Noruega: Defender e aplicar a universalidade da Guerra Popular Prolongada! (Servir ao Povo – Liga Comunista)

Tradução não-oficial

 

Nota do blog: Publicamos artigo do site Tjen Folket, do autor Ard Konera, criticando um texto publicado por Jose Maria Sison no qual o dirigente filipino critica a “guerra popular aos países centrais industrializados”.


Defender e aplicar a universalidade da Guerra Popular Prolongada!

 

Qual é o caminho da revolução nos países imperialistas? Esta é uma questão candente para todos os revolucionários nesta parte do mundo, na cidadela ocidental do imperialismo. Esta é uma questão que por cem anos tem sido respondida, incorretamente, pela maioria dos autoproclamados revolucionários na Europa.

O maoismo pôs adiante a universalidade da estratégia da Guerra Popular, e pôs adiante como a única estratégia militar do proletariado internacional, aplicável em cada e em todos os países; aplicada concretamente de acordo com as diferentes situações concretas. Mas, algumas pessoas estão teimosamente negando isto e aderindo à velha estratégia de luta legal prolongada, até que as condições estejam “maduras para a revolução” devido ao acúmulo de crises e a decisiva acumulação de forças revolucionárias contra o velho Estado capitalista, as tornando capazes de varrer o velho Estado em algum tipo de guerra de ataque relâmpago.

Esta é a estratégia que tem falhado na prática, enquanto a Guerra Popular tem sido vitoriosa. A teoria de acumulação de forças está mais que pronta para ir para a lixeira da história. Mas, alguns ainda estão atraídos pelo velho, como moscas são atraídas pelo lixo.

O sinistro Sison ataca a estratégia da Guerra Popular

O presidente fundador do Partido Comunista das Filipinas falou novamente contra a universalidade da Guerra Popular (GPP) em um texto datado de 5 de junho de 2019: “Sobre a questão da Guerra Popular nos países capitalistas”, por José Maria Sison.

Sison escreve: “Eu tratarei da noção de algumas pessoas de que a teoria de Mao sobre a guerra popular prolongada é universalmente válida e aplicável.”

Este é um caminho sinistro de colocar a questão. É esta teoria somente uma noção? Quem são “algumas pessoas”? Para a maioria dos maoistas, é muito bem conhecido que quando o Maoismo foi sistematizado pela primeira vez, isto foi feito pelo Presidente Gonzalo e o Partido Comunista do Peru. E foi finalizado pelo partido em 1982, em meio à Guerra Popular. Em 1988, o partido adotou um documento atualizado explanando a Ideologia “Sobre o Marxismo-Leninismo-Moaismo”, no qual declara:

“Guerra popular é a teoria militar do proletariado internacional; guerra popular soma pela primeira vez, em um caminho sistemático e inteiro, a experiência teórica e prática das lutas, ações militares e guerras levantadas pelo proletariado tão bem como as longas experiências do povo em levantar a luta armada, especialmente a guerra levantada pelos camponeses. É por causa do Presidente Mao que a classe tem uma teoria militar; entretanto, existe muita confusão e desentendimento sobre esta questão. (…) Uma questão chave e decisiva no entendimento da universalidade da guerra popular é entender sua validade universal e, consequentemente, a sua aplicabilidade, levando em conta os diferentes tipos de revoluções e as condições específicas de cada revolução. Entender esta questão chave auxilia a ter em mente o fato de que desde a insurreição de Petrogrado este modelo não tem sido repetido, e considerar a resistência antifascista e as guerras de guerrilha na Europa durante a II Guerra Mundial, bem como as lutas armadas que estão sendo levantadas hoje na Europa, e ver que ao final, a Revolução de Outubro não foi apenas uma insurreição, mas uma guerra revolucionária que durou diversos anos. Consequentemente, nos países imperialistas a revolução pode ser compreendida apenas como guerras revolucionárias e hoje isto pode somente significar guerra popular.”

