Retrospectiva 2020 (Revista Internacional Comunista)
Tradução não-oficial.
Proletários de todos os países, uni-vos!
Nós, a redação da Communist International – Internacional Comunista, terminamos o ano de 2020 com grande espírito de luta e queremos olhar brevemente para o ano que passou.
2020 terminou e 2021 começou com um um grande caos na colina do inimigo, abalado principalmente pela crise econômica (crise cíclica de superprodução) e uma crise dos regimes demo-liberais (expressão da reação do Estado burguês na última fase do imperialismo), como parte da crise geral do imperialismo, que se afunda cada vez mais em sua agonia e se aproxima de sua varredura. O imperialismo está se tornando mais monopolista, parasitário e moribundo a cada dia. Do nosso lado, da nossa colina, do proletariado internacional e dos povos do mundo, este período foi marcado em particular por uma grande explosividade das massas; explosividade que é causada pelo próprio sistema, pelo fato de este sistema ser cada vez menos capaz de alimentar seus escravos; que o imperialismo contradiz cada vez mais diretamente a existência humana como tal. Isso vem expressando cada vez mais com mais força o que Lenin formulou com grande força que é preferível morrer lutando que perecer de fome.
A pandemia do Corona, que pode sobretudo se tornar ua pandemia através dos imperialistas e seu manejo, foi usada pelos imperialistas para a grande destruição das forças produtivas – incluindo um enorme genocídio nas nações oprimidas – para uma monopolização mais rápida da economia sob maior controle do Estado e um grande terror contra as massas – colocando-nos ante uma situação de guerra real. Assim, se mostra o medo dos inimigos da explosão das massas, que se encaminha na direção de uma rebelião de alcances mundias. As massas reagiram, tendo em conta as limitações conseguintes dos comunistas, pelo processo de reconstituição/constituição de seus Partidos para dirigi-las, em certa medida e temporariamente com desconfiança, confusão e retração. Em todo caso, essa situação temporal foi rapidamente superada. Em todo o mundo voltaram-se a levantar as massas expressando suas justas e corretas exigências, especialmente o direito a uma adequada atenção da saúde (em alguns países se constituíram exitosamente Frentes de Defesa da Saúde do Povo), emprego e pão. Desta maneira, agora, encontramo-nos ante a situação que o nível da luta das massas se encontra pelo menos ao nível do ano anterior e se desenvolve muito mais.
As guerras populares no mundo são como luminosos faróis que iluminam o caminho. As guerras populares no Peru, na Índia, na Turquia e nas Filipinas assinalam ao proletariado internacional e aos povos do mundo o caminho de sua libertação. Os camaradas da Índia em muitos combates guerrilheiros têm dado golpes como emboscadas e ações de castigo à alvos escolhidos. Eles levam a luta decidida e exitosamente contra a apropriação da terra pelos imperialistas, latifundiários e capital burocrático e derrotando as campanhas reacionárias de cerco e aniquilamento. Na Turquia, o TKP/ML desenvolve a guerra popular que dirige – e aplasta assim fortemente aos liquidacionistas de direita – com ações no campo e na cidade, como a última em Instabul. O Partido Comunista do Peru avança no caminho da reorganização do Partido em e para a guerra popular e superar o ‘recodo’ no caminho. No país se desenvolva ainda mais a luta das massas, como por exemplo na Costa contra os grandes latifundiários que se chamam agro-exportadores e exploram aos trabalhadores agrícolas mediantes novas formas de servidão. Nas Filipinas se desenvolve em grande número exitosas ações contra a reação, mostrando que a guerra popular é justa e correta.
A guerra popular no Nepal experimentou uma derrota temporal e passageira pela negra traição dos revisionistas, porém o armamento do povo que impulsionou está aí e o povo e os comunistas lutam. Com o qual, a direita é posta cada vez mais contra a parede e tem que dançar (‘bailar’ no original) ao som da esquerda. Os comunistas brigam na luta das massas por dirigi-las e educá-las na violência revolucionária e na luta contra o revisionismo. Os comunistas praticam o lutar inseparável e irreconciliavelmente contra o imperialismo, a reação e o revisionismo.
