Tradução não-oficial
Proletários de todos os países, uni-vos!
Comitê Central do Partido Comunista da Índia (Maoista) firma seu apoio na luta pela liberdade imediata do Camarada Gonzalo!
Gonzalo, o Presidente do Partido Comunista do Peru (PCP) foi preso em setembro de 1992 juntamente ao Comitê Central. Ele foi posto em total isolamento nos 29 anos que passaram.
O aprisionamento, o isolamento total e a atitude extremamente inumana para com o Camarada Gonzalo em seus 86 anos são motivos de grande desprezo. A situação demanda atenção de todos aqueles que pensam em e trabalham para que haja mudança na sociedade.
“O sangue não afoga a revolução, senão que a irriga”, disse o Presidente Gonzalo. O Camarada Gonzalo manteve-se firme em seu compromisso com os povos oprimidos do Peru e do mundo e em sua crença na causa e no sucesso da Revolução Socialista Mundial. Ele agora precisa estar nos braços de seu querido povo e dos quadros do Partido.
Ele irá morrer de prolongada má saúde, incluindo psoríase e agora câncer de pele nas masmorras do explorador Estado fascista peruano. Nós não queremos que ele morra. Então, levantemos nossa voz contra a crueldade do Estado peruano apoiado pelos imperialistas do mundo.
O PCI (Maoista) junta-se à luta pela libertação imediata do Camarada Gonzalo. Apelamos a todos as forças revolucionárias, democráticas e progressistas do mundo para lutar por sua liberdade. A prisão e a tortura mais sinistras do Camarada Gonzalo fazem parte das tentativas dos imperialistas e de seus subordinados compradores de desencadear seu saque e pilhagem para superar sua prologada crise econômica e financeira e para suprimir o movimento revolucionário no mundo. Mas “nem a prisão perpétua nem o enforcamento pode parar a revolução”.
Vamos provar isso através de uma enchente de apoio ao Partido Comunista do Peru e ao Camarada Gonzalo.
O “julgamento” do Camarada Gonzalo
O movimento revolucionário do Peru iniciado desde 1980 penetrou entre os povos oprimidos e chocou as classes dominantes do país como em qualquer outro país. O movimento alcançou saltos que fizeram as classes dominantes tomarem medidas sérias para manter seu poder de exploração. Eles empregaram um departamento para saber do paradeiro e prender a direção do Partido Comunista do Peru sob a qual o movimento avançava. Portanto, as prisões.
Dentro de um curto tempo após a prisão, a Gonzalo foram negadas as visitas de sua família e de seu advogado. Seu julgamento apressado pelo Estado peruano durou apenas algumas horas, indo contra as leis internacionais do direito de várias maneiras. Ele ficou sentado numa cadeira no meio de uma pequena jaula de aço. Ele foi interrogado somente sobre suas convicções políticas e ideológicas.
O Presidente Gonzalo, orgulhosamente, aceitou a responsabilidade pela direção do PCP e recusou a aceitar a legitimidade da corte. Ele deu um discurso de três horas e meia, no qual disse:
“Aqui estamos como os filhos e filhas do povo e estamos lutando nessas trincheiras, nas luminosas trincheiras de combate, e fazemos isso por sermos comunistas! Porque aqui nós defendemos os interesses do povo, os princípios do Partido, a Guerra Popular! Isso é o que temos feito, o que fazemos e o que continuaremos a fazer”.
A parceira de vida de Gonzalo, Miriam (Elena Iparraguirre), foi também aprisionada. Ela primeiro ficou numa cela adjacente, mas depois foi transferida para uma prisão feminina e posta em isolamento.
Comitês de Defesa foram estabelecidos na Europa, Ásia, África, Austrália e América do Norte e do Sul. O Chamado pela Defesa da vida de Abimael Guzmán foi assinado por renomados advogados, parlamentares e ex-ministros e outros líderes de governo, figuras acadêmicas, músicos bem-conhecidos, escritores, artistas e outros, da Austrália, Bangladesh, Bélgica, Grã-Bretanha, Canadá, Chile, Colômbia, Dinamarca, El Salvador, França, Alemanha, Guadalupe, Irã, Iraque, Itália, Quênia, Martinica, México, Nepal, Holanda, África do Sul, Espanha, Sri Lanka, Tunísia, Turquia e Estados Unidos. Delegações do Comitê Internacional de Emergência (CIE), apoiadores e outras pessoas interessadas começaram a visitar as embaixadas peruanas em vários países. Cartas, telegramas e faxes protestando às ameaças contra a vida do Presidente Gonzalo foram transmitidas a embaixadas e ao palácio presidencial.
A primeira delegação internacional organizada pelo CIE chegou em Lima para o “julgamento”.
Em 24 de Setembro, o Senado Norte-Americano passou uma resolução declarando que ele “apoia o Governo do Peru em sua determinação em lutar contra o grupo violento, antidemocrático conhecido como ‘Sendero Luminoso’ e congratula à DINCOTE pela captura do Presidente Gonzalo”. Isso foi reiterado em 20 de Outubro pelo porta-voz do Departamento de Estado norte-americano que disse “o Sr. Guzmán é o líder do mais vicioso movimento terrorista no hemisfério ocidental. Não temos comentários a fazer sobre os procedimentos judiciais pelos quais ele foi julgado”.
Os imperialistas organizaram ou aprovaram os assassinatos em prisão do líder azaniano Steve Biko; de Charu Mazumdar, dirigente maoísta da rebelião camponesa de Naxalbari na Índia; do dirigente maoísta Ibrahim Kaypakkaya na Turquia; do dirigente maoísta de Bangladesh Shiraj Shikdar e do suspeito “suicídio” de Chiang Ching. Nas próprias prisões norte-americanas, George Jackson, dirigente dos Panteras Negras, foi baleado numa tentativa de “fuga” encenada, e o líder nacionalista Pedro Albizú Campos foi morto com material radioativo posto nas paredes de sua cela.
O aprisionamento do Camarada Gonzalo e seu isolamento na Base Naval de Callao não é o primeiro e nem será o último no movimento revolucionário mundial. Isso continuará enquanto houver exploração e opressão e revolução contra as mesmas como resposta em todas as partes do mundo. No momento presente onde os imperialistas estão no lamaçal da crise econômica e financeira e o povo ao redor do mundo luta por seu direito à vida e subsistência, nós necessitamos de unidade e luta na maior quantidade de modos possíveis.
Abhay
Porta-voz
Comitê Central