Por que é que Sison se referiu ao Partido Comunista do Peru e outros partidos e organizações que tem o mesmo ponto de vista, chefes e, principalmente entre estes, os partidos e organizações da América Latina como “algumas pessoas”? Hoje, os nomes dos partidos e organizações e a linha que eles seguem podem ser lidos em declarações e mais declarações. Eles deveriam ser bem conhecidos de Sison. Eles são partidos sérios e dedicados, que têm derramado seu sangue pela revolução. Mas, Sison fala sobre “noção” e “algumas pessoas”. Não pode existir nenhuma outra explicação para Sison preferir o caminho mais covarde de luta, não reconhecendo o seu oponente como digno de um nome, e assim não tendo que responder o que eles realmente têm escrito. Não existe referência a documentos, apenas a “noções”.

O texto de Sison é escrito de uma forma como se a teoria da universalidade da GPP nunca tenha sido formulada. O texto dele é escrito como se suas objeções contra isto nunca tenham sido respondidas, embora cada um simples aspecto já tenha sido respondido há tempos, no ato de sistematização do Maoismo. Este método de Sison é vergonhoso.

Sobre a Guerra Popular em países urbanizados versus principalmente países rurais.

O texto dele começa com o seguinte parágrafo:

“Eu tenho sido questionado muitas vezes, por revolucionários proletários declarados, se a guerra popular prolongada, como foi realizada por Mao na China, pode ser levada exitosamente em países capitalistas, onde o proletariado industrial tornou-se a classe majoritária e o campesinato tornou-se a classe minoritária.”

Nós devemos perguntar a nós mesmos sobre quais países Sison está falando? Não existe país na Europa ou na América do Norte, pelo menos, onde o proletariado industrial é a maioria. O proletariado é maior classe no mundo, mas existem grandes segmentos dentro dela, e especialmente nos chamados “países industrializados”, onde são empregados em serviços públicos e privados. By far  eles são em maior número os proletários industriais na maioria dos países imperialistas. Esta não é a questão chave do texto, mas mostra a carência de qualidade e precisão.

Também, nós afirmaríamos que o mais importante para definir a característica dos países deve ser a referência de não ser “industrializado” mas “imperialista”. Muitos países do terceiro mundo, ainda que com grandes populações rurais podem ser definidos como mais “industrializados”, hoje, do que muitos países imperialistas. A maioria dos produtos industriais no mundo são produzidos em países oprimidos.

Sison escreve:

“Nos países capitalistas industriais, o proletariado revolucionário não pode começar a guerra revolucionária com um pequeno e fraco exército popular no campo e a esperança de usar o espaço amplo e o tempo indefinido no campo para sustentar a guerra.”

Quem tornou este o fator demarcador da Guerra Popular? Não foi o Partido Comunista do Peru, pelo menos. É de uma clareza cristalina para todos os maoistas que aderem ao Marxismo-Leninismo-Maoismo, principalmente maoismo, que o caminho de cercar as cidades não é uma lei universal da GPP. Este é o caminho na maioria das nações oprimidas do mundo. O Partido Comunista do Peru definiu a Guerra Popular no Peru como uma Guerra Popular Unificada, onde as áreas urbanas cumprem um grande papel desde o início da Guerra Popular, mais do que na China. E outros têm sido claros ao dizer que a Guerra Popular não será uma guerra rural camponesa nos países imperialistas. Isto deve ser bem conhecido por Sison, mas ele age como se não fosse.

Falsidade, preconceito e oportunismo

Sison escreve sobre travar a guerra em países industrializados:

“Tão logo o exército anuncie lançar a primeira tática ofensiva ele será sobrepujado pelo imenso exército armado e pela alta unificação econômica, comunicações e sistema de transporte do monopólio burguês.”

