPUNHARÃO O FUZIL, COM IGUAL OU MAIOR DESTREZA, PODEMOS PROCLAMAR ANTE O MUNDO E ANTE O MARXISMO-LENINISMO-MAOISMO, PENSAMENTO GONZALO, A LUTA QUE TRAVAMOS É A LUTA FINAL PELO REINO DA ETERNA HARMONIA, UMA SOCIEDADE SEM RICOS NEM POBRES, O SEMPRE RESPLANDECENTE COMUNISMO.” C.L
“A Grande Revolução Cultural Proletária, poderoso movimento de massas, dirigido pelo Presidente Mao Tsetung em plena construção socialista na China, é a revolução jamais antes vista sobre a Terra, pois durante bom tempo o proletariado manteve-se onimodamente no poder. Esta Grande Revolução Cultural Proletária apontou diretamente contra a burguesia, contra aqueles dirigentes seguidores do caminho capitalista, como o “Khruschov chinês” Liu Shao Chi e também para combater contra o vento revogatório direitista do sinistro Teng Siao Pin. O proletariado, dirigido pelo grande, glorioso e correto Partido Comunista da China, sob a chefatura do Presidente Mao Tsetung, organizado em Comunas populares, arrebatou o poder das mãos da burguesia que havia infiltrado-se no seio do Partido, eram os mesmos dirigentes como os já mencionados. Desencadeou-se a famosa “tormenta de janeiro” em Xangai, onde em meio de uma ardente luta de classes distinguiram-se a camarada Chiang Ching, esposa do Presidente Mao Tsetung, e outros dirigentes, como Chiang Chun Chiao, Wuag Hunh Wen e Yao Wen Yuan. Quando se produziu o golpe de estado contrarrevolucionário de outubro de 1976, nosso Partido lançou ao mundo seu rotundo grito de guerra com a consigna “Viva os quatro de Xangai”, tomando firme e tenaz posição para combater o revisionismo de Ten Siao Ping e contra o triplo ataque revisionista: o revisionismo albanês de Ramis Alia, o revisionismo soviético de Brejnev e o revisionismo chinês de Teng Siao Ping. O Presidente Gonzalo, em heroica e tenaz luta, dirigindo o Partido Comunista do Peru, lançou ao mundo a mais alta consigna proletária, a mais alta ideologia do proletariado: “Viva o Maoismo!”. Como Terceira, Nova e Superior etapa da ideologia do proletariado. A Grande Revolução Cultural Proletária é o mais grandioso marco da Revolução Proletária Mundial, é a luta de morte entre revolução e contrarrevolução, luta entre restauração e contrarrestauração; com este poderoso movimento de massas sem comparação na história, a ideologia do proletariado tornou-se em Marxismo-Leninismo-Maoismo, principalmente Maoismo, chave para dirigir a revolução e para reconstituir partidos proletários no mundo.”
“Este momento da história do Peru considero de transcendental importância, porque a nível nacional e internacional se vem lutando ardorosamente por acabar com o domínio do imperialismo norte-americano, russo ou o que for, por acabar com a escravidão do povo peruano, escravidão que as classes dominantes: os grandes latifundiários, a grande burguesia, os grandes banqueiros, tendo como instrumento o estado, sua coluna vertebral as forças armadas e as forças policiais, exercem seu domínio sobre nosso povo. Deve ficar claramente estabelecido que a burguesia chegou à sua última e superior etapa de desenvolvimento, a etapa do imperialismo, cuja característica é monopolista, parasitária e agonizante, que Lênin nos ensinou; este sistema se debate em uma gigantesca crise, a qual pretende resolver invadindo outros povos para saquear suas riquezas e escravizá-los. Com o pretexto de “Guerra total ao terrorismo”, todos os imperialistas, em massa, se lançaram à agressão contra os povos. Agressão encabeçada pelos EUA. O que pretendem é uma nova repartilha do mundo, para o qual querem o controle da Europa. É o imperialismo norte-americano, assim como o social-imperialismo russo e outros países imperialistas, a fonte das guerras no mundo. Assim, os imperialistas norte-americanos e seus aliados (França, Inglaterra, Rússia, etc.) têm invadido os países árabes: Síria e Iraque, o Oriente Médio: Afeganistão, Iraque, Palestina, Líbano, Líbia, Síria, etc. As tropas norte-americanas também se encontram no Peru, Base de Pichari. A DEA (N.T.: Drug Enforcement Administration, em português Administração de Repressão às Drogas), sob pretexto de luta contra o narcotráfico, que na realidade é contra a guerra popular, contra o povo peruano, sendo uma necessidade do governo reacionário do Peru, desenvolver uma guerra de baixa intensidade, demandar maior ajuda econômica e preparar a intervenção militar do imperialismo norte-americano principalmente. O Estado Islâmico é consequência da agressão imperialista; os imperialistas com sua infame agressão têm engendrado este movimento e hoje que as aguente. Nós do Peru, fazemos um chamado solene, para que estes povos agredidos se levantem em guerra popular, organizando-se no Exército Popular de Libertação, dirigidos pelo Partido Comunista, Marxista-Leninista-Maoista, e desfraldando Viva o Povo Árabe e Yankees Go Home, Fora Ianques. No Peru, damos nosso firme compromisso de derrotar o Comando Sul a qualquer preço e tempo que tenha que se pagar. Os agressores imperialistas jamais prevalecerão, é o imperialismo e o revisionismo de todo tipo que será derrotado. A história o tem demonstrado à saciedade. Recordamos ao imperialismo americano: o Peru e outros lugares onde se têm desatado a agressão, são para os senhores não um, mas muitos Vietnãs, com a única diferença que no Peru temos empunhado o fuzil contra os senhores, e não o soltaremos até que na face da terra brilhe o comunismo.”
“A sociedade peruana contemporânea caducou, se debate em meio a uma crise generalizada. Crise no econômico, no político e no ideológico. Os sucessivos governos de turno dizem resolver esta crise, o que fazem é aprofundá-la, como evidentemente estamos vendo hoje. Os mesmos corruptos de sempre, por exemplo, dizem que lutam contra a corrupção. Isto é inaudito. A corrupção campeia nas altas esferas do estado reacionário do Peru. Não há nenhuma saída. Apenas resta a revolução em marcha.”
“No que nos diz respeito, queremos reiterar, quantas vezes seja necessário, para que fique nítido através da história e para que os povos do mundo tirem lição de nossos acertos e erros. É o Partido Comunista do Peru que se atreveu a iniciar a guerra popular e já estamos levando-a adiante por vários anos. O principal fundamento para sustentar esta guerra é a invencível e todo-poderosa ideologia do proletariado, o Marxismo-Leninismo-Maoismo, Pensamento Gonzalo. A única maneira verdadeira de transformar a sociedade: a guerra popular. Não há outra forma. Na história, no desenvolvimento da sociedade, os diferentes sistemas ao caducar deram passagem a outra etapa mais desenvolvida. Porém, outra vez cabe reforçar: não há nenhum precedente histórico no qual uma classe cede poder a outra e se retira benignamente do cenário da história. As transformações apenas podem se realizar através da tormenta da revolução.
Nestas circunstâncias, em setembro de 1992, ocorreu a prisão do Presidente Gonzalo e, nosso Partido provado em mil combates e sustentado pela invicta ideologia do proletariado, o Marxismo-Leninismo-Maoismo, Pensamento Gonzalo, teve que enfrentar esta curva; nos momentos difíceis surgem todos os tipos de monstros, amamentados e abrigados pelo imperialismo, principalmente norte-americano, como são os revisionistas do “acordo de paz” abrigados no MOVADEF (N.T.: em português Movimento por Anistia e Direitos Fundamentais); estes traidores miseráveis lançaram ao mundo, com empenho desenfreado, a suposta paz, pacificação e diálogo, a mais estúpida ideia para envenenar a classe, as massas. Nós comunistas, somos feitos para as mais altas dificuldades. Os imperialistas e os revisionistas, em santa aliança, vociferam ao vento a suposta derrota do Partido, a derrota do socialismo, a caducidade do Marxismo. Advertimos-lhes, por mais que movam canhões, por mais que descarreguem golpes demolidores, preparem o mais complexo genocídio contra o povo, não poderão prevalecer. Estamos dispostos a atravessar o rio de sangue, que a revolução demanda, para alcançar nossa meta inalterável, o comunismo. A validez universal do Maoismo é para nós a mais alta ciência da revolução e um estrondoso chamado de atenção para os imperialistas, os revisionistas e os oportunistas de toda pelagem. A verdade do Marxismo-Leninismo-Maoismo, Pensamento Gonzalo, é irresistível. As massas populares se levantarão invariavelmente em revolução. A revolução mundial triunfará inexoravelmente. Isto demanda o Maoismo, e nós o cumpriremos. O Presidente Gonzalo afirmou de maneira contundente: “O marxismo não deu um passo na vida nem logrou nada senão com luta, conquistado com esforço, e o Maoismo não é nem será exceção; a luta pelo Maoismo, como terceira etapa do Marxismo, é e será dura, longa, complexa e difícil, nunca se imporá espontaneamente. Nossa história é essa, não temos outro caminho: luta, esforço, determinação inflexível, persistência indeclinável e tempo para que a prática prove e sancione a verdade”. Tudo que é novo tem que se impor em ardorosa luta, combatendo o velho que resiste em morrer, nada nos foi dado a preço de pechincha, tudo temos conquistado com esforço, com nosso sangue e com vidas luminosas que, sem vacilar um instante, têm sido oferendadas ao Partido e à revolução. Para isso temos sido forjados como comunistas, com luz na mente, aço no peito, espada na mão e em desafio à morte.
“Dê a batalha e saberá como se desenvolve. Nós comunistas, somos audazes e o somos porque somos materialistas consequentes e não tememos equivocar-nos, nem tememos enfrentar ninguém, porque do nosso lado está a verdade. Esta é nossa convicção e não podemos ter outra, somos homens de convicção, “convictos confessos” da maior ideologia científica transformadora, provada em milhares de batalhas gloriosas. Não houve nem há nenhuma ideologia na terra que tenha tido a prova prática do Marxismo-Leninismo-Maoismo; nem nunca tantos milhões foram e serão arrastados por tão poderosa tormenta revolucionária”. Presidente Gonzalo.
Não inclui-se aqui foto da camarada Laura. Agosto de 2010.
Foto de um combatente.
“NOSSA FEROZ DECISÃO DE COMBATER ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE, EM DEFESA DO PARTIDO E DA REVOLUÇÃO, SOB AS INVICTAS BANDEIRAS DO MARXISMO-LENINISMO-MAOISMO, PENSAMENTO GONZALO; INSTAURAR A REPÚBLICA POPULAR DO PERU: DE NOVA DEMOCRACIA E SEM INTERMÉDIO ALGUM CONSTRUIR O SOCIALISMO, MANTER O PODER DA CLASSE OPERÁRIA ATRAVÉS DE SUCESSIVAS REVOLUÇÕES CULTURAIS E, JUNTO AOS POVOS DO MUNDO ALCANÇAR O BELO E DOURADO COMUNISMO, META FINAL DA HUMANIDADE.”
Não se inclui foto correspondente: A camarada Laura. Às margens do rio Purísima, afluente do rio Mantaro. Agosto de 2010.
Camarada, diga-nos, como começou seu estudo dos princípios partidários?
Em meus anos juvenis, lá pelo terceiro ano do secundário, me coube a oportunidade de conhecer O Mundo é Grande e Estranho, obra do ilustre escritor Ciro Alegría. Uma novela que meu pai admirava e talvez por isso me interessei em lê-la com bastante avidez, creio. Rumi se fez minha comunidade. Me tornei amigo de seu prefeito, Dom Rosendo Maqui, de seus filhos e netos. De Doroteo Quispe, Eloy Condorumi e Jerónimo Cahua, de Clemente Yacu e Valencio; e também do boi Mosco e do touro Choloque. Dediquei especial atenção a Fiero Vásquez, mas ainda mais a Benito Castro; para lutar pela terra e contra a opressão é justo ultrapassar os limites estabelecidos pelos poderosos; atrever-se é o problema. Se nossas vidas são rendidas em meio à contenda, em tempo útil, demonstramos ao opressor que somos invencíveis atrevendo-nos a empunhar o fuzil, sabendo que nossas derrotas são transitórias e momentâneas, absolutamente transitórias e momentâneas, que aguardam o triunfo final; enquanto que a ferocidade do opressor o pinta de corpo inteiro, o inevitável final de seu crepúsculo e sua derrota definitiva. Isto aprendi com Benito Castro.
Camarada, falemos mais sobre O Mundo é Grande e Estranho.
