Declaração conjunta pelo 29º aniversário do Discurso do Presidente Gonzalo (setembro, 2021)

Tradução não-oficial.

Proletários de todos os países, uni-vos!

Glória eterna ao Presidente Gonzalo!

“Como materialista creio que a vida termina algum dia, o que prima em mim é ser otimista, com a convicção de que o trabalho ao qual sirvo outros hão de prosseguir e levarão até o cumprimento de nossas tarefas definitivas, o comunismo. Porque o temor que poderia ter seria o de que não se prosseguisse, porém esse temor se dissolve quando se confia nas massas. O pior temor, ao fim e ao cabo, é não confiar nas massas é crer-se indispensável, centro do mundo, creio que isso é, e se alguém, formado pelo Partido com a ideologia do proletariado, com o maoismo principalmente, compreende que as massas fazem a história, que o Partido faz a revolução, que a marcha da história está definida, que a revolução é a tendência principal, se lhe esfuma o temor e somente fica a satisfação de ser argamassa e, junto a outras argamassas, servir para pôr alicerce para que algum dia brilhe o comunismo e ilumine toda a Terra.” – Presidente Gonzalo

Em 11 de setembro, se consumou o vil assassinato do Presidente Gonzalo. Os negros arautos da reação declamam a morte do homem e que já despareceu. Porém não é assim, o Presidente Gonzalo vive nos comunistas e revolucionários do Peru, nas mais profundas entranhas do proletariado e povo peruano; vive em nós, os comunistas e revolucionários do mundo, no coração e mente do proletariado internacional e os povos do mundo. O Presidente Gonzalo não morreu porque é mais que um homem, é um caminho, um pensamento, um luminoso sendero o qual seguem milhões com fé inquebrantável içando ao topo as bandeiras vermelhas do comunismo com a foice e o martelo, legiões de ferro de operários e camponeses se forjam sob direção dos Partidos Comunistas para assaltar o céu. Como o mesmo Presidente Gonzalo disse no momento que devem em prisioneiro de guerra: chegaram tarde, seu pensamento fica nos demais. O Presidente Gonzalo não pode ser desaparecido.

O Presidente Gonzalo era otimista orgânico, tinha uma confiança sem limite nos comunistas e nas massas, e nos forjou em sê-lo. Assim, neste momento, quando os marxistas-leninistas-maoistas já não temos em carne e osso entre nós o maior de todos nós e sentimos a mais profunda dor, não permitiremos que as lágrimas nos cubram as vistas, senão que nossa paixão ardente se materializa em poder transformador, nos enche de energia e aferra ainda mais nossa decisão de jamais deixar as armas até o comunismo e de varrer a sangue e fogo com guerra popular toda opressão e exploração da face da Terra. Que saibam os covardes assassinos que o crime espantoso não ficará impune, o povo fará justiça como só o povo sabe fazê-lo e a justiça revolucionária pode tardar, porém chegará.



Todos sabemos quem são os assassinos, são os verdugos do povo, são os imperialistas, os reacionários e os revisionistas. Têm nomes: Biden, Castillo e Miriam. É o imperialismo ianque que dirigiu a guerra contrarrevolucionária no Peru, foi sua nefasta CIA quem dirigiu a guerra psicológica, como parte chave de sua chamada “guerra de baixa intensidade”, contra o Presidente Gonzalo, o Partido Comunista do Peru (PCP) e a guerra popular, e o continua fazendo; foi a CIA que, usando agentes como Montesinos e Merino, quem fabricaram as patranhas contra o Presidente Gonzalo e são eles quem dirigiram diretamente o assassinato; isto é responsabilidade direta dele que é o mais alto representante do imperialismo ianque, o guerreirista genocida Biden. As Forças Armadas genocidas do velho Estado peruano, que foram quem com suas garras sangrentas diretamente executaram o assassinato, como parte do genocídio contra o PCP e o povo peruano; porém seu demencial ódio de hiena só podia ter livre [passo bajo] a cobertura política do governo do rondero Castillo e sua banda criminosa de oportunistas, de vende-operários e fascistas de toda laia; somente sob a cobertura de um governo de “esquerda” as Forças Armadas se atreveram a culminar o crime que não se atreveram sob todos os governos anteriores. Foi a ratazana Miriam, que exerce a cabeça da linha oportunista de direita, revisionista e capitulacionista, quem desde o primeiro momento, prestou seu “prestígio” para dar “credibilidade” à patranha do “acordo de paz”; foi ela, que com sua “chamada telefônica”, com as vídeos-montagens, os “poemas” e os mamotretos (Nota da Tradução/N.T.: trambolho), quem possibilitou o dano que causou os operativos da reação ao PCP e da guerra popular; essa ratazana ficou frente a história como a mais sinistra arqui-traidora; quem seguindo o exemplo de Lin Piao, iconizou ao Presidente Gonzalo com o fim de derrubá-lo e matá-lo, a mais imunda revisionista quem em vão intentou liquidar o Partido e a guerra popular e terminou com suas mãos manchadas com o sangue sagrado do Presidente Gonzalo.