Esta é uma conhecida objeção à Guerra Popular. E tem sido espalhada antes. Simplesmente não é verdade que um grupo armado deve ser subjugado pelo “imenso exército” (!) tão logo atue. As Brigadas Vermelhas da Itália foram atuantes de 1970 até 1988. A Facção Exército Vermelho da Alemanha foi atuante de 1970 a 1998. O Exército Vermelho Japonês esteve ativo de 1971 a 2001. A Weather Underground foi atuante no Estados Unidos de 1969 a 1977. O Black Liberation Army esteve ativo no Estados Unidos de 1970 a 1981. O ETA, do país Basco, foi atuante de 1959 a 2018. Atualmente, existem diversos grupos armados atuando na Irlanda. A lista segue, com guerrilhas ativas em áreas urbanas em todo o mundo.

O que é importante perceber é que a maioria destes grupos não estavam armados com a onipotente ideologia do Marxismo-Leninismo-Maoismo. Eles não foram liderados por um Partido Comunista Militarizado. Como Maoista, alguém identificaria logo esta como a maior fraqueza que os atrasaria na luta. E estes grupos armados quase nunca foram subjugados pelo exército dos Estados reacionários. Na maioria dos casos, os grupos capitularam devido à perda de moral ou carência de direção política e ideológica! Esta é a verdade sobre muitos destes grupos. O que Sison afirma é completamente falso,  hipotetica e teoricamente. Não tem base na realidade. Esta é apenas a velha e apodrecida postura oportunista, de que o inimigo é todo-poderoso, vê e sabe tudo e assim nós não temos como lutar contra ele.

Sison escreve:

“Entretanto, o termo“guerra popular” pode ser usado flexivelmente para siginifcar a necessidade da revolução armada do povo para destruir o Estado burguês no país capitalista industrial. Mas, definitivamente o que deve ser prolongado é a preparação para a revolução armada com a decisiva participação do povo.”

Este é o clássico caminho oportunista de “unificar” o que não pode ser unificado. Sison sabe muito bem que isto não é o que é entendido e feito quando Maoistas definem revolução como Guerra Popular, universalmente aplicável também nos países imperialistas e principalmente urbanizados. Todos nós somos a favor de flexibilidade em táticas, mas ninguém deveria ser flexível em ideologia. Alguém deveria deveria realmente ter, como Lenin e Mao pensaram, princípios. Isto não é Marxismo, mas Oportunismo.

Sison aqui declara sua linha, que é apenas a linha oposta à Guerra Popular, posando de revolucionário. É a linha de acumulação de forças através da luta prolongada legal. Esta foi oa linha que o PCP desafiou desde o início. Esta é a linha da completa flora heterogênica dos “Marxistas-Leninistas”, hodjistas, trotskistas e ocidentais que defendem o Pensamento Mao Tse Tung atualmente. Prolongada, muito prolongada preparação por todos os meios legais e em algum momento do futuro, uma revolução armada. Deve ser dito novamente e novamente que isto nunca aconteceu. Nem em 100 anos isto aconteceu, ainda que centenas e milhares de grupos e partidos tenham aderido a esta estratégia. E a prática destes grupos e tendências tem sido sempre mais ou menos idêntica à prática das forças abertamente reformistas.

Não existe diferença qualitativa entre o trabalho e a prática do Partido Socialista dos Trabalhadores Britânicos; do PTB da Bélgica; do MLPD da Alemanha ou do German Die Linke. E esta é a prática saudada por Sison e apoiada por muitos dos apoiadores dele, que apoiam a revolução nas Filipinas, mas compartilham do reformismo de tais partidos aqui na Europa. Na teoria diferem, mas a prática é a mesma. Como isso é possível? É possível porque eles retardam-se, eles atrasam a roda do tempo que constantemente está girando e há longo tempo já provou que a teoria da acumulação prolongada não é nada mais do que uma trapaça. É possível porque não existe conexão entre a teoria da revolução deles, com sua prática reformista e legalista. Eles tem um objetivo de revolução que é total e fundamentalmente alienígena à sua vida e prática.

Caminho de Outubro ou realmente nenhum caminho para todos?