No Brasil grandes esperanças do proletariado internacional se focalizam, com as grandes e prolongadas lutas, especialmente dos camponeses contra os latifundiários ao grito de “Conquistas a Terra!”; luta armada de resistência contra as forças armadas do velho Estado brasileiro latifundiário-burocrático e as forças auxiliares das forças repressivas do Estado, as milicias ou assassinos dos latifundiários – como a ocupação de Santa Elina, ou também com inumeráveis ações de boicote contra as eleições reacionárias. Os camaradas no Brasil marcham adiante na América Latina, a qual com razão se pode dizer que atualmente constitui o elo mais débil da cadeia de dominação imperialista. Isso se mostra também nas grandes lutas das massas, dos revolucionários e dos comunistas no Equador, México, Chile, Colômbia, Paraguai e muitos outros países da região. Todas as lutas nestes países têm uma grande base de massas no campesinato na luta contra o imperialismo, o capitalismo burocrático e a semifeudalidade (latifúndio e formas variadas da servidão). Os desenvolvimentos na América Latina põem diante de nossos olhos a prova do porque e como as nações oprimidas são a base da revolução mundial.
Nos Estados Unidos, a superpotência hegemônica única, o ano de 2020 trouxe consigo um grande crescimento da luta de massas. Milhões, em especial do Povo Preto, das massas mais amplas e profundas se alçaram em rebelião. Pese a que também a reação com a ajuda de seus servos revisionistas e oportunistas, entre os que destaca a rata Avakian, logrou aparente “legitimidade” de seu sistema através de uma maior participação, os maoístas provaram nas entranhas do monstro, que eles sabem comunicar-se com as massas e brigar por dirigi-las. Na França, são as lutas militantes de massas sempre presentes, a juventude e os “coletes amarelos” estão em forma exemplar na luta contra a lei da “Segurança Global” e os comunistas cumprem a tarefa cada vez mais. Na Áustria lutam e vão as massas pouco a pouco com os comunistas, formando comitês operários para dirigir a luta das massas por suas reivindicações como melhorias salarias, contra a paralisação, etc. Aplicando uma correta direção para elevá-la à luta política. Na República Federal Alemã (RFA) se vê forte expressão da explosividade das massas, como em Stuttgart ou ações militantes contínuas. Consequente na luta, estão os maoístas na primeira linha assinalando o caminho contra o roubo dos direitos e liberdades conquistadas em dura luta. A luta armada na Irlanda não foi e tampouco está derrotada, ao contrário. Ali também os revolucionários e comunistas desenvolvem seu trabalho e se a reação golpeia, se pode contar com a solidariedade internacional, como mostra a luta contra a deportação de Liam Campbell. Noruega, Suécia, Finlândia, Dinamarca, Suíça, em mais e mais países da velha Europa, os comunistas estão formando-se sob a bandeira vermelha do maoísmo, uma grande causa de alegria.
Os imperialistas fracassam com suas guerras de rapina pela nova repartilha do mundo nas nações oprimidas. A heroica luta de resistência nacional dos povos no Afeganistão, no Iraque – aonde os ocupantes imperialistas continuam a retirada, conscientes de sua derrota – no Iemen, Palestina ou Síria é uma prova do poder das massas.
Na África, um continente com um bilhão e trezentos milhões de habitantes, o segundo depois da Ásia (conforme britannica.com), aonde a competência entre os imperialistas se intensificam com o incremento de sua presença militar e operações bélicas. O estabelecimento do Comando da África dos ianques começa a estender sua influência e substituir aos antigos opressores coloniais franceses. Em todo o continente, as massas lutam contra o imperialismo, o capitalismo burocrático e a semifeudalidade, as massas nas cidades e no campo lutam para não ser parte do butim do imperialismo. Isto requer que os comunistas cumpram seu papel. Como em todos os países do Terceiro Mundo, a luta dos camponeses é a base de todas estas lutas, sem desenvolver a luta camponesa, é impossível fazer avançar a luta antiimperialista. As massas fazem a história e o partido dirige, porém com este último há deficiências e os comunistas em seus países devem superar essas limitações.