O capítulo XIII deste livro chama-se História e Lances de Mineração. Marcou profundamente meus entendimentos, me orientei definitivamente para o Partido e a Revolução. Depois da morte de Calixto Paucar, neste capítulo pode-se ler:
- O que acham que é Jack? Já me convenceu: somos socialistas…
Socialismo. Essa palavra mágica que tanto atormenta os governantes do Peru. A palavra que converte em pesadelo as noites sombrias dos governantes de turno. O socialismo despertou em nós o entusiasmo e a alegria, que vale a pena morrer por ela. Não há nada mais glorioso que cobrir-se com a bandeira vermelha e, desafiante, lançar-se ao coração da batalha, plenamente conscientes de nossa missão histórica, para derrubar a velha ordem e construir uma nova, a República Popular do Peru, à imagem e semelhança da classe operária, conforme a nossa ideologia, científica e todo-poderosa, o Marxismo-Leninismo-Maoismo, Pensamento Gonzalo.
Quando os operários de Navilca estão sendo enterrados: “- Nossa bandeira e cantemos – gritou Jack, sem saber como expressar-se. Desfraldaram um grande pano vermelho e começaram a cantar.
Ninguém, senão Jack e seu ajudante, sabiam o que significava essa bandeira. Ninguém, senão Jack e seu ajudante, sabiam entoar essa canção. Era um canto bronco e poderoso que açoitava o desfile como um vento carregado de mundos.”
Quando alguém chega a esta leitura, quando nosso coração se agita incontido, já nada pode ser igual. O que era o socialismo? O que significava aquela bandeira vermelha? O que era aquele canto, bronco e poderoso, que Jack e seu ajudante entoaram? A estas e outras perguntas me propus resolver estudando e, claro, combatendo. Nossa tônica, aprender a combater no próprio curso da guerra. No curso da guerra revolucionária, nos transformaremos de novatos em experimentados.
O Presidente Mao Tsetung e a camarada Chiang Ching, na base de apoio de Yenan.
Ficou gravado nitidamente em minha mente aquela Bandeira Vermelha do gringo Jack e seu ajudante. Ficou gravado em minha mente aquele canto, bronco e poderoso, que entoavam. Tracei para mim um propósito: investigar o significado daquela bandeira e do solene canto. Com o correr dos meses e anos, o panorama ia se abrindo para mim e cheguei a compreender tudo aquilo, o que foi sumamente regozijante.
Aquela Bandeira Vermelha, desfraldada pelo gringo Jack e seu ajudante, já havia flamejado desafiante ante o mundo burguês sobre o Hotel de Ville, como símbolo da República do Trabalho com a Comuna de Paris, a proeza mais heroica daqueles operários prestes a assaltar os céus, nas palavras do maior pensador dos séculos Karl Marx, em 1871. Esta mesma bandeira, era desfraldada pelos operários nas ruas de Berlim, Milão, Londres, Madri, Paris, Chicago e do mundo inteiro. Esta mesma bandeira ergueu-se vitoriosa em outubro de 1917, na cidade de Petrogrado, nas mãos dos Bolcheviques, proclamando todo o poder aos sovietes e o nascimento da República dos Operários e Camponeses, a Ditadura do Proletariado, com Vladimir Ilich Ulianov Lenin e Joseph Stalin. Esta mesma bandeira, desafiante diante do vento, flamejou destemida no Levante das Colheitas de Outono, nas montanhas Chingkang, em Yenán; nas ruas de Xangai, durante a Grande Revolução Cultural Proletária, marchando à cabeça de toda ela, o Presidente Mao Tsetung, e junto a ele, Chiang Ching, Chiang Chun Chiao, Wang Jun Wen, Yao Wen Yuan e o proletariado do povo chinês. Esta mesma Bandeira Vermelha tem sido desfraldada ao vento em nossa pátria, Peru, desde 7 de outubro de 1928, com José Carlos Mariátegui. Teve que passar por um período duro de abandono e reconstituição para ser içada em torno dos Andes do Peru, a partir do ano de 1980, com justeza denominado ILA-80 [N.T.: Início da Luta Armada]. Esta mesma bandeira hoje, enfim, flameja vitoriosa no glorioso e guerreiro Vizcatán, para que ninguém possa baixá-la, nem se escreva em direção oposta. Mas, mantendo-a sempre desfraldada à custa de nossas vidas. Hoje desfraldamos, defendemos e aplicamos nossa invicta Bandeira: o Marxismo-Leninismo-Maoismo, Pensamento Gonzalo. A nada mais podemos servir. Com o Presidente Mao aprendemos a conhecer o Peru. Sua obra e seu pensamento marcaram profundamente a mente e o coração dos comunistas em nossa pátria e, com ele, ilumina o sol da revolução, pelos séculos dos séculos. O Presidente Gonzalo é o herdeiro do Presidente Mao Tsetung, com ele brilha o Maoismo como Terceira, Nova e Superior etapa do Marxismo, em dura luta, na qual implica Desfraldá-lo, Defendê-lo e Aplicá-lo. Mãos à obra!
Voltemos ao O Mundo é Grande e Estranho. Aquele canto solene, bronco e poderoso, era A Internacional, a canção mais alta e sublime, a mais bela canção da classe operária, canção criada por Eugênio Pottiers, que hoje se canta proclamando a luta final pelo Comunismo, meta inalterável da humanidade.
Este canto bronco e poderoso, que é A Internacional e a Bandeira Vermelha, que flameja desafiante ante o mundo burguês, mergulhou no espanto e em convulsões de raiva, convertendo em pesadelo as noites sombrias dos reacionários do Peru, do imperialismo e do revisionismo. Em troca, tem convocado o rotundo grito de guerra da classe operária, que com o punho erguido marcha incontivelmente para sua meta final, o comunismo.
Creio sinceramente, que nossa inquietude pela Bandeira Vermelha e pelo canto bronco e poderoso do gringo Jack e seu ajudante, foram solucionadas.
Entramos definitivamente no estudo de Marx, Lenin e do Presidente Mao Tsetung, conhecemos Mariátegui… e tivemos no Peru o Presidente Gonzalo.
Camarada, como organizam o estudo em Vizcatán e quais outros livros a impressionou?
Por nossa obrigação de comunistas, estudamos livros de Marx, Engels, Lenin, Stalin, Mao Tsetung, José Carlos Mariátegui e outros documentos partidários. Nossa vida é um combater constante. Queríamos nos dedicar mais ao estudo, mas o tempo é curto e a nossa guerrilha é de alta mobilidade. Contudo, há tempo para ler. Assim se Temperou o Aço de Nikolai Ostrovski é outro livro recomendável para os jovens proletários. Nós também temos muitos camaradas ao estilo de Pavel Korchaguin, valente até o sacrifício, íntegro e disciplinado no cumprimento do dever. Se nossa bandeira é vermelha, está encharcada com o sangue daqueles que o oferendaram e seguiram oferendando, para seguir sustentando-a… e o nosso irá unir-se um pouquinho mais para mantê-la sempre viva, sempre ardendo, sempre luminosa.
Neste combate sem igual para alcançar um novo mundo, foi visto a partida de meus camaradas para a batalha, com o entusiasmo de sempre; se algum não voltava era que, como sempre o havia feito, deu seu compromisso de combater, já pertencia à história. Então, nos reuníamos em uma cerimônia solene e reafirmávamos nosso compromisso de nos bater até a última gota de sangue e dar a vida pelo Partido e pela revolução. Como já demonstramos e estamos demonstrando reiteradas vezes e quantas vezes forem necessárias. Todo nosso contingente, em massa, faz ouvir seu rotundo grito de guerra: “Glória e Honra aos Heróis do Povo”, “Viva a Revolução”. Apenas em uma oportunidade senti o espasmo da forca em meu pescoço, em Tsomaveni, nas mãos do inimigo. Apenas a coragem e a decisão mudaram este episódio fatal. Então, claramente recordei o corpo balançando de Valia Bruszhak, de Rosa Gritsman… Marcharia eu para o cadafalso, cantando como fizeram elas? Sim, eu o faria. Mas lembre-se, uma coisa são as palavras e outra os atos. Atreva-se e os problemas serão resolvidos. Este livro vai também comigo, levantando a moral e dando coragem e otimismo.
Muitos intelectuais têm vertido diferentes opiniões acerca da subversão no Peru. O que pensa deles?
No Peru, através de diferentes jornais, revistas, rádio e televisão, diferentes pessoas vêm se expressando. Por seus frutos os conhecereis. Alguns o fazem com muita raiva contra o Partido e a Revolução. Eles estão em sua razão, são defensores da ordem estabelecida. Tem que defender a pele, do contrário onde se adeririam? Para eles o Peru está composto pelos grandes banqueiros, pelos grandes latifundiários, pelos grandes burgueses e todo tipo de sanguessugas que chupam o sangue do povo. Consideram-se grandes defensores e até representantes do povo. Claro que os querem, senão, de onde sai a mais-valia, o lucro dos ricos. Os intelectuais burgueses demonstram sua pobreza espiritual defendendo o sistema que parasitam, motivo pelo qual detestam tudo o que concerne à transformação profunda de uma sociedade e, sobretudo, quando se faz isso através de uma revolução, através da luta armada. Por exemplo, aquele senhor que expressa em seu próprio rosto a aberração, a aflição e a miséria da classe burguesa, autor dessa babélica e bastarda publicação que se chama Profetas do Ódio, que sem remorso e com a maior desfaçatez de um parasita do sistema, depois de tantas imagens absurdas e sem sentido, referindo-se ao Presidente Gonzalo, afirma: “… Desta perspectiva, haveria que condenar nos mais duros termos a estas pessoas, pois é imenso o dano que fizeram à sociedade peruana… Não há pessoa que tenha produzido mais mortes e sofrimento na história peruana recente…” Quando este tolo se refere à sociedade peruana, está nos falando da sociedade peruana como sistema, esta sociedade é a dos grandes latifundiários, dos grandes banqueiros, da grande burguesia em suas duas frações: compradora e burocrática; é a voz do imperialismo norte-americano principalmente.
Aqui cabe perguntar-se: Não é este estado reacionário do Peru o que prega a paz dos mortos de fome? No mundo, três quartos da humanidade estão submetidos à fome, na miséria, por culpa do sistema imperialista. No Peru, por culpa do único sistema predominante, morrem anualmente 60 mil crianças antes de completar um ano, isto segundo dados dos jornais de Lima. Podemos comparar os mortos oficialmente informados, na guerra entre revolução e contrarrevolução? Os mortos na guerra, em algo mais de vinte anos, não superam a morte de crianças por inanição; sendo inclusive, que a imensa maioria dos mortos é consequência do genocídio ao qual foi submetido o povo peruano por obra das forças armadas e policiais. Este desalmado autor de Profetas do Ódio diz: “… pois é imenso o dano que fizeram à sociedade peruana…”. Sinceramente respondam a estas perguntas: Quem destrói as forças produtivas de uma nação em formação como a nossa? Quem proíbe ao campesinato trabalhar a terra com instrumentos descartados pela história há séculos? Quem espreme o proletariado até sugar-lhe o sangue por um salário miserável? Quem gera desemprego, aumento do custo de vida, péssimas condições de trabalho? Quem engendra a crise que mói o povo e varre a pequena e média propriedade? Quem dilapida nossas riquezas, por pagamentos irrisórios depredando o mar, afundando o campo, fechando minas, empobrecendo florestas, afogando cidades na miséria? Quem afoga a nação em dívidas descomunais, subjugando-nos mais? A resposta é: o estado peruano, dos latifundiários, dos grandes banqueiros, da grande burguesia em suas duas frações: compradora e burocrática, lacaio do imperialismo norte-americano principalmente. A esta sociedade não apenas basta causar-lhe dano, tem que ser defenestrada, varrida, demolida, desaparecida. E sobre suas cinzas, sobre seus escombros, construir a vigorosa, a primaveril, a imarcescível República Popular do Peru, uma República de Operários e Camponeses e, finalmente, uma sociedade sem ricos nem pobres, uma sociedade de eterna harmonia, o Comunismo.
Sobre as mortes e o sofrimento: temos demonstrado à saciedade que, fiéis às nossas convicções, damos a vida por nosso ideal, que é a sociedade sem classes, é o preço que pagamos sem nenhuma vacilação. O que está feito, está feito. Somos combatentes da classe. Mas o sistema atual, a sociedade que este parasita defende, uma vez mais, acaso não tem submetido o povo peruano à mais espantosa miséria, desnutrição, fome, crianças que morrem antes de completar dois anos, inclusive assassinadas no ventre da mãe, genocídio, repressão brutal, torturas, desaparecimentos forçados, valas comuns, campos de concentração, etc. Tudo isso obra deste sistema, desta sociedade. E, claro que isto temos que varrer como nos corresponde, em toda a terra. Em consequência, Profetas do Ódio, não passa de uma homenagem à vulgaridade, à estupidez e à soberba.
Esclareça-nos um pouco o conceito de Revolução que tem o Partido Comunista do Peru.