Sison escreve:

“Na Rússia imperialista, os Bolcheviues tiveram a perspicácia de semear quadros como sementes revolucionárias dentro do exército tzarista. Quando as tropas de massas tornaram-se descontentes como o povo no curso da I Guerra Mundial, elas levantam-se para destruir o Tsar e o então governo burguês de Kerensky. Subsequentemente, eles levantaram uma exitosa guerra contra os reacionários e os intervencionistas estrangeiros no interior do vasto império russo.”

Sobre a questão da Rússia, o Partido Comunista do Peru afirmou sobre o mencionado no documento abaixo:

“Na análise final, a Revolução de Outubro não foi apenas uma insurreição, mas uma guerra revolucionária que durou diversos anos. Consequentemente, nos países imperialistas, a revolução pode apenas ser concebida como uma guerra revolucionária, que hoje é simplesmente guerra popular.”

A luta armada da Rússia, em 1917, não pode ser mencionada sem também se referir ao fracasso da revolução de 1905. Este foi o pretexto para 1917. E a guerra durou até 1921, em uma amplitude de 15 anos, período quando existiu muitas atividades armadas não apenas em 1905 e 1917. Mais, nós tivemos que esperar por mais de cem anos para que qualquer “acumulacionista” do Ocidente finalmente acumulasse forças suficientes e também esperando que Sison explicasse quais são as  condições objetivas necessárias:”o Estado capitalista (…) sob grave debilitação causada pelas crises internas, a crise do sistema capitalista, envolvimento na guerra interimperilista e anticapitalista.” Não pense que nós esperamos por um longo tempo, e que por seguir este método podíamos ir para sempre, não foi pelo fato que o imperialismo está domado. Este povo quer fazer a revolução fazendo tudo menos revolução! Esta é uma charada e uma expressão de bancarrota intelectual.

A questão de acumulação foi respondida por Lenin muito tempo atrás, afirmando que apenas quando virem que o socialismo triunfará a maioria do povo finalmente será convencido.

Sison escreve:

“Ainda que a base material para o socialismo exista no capitalismo, o proletariado deve primeiro derrotar o fascismo, e assim ganhar a batalha para a democracia antes que o socialismo possa triunfar.”

Nós conhemos esta tendência de pensamento do nosso humilde revisionista-moscovita “CP”. Não está longe da teoria antimonopólio desenvolvida nas Escolas Soviéticas do Partido para vender a ideia de que partidos revisionistas europeus trabalham incansavelmente para construir uma posição pró-soviética nos Estados da Europa Ocidental, no parlamento, e em aliança com os partidos sociais democratas. Esta foi a fórmula para “primeiro assegurar a paz mundial” (!) ou “primeiro estabelecer um governo antimonopólio capitalista”, e então depois disto, a revolução socialista. Isto não é nda mais que “transição pacífica”. Mesmo se está mascarado como primeiro vencedor contra o fascismo, revolução armada. A revolução armada não manterá este caminho e isto nunca aonteceu. O único caminho para esmagar o fascismo é a Guerra Popular. E o único caminho para levantar a Guerra Popular é travando esta como guerra prolongada das massas liderada por um Partido Comunista Maoista militarizado, e travada por um exército do povo e a Frente Única.

Uma expressão de ausência de conhecimento sobre leis e possibilidades nos países imperialistas

Sison escreve:

“Pelo atual padrão constitucional e legal dos países capitalistas industriais que pretendem ser liberais democráticos, qualquer indivíduo pode legalmente adquirir armas de fogo com o propósito de praticar esporte e autodefesa contra criminosos tão bem como contra o potencial do Estado para tornar-se tirânico e opressivo.”

Uma vez mais, sobre quais países Sison está falando? Esta não significa a situação na Europa. Na maioria dos países europeus existem leis estritas sobre armas e mais longe está de ser esta uma opção para “qualquer indivíduo” adquirir armas de fogo para autodefesa! Por todos os significados, existem possibilidades legais em muitos países e os revolucionários podem fazer uso delas. Mas esta declaração novamente mostra uma lacuna de conhecimento preciso por parte de Sison.