O Presidente Gonzalo derrotou todos os planos da contrarrevolução. Em nenhum momento, quando podemos escutar sua voz, planteou outra coisa mais que sua posição de sempre: a guera popular vencerá inevitavelmente e que sua detenção somente foi um recodo (N.T.:desvio) no caminho logo da revolução peruana até a conquista do Poder em todo o país. Transformou o campo de concentração da Base Naval de Callao na mais alta Luminosa Trincheira de Combate da Guerra Popular e, até seu último momento, combateu incessantemente pelo triunfo da guerra popular como parte e a serviço da revolução proletária mundial, estando em isolamento absoluto jamais traiu sua condição colocando-se de joelho. Por isso, nunca houve nem haverá nenhuma prova ou fundamento para as absurdas imputações contra si; o “acordo de paz” caiu em cinzas assim como todo o resto das barbaridades revisionistas, jamais saíram da mente ou boca do Presidente Gonzalo.

O que fica para a eternidade é sua obra teórica e prática ao serviço da uta pela verdadeira emancipação da humanidade, pela luta pelo comunismo. Se bem que recentemente com o tempo seremos capazes de valorar a plena importância da vida e obra do Presidente Gonzalo, porque assim sucede sempre no caso de figuras históricas de seu porte, só um breve reencontro de fatos permite constatar seu papel gigantesco.

Com um punhado de comunistas o Presidente Gonzalo iniciou a reconstituição do PCP, limpou o Partido do revisionismo e em dura briga durante quase vinte anos o armou como máquina de guerra, colocando-o em condições de iniciar a guerra popular em 17 de Maio de 1980, culminando a reconstituição. A guerra popular estremeceu o Peru, América Latina e o mundo; o Presidente Gozalo formou as forças armadas revolucionárias do povo peruano (hoje Exército Popular de Libertação) e dirigiu a construção do Novo Poder (Comitês Populares e Bases de Apoio Revolucionárias). Assim, dotou ao Partido, à classe, com o instrumento principal da revolução e deu às massas mais amplas e profundas, principalmente do campesinato pobre, a possibilidade de exercer seu Poder, viver verdadeira democracia e gozar pela primeira vez os frutos de seu suor e seu sangue.

Muito particularmente, ressaltamos que o Presidente Gonzalo dirigiu pessoalmente o Primeiro Congresso marxista do PCP, cumprindo a tarefa deixada pendente por Mariátegui, de onde se estabeleceu a Base de Unidade Partidária do PCP, que contem três elementos: a ideologia, o marxismo-leninismo-maoismo, pensamento gonzalo, o Programa e a Linha Política Geral com seu centro a Linha Militar, de onde na forma mais elevada está expresso o pensamento gonzalo. Essa Base de Unidade Partidária é a que hoje, mais que nunca, une aos comunistas do Peru; quem não se sujeita cabal e completamente àquela não é militante do PCP. Não houve nem haverá um evento partidário do PCP que negue ao Primeiro Congresso, pelo contrário todos os eventos principais posteriores como os três Plenos do Comitê Central do PCP, foram guiados e sujeitos ao Primeiro Congresso. É tarefa dos comunistas peruanos solucionar todos os problemas pendentes da revolução no país sujeitando-se à Base de Unidade Partidária e aplicá-la às novas condições.