Nos remetemos aos documentos partidários e à teoria e à ação dos mestres da classe operária: Marx, Engels, Lênin, Stalin, Mao Tsetung e, claro, José Carlos Mariátegui, Porém, com a paciência que nos caracteriza e como parte de nosso dever de organizar e educar, queríamos recordar-lhes o conceito de REVOLUÇÃO:
“A revolução não é uma idílica apoteose de anjos do Renascimento, mas uma tremenda e dolorosa batalha de uma classe para criar uma nova ordem. Nenhuma revolução, nem a do cristianismo, nem da Reforma, nem da burguesia, foram cumpridas sem tragédia. A revolução socialista, que move os homens ao combate sem promessas extraterrenas, que solicita deles uma entrega extrema e incondicional, não pode ser uma exceção nesta inexorável lei da história. Ainda não foi inventada a revolução anestésica, paradisíaca, e é indispensável afirmar que o homem não alcançará nunca o topo de sua nova criação, senão através de difícil e penoso esforço, no qual a dor e a alegria se igualarão em intensidade.” A ALMA MATINAL, José Carlos Mariátegui.
“… fazer a revolução não é oferecer um banquete, nem escrever uma obra, nem pintar um quadro ou fazer um bordado; não pode ser tão elegante, tão tranquila e delicada, tão suave, amável e cortês, moderada e magnânima. Uma revolução é uma insurreição, é um ato de violência através do qual uma classe derrota a outra.” OBRA ESCOLHIDAS, Mao Tsetung.
“REVOLUÇÃO s.f. (lat. Revolitio, -onis) Mudança brusca e violenta na estrutura social ou política de um estado, geralmente de origem popular: a revolução de 1868. 2. Fig. Mudança total e radical, transformação completa…” LAROUSSE, Dicionário enciclopédico. 2003.
O dicionário LAROUSSE afirma muito claramente: mudança brusca e violenta na estrutura sociopolítica de um estado… atenção! … geralmente de origem popular. Claro, apenas o povo faz a revolução, é o interessado direto. Por que LAROUSSE diz geralmente? Porque crê que os arrotos da burguesia sobre revolução são também uma mudança profunda, como o chamou o governo de Velasco Alvarado. Como muitos outros se ufanam ao pronunciar a palavra revolução. O que a burguesia faz é reajustar seu regime de exploração quando se vê ameaçada. Porém, este ato das classes dominantes de reajustar-se e manter-se no poder, não é mais que palavrório. A burguesia chegou à sua última e superior etapa, o imperialismo; debate-se em meio a uma grande crise, de modo que chegou a hora de sepultá-la, o que só pode ser feito através da guerra popular dirigida pelo Partido Comunista. O imperialismo tem que ser destruído cabal e completamente. A razão reside em que é um sistema de opressão e exploração, portanto, convoca inevitavelmente a A Rebelião se Justifica, à luta de classes e à Revolução.
Aos intelectuais do Peru, lhes dizemos: reordenem sua maneira de pensar e ponham na ordem do dia a palavra REVOLUÇÃO. As limitações de classe que se tenham não podem ser obstáculo para serem cúmplices da ignorância e da pobreza espiritual que as classes dominantes ostentam. Não podemos seguir sendo intelectuais de panteão; ponhamos em movimento o nosso pensamento. Ao fim e ao cabo, não é simplesmente reordenar o pensamento, é questão de posição de classe. Se tomo posição pelo povo, logo, a partir daí, vou combater. Recordem que os reacionários nunca deixarão seu cutelo de carniceiro, até sua ruína final.
O renomado historiador Jorge Basadre, em seu livro chamado Peru: Problema e possibilidade, em seu comentário referente ao Socialismo, afirma com plena segurança: “… Demorará, sofrerá derrotas e traições, será ou não precedido por estágios prévios; porém, o socialismo virá… Com o socialismo deve culminar o árduo processo de formação histórica do Peru. Dentro dele, vinculado mais que nunca ao continente e à humanidade, o Peru deve encontrar sua realidade e sua solução.” Ao nos manifestar sobre os denominados estágios prévios ao socialismo, o doutor Jorge Basadre refere-se à Revolução Democrática, ou Revolução de Nova Democracia, ao estilo do Presidente Mao Tsetung. Este estágio prévio ao socialismo no Peru já foi instaurado pela Revolução Chinesa e está claramente sustentado nos Princípios Programáticos do Partido Socialista, estampada nas páginas de Ideologia e Política, de José Carlos Mariátegui. No Peru, iniciou-se a construção deste estágio prévio ao Socialismo, a partir do ano de 1980. E se formos um pouco além, desde a fundação do Partido da classe trabalhadora. Este grandioso processo da história do Peru será concluído com a instauração da República Popular do Peru: primeiro, de Nova Democracia, logo de maneira ininterrupta à construção do Socialismo e, em seguida, sucessivas Revoluções Culturais para manter a Ditadura do Proletariado, para manter o rumo e prevenir a restauração capitalista, finalmente o Comunismo, o Reino da eterna harmonia. Uma sociedade sem classes, sem exploradores nem explorados. A humanidade do Trabalho. A esta imarcescível meta que é o Comunismo se chegará através da guerra popular, dirigida por Partidos Comunistas e com ideologia Marxista-Leninista-Maoista, principalmente Maoista, nos países de toda a terra. Além de tudo, cabe estudar o que o doutor Basadre manifestou: “Somente aqueles que se deleitam com o passado, ignoram que o Peru, o verdadeiro Peru, é ainda um problema. Aqueles que caem na amargura, no pessimismo, ignoram que o Peru é ainda uma possibilidade. O problema é um efeito e, por desgraça o Peru, mas também felizmente, é uma possibilidade”. Levantemos o olhar para o que ocorre nos Andes do Peru e já se vislumbra o futuro nascimento da República Popular do Peru.
Desde o ano de 1990 vem circulando um livro denominado Em que Momento o Peru se Ferrou, promovido pela Editora Milla Batres. É sumamente importante a opinião de diferentes personagens, por certo muito renomados. Desde os mais raivosos contra o Partido e a Revolução, chegando a intelectuais que simplesmente se esquivam de sua responsabilidade, desviando sua atenção e escondendo-se atrás do suposto paraíso de nosso passado histórico, por exemplo, o Tahuantinsuyo. Realizam brilhantes afirmações e análises do passado glorioso e da crise atual, porém, concentrando suas esperanças na denominada democracia. Que surja algum gênio com sua varinha mágica para mudar, ao que parece, a corrupção, a exploração, o roubo descarado dos cofres do estado, etc. Mas também neste livro temos a lucidez e a opinião sensata de um intelectual muito prestigiado como o mestre Washington Delgado. Uma análise fundamentada do processo de desenvolvimento da sociedade peruana; é certo que discordamos dele em várias de suas informações, porém agradecemos seus escritos. O mestre afirma: … A simpatia, a admiração, o ódio ou o medo não permitem um julgamento sereno, imparcial, objetivo do Sendero Luminoso”.
Com o respeito que o mestre Washington Delgado merece, permita-nos dizer que a denominação exata de quem dirige a guerra popular é Partido Comunista do Peru, Marxista-Leninista-Maoista, Pensamento Gonzalo. E sobre a denominada imparcialidade, apenas cabe afirmar que no Peru há duas correntes, partes ou concorrentes, claramente definidos: o estado reacionário do Peru, que teve seu nascimento em 1821, por uma parte; e por outra, o Povo Peruano, camponeses, operários, pequena burguesia, e inclusive a burguesia nacional, dirigido pelo Partido Comunista do Peru, que pugnam para instaurar a República Popular do Peru. Sobre a denominada esquerda legal, apenas cabe afirmar que, de uma ou outra maneira, está à reboque dos governos de turno, recebendo migalhas e unindo-se para oprimir e explorar o povo peruano, a exemplo do pátria vermelha, sem dúvida.
Creio que os parágrafos finais deste comentário são extremamente sensatos para a reflexão dos raivosos defensores da ordem. O mestre Washington Delgado conclui: “… À luz desta análise resulta claro que, as classes dirigentes e os partidos políticos governantes do Peru não souberam enfocar adequadamente o fenômeno do Sendero Luminoso e limitaram-se a buscar uma solução militar, quer dizer, seguiram a mesma conduta do visitador Areche e do governo vice-reinal. Evidentemente, a história não ensinou nada. O Sendero Luminoso não é uma enfermidade do Peru, é o sintoma de uma enfermidade. A raiz de sua violência está na atroz pauperização das províncias e do campo. Essa é a enfermidade que se deve remediar.”
… A mesma conduta do visitador Areche e do governo vice-reinal… recordem-se do massacre de Cayara, Accomarca, Uchuraccay, Llocllapampa, Bellavista, Huancaraylla, Pomatambo, Pucayacu, Putis, Remillapata, Barrios Altos, La Cantuta, El Erontón, Lurigancho, Santa Bárbara, Canto Grande, dos campos de concentração de Asquipata, Totos, Castropampa, Pichari, Pampa Cangallo, dos Cabitos. Apenas para mencionar alguns.
Nosso comentário: o estado vice-reinal representado pelo Vice-Rei Jáuregui, o visitador Areche, o ouvidor De La Mata Linares, o bispo Moscoso, exerceu um genocídio bárbaro contra os chamados índios rebeldes. Finalmente não prevaleceram, pois o estado vice-reinal foi sepultado em meio a incessantes lutas, à custa da vida e do sangue dos índios, para dar nascimento a um novo estado, novo em seu tempo, o qual conhecemos como República Peruana, de corte demo-liberal. Esta república, em quase 200 anos, é a que chegou à sua parte final, debatendo-se em meio à crise generalizada.
O Marxismo-Leninismo-Maoismo, Pensamento Gonzalo, nos ensina que o parto sangrento da revolução é, no fim das contas, muito menos doloroso que o sofrimento crônico na velha sociedade. Queremos recordar-lhes: corrupção generalizada, crianças que morrem de fome antes de completar dois anos, altos impostos, salários miseráveis, escassez de alimentos, delinquência, prostituição, narcotráfico nas altas esferas da sociedade peruana, saqueio de nossas riquezas pelo imperialismo, desaparições, genocídio, tortura, campos de concentração, etc.
Vamos esclarecer um pouco. O alemão Rudolf Kjellen, mentor da Geopolítica, que como tal surge no ano de 1916, ou seja, na Primeira Guerra Mundial, publicou seu livro O Estado com Forma de Vida, no qual sustenta que “o estado é um organismo biológico… que nasce, cresce e morre em meio a permanentes lutas”. Isso entre outras tantas coisas. No mérito desta afirmação podemos concluir: Onde ficaram os estados escravagistas de Grécia e Roma? A resposta é feneceram e pertencem ao museu da história. Onde estão os estados feudais da Europa, por exemplo, o de Luís XVI? Igualmente no sepulcro dos trastes velhos da história, como resíduos da sociedade. Muitos estados que são injustos, que são exploradores, se afundaram em meio a irremediáveis contradições, para dar passagem a um novo. E mais, onde está o estado inca chamado Tahuantinsuyo? Sepultado. Apenas ficam suas construções que foram para o museu da história. Alguns ainda sonham em reviver este cadáver. São sonhos vãos. As rodas da história não marcham para trás. Onde está o outrora poderoso e extenso estado do vice-reinado? Todos conhecemos. As guerras da independência, cuja parte final foram as batalhas de Junín e Ayacucho, lhe deram sepultura. Porém, na atualidade, principalmente os governos de turno, todos os imperialistas, o imperialismo norte-americano principalmente, os revisionistas e seus comparsas clamam e gritam até perder a voz na garganta: esta democracia é eterna e nada poderá mudar tamanha maravilha”. Que razões têm? Nenhuma. Simplesmente, seu fim está próximo. Sua sepultura está cavada, que eles próprios a cavaram e também criaram seus coveiros.
As revoluções sociais, nas distintas etapas da história da humanidade, são historicamente inevitáveis e são dirigidas por leis objetivas independentes da vontade do homem. A história demonstrou, em reiteradas oportunidades, de forma confiável, que não houve nenhuma revolução que tenha chegado ao triunfo sem ter percorrido um caminho por demais tortuoso, difícil e sem sacrifício. O nosso não podia ser uma exceção. O sacrifício sempre esteve presente. Na revolução dos escravos; na revolução dos servos; nas revoluções burguesas; nas revoluções nacionais. E, com maior razão, na última batalha em que a classe operária luta para instaurar a nova democracia, o socialismo e uma sociedade sem classes: O Comunismo. O exposto pelo Presidente Mao Tsetung tem validez universal:
“Que diferentes são a lógica do imperialismo e a do povo!”
“Provocar distúrbios, fracassar, provocar distúrbios de novo, fracassar de novo, e assim até a ruína: esta é a lógica dos imperialistas e de todo os reacionários do mundo frente à causa do povo, e eles não marcharão nunca contra esta lógica. Esta é uma lei marxista.”