Sison escreve:

“É então possível organizar proletários com armas de fogo como em clubes esportivos de armas, como organizações de autodefesa comunitárias e como seguranças voluntários para eventos públicos e estruturas.”

Nós devemos desapontar Sisson, caso ele se preocupe em ler o nosso pequeno texto, com o fato de que isto é considerado uma ofensa criminal na maioria da Europa. E isto não foi ilegal, nós devemos especular se o “imenso exército”, sobre o qual Sison falou anteriormente, podia escolher agir como se fosse, e se  os proletariados armados em clubes de armas pudessem ser organizados em larga escala por um movimento revolucionário!”

A teoria também nos lembra a teoria de transição de Trotsky e sua defesa da Milícias Operárias nas fábricas. Nem Trotsky nem Sison não tem sempre tentado organizar tais clubes de armas ou milícias na Europa, mas isto é uma alternativa muito pobre e ingênua para o Exército do Povo que precisamos, para travar a Guerra Popular. Feito no aberto ou semi-aberto, e nos moldes do legalismo, será quase indefensável contra a perseguição e repressão do Estado. O proletariado necessita de suas armas. Milícias deveriam ser formadas e integradas ao exército, mas isto não é possível dentro de uma estrutura legalista de luta prolongada legal.

É sábio ou oportunismo esconder nossa intenção?

Sison escreve:

“É sábio para o partido revolucionário do proletariadonão declarar publicamente a intenção de construir o exército do povo antes que as condições estejam maduras para a revolução armada?

Novamente, é o oportunista típico trabalhando. Isto é também algo que escutamos muitas vezes antes. Os chamados revolucionários dizendo: “nós não deveríamos declarar nossa intenção publicamente”, mas quem são eles; bobos? Se esta é uma intenção real, decidida internamente, é duro manter o segredo dos serviços de inteligência. Pelo menos se o Partido está organizado legalmente, e incorretamente, como os amigos do Sison em alguns países europeus. A proposta é esconder a nossa intenção das massas?

Esconder a necessidade de construir um Exército Popular do próprio povo?

Quem são aqueles para serem ridicularizados por esta intenção escondida? Por esta “sabedoria”? Nós entregamos a proposta, apenas os que sendo tolos, são os revolucionários honestos que acreditam que o oportunismo tem alguma intenção de construir o Exército Popular. Ridicularizados pelas conceções de Sison que defende clubes de armas e mudanças políticas e práticas nas guerras revolucionárias nos países oprimidos. Ridicularizados pelo prestígio mais do que satisfação, porque a satisfação é velha e vem na mesma direção do jogado em todo grupo reformista oportunista no ocidente.

O plano para dogmaticamente repetir que eles concebem como o caminho de Outubro de Lenin, mais que 100 anos atrás, e contra um inimigo que estudou insurreição e como golpear isto, como algum tipo de ataque surpresa, é extremamente ingênuo. Criminalmente ingênuo, se aplicado como uma estratégia real por um auto proclamado Partido Comunista.

Sobre a questão de esconder nossa intenção, os primeiros grandes professores de Marxismo, Marx e Engels, responderam isto no único caminho Comunista pronto no Manifesto Comunista:

“Os comunistas desdenham esconder seus pontos de vista e objetivos. Eles declaram abertamente que as suas finalidades podem ser atendidas somente pela destruição forçada de todas as condições sociais existentes. Deixar as classes dominantes tremerem com a revolução comunista. Os proletários não tem nada a perder além de suas correntes.eles tem um mund a ganhar.”

Comparem esta declaração com o “sábio” conselho de Sison de esperar por condições maduras para declarar suas intenções…

Vamos notar também que Sison fala sobre proletários revolucionários, não comunistas, e sobre o partido do proletariado e não do Partido Comunista. Isto, em nosso ponto de vista, não é a mais correta e clara linguagem para esta matéria.