A paz e a ordem que assinalam os imperialistas não existem (ainda que seja muito limitada e temporalmente) neste mundo cheio de caos. A rebelião se justifica e as massas se rebelam, seja na Polônia, por exemplo contra a arquirreacionária proibição do aborto, no Estado espanhol, na Bielorrúsia, nos Balcãs, em Bangladesh ou na China, aonde os maoístas voltaram a mostrar sua presença (em um momento em que o social-imperialismo chinês está na maior crise de sua existência, como parte da crise geral do imperialismo), o que é um sinal de que a contrarrestauração, como parte do crescente descontentamento geral, está cobrando novas forças e forjando direção. Ali a chispa se acende uma e outra vez, inclusive quando a reação, o oportunismo e o revisionismo tomam a dianteira uma e outra vez para converter a tormenta das massas em uma brisa suave, para dissuadi-las de seu caminho.
O maoísmo é recebido e encarnado em mais e mais países pelos comunistas. Seu enraizamento permite o encontro do movimento consciente sob a direção dos partidos maoístas com o movimento inconsciente das massas mais profundas e amplas e promover a revolução neste momento nos diferentes países dos diferentes continentes com a guerra popular, com ele o desenvolvimento desigual da situação revolucionária no mundo passará a uma situação revolucionária crescente, como claro sinal de um novo período de revoluções. O maoísmo se impõe como mando e guia da Nova Grande Onda da Revolução Proletária Mundial. A campanha internacional deste ano pelo 200º aniversário do nascimento do grande Friedrich Engels o demonstrou uma vez mais de maneira contundente.
Não duvidemos que estamos na segunda metade do período de “50 a 100 anos” no qual o imperialismo será varrido completamente da face da terra e o proletariado finalmente se afincará no Poder. Se confirma que a grande previsão histórica do presidente Mao é justa e correta. Estamos entrando em um novo período da revolução em que o maoísmo se impõe como mando e guia, através de mais e novas guerras populares, que culminará na guerra popular mundial, como a marcha da humanidade nas legiões de ferro, até a eterna e resplandecente meta, o sempre dourado comunismo. Pela reconstituição, ou constituição, dos partidos comunistas, aonde ainda não existem, tudo para o início da guerra popular aonde ainda não tenha começado, tudo para o desenvolvimento da guerra popular aonde está já se iniciou – o mais rápido possível – é o ‘Mandato’ da hora!
Os comunistas e revolucionários, no ano que terminou, pagaram o custo com sangue por estes logros. Sem pagar a cota, no há nada que possamos ganhar como parte de conservar nossas próprias forças e destruir as do inimigo.
Nos reafirmando na campanha pelo maoísmo que se realiza unida inseparavelmente à campanha pela defesa da Chefatura do Presidente Gonzalo. Suadamos ao Presidente Gonzalo, o maior marxista-leninista-maoísta vivente sobre a Terra e chefe da revolução proletária mundial. Saudamos aos partidos e organizações comunistas, a seus dirigentes, quadros, militantes e massas. Saudamos a nossa classe, ao proletariado internacional, e aos povos do mundo. Saudamos a todos aqueles que no mundo trabalham para que o maoísmo seja o único mando e guia da revolução proletária mundial.
Esperamos com alegria o próximo ano, que trará o cumprimento de um grande salto, a unificação ainda maior dos maoístas a nível mundial com a realização da Conferência Internacional Maoísta Unificada e a Nova Organização Internacional do Proletariado.
A redação de Communist International – Internacional Comunista