“Lutar, fracassar, lutar de novo, fracassar de novo, voltar a lutar e assim até a vitória: esta é a lógica do povo, que tampouco jamais marchará contra ela. Esta é outra lei marxista.” MAO TSETUNG. OBRAS ESCOLHIDAS. TOMO IV.
Somente queremos advertir-lhes: o estado atual tampouco prevalecerá. Seguramente será instaurada a República Popular do Peru e chegaremos ao reino da eterna harmonia, o Comunismo. Além disso, tempo a tempo…
Entretanto, lutar, combater, resistir. É bom recordar o que o Partido tem sempre presente: nosso centro é combater. Nossa base é o proletariado e o povo. Nosso caminho é a guerra popular. Nosso objetivo é a República Popular do Peru. Nossa ideologia é o Marxismo-Leninismo-Maoismo, Pensamento Gonzalo. Nossa meta final é a Revolução Proletária Mundial e o Comunismo.
Camarada, há alguma data especial celebrada pelo Partido?
Claro, podemos mencionar algumas: O Primeiro de Maio, Dia Internacional da Classe Trabalhadora, pelos acontecimentos em Chicago, pelo sangue derramado pelos operários e a conquista da jornada de trabalho de oito horas. O 17 de Maio, início da luta armada no Peru, que é o ILA-80. O 14 de junho, dia do nascimento de José Carlos Mariátegui. O 19 de Junho, Dia da Heroicidade, em homenagem aos mártires de Frontón, Lurigancho e Santa Bárbara, Chorrillos. O 4 de Outubro, Dia do Prisioneiro de Guerra. O 7 de Outubro, dia da fundação do Partido Comunista do Peru. O 3 de dezembro, dia do nascimento do Presidente Gonzalo e Dia do Exército Popular de Libertação. O 26 de dezembro, dia do nascimento do Presidente Mao Tsetung, por ser o mais alto cume da ideologia do proletariado, o Maoismo.
Vista conseguida na Base de Apoio de Yenán. O Presidente Mao Tsetung e a camarada Chiang Ching. Defensores da Grande Revolução Cultural Proletária. O Maoismo, a Terceira, Nova e Superior etapa da ideologia do proletariado.
Queremos alguma impressão sua sobre o doutor Abimael Guzmán Reynoso e Augusta La Torre Carrasco.
O Doutor Abimael Guzmán Reynoso, Presidente Gonzalo, nascido em 3 de dezembro do ano de 1934, em Mollendo, Islay. Em seus anos juvenis foi impactado pela ardente luta de classes em sua província natal Arequipa e pelos acontecimentos da Segunda Guerra Mundial. De maneira franca e consciente, buscou sua militância partidária até consegui-la. Tenaz e consequente na luta contra o revisionismo, lhe coube a oportunidade de combater o revisionismo de Khruschov a nível internacional e o revisionismo de Jorge Del Prado até expulsá-lo na IV Conferência de janeiro de 1964. Assumiu a Reconstituição do Partido Comunista do Peru, até então lastrado por uma linha eleitoreira e capitulacionista. Suas apresentações de Reconstituição do Partido e criação da força armada tornaram-se realidade; previamente travou árdua batalha com linhas contrárias ao Marxismo como o foram o oportunismo de pátria vermelha que negava a situação revolucionária e negava ao Presidente Mao Tsetung e se converteram em adoradores de Teng Siao Ping; contra o liquidacionismo de Saturnino Paredes e o liquidacionismo de esquerda que fora Sergio e seu autodenominado grupo “bolchevique”, e no IX Plenário lutou contra a linha oportunista de direita que se negava a iniciar a luta armada. O Presidente Gonzalo, lutou incansavelmente pela Reconstituição do Partido como Partido de novo tipo, Marxista-Leninista-Pensamento Mao Tsetung, como se denominava naquele momento. O dotou de uma linha ideológica e política justa e correta e no crisol da luta de classes forjou o contingente histórico que assumiu o início da luta armada, ILA-80. Lutou impiedosamente até culminar a Reconstituição, como Mestre dos Comunistas, continuador e herdeiro de Marx, Engels, Lenin, Stalin, Mao Tsetung e José Carlos Mariátegui, guiou o Partido, passo a passo, pelo difícil mas glorioso caminho de cercar as cidades a partir do campo, para construir um Estado de Nova Democracia. O mais grandioso, como expressão mais alta do desenvolvimento da matéria, plasmou o Histórico I Congresso, Congresso Marxista-Leninista-Maoista, Pensamento Gonzalo, que fixou o caminho a seguir até o triunfo da classe. Para o proletariado internacional, proclamou o Maoismo como Terceira, Nova e Superior etapa do Marxismo, evoluindo a ideologia do proletariado para o Marxismo-Leninismo-Maoismo. Na estremecedora e ardente luta de classes e dirigindo a guerra popular no Peru, a ideologia foi elevada à Marxismo-Leninismo-Maoismo, Pensamento Gonzalo, chave para o desenvolvimento da Revolução Proletária Mundial e no Peru para conquistar o poder. A guerra popular arde vitoriosa nos Andes do Peru, fogo inextinguível que nos guiará até o sempre resplandecente e redivivo Comunismo. O Presidente Gonzalo (e perdoem que seja muito reiterativa), há que dizê-lo tantas vezes quanto sejam necessárias, é o continuador e herdeiro de Marx, Engels, Lenin, Stalin, Mao Tsetung e José Carlos Mariátegui. Grande militante e combatente comunista, seu pensamento e sua obra são imperecíveis. Homem extraordinário cuja vida palpita até o fim, com a luz imarcescível do Marxismo-Leninismo-Maoismo, Pensamento Gonzalo, com a onipotente força criadora das massas. Em homenagem à sua total e cabal dedicação à Revolução, o 3 de dezembro, data de nascimento do Presidente Gonzalo, é o dia do Exército Popular de Libertação e como tal já resplandece na história.
Sobre a camarada Norah, o Partido declarou: a maior heroína do Partido e da Revolução! Exemplo de dar a vida, consequente antirrevisionista, Companheira, camarada e esposa do Presidente Gonzalo.
Um momento! Vocês querem uma opinião documentada do Partido acerca do doutor Abimael Guzmán Reynoso… esta é nossa apreciação acerca do Presidente Gonzalo, Chefatura do Partido e da Revolução, o maior Marxista-Leninista-Maoista, Pensamento Gonzalo, vivente sobre a terra; também acerca da camarada Norah. (Extrai um caderno de seu bolso e lê:)
O I Congresso do Partido Comunista do Peru, Congresso Marxista-Leninista-Maoista, Pensamento Gonzalo, declarou à camarada Norah: A MAIOR HEROÍNA DO PARTIDO E DA REVOLUÇÃO! Motivo pelo qual emitiu o seguinte:
RESOLUÇÃO ESPECIAL
HONRA E GLÓRIA À CAMARADA NORAH
O PRIMEIRO CONGRESSO RENDE PROFUNDA E SOLENE HOMENAGEM À CAMARADA NORAH, MEMBRO DA FRAÇÃO VERMELHA E PROVADA COMUNISTA, GRANDE DIRIGENTE E EXEMPLO IMPERECÍVEL DE DAR A VIDA PELO PARTIDO E PELA REVOLUÇÃO, INCANSÁVEL COMBATENTE MARXISTA-LENINISTA-MAOISTA, PENSAMENTO GONZALO, FIRME E CONSEQUENTE ANTIRREVISIONISTA, A MAIOR HEROÍNA DO PARTIDO.
O CONGRESSO A CONDECORA COM A ORDEM DA FOICE E DO MARTELO, A MAIS ALTA DISTINÇÃO PARTIDÁRIA, E DECIDE QUE NO FUTURO MONUMENTO AOS HERÓIS DO POVO, SE LHE ENCONTRE EM LUGAR ESPECIAL E DE MAIOR PREFERENCIA.
PRIMEIRO CONGRESSO DO PARTIDO COMUNISTA DO PERU.
Peru, 29 de junho de 1980.
HONRA E GLÓRIA À CAMARADA NORAH!
FIRME MARXISTA-LENINISTA-MAOISTA, PENSAMENTO GONZALO E ANTIRREVISIONISTA, FUNDADORA DA FRAÇÃO VERMELHA E GRANDE DIRIGENTE HISTÓRICA, EXEMPLO DE DAR A VIDA PELO PARTIDO E PELA REVOLUÇÃO; FILHA DO POVO E DO PROLETARIADO INTERNACIONAL. FLAMEJANTE BANDEIRA VERMELHA DESAFIANTE CONTRA O VENTO.
A MAIOR HEROÍNA DO PARTIDO E DA REVOLUÇÃO!
GONZALO.
Peru, 8 de março de 1991.
“O Presidente Gonzalo, o maior homem da presente época, chefatura do Partido e da Revolução. O povo peruano, nos gloriosos anos de combate e vitórias, marcha incontidamente para a conquista do poder em todo o país. Foram inaugurados os Comitês Populares abertos, expressão do novo poder, desenvolvendo a guerra de movimentos. O Presidente Gonzalo dirige todo nosso trabalho, toda nossa luta. Perguntai-lhes: “Quem é o Presidente Gonzalo? É a nova chefatura dos atos heroicos, mestre dos mestres, grande entre os grandes, é a águia do nosso Partido. Olhe para ele nestes anos da revolução triunfante, olhe para ele como forma comunistas à sua imagem e semelhança, como forma legiões de ferro dispostas a passar todas as tempestades. Como constrói tijolo a tijolo o novo poder. A rebelião se justifica! O que temos? Nada. O que queremos? Tudo. Queremos uma sociedade nova, comunista. Sem ricos nem pobres. Uma sociedade da eterna harmonia. Assegura-o o Presidente Gonzalo. Desfraldando, Defendendo e Aplicando o Marxismo-Leninismo-Maoismo, Pensamento Gonzalo. A guerra popular no Peru acende esperanças luminosas. Encarnar o Pensamento Gonzalo!” CZ. Ayacucho do PCP. 1990.
Este parágrafo é parte do manifesto de todo o Partido. Para nós, o Pensamento Gonzalo é de primordial importância, é a aplicação do Marxismo-Leninismo-Maoismo, principalmente Maoismo para a revolução nos países atrasados, semifeudais e semicoloniais como o nosso. Na atualidade está sendo contornada, como consequência de uma linha oportunista de direita, disfarçada de esquerda, que é a direção atual. Porém, como podemos explicar sua atitude de: negar o I Congresso Marxista-Leninista-Maoista, Pensamento Gonzalo; designar a ação de Lucanamarca como “terrorista”. Qual a diferença de opinião dos oportunistas e do governo reacionário do Peru sobre Lucanamarca? Nenhuma. Pode haver tanta coincidência? Obviamente se trata de uma linha perniciosa que talha a revolução. Louvar o governo reacionário de Hugo Chávez na Venezuela, Evo Morales na Bolívia, louvar o governo de Fidel Castro com o argumento de que “estão, de alguma maneira, a caminho do socialismo”, renegar o Maoismo, supostamente “por não construir a IV Internacional”, suspirar por Che Guevara, o foquismo já derrotado, ao atribuir patentes militares aos combatentes do EPL, o comandantismo, em seu obscuro intento de construir um exército com linha militar burguesa, “todo exército no mundo está conformado por varões… as mulheres são complemento”. O pedir a morte do Presidente Gonzalo, que seria um genocídio gigantesco, uma ardilosa punhalada contra a classe trabalhadora. Todos estes problemas serão resolvidos em dura luta de duas linhas, em meio à tormenta da revolução, como já a estamos desenvolvendo.
Muitos intelectuais têm opinado acerca do Presidente Gonzalo, alguns inclusive contra e de maneira condenatória, O que você diz sobre isso?
Assim como há intelectuais burgueses… reacionários, também há intelectuais muito lúcidos, dignos de chamá-los, homens de ampla imaginação, capazes de compreender e apreender o momento histórico que se vive e dar o lugar que corresponde ao doutor Abimael Guzmán Reynoso, Chefatura da Revolução e Presidente do Partido Comunista do Peru. O povo peruano, o proletariado internacional, já deram sua opinião. A história, juiz irrecusável, também já deu seu veredito e nas páginas de nossa história o Presidente Gonzalo é o homem mais esclarecido sobre a Grande Marcha, sobre a Revolução peruana, e seu nome estará estampado junto ao de Marx, Engels, Lenin, Stalin, Mao Tsetung e José Carlos Mariátegui. A voz do doutor Abimael Guzmán Reynoso: “Desfraldar, Defender e Aplicar o Marxismo-Leninismo-Maoismo, Pensamento Gonzalo”, “Lutar para que o Maoismo seja mando e guia da Revolução Proletária Mundial” e “Viva o Maoismo”, é para nós o grito de combate da classe trabalhadora e dos povos do mundo, para acabar com a escravidão sobre a terra.