Até o imperialismo entende a universalidade da Guerra Popular

Vamos deixar Sison e ouvir o D r. Thomas A. Marks, um ianque consultor político de risco que  trabalha em negócio de contra-insurgência:

“Em qualquer discussão de insurgência, os trabalhos de Mao Tse Tung são inevitáveis. Suas inovações resultaram em “guerra popular”, uma formulação que levantou uma mudança assimétrica desde a tática e militar ao estratégico e político. Mao foi da guerra irregular, que Napoleão e Clausewitz fizeram, à guerra regular.”

E:

“Ao contrário, como Mao deixou claro uma vez e novamente, a violência é integral para todas as fases de insurgência. É inteiramente usada no nível apropriado à situação para eliminar resistência e a presença do governo, então esta insurgência política pode produzir massa e resultar em mobilização.”

E:

“O caso das FARC ilustra que, sendo maoista ou não, as insurgências devem perseguir a estratégia Maoista essencial como percebida em arte operacional .”

Os intelectuais burgueses especializados em guerra de guerrilha e insurreição frequentemente se referem a Mao neste sentido. A teoria dele de Guerra Popular não é referida, por eles, como guerra camponesa ou “cerco das cidades pelo campo”. É referido como elevação da guerra de guerrilha a um nível estratégico e sintetizando as leis da irregular ou assimétrica ou guerra de guerrilha. O que os especialistas burgueses entendem, muitos revolucionários falham em captar. A Guerra Popular como sintetizada por Mao Tse Tung é universalmente aplicável em todos os países do mundo. Esta é a única estatégia militar do proletariado e assim das massas oprimidas do mundo.

A Guerra Popular é uma parte essencial e integral do Maoismo

Mais, o Partido Comunista do Peru escreveu na sua linha internacional:

“Em face desta situação, em 1979, na Primeira Conferência Nacional do PCP, o Presidente Gonzalo chamou todo o partido a defender e aplicar o Marxismo-Leninismo-Pensamento MaoTsetung contra o triplo assalto revisionista. As posições de princípio do Partido ficaram firmes e inalteradas.Em 1980, o PCP lançou a Guerra Popular baseada no Marxismo-Leninismo-Pensamento Mao Tsetung.E isto com a aplicação e desenvolvimento da Guerra Popular que o PCP avançou mais na compreensão do maoismo como o terceiro estágio do Marxismo. Por conseguinte, a Segunda Conferência Nacional realizada em maio de 1982, o Partido concordou que o Marxismo-Leninismo-Maoismo era o terceiro estágiodo Marxismo. O PCP foi o único partido no mundo na vanguarda da defesa do Maoismo, assumindo a tarefa de lutar pela unidade dos Marxistas-Leninistas-Maoistas do mundo, que eta ideologia é o mando e guia das revoluções peruana e mundial.”

Esta é a linha colocada pelo presidente Gonzalo e o PCP, a linha vermelha no Movimento Comunista Internacional, a luta pela unificação sob o Maoismo. Vamos enfatizar a declaração que Maoismo foi compreendido somente através da Guerra Popular no Peru e que o PCP foi o único Partido maoista no mundo em 1982. Isto é completamente verdadeiro. O que é importante não é a palavra, mas o conteúdo, e o conteúdo do Maoismo não foi claramente declarado antes de 1982 e então apenas pelo PCP. Guerra Popular é uma parte integral deste terceiro e alto estágio da Ideologia do Proletariado, Marxismo-Leninismo-Maoismo, principalmente Maoismo.

É bom que Sison ponha adiante esta linha, ainda que em um covarde e medíocre caminho. Isto cria outra boa oportunidade para seguir a linha correta de Guerra Popular Prolongada em cada e em todo país, como o único caminho para o comunismo. Os contra-insurgentes são bem conhecidos por nós e tem sido respondidos muitas vezes, mas eles não são todos os revolucionários. Agora, eles podem ver por eles próprios o que é colocado adiante contra a Guerra Popular, que é a “alternativa” e eles podem por eles mesmos avaliar se este é um caminho vitorioso, ou o mesmo velho passo de ganso para baixo em direção ao pântano do reformismo, oportunismo e cretinismo parlamentar, que muitos de nossos precurssores tem feito apenas para afundar nesta água lamacenta.