Desde a morte do Presidente Mao e o golpe revisionista na China de 1976, o Presidente Gonzalo foi o principal protagonista da linha vermelha dentro do Movimento Comunista Internacional. Comprovando com a guerra popular no Peru a validez universal do maoismo, o definiu como a terceira, nova e superior etapa da idelogia do proletariado internacional e foi ele quem planteou pela primeira vez a grande verdade, que ser marxista hoje significa ser marxista-leninista-maoista. Aplicando de forma criadora a verdade universal do maoismo, dotou ao proletariado internacional com importantes aportes no desenvolvimento de sua teoria e prática, cuja importância ninguém pode negar – basta ver, como com sua profunda compreensão do processo do capitalismo burocrático nos armou decisivamente para desmontar todas as maquinações revisionistas que pretendem negar a revolução democrática nos países oprimidos, negando a semifeudalidade para plantear uma “revolução socialista” com “acúmulo de forças” por vias legais, para entender a plena atualidade de seus aportes, para só nomear um exemplo.

Hoje, quando brigamos pela celebração da Conferência Internacional Maoista Unificada para dar um salto decisivo na luta pela reunificação dos comunistas no mundo e concretizar uma Nova Organização Internacional do Proletariado, seguimos o exemplo do Presidente Gonzalo quem sempre lutou pela unidade dos comunistas e nos ensinou que nesse processo complexo devemos partir dos princípios e acordos comuns, baseados neles, para em meio da luta de classes e a luta de duas linhas alcançar níveis superiores de unidade.

Não fica dúvida que a figura do Presidente Gonzalo é a de um gigante do proletariado internacional, sua obra é imortal e viverá para sempre.

Hoje os comunistas do mundo cerramos fileiros em torno do PCP e rendemos homenagem ao Presidente Gonzalo prestando todos nossos esforços para apoiar a Reorganização Geral do Partido Comunista do Peru para que se dê um grande impulso ao desenvolvimento da guerra popular. Sabemos que nossos camaradas, como continuadores da revolução forja de Gonzalo, estão lutando tenazmente para cumprir essa tarefa em meio da guerra popular e estamos plenamente convictos que enquanto mais se sujeitem ao estabelecido pelo Presidente Gonzalo, mais rapidamente vão a resolver os problemas pendentes. É nossa bandeira vermelha que ondeia no Peru e a defendemos como tal.

Içamos nossas bandeiras ao topo. Nos colocamos em atenção alçando nossos punhos cerrados. Ao som da Internacional juramos seguir o exemplo do Presidente Gonzalo, aprender dele e que viverá para sempre em nós.

VIVA O PRESIDENTE GONZALO!

VIVA O PARTIDO COMUNISTA DO PERU!

A GUERRA POPULAR NO PERU VENCERÁ INEVITAVELMENTE!

MORTE AO REVISIONISMO!

UNIR-SE SOB O MAOISMO!

HONRA E GLÓRIA ETERNA AO PRESIDENTE GONZALO!

24 de Setembro 2021

Assinaturas:

Partido Comunista do Peru

Partido Comunista do Brasil (Fração Vermelha)

Partido Comunista da Colômbia (Fração Vermelha)

Fração Vermelha do Partido Comunista do Chile

Comitê Bandeira Vermelha – RFA

Partido Comunista do Equador – Sol Vermelho

Comitê para a fundação do Partido Comunista (maoista) em Áustria

Comitê para a Reconstituição do Partido Comunista dos Estados Unidos

Comitê de Construção do Partido Comunista maoista da Galícia

Comitê Maoista Finlândia

Republicanos Socialistas Irlandeses

Poder Proletário – Organização Partidária MLM Colômbia

Partido (marxista-leninista) dos Trabalhadores – Espanha

Núcleo Revolucionário para a Reconstituição do Partido Comunista do México (NR-PCM)

Partido Comunista da Turquia / Marxista-Leninista

Partido Comunista Maoista (França)

Há mais assinaturas pendentes de confirmar.