Nestas circunstâncias cabe afirmar, uma produção intelectual digna de apreciação, A Geração de 50: Um mundo dividido, do mestre literato Miguel Gutiérrez, em cujas páginas sensatas e brilhantes afirma: “… Abimael Guzmán seria um caso único entre os intelectuais revolucionários que acede ao marxismo, não por razões éticas, como busca existencial ou como terapia catártica para conjurar certas obsessões, porém pela via racional, após lutar ardente contenda em seu espírito entre o idealismo e o materialismo… O que mais se pode dizer de Abimael Guzmán? Sua diferença frente à forma barata pela qual se perdem tanto intelectuais, e uma vida austera, muito austera, todo este comportamento, toda esta atitude, configura um intelectual diferente, de novo tipo, abrasado por uma única e absoluta paixão – chama, fogo, fogueira, lume – combustionada pelo desenvolvimento crítico e radical do pensamento. Abimael Guzmán e o camarada Gonzalo são a mesma pessoa, então quem vem dirigindo este grande momento histórico é um homem de inteligência superior, de vontade e disciplina inquebrantáveis, e que se os militantes aceitam sua liderança não o fazem por imposição autoritária, mas pela correção de seu pensamento e pela coerência entre o ser e o pensar”. O Presidente Gonzalo é filho do Partido e da Revolução. Uma vida dedicada total e cabalmente ao Partido e à Revolução. Somente cabe reiterar: Obrigado Presidente, teu alento, tua vida e tua obra palpitam em nós imarcescível e imperecivelmente.
O doutor Miguel Ángel Rodriguez Rivas, conferencista do Centro de Altos Estudos Militares, CAEM, afirmou: “Foi um dos melhores estudantes de uma época caracterizada por haver brilhantes, Abimael era um teórico do mais alto nível. Arequipa tem sido pobre em muitas coisas, menos em produzir homens. Guzmán é um deles. Creio que, no Peru, seu nível está ao lado de Mariátegui”.
O doutor Luis Guillermo Lumbreras, autor de As Origens da Civilização, mestre catedrático na Universidade de Huamanga naquela época, guarda a seguinte recordação: “Um homem brilhante, um grande debatedor, possuidor de retórica precisa, falada em frases curtas, que sempre continham algo específico. Como professor era brilhante, como expositor excelente, não só escrevendo, falando era fluído e sumamente rigoroso, era muito disciplinado e ordenado, de pouca inclinação ao ócio, buscava sempre o que fazer e falava sobre o que se deveria fazer”.
O doutor Efraín Morote Best, reitor da Universidade Nacional San Cristóbal de Huamanga, durante a estadia de Abimael em Huamanga, diz: “Poucas vezes o Peru viu um homem da inteligência e da dimensão do doutor Guzmán. Junto a seu elevado intelecto, era uma pessoa simples, cheia de virtudes, de ideias sólidas e convencido das mudanças revolucionárias que se reservavam ao Peru, uma personalidade como nenhuma outra, digna de apreço. Como homem, mostrou-se sempre sensato e digno de apreço, como intelectual e mestre, de admiração e respeito, tanto pela amplitude e solidez de seus conhecimentos, como pela capacidade de aceitar postulados contrários aos seus”. De nossa parte, obrigado doutor Morote!
Inclusive, um personagem pitoresco, próximo ao Partido naquela época, tenaz oportunista, eleitoreiro, cliente conhecido do parlamento peruano, adorador de sua analogia, o sinistro e nanico Teng Siao Ping, o camarada Eco, Rolando Peña do Patria Roja, não pode ocultar a verdade histórica e atreveu-se a manifestar sua opinião acerca do Presidente Gonzalo, quando disse: “Como pessoa inteligente; culto, preparado, estudioso, hábil, com uma grande convicção do que faz, e com tremenda capacidade para expor temas e convencer às pessoas. Outra virtude é sua entrega ao trabalho político e partidário”.
“A TAREFA CENTRAL E A FORMA MAIS ALTA DE TODA REVOLUÇÃO É A TOMADA DO PODER POR MEIO DA LUTA ARMADA, QUER DIZER, A SOLUÇÃO DO PROBLEMA POR MEIO DA GUERRA. ESTE REVOLUCIONÁRIO PRINCÍPIO MARXISTA-LENINISTA TEM VALIDEZ UNIVERSAL, TANTO NA CHINA COMO NOS DEMAIS PAÍSES.” – Pdte. Mao Tsetung.
“A TAREFA CENTRAL E A FORMA MAIS ALTA DE TODA REVOLUÇÃO É A TOMADA DE PODER POR MEIO DA LUTA ARMADA, QUER DIZER, A SOLUÇÃO DO PROBLEMA POR MEIO DA GUERRA. ESTE REVOLUCIONÁRIO PRINCÍPIO MARXISTA-LENINISTA-MAOISTA, PENSAMENTO GONZALO, TEM VALIDEZ UNIVERSAL, TANTO NO PERU COMO NOS DEMAIS PAÍSES”. – C.C. do PCP. C. Laura.
Dr. Abimael Guzmán Reynoso, Presidente Gonzalo, Chefatura do Partido Comunista do Peru, Grande Marxista-Leninista-Maoista, Pensamento Gonzalo.
Augusta La Torre Carrasco, camarada Norah, combatente comunista, companheira e camarada do Presidente Gonzalo. Honra e Glória!
Digamos algo acerca do ocorrido em Lucanamarca e suas implicações.
Não estive naquela oportunidade por contar com apenas dez anos de idade. De acordo com os documentos partidários, a ação de Lucanamarca está claramente enquadrada dentro do que, com justa razão, Lenin estabeleceu, quando do artigo Ensinamentos da Comuna de Paris, publicado em 23 de março de 1908, onde contundentemente afirma: “… o proletariado jamais deve esquecer-se que, em determinadas condições, a luta de classes adota a forma de luta armada e de guerra civil; há momentos em que os interesses do proletariado exigem o extermínio implacável do inimigo em combates em campo aberto”. Os pusilânimes intelectuais burgueses têm razão de proferir, com o fígado e com tanta raiva, contra a ideologia do proletariado. Chegado o momento, com mão firme deve-se empunhar a espada, para preservar, vencer, manter e avançar
A voz do Partido e da Revolução acerca da ação de Lucanamarca, oportuna, clara e contundente, foi expressa pelo Presidente Gonzalo:
“A luta foi intensa, dura, foram momentos complexos e difíceis. Frente o uso de destacamentos e da ação militar reacionária respondemos contundentemente com uma ação: Lucanamarca. Nem eles nem nós a esquecemos, claro, porque ali viram uma resposta que não imaginavam, ali foram aniquilados mais de 80, isso é o real, e afirmamos que ali houve excesso, como foi analisado no ano de 1983, mas tudo na vida possui dois aspectos: nosso problema era um golpe contundente para derrotá-los, para fazê-los compreender que a coisa não era tão fácil; em algumas ocasiões, como essa, foi a própria Direção Central que planejou a ação e dispôs as coisas, assim tem sido. Ali o principal é que lhes demos um golpe contundente e os derrotamos e entenderam que estavam com outro tipo de combatentes do povo, que não éramos os que eles antes haviam combatido; isso é o que aprenderam; o excesso é o aspecto negativo. Entendendo a guerra e baseando-nos no que diz Lenin, tendo em conta Clausewitz, a massa na guerra pode exceder e expressar todo seu ódio, o profundo sentimento de ódio de classe, de repúdio, de condenação que tem, essa é a raiz; isto foi explicado por Lenin, bem claramente explicado. Pode-se cometer excessos, o problema é chegar até um ponto e não ultrapassá-lo porque se o ultrapassa se desvia… se vamos dar às massas um conjunto de restrições, exigências e proibições, no fundo não queremos que as águas transbordem, que a avalanche de terra entre, seguros de que quando entra arrasa, mas logo volta a seu canal.”
Então, entendamos as coisas tal como foram: a ação de Lucanamarca foi uma resposta clara e contundente à nefasta política de massas contra massas que as forças armadas reacionárias têm utilizado, o fazer guerrear nativos contra nativos. Sempre os opressores, através da história, têm empregado uma parte das massas para, amparando-se nela, sustentar seu velho aparato. Comprova-se: durante a invasão espanhola ao Tahuantinsuyo, milhares de índios auxiliares: Guatemalas, Nicaraguas, Huancas, Chachas, Cañaris e uma parte dos próprios Cuzcos, a mando de Paullo, lutaram ao lado dos espanhóis para exterminar Tahuantinsuyo. Durante a rebelião de Túpac Amaru, os batalhões realistas estavam conformados, majoritariamente, por índios. Um batalhão realista era, praticamente, um batalhão de índios em marcha. Vejamos o que diz o historiador Daniel Valcárcel:
“Como base para a ofensiva, os chefes realistas, paradoxalmente, contam com abundante elemento indígena, dirigido por caciques inconsequentes e traidores como Pumacachua, Rosas, Sinanyuca ou Choquehuanca. Sobre um total de 17.000 homens armados contaram-se pouco mais de 14.000 índios fiéis, que lutaram de maneira raivosa contra seus irmãos, os índios rebeldes. E os espanhóis encorajaram por todos os meios esta divisão, que tanto acomoda seus interesses”. Rebeliões Indígenas. DANIEL VALCÁRCEL.
Estes índios fiéis aos realistas lutavam de maneira raivosa contra seus irmãos, os índios rebeldes. E a atitude dos espanhóis foi a de encorajar por todos os meios, porque favorece seus interesses de manterem-se no poder para seguirem explorando. Como na atualidade, os sucessivos governos de turno no Peru têm encorajado, têm formado grupos armados chamados Comitê de Autodefesa – CAD, grupos seletos para aniquilamento, Segurança Cidadã, etc, a quem conhecemos como batalhões, cabeças negras, a serviço do poder estatal reacionário e, portanto, do imperialismo norte-americano principalmente. Os crimes, roubos, saques, violações destes batalhões ainda ficam impunes, esperando a justiça que só o povo triunfante poderá impor. Em Lucanamarca, os batalhões formados por agentes secretos do estado reacionário, gamonalillos, parasitas sem ofício conhecido, incitando a população têm perpetrado um crime de lesa-humanidade, com premeditação e proveito, assassinando combatentes do Exército Guerrilheiro Popular. A resposta não se fez esperar e foi contundente. Estes denominados camponeses pelo governo de turno, que encorajava por todos os meios a estes gamonalillos, porque eram favoráveis a seus interesses, tiveram chicoteadas suas costas com a contundente resposta do proletariado; o povo organizou suas forças para castigar o crime que cometeram, por haverem levantado a mão contra o Partido e a Revolução, por haverem se levantado contra seus próprios irmãos de classe, a favor e em defesa de um governo opressor, A história porá as coisas em seu lugar e a ação de Lucanamarca serve e servirá para tirar lição tanto aos revolucionários quanto aos opressores. A sociedade contemporânea, as classes dominantes que a sustentam, se debatem em meio a uma crise geral que a carcomeu até os tutanos. A crise não é só econômica, mas política e ideológica. A ideologia burguesa caducou. Não há nenhuma saída nem escapatória. Durante muitos anos acumulou-se uma série de lastros, como a corrupção, o roubo descarado, a opressão vil, o genocídio contra massas desarmadas, a fome, a miséria, os enfermos de tuberculose, centenas de milhares de crianças que morrem de fome antes de atingir os dois anos de idade, salários miseráveis, enfim… O estado peruano converteu-se em estábulo de Augías, onde acumulou-se uma verdadeira montanha de excremento, uma gigantesca pilha de lixo, em quase 200 anos de vida republicana. Para limpar toda esta imundície é preciso que haja um Hércules que encaminhe uma torrente e não deixe pedra sobre pedra. Em nossa pátria o estábulo de Augías é o estado reacionário do Peru. O Partido Comunista é o Hércules que guiará a grande torrente que é o povo peruano, que não deixará pedra sobre pedra, até a construção do sempre resplandecente Comunismo. O que temos? Nada. O que queremos? Tudo. Queremos uma sociedade nova, sem ricos nem pobres, uma sociedade da eterna harmonia, o Comunismo.
O que acha do Movadef e do livro De Punho e Letra?
… Neste dilema, surgiu um fenômeno denominado Movimento por Anistia e Direitos Fundamentais (Movadef) que depois de tanta ladainha lançou seu obscuro programa contrarrevolucionário denominado De Punho e Letra, cuja autora é Elena Iparraguirre Revoredo, sinistra maquinadora, vil rastejante, áspide que verte seu veneno com a ajuda de outros miseráveis autodenominados defensores do doutor Abimael Guzmán. Eles (a Iparraguirre) têm o direito de ir ao charco, como já estão enlameados no lodo de uma linha oportunista de direita, capituladora e eleitoreira. Mas não têm o direito de difamar o Presidente Gonzalo, utilizando e manchando seu nome. Os oportunistas de direita no Peru lançaram todo um programa contrarrevolucionário, confabulando com o imperialismo norte-americano e o estado reacionário do Peru, em seu vão intento de aniquilar o Partido e a guerra popular. Este sinistro plano de aniquilamento é a reedição vergonhosa cujas obscuras garras de Khruschov, Liu Shao-Shi e Teng Siao Ping têm espalhado seu putrefato lodo.