Vamos também recomendar os seguintes três textos que são muito televante para este tópico, não apenas para destacar a estratégia da Guerra Popular, mas sobre a questão de como o ponto de vista do Presidnete Gonzalo e como a avaliação da Revolução de Outubro na Rússia desde nosso mais alto ponto de vista hoje, conquitado devido ao Maoismo.

-Redaction of Klassenstandpunkt, German Federal Republic: People’s War – The sole path to liberation http://www.demvolkedienen.org/index.php/en/t-theorie-en/2259-klassenstandpunkt-people-s-war-the-sole-path-to-liberation

-Maoist Communist Party, French state: To defend the life of Chairman Gonzalo is to defend Maoism! http://www.demvolkedienen.org/index.php/en/t-dokumente-en/1778-pcm-to-defend-the-life-of-chairman-gonzalo-is-to-defend-maoism

-Revolutionary Front in Defence of the People’s Rights, Brazil: Long Live the Shining October Path! http://www.demvolkedienen.org/index.php/en/t-dokumente-en/1852-long-live-the-shining-october-path

Estes são expressões e exemplos dos grandes esforços da linha vermelha para seguir a linha de Gonzalo, para promover e propagar a linha do PCP e dar um novo impulso ao Movimento Comunista Internacional. Estas são expressões de como a linha vermelha dá guia e apoio aos Maoistas no mundo inteiro, e por que o Maoismo está avançando agora também entre revolucionários nos países imperialistas. Os esforços devem ser saudados e estudados por todos os Maoistas.

Esta resposta ao texto de Sison foi feita de maneira corrida. A questão da Guerra Popular tem sido investigada e formulada mais completamente, muitas vezes, como, por exemplo, nos três textos relacionados e, especialmente nos grandes documentos do Partido Comunista do Peru. Este texto foi escrito polemicamente, mas isto não com nenhum desrespeito aos comunistas e combatentes das Filipinas.

Por 50 anos o Partido Comunista das Filipinas levantou a gloriosa Guerra Popular. Comunistas e massas tem derramado sangue, vivendo e lutando, como parte da Revolução Proletária Mundial. Não é apenas uma contribuição prática ao Movimento Comunista Internacional mas é prova de invencibilidade da Guerra Popular e a universalidade da Guerra Popular. A Guerra Popular das Filipinas é uma das quatro Guerras Populares no mundo, hoje, e isto é algo importante e profundamente admirado por todos os verdadeiros Comunistas. Nós desejamos que estas Gps se desenvolvam mais e tenham êxito em substituir o velho Estado por uma Nova Democracia, transição socialista e revoluções culturais até o comunismo. Embora o fogo da Guerra Popular esteja queimando, este fogo pode tornar-se dócil em alguns períodos. Nós saudamos o fogo e o celebramos.

Esta esperança e apoio são inabaláveis; se José Maria Sison pode fazer recomendações como um sábio ou flexível, tal apoio não pode e não deve colocar uma cobertura sobre a luta de duas linhas. Unidade sem princípios é uma expressão da linha negra, a linha burguesa, a linha da liquidação e do revisionismo. A linha de duas linhas deve ser levantada sem medo de estar sendo fora de ordem, porque nós sabemos que esta é uma luta de vida e morte para a Revolução Proletária Mundial.

A linha vermelha do Movimento Comunista Internacional mantém como verdade que o Maoismo é a terceira e superior etapa da ideologia do proletariado, e que a Guerra Popular é, universalmente, aplicável em cada e em todos países. Esta é a posição da esquerda; esta é a correta posição provada verdadeira, novamente e novamente; esta é a posição que vencerá e que está pronta para unir o Movimento Comunista Internacional, sob uma gloriosa bandeira, pela primeira vez em muito tempo.

 

Unir-se sob o Maoismo!

Reconstituir e reconstituir Partidos Comunistas Militarizados!

Guerra Popular até o Comunismo!

 

Por Ard Kinera, 6 de Junho de 2019