De Punho e Letra, reiteramos, não reflete o Pensamento Gonzalo, é contrário ao I Congresso, Congresso Marxista-Leninista-Maoista, Pensamento Gonzalo. É contrário ao Programa. É contrário à Linha Política Geral e seu centro, a Linha Militar Proletária e, portanto, inimigo do Partido e da Revolução. Os oportunistas manipularam, à vontade, de acordo com a conveniência do imperialismo norte-americano, as palavras do Presidente Gonzalo. E que revisionismo não tem atuado assim? A chamada Apresentação deste livro, que leva a assinatura da ratazana Miriam, constitui todo o espírito obscuro deste engendro, de resto é concha pura, um envoltório para ocultar seu negro caminho de capitulação.
Analisemos, muito sumariamente, este engendro oportunista. Na primeira parte, chamada de Apresentação, encontra-se toda a medula, todo o objetivo da capitulação. Todo o resto é a obscura mania dos revisionistas de maquiar seu engendro, de enquadrar as palavras do Presidente Gonzalo, de empregá-lo para seus obscuros fins. Isto vê-se claramente em De Punho e Letra.
Na Apresentação, página 15, assinada pela ratazana Miriam, diz: “… proposta concreta: lutar por uma solução política, lutar por iniciar um acordo de paz e assentar bases para um II congresso”.
O grupo de oportunistas, que fervilham em escritórios de advocacia, têm se expressado através de muitos panfletos, expondo ao ar livre seu odor nauseante, afirmando: “acordo de paz, solução política para os problemas derivados da guerra, trabalho para o povo e defesa da produção nacional, mudança estratégica, reconciliação nacional, assentar bases para o segundo congresso”, tudo isso é uma reedição do velho princípio burguês de liberdade, igualdade e fraternidade, a suposta paz das baionetas para sacrificar o Partido e a Revolução. E o chamado II Congresso, um congresso para negar o histórico Primeiro Congresso, Congresso Marxista-Leninista-Maoista, Pensamento Gonzalo. Negado e abandonado o Primeiro, aos oportunistas resta levantar sua traposa bandeira de capitulação, de caminho obscuro de eleitoreirismo e o consequente abandono da luta armada, e finalmente o alistamento para combater com armas aos que foram seus companheiros. Uma capitulação vergonhosa, uma ardilosa traição ao Partido, à Revolução Proletária Mundial e à classe. Não o permitamos jamais!
O que nos pode dizer sobre o acordo de paz?
Comecemos vendo este engendro à luz do Pensamento Gonzalo:
“… há um momento no qual se dão relações e tratamentos diplomáticos e são uma necessidade no desenvolvimento da guerra popular… Mas deve se partir de que nas reuniões diplomáticas só se firma na mesa o que está referendado no campo de batalha, porque obviamente ninguém entrega o que não perdeu, claro. Bem, alguém se perguntaria se é chegado este momento no Peru. Não é chegado este momento, então por que razão levantar o diálogo? O diálogo visa somente abrandar, minar a guerra popular…”
Absolutamente claro, não é chegado o momento de diálogo no Peru. O diálogo ou trato diplomático como é chamado, neste momento serve para minar e isto é exatamente o que querem os oportunistas. Seu nome não é acordo de paz. É trato diplomático, mesa de negociações. Isto se dará na parte final da guerra popular, com a rendição completa e cabal das forças reacionárias. No momento só cabe combater até vencer, pois na mesa de negociações apenas se deve referendar o que se ganhou no campo de batalha.
É bom recordar que os sucessivos governos reacionários do Peru, desde Belaunde, se preocuparam em estabelecer agências de paz. Durante o governo de García Perez, surge a chamada Comissão de Paz, cujo o cabeça visível foi o Bispo Metzinger (quando não a igreja católica), este engendro terminou abortado, pois nem sequer pôde-se pôr em marcha. É também de conhecimento público que os revisionistas, agrupados, somaram-se ao vozerio de “paz com justiça social”. Nas chamadas marchas convocadas pelos oportunistas e pelos revisionistas, em massa, puseram-se a discursar sobre “pacificação”. Foi Fujimori quem promulgou um Decreto Legislativo, criando o Conselho de Paz. De modo que este murmúrio de “paz”, “pacificação”, é parte da guerra de baixa intensidade desenvolvida pelo imperialismo ianque, principalmente. É com a detenção do Presidente Gonzalo, que o lacaio servidor do imperialismo ianque passa a agitar mais desenfreadamente o palavrório de “paz”, “pacificação”, “rendição”, “capitulação”, ao qual somou-se em coro os oportunistas, revisionistas, capituladores e eleitoreiros, querendo pescar em rio revolto. Acaso não são os imperialistas ianques os que apregoam “desarmamento”, “era de paz mundial”, enquanto invadem povos para saquear suas riquezas em meio a um atroz genocídio?
O proletariado tem um caminho bem estabelecido: o da guerra popular. Em ardente luta foi gerado o Pensamento Gonzalo que, combatendo ideias contrárias, esclareceu de maneira reiterada, nos documentos partidários, com amplitude e detimento, quatro questões fundamentais do Marxismo-Leninismo-Maoismo, Pensamento Gonzalo: 1 – A violência revolucionária. 2 – A Luta de Classes. 3 – O Socialismo e a Ditadura do Proletariado. 4 – A Luta contra o revisionismo.
Uma guerra, qualquer que seja seu caráter de classe, termina com a vitória total do vencedor. O vencido apenas tem que aceitar sua derrota, firmar e entregar tudo o que possui: o poder, o território, as armas, uma alta indenização de guerra, absolutamente tudo. Vejamos alguns fatos históricos:
O Tratado de Versalhes, de 28 de junho de 1919, ao término da I Guerra Mundial. Para o vencido: mutilação ou perda de seu território, alta indenização de guerra e redução considerável do exército do vencido.
As Negociações de Chung Ching, entre o Presidente Mao e Chian Kai Shek.
As Negociações de Paris, em 1973, entre Vietnã e o imperialismo norte-americano que foi estrondosamente derrotado.
Alguns fatos ocorridos no Peru, depois de um oferecimento de diálogo e anistia:
1- Tupac Amaru I, justiçado pelo Vice-Rei Toledo, no Huaycapata, em 1759.
2 – Diego Cristóbal Tupac Amaru, justiçado em Cuzco, em 19 de julho de 1783, após uma oferta de paz. A oferta de anistia para Diego Cristóbal Tupac Amaru provinha do Vice-Rei Jáuregui e do Marechal-de-Campo Del Valle, com a ajuda do Bispo Moscoso e Peralta, ou seja, o estado vice-reinal, sustentado por seu exército e pela igreja, irmanados para subjugar a rebelião, como ocorre na atualidade com a guerra popular dirigida pelo Partido Comunista do Peru. Naquele 10 de outubro de 1781, o Marechal-de-Campo Del Valle, havia escrito a Diego Cristóbal em tom ameaçador, recordando-lhe o ocorrido ao seu primo Jose Gabriel, à Micaela Bastidas e aos demais chefes de alçada, dando a entender que semelhante final trágico o esperava se não aceitasse a anistia, o perdão. Isto quer dizer que a sede de sangue das autoridades vice-reinais ainda não estava, nem estará, saciada e que ocultavam seus instintos criminais por trás do palavrório de anistia. Tiramos lição para a história, atualmente, os sucessivos governos de turno, especialmente o da primeira metade da década de noventa, em repetidas oportunidades têm manifestado: “entreguem-se para que sejam julgados de acordo com a lei”, o que significa isto? A cadeia perpétua, o extermínio, o aniquilamento total do Partido e da guerra popular. Senhores oportunistas, chamem-se Miriam, Nicolás, Crespo, Farjardo, ou o que for, contestem, em que resultou seu acordo de paz? Porém dê-se a mula ao celeiro. Estes oportunistas e qualquer outro da mesma raça passarão do chamado à paz ao alistamento, para combater de armas em mãos aos que foram seus camaradas, em realidade ao Partido, à revolução, ao povo do Peru, ao proletariado internacional.
Voltemos a Diego Cristóbal Tupac Amaru. Em 17 de janeiro de 1782, em Sicuani, Cuzco, levou-se a cabo a cerimônia de indulto de Diego Cristóbal que, daí em diante, acompanhou ao Marechal-de-Campo Del Valle e ao Obispo Moscoso e Peralta na campanha de pacificação. Claro, outros chefes alçados consideraram um grande erro a atitude de Diego Cristóbal em aceitar a anistia. E não lhes faltava razão. No início do ano de 1783, devido a uma manifestação dos índios contra o vice-reinado em Marcapata, Diego Cristóbal foi capturado, conjuntamente com sua mãe, alguns parentes e outros considerados cúmplices. Marcapata foi apenas um pretexto, os vice-reinais há tempos queriam eliminar Diego Cristóbal. Chegado o momento, consumaram-no. Era 31 de maio de 1783, os fiscais, entre eles Ouvidor Dom Benito de la Mata Linares, sentenciaram à morte Diego Cristóbal Tupac Amaru, sua mãe Marcela Castro, sua esposa Manuela Tito Condori e outros tenentes. Os vice-reinais não apenas enforcaram Diego Cristóbal, mas mandaram martirizá-lo, arrancando-lhe as carnes do peito com pinças em brasa, feito a cargo dos carrascos Felipe Quinco e Pascoal Orcoguaranca.
Lição para a história: os oportunistas do acordo de paz, do Movadef, converteram-se na reedição viva dos carrascos Felipe Quinco e Pascoal Orcoguaranca. O Vice-Rei Jáuregui, o visitador José Antonio de Areche, o ouvidor Benito de la Mata Linares, reencarnaram nos atuais governos, sua força armada e seu poder judiciário. Enquanto que o papel do leiloeiro Lorenzo Quispe é feito pela mídia reacionária do Peru, em sua luta contra os comunistas e os revolucionários. Recordemos aquela pantomima de entrevista realizada por um maluco da televisão, com o senhor oportunista, eleitoreiro e capitulador que atende pelo sobrenome Crespo. Foi uma discussão, um alarido, de dois mequetrefes farsantes, dois energúmenos em uma competição de quem serve melhor a seu amo, o governo opressor do Peru, e o imperialismo norte-americano.
O que nos pode dizer das chamadas cartas de Abimael?
Sobre as cartas pedindo o suposto acordo de paz. A ratazana Miriam assume como se o Presidente Gonzalo as tenha redigido. Este engendro do oportunismo foi desbaratado pela contundente realidade.
Em nossa concepção, o alarme do denominado acordo de paz foi soado pela revista Caretas nº 1272, publicada em 5 de agosto de 1993, que na página 28 põe no título do artigo: “Por trás da tela. Segredos da Operação das 50 horas”, escrito pela jornalista Cecilia Valenzuela. Neste artigo, Caretas afirma: “Assim que se anunciou como um fato a capitulação de Abimael Guzmán, na manhã de quarta, 28 de julho último, um repórter do canal do Estado anunciou que no local do Congresso da República estava sendo instalada uma tela gigante de televisão… até o fechamento desta edição, nem o vídeo nem o líder capitulador haviam sido vistos entre os atentados e os apagões que voltaram nestes últimos dias”. O objetivo central do governo Fujimori e do imperialismo norte-americano principalmente, era, mediante argúcias, dividir o Partido, propagar uma suposta capitulação de Abimael e assim facilitar o caminho de sua reeleição e perpetuação no poder. Com este objetivo, o servil jornal A República de 27 de julho de 1993, em sua primeira página diz: ABIMAEL SE RENDEU. Segundo a Caretas, no Palácio do Governo já se vinha cozinhando a chamada capitulação, um registro de capitulação, que em seus sonhos vãos levaria o Partido a declarar-se derrotado e a depor as armas. O que aos olhos do mundo nunca se sucedeu. A mesma frívola Caretas, também afirma: “Dias antes, a revista Oiga havia publicado uma nota onde citava o último comunicado do grupo militar ‘León Dormido’, com data de 14 de julho de 1993…”. Mais adiante diz: “As negociações com Abimael não haviam progredido, pois este pede, em troca de assinar o documento, sair deportado do país”. Uma vez mais, o objetivo era fazer o Presidente Gonzalo parecer um capitulador. Porém, o objetivo do governo de Fujimori, segundo a opinião do “León Dormido”, não havia progredido. A isto se somaram os oportunistas! Proclamando as supostas cartas de paz.
Mas o central da Caretas nº 1272 é a publicação do fax do comunicado do grupo militar “León Dormido”, cujo título diz: À OPINIÃO PÚBLICA NACIONAL E INTERNACIONAL. O que nos interessa é o ponto 3. ANUNCIAR EM 28 DE JULHO DE 1993: referente ao que fará o governo nesta data. O comunicado diz:
“Uma autocensura de Abimael Guzmán, filmada, gravada, onde ele declare terminada a guerra declarada pelo Partido Comunista, e que Montesinos logrou fazer-lhe assinar uma ata de inculpação (se não, falsifica-se). Com este objetivo, Montesinos vem reunindo-se com Abimael Guzmán na Base Naval del Callao, para convencê-lo de sua autocensura e que assine o documento. Reuniram-se até hoje umas 13 vezes, das quais em uma ocasião foram 6 seguidas. Descem à cela de Guzmán: Montesinos, o Diretor de Inteligência Naval e um oficial da Marinha que filma tudo, em seguida isto é analisado pelos especialistas da Marinha e de Montesinos e o material é levado às instalações do SIN, pelo próprio Monntesinos, as reuniões duram aproximadamente das 11:00 até às 17:00 horas. A ideia era… com a declaração de Guzmán, Fujimori assegurar a reeleição e Montesinos o poder. As negociações não progrediram porque Abimael Guzmán pede em troca de assinar o documento sair do país DEPORTADO”.
Atuando de maneira vantajosa e premeditada, têm clara afirmação de, “se se obtém a carta, muito bem; em caso de não obtê-la, falsifica-se”. Esta versão de “León Dormido”, publicada pelas revistas Oiga e Caretas, demonstra às claras que foi o estado peruano e todo seu artefato institucional, os que inventaram o chamado acordo de paz, querer anunciá-lo com motivo de sua mensagem por feriados nacionais de 1993, fato que não ocorreu naquele tempo, mas, afinal, esta intenção suja e perversa de acordo de paz, por parte de Fujimori, se deu tempos depois em uma reunião das Nações Unidas, desta vez com a solidariedade e o fundo musical dos oportunistas, capituladores e eleitoreiros como Miriam, Nicolás, Crespo, Fajardo. Este documento do “León Dormido”, refere-se também ao assassinato de um professor e nove estudantes, da Universidade de Cantuta, pelas mãos das forças armadas, fato que posteriormente foi corroborado pela realidade contundente.
Na publicação A República de 14 de janeiro de 2008, Glória Cano, advogada da parte civil, dá como evidência o testemunho do senhor Rafael Merino Bartett, ex-assessor do Serviço de Inteligência Nacional (SIN), que declarou ser o autor da supracitada carta.
À pergunta: “Escreveu algum documento sobre o Sendero Luminoso?”, Merino Bartett respondeu: “Redigi as três cartas de Abimael: o acordo de paz, a de sujeição e outra onde elogiava Montesinos…”. Isto foi corroborado por numerosos estudos, como no livro O Espião Imperfeito, referente ao senhor Merino, podendo-se ler ao pé da letra: “… sociólogo e advogado de profissão… seu grande talento para escrever discursos e projetos de leis… um dos mais destacados especialistas peruanos em Sendero Luminoso. Colecionava avidamente documentos e discursos dos líderes senderistas. Segundo Merino, ele foi o principal responsável pelos interrogatórios do preso Abimael Guzmán… Merino diz ter redigido as duas cartas de acordo de paz e que Guzmán as assinou sem trocar nem uma vírgula”. Assim as coisas, o chamado acordo de paz e as cartas de paz, simples e claramente não existiram mais. As chamadas cartas pedindo paz, apenas existiram na podre mente dos revisionistas e oportunistas, lacaios do imperialismo norte-americano, principalmente.
Qual foi o argumento dos oportunistas para balbuciar o acordo de paz? Que o partido estava sem chefatura… que nestas condições a revolução não podia triunfar… que no mais podia manter-se com risco de ser derrotado, etc. Nosso Partido foi reconstituído para fazer a revolução, para cumprir sua missão histórica de ser vanguarda do proletariado. Temos um Congresso, o mais alto de seu gênero sobre a terra, filho do Partido e da Guerra Popular, o I Congresso, Congresso Marxista-Leninista-Maoista, Pensamento Gonzalo, um Exército Guerrilheiro Popular, que chegou ao seu escalão mais alto de ser Exército Popular de Libertação, Marxista-Leninista-Maoista, Pensamento Gonzalo. Para os oportunistas nada disto conta. Para demonstrar-lhes a invencibilidade da revolução, basta recordar o que a imprensa e os mesmos reacionários dizem:
A República de domingo, 8 de novembro de 2009, afirma no título da página 3: “Grupo terrorista no VRAE aumentou seu poder de fogo”, isto baseado nas declarações do ex-membro do GEIN, General PNP (r) Marco Miyashiro Arashiro, que ainda comentou: “O grupo terrorista do VRAE aumentou consideravelmente suas ações e demonstrou que cada vez mais aumenta seu poder de fogo…”. Suponhamos que o senhor Miyashiro seja conhecedor de temas sobre a guerra, suas palavras estão fundamentadas e são de alçada de confiança, porém, como chegou a ser General?
Neste mesmo dia 8 de novembro de 2009, na página 10, no A República, o ex-Ministro do Interior Fernando Rospigliosi, comentou acerca do Plano de Excelência: “SL EM OFENSIVA, MILHARES À DEFENSIVA”.
“Os resultados estão à vista:
- Mais de 50 mortos do lado das forças de ordem e dezenas de feridos;
- Um helicóptero derrubado;
- Segundo versões oficiais nem um só líder terrorista capturado ou abatido, alguns agressores caídos mas sem confirmação;
- Fortalecimento do Sendero Luminoso, que tem incrementado seu arsenal aproximadamente em 40%, com armas roubadas do Exército;
- Crescimento do número das colunas senderistas, coisa que há muitos anos não ocorria, produto do atrativo das contínuas vitórias e nenhuma derrota dos terroristas;
- Moral alta dos senderistas e muito baixa das forças de ordem, que agora estão totalmente na defensiva, já não patrulham e fecham-se em suas bases na espera pelo próximo ataque”.
Rospigliosi também comentou sobre o assessor israelense Baruca Ziv.
Assim sendo, a chamada derrota do Partido e da Revolução, que tanto cacarejam os oportunistas, apenas existe no negro pus que carregam como cérebro. Até os reacionários reconhecem a vitória da guerra popular.
Lhes proporcionamos alguns pontos de vista sobre as ações do Exército Popular de Libertação como prova palpável do que é a guerra popular no Peru. Estes pontos de vista estão nos documentos que temos publicado e que é de pleno conhecimento das Forças Armadas e das forças policiais, pois são elas que têm trazido os armamentos que hoje possuímos. Estão cumprindo, de maneira gradual, seu papel de burro de carga. A maior parte das armas que o Exército Popular de Libertação possui procede das Forças Armadas e das forças policiais. A outra parte nós fabricamos e, certamente, não chegamos a adquiri-las no mercado devido a seu alto custo.
Combatentes do Exército Popular de Libertação. Partido Comunista do Peru, Marxista-Leninista-Maoista, Pensamento Gonzalo. Pampa Aurora. Setembro de 2013. Ao norte da província de Huanta, zona do Guerreiro Vizcatán.
Armamento confiscado em 2 de outubro de 1999. Setor Mina. Rio Saniveni. San Martin de Pangoa. Um helicóptero MI-17 Nº 633 emboscado.
Emboscada em Tintai Puncu. Tayacaja. Huancavelica. 9 de outubro de 2008.
Emboscada em Ccompipata. Sanabamba. Huanta. Ayacucho. 9 de abril de 2009.
Derrubada e emboscada em Sinaycocha. 2 de setembro de 2009. Santo Domingo de Acobamba. Junín. Helicóptero M17 FAP Nº 640.
Neste contexto, no que deu a denominada derrota do Sendero, derrota do terrorismo, acordo de paz, a pacificação nacional e outras tantas injúrias? Cremos firmemente que tudo isto é uma infâmia contra o Partido. Com fervor revolucionário desfraldamos ao vento as bandeiras vermelhas da rebelião. Viva a Guerra Popular! A rebelião se justifica! Tomar os céus de assalto! Nossa arma invencível: o Marxismo-Leninismo-Maoismo, Pensamento Gonzalo. Os reacionários dizem: Rendam suas armas. Nós lhes respondemos: Venham tomá-las! Uma vez mais levantamos alto a consigna do Presidente Mao: Quem não teme morrer cortado em mil pedaços, se atreve a despedaçar o imperador.
Recordemos alguns fatos históricos:
Na batalha das Termópilas, o Rei Leônidas de Esparta, nas chamadas guerras médicas entre gregos e persas, junto a seus trezentos, lutaram com bravura em defesa da Grécia, não lhes importou a superioridade numérica do inimigo invasor, algo mais de 20 mil efetivos. A história registra o monumento a estes heróis, proclamando: Cidadão, vá dizer a Esparta que aqui jazem trezentos de seus cidadãos, por obedecer suas leis sagradas. Lição para nós: Defender o Partido e a Revolução com mãos sagradas, com nosso sangue, com nossa vida.
Durante a guerra civil entre os espanhóis, ocorreu a batalha de Jaquijahuan, entre as forças do pacificador Gasca e Gonzalo Pizarro. Alguns capitães do bando de Gonzalo Pizarro, vendo-se em condição desigual, foram da opinião de capitular, quer dizer, render-se; um dos guerreiros deu seu parecer de que era vergonhoso para um castelhano render suas armas e, mais contrário ainda, discursou a seus soldados: “atacar o inimigo e morrer como romanos”. Cumpriu sua promessa.
Na batalha de Arica, uma semana antes de chegar ao parlamento chileno, já havia sido acordado não retirar-se e resistir à custa de suas próprias vidas. Não chegaram os reforços. Chegado o momento da batalha, sacrificaram-se e cumpriram o prometido: lutar até queimar o último cartucho. Este testemunho consta nas Memórias do Coronel Roque Sáez Peña e do historiador chileno Benjamin Vicuña Mackenna.
O que fizeram os oportunistas? Virar as costas e fugir como os ratos que são.
Lembrem-se. Nós comunistas somos de madeira especial, sabemos o que temos que enfrentar, já o temos enfrentado. Armados com nossa invicta ideologia, o Marxismo-Leninismo-Maoismo, Pensamento Gonzalo, temos o espírito combativo de Mao e do Presidente Gonzalo. “Quem não teme morrer cortado em mil pedaços, atreve-se a despedaçar o imperador”. “Enquanto existirem homens sob a direção do Partido Comunista, será possível realizar toda sorte de milagres”.
3.- Janeiro de 1836, o negro León Escobar, após uma devastação violenta, apoderou-se da cadeira presidencial em Lima. Tropas estrangeiras tiveram que intervir para interceder neste incidente. León Escobar foi fuzilado após uma oferta de diálogo pelo General Francisco Vidal, seu cadáver exibido por três dias diante da catedral, como exemplo. Aqui cabe a frase de Dom Carlos Cueto Fernandini, Ministro da Educação durante o primeiro governo de Fernando Belaunde Terry:
“Há, neste pequeno mundo, representantes de quase tudo que é nosso país: apristas, comunistas, ladrões, assassinos, depravados sexuais, loucos, idiotas e gente impulsionada pelos ódios e pelos amores mais extremos…”
Há lugar para todos nesta ordem estabelecida. Mas o maior delito, considerado aberrante e merecedor do castigo humano e celestial mais estremecedor, é o de levantar-se com fuzis para construir uma ordem nova. Nas tenebrosas masmorras do Peru, os filhos do povo e da classe têm lançado seu rotundo grito de guerra que convoca o alento de seus congêneres. Este grito de guerra tem se convertido na sentença de morte do atual sistema de exploração e opressão. Como manifestou o poeta Pablo Neruda, há disfarces para todos os gostos, há lugar para todos, porém cuidado, não deixem passar os comunistas. O Peru está, e assim deve ser, sob a representação dos que foram: presidentes (constitucionais ou de fato), Velasco, Morales, Bermúdez, Belaunde, Alan García, Fujimori, Toledo, Olana, acompanhados de: Esparza Zañartu, Mantilla, Chinguel, Montesinos, Martín Balaunde, o SEPA, o Frontón, os comuns de Castro Castro, Ancón e outros. Todos eles têm direito a gozar deste carnaval que é a política opressora do Peru. Por suas ações os conhecereis. O Poder Legislativo do Peru tem um amplo prontuário: Julio César Arana, por algum tempo, deputado por Loreto, assassino de nativos na selva peruana na exploração de borracha, veja-se O Mundo é Grande e Estranho e O Sonho do Celta. O Coronel Agustín Belaunde, desertor da batalha de Arica, que com o maior descaramento e sem o menor problema, tempos depois foi deputado pela província de Tayacaja, Huancavelica. O amém dos congressistas: come frango, rouba cabo, cafetão, mata cão e um grupo de sem-vergonhas que enchem a boca com sangue e suor do povo peruano.
4.- Andahuaylas. Após uma oferta de diálogo e suposta paz, os autores desta insurreição foram presos e hoje pagam por sua ousadia em Piedras Gordas. Não se brinca em guerra. O sacrifício de combatentes conscientes não pode servir para o vergonhoso ato de entregar os fuzis, como lenha, aos montes e em plena rua, para em seguida serem destinados às negras masmorras do reacionário estado do Peru. Depois dos eventos de Andahuaylas, por que não se empreendeu a retirada, com vistas a novos combates? Tão só em dirigir-se a Ocobamba e Ongoy, ou até Pacucha, Huancarama e o vale de Cocas, seguramente a massa camponesa os teria aclamado.
5.- Os acontecimentos de Bagua. Conhecidos pelos noticiários como Baguazo. O Povoado de Bagua, os Awajuns e Wampis, reclamaram com toda justiça pontos claramente racionais em defesa de seu meio ambiente e de suas terras. Porém, valem mais os interesses da grande burguesia. Os cidadãos de Bagua foram considerados de segunda classe, nada menos por Garcia Pérez, conhecido prestidigitador. As coisas foram tornando-se cada vez mais violentas pelas participação da forças policiais. Senhores oportunistas! Se acaso têm um pingo de moral revolucionária, que lhes sirva para tirar lição. O governo e os representantes das comunidades de Bagua, na mesa de negociações, encontravam-se já há 55 dias em diálogo. Para que serviu este diálogo? Para ganhar tempo e preparar o massacre dos camponeses, sem importar-lhe sua própria polícia que, segundo as notícias, morreram em número de 23. A paz e o diálogo, na presente etapa, são um meio para aniquilar a luta do povo. Os reacionários se esgoelam, gritam em voz alta “paz! diálogo!” enquanto suas mãos ardilosas empunham a faca assassina. As forças reacionárias, munidas de helicópteros, bombas lacrimogêneas, fuzis AKM, atacaram os manifestantes na chamada Curva del Diablo. Os Awajuns e os Wampis defenderam-se com paus, lanças e pedras. Tudo isto pisoteando, com todo descaramento do mundo, sua pantomima chamada mesa de diálogo. Imaginamos que os agentes do governo estariam dialogando hipocritamente, dissimulando sua sede de sangue como hienas, querendo aniquilar os camponeses de Bagua. Pois, estando a mesa de diálogo instalada, desencadearam a repressão sangrenta. Senhores do governo! Todo estadista sabe que em uma ação como a de Bagua, em uma contenda violenta como a de Bagua, deve-se preservar as próprias forças e aniquilar as do inimigo. Aniquilar as forças do inimigo não necessariamente significa matar, mas privar-lhe de sua capacidade de resistência. E nada disto fez o governo de turno e seu gabinete. Não lhes importou em absoluto a vida dos efetivos policiais que estavam rodeados por aldeões inflamados pela luta. O resultado: o desaparecimento do efetivo da polícia. Com o intuito de saciar seus apetites pessoais ou de grupo, não lhes interessa em absoluto a vida de seus próprios efetivos. Sempre tem sido assim. Nós perguntamos: por que não evacuaram o efetivo policial cercado, antes de desencadear o massacre da Curva del Diablo? Os verdadeiros assassinos dos 23 policiais em Bagua foram os que conduziam o estado reacionário do Peru naquela época. Estes comandos reacionários podem atrever-se a derrotar a guerra popular? São apenas sonhos e delírios. Não custa nada sonhar. Sigam sonhando. Os exploradores sempre se escondem atrás de soldados provenientes do povo, utilizando-os como bucha de canhão.
6.- O denominado Grito de Montan, de 31 de agosto de 1883. Iglesias, a quem considero um traidor, capitulou diante do Chile, balbuciando que havia que: “terminar com o dano e a humilhação da ocupação inimiga por meios práticos… Reconhecimento valente da derrota”. Finalmente, firmou a paz humilhante para o Peru.
Valente teria sido defender nosso território. Quais eram os meios práticos para terminar com a invasão inimiga? Em 20 de outubro de 1883 é firmado o Tratado de Ancón, o qual supôs a perda do nosso território: Tarapacá, Arica e Tacna. Uma altíssima indenização de guerra: dez milhões de pesos. E ainda, com um tratado complementar o Peru dava ao Chile 300 mil pesos mensais para a manutenção da tropa chilena que ocupava nosso território. Este acordo de paz foi humilhante para o vencido e o Chile não apenas derrotou o Peru, mas pisoteou-lhe. Recordemos, a corda rompe-se do lado mais fraco. O governo chileno reconheceu como representante do Peru, precisamente este traidor Iglesias, e apenas com ele firmou este Tratado de Ancón. Os traidores, os pusilânimes, os vendedores de trabalhadores, perdão, os vende-pátria, são sempre louvados e elogiados pelos invasores, pelos reacionários, pelos imperialistas.
Em uma guerra é o vencido quem pede diálogo. Com dupla intenção: um, para através de uma trégua, recuperar forças, tomar fôlego e logo lançar-se em furioso contra-ataque; outro, sente-se perdido e o que quer é preservar parte de seus interesses em uma mesa de negociações, para conservar parte de sua força e mais tarde voltar a atacar. Assim, também, produzem-se as restaurações.
Combatentes do Exército Popular de Libertação, no setor denominado Churrubamba, provícia de Huanta-Ayachcho. Fevereiro de 2012.
Não inclui foto: Camaradas Laura e Mariela. Roblepampa. Agosto de 2012. Província de Tayacaja. Huancavelica.
Não inclui foto. A metade que sustenta o céu. Combatentes do EPL. Pampa Aurora. Província de Huanta. Ayacucho. Setembro de 2013.
Em que consiste a Solução Política para os Problemas Derivados da Guerra, pela qual tanto se esgoelam os oportunistas do MOVADEF? No mundo existem duas concepções, duas formas de ver os problemas políticos, duas partes em contenda. O governo reacionário do Peru, que representa os grandes banqueiros, os grandes latifundiários e a grande burguesia em suas duas frações, compradora e burocrática, detêm o poder e são a classe exploradora; isto por uma parte. E por outra parte, o povo peruano: trabalhadores, camponeses, pequena burguesia e inclusive a burguesia nacional, são a classe oprimida. Os opressores estão sustentados por um poderoso exército que é a coluna vertebral deste estado. Para manter-se no poder, a cada certo período são geradas as denominadas eleições gerais para uma substituição das autoridades que seguem oprimindo o povo. O que pretendem então os oportunistas do Movadef? Inscrever-se como uma frente, um partido político, que cumpra os requisitos impostos por este estado reacionário e assim realizar seus sonhos de serem prefeitos, governadores regionais, congressistas e até presidentes da república. Ou seja, o negro caminho do eleitoreirismo, enfermidade descartada por um longo período de reconstituição do Partido. Esta vergonhosa etapa de cretinismo parlamentar, se deu a partir dos anos 30, com o abandono das teses Marxistas-Leninistas de Mariátegui e a usurpação da direção do Partido pelos oportunistas encabeçado pelo sujeito Ravines. O período de Reconstituição conduziu-nos a construir o heroico combatente que é o Partido, a iniciar a luta armada, permitiu transitar pelo difícil mas glorioso caminho de cercar as cidades a partir do campo, o caminho da guerra popular, para instaurar, em um futuro não muito distante, a República Popular do Peru, o Socialismo e finalmente o Comunismo.
Camarada Laura, qual a sua opinião sobre a Comissão da Verdade?
Em primeiro lugar, deveria julgar que posição de classe têm os que conformam esta chamada “Comissão”. Quem constitui esse organismo? O governo reacionário do Peru, o estado peruano a serviço do imperialismo, norte-americano principalmente. Vejamos seus integrantes. O senhor Salomón Lerner, alguma vez levantou um só dedo, sequer um dia, ao menos por um minuto, contra a opressão e a miséria do povo? Nunca. O que se pode esperar deste senhor? Nada. Aquele chamado comissário Carlos Iván Degregori, não fez mais que recolher alguns fatos isolados das lutas do povo de Ayacucho, não sendo sequer espectador, mas amplamente afim, parte da época de Velasco Alvarado, ao qual chamou “reformista”. Tem algum compromisso ou afinidade com o povo? Nenhum. O senhor Alberto Morote Sánchez, reacionário e retrógrado quando docente da Universidade Nacional San Cristóbal de Huamanga, jamais sequer pronunciou a palavra povo, para ele não existe povo. Esse figurão apelidado Tapia, que alguma vez se autoproclamou ser admirador do MIR, qual é sua forma de pensar? Este senhor aplica a política do chacal ante o leão; lambe-botas, incondicional e fiel servidor dos governos reacionários de turno e do imperialismo norte-americano, que para assegurar sua refeição diária, vai prosperando por trás de seus amos, revela-se recebendo migalhas, este personagenzinho rasteiro e arrogante converteu-se em punhal contra o povo peruano. O que se pode esperar deste parasita? Este patife é um imbecil ou é nosso inimigo? Imbecil não é, demonstrou sua capacidade servil ao lado e como fantoche banal do velho estado do Peru. Abriu suas negras bocas contra o Presidente Gonzalo, portanto, é nosso inimigo.
Vale algum comentário… Esta Comissão estava submetida ao Estado reacionário do Peru e ao imperialismo ianque e, como tal, não tinha nenhuma independência e suas conclusões eram regidas pelos interesses do Estado peruano e do imperialismo ianque; fazemos esta afirmação pelo modo de pensar e pela posição de classe à qual defendem e seguirão defendendo. Além disso, pelo incidente suscitado no momento da publicação das conclusões às quais havia chegado a Comissão; os congressistas, ministros, personagens obscuros e conhecidos inimigos do povo, as forças armadas e policiais, não estiveram de acordo com a publicação destas conclusões. O pretexto, “estas conclusões atentam contra as instituições democráticas do povo”. Qual foi a resposta da Comissão? Então a publicariam no exterior. Neste cabo de guerra decide-se publica-la, porém, culpando aos mortos do Partido e desculpando às forças armadas e policiais pelo genocídio contra o povo peruano. Posteriormente, esta mesma Comissão lança ao vento o conto da reconciliação nacional, à qual somam-se os oportunistas e podres revisionistas do Movadef. Assim sendo, esta Comissão chamada da verdade cheira a estado reacionário do Peru e a imperialismo ianque. Este organismo bastardo, instrumento do imperialismo ianque e do governo reacionário do Peru, chamado “da verdade” com o maior cinismo e descaramento, trabalhou para o governo reacionário do Peru, na vanguarda dos interesses dos exploradores e em detrimento do povo peruano.
A camarada Chiang Ching, porta-estandarte da Grande Revolução Cultural Proletária, companheira, camarada e fiel discípula do Presidente Mao Tsetung.
O Doutor Abimael Guzmán Reynoso, Presidente Gonzalo, Presidente do Partido Comunista do Peru, e Augusta La Torre Carrasco, camarada Norah, Mestre dos Comunistas, a águia do Partido. Uma vida dedicada total e cabalmente ao Partido e à Revolução.
Camarada Laura, gostaríamos das suas palavras finais nesta oportunidade.
Proclamamos desde já o futuro nascimento da República Popular do Peru, República de Operários e Camponeses; para isso contamos com o Partido Comunista do Peru, com uma linha ideológica justa e correta, o Marxismo-Leninismo-Maoismo, Pensamento Gonzalo e um Exército Popular de Libertação dirigido pelo Partido, que são a garantia do triunfo… Elevamos à altura nosso rotundo grito de guerra, contra o furacão de propaganda contra o Partido e a Revolução. A águia canta buscando o eco dos seus congêneres. Nossos atos e nossas vivências comoverão e convocarão os corações ansiosos de justiça. O sol já resplandece em nossas pupilas e agita-se incontível em nossos corações. Este também é nosso firme compromisso: Combater.
Ponto final… Sinto um imenso carinho por meu pai, minha mãe, meus irmãos e especialmente por minha filha. Especiais circunstâncias fazem com que não estejamos juntas. E vale a pena! É a Revolução… é o Partido… é o Marxismo-Leninismo-Maoismo, Pensamento Gonzalo… Quero que recordem-se de mim com alegria e que seja minha vida timbre de orgulho para eles. Sei que de seus olhos brotam lágrimas… mas quero que estas lágrimas não sejam de lamento, mas a expressão profunda de um sentimento de classe. E como outros combatentes já disseram: tenho vivido pela alegria, pela alegria vou ao combate, e pela alegria morro, e seria um agravo pôr sobre minha tumba o anjo da tristeza. Minha bandeira é vermelha e meu distintivo a foice e o martelo. Nos consideramos filhos do Partido, da Revolução e do Presidente Gonzalo e por eles dou a vida… está é minha decisão… Obrigada…