Tsin Yen [1]
Um artigo do “Hongqi” sobre o desenvolvimento da criação literária e artística dos amadores operários-camponeses-soldados
As brilhantes “Intervenções nas palestras sobre a literatura e a arte de Ienan” feitas há 30 anos pelo Presidente Mao continuam, salvaguardam e desenvolvem a concepção marxista-leninista do mundo e a teoria marxista-leninista sobre a literatura e a arte. Resolveram as questões fundamentais de saber como e porquê a literatura e a arte devem servir os operários, camponeses e soldados, e definem a linha, os princípios e a política para o desenvolvimento da literatura e da arte proletária. No decorrer desses 30 últimos anos, as “Intervenções” guiaram-nos na derrota da linha burguesa em matéria de literatura e de arte sob todas as formas, e encorajaram os trabalhos literários e artísticos revolucionários e a grande massa de operários, camponeses e soldados a tomar parte ativa na revolução e na criação no domínio cultural.
A história é criada pelo povo. As grandes massas, principalmente operárias, camponeses e soldados, são as criadoras não somente da riqueza material da sociedade, mas também da riqueza espiritual. Sob a direção do Presidente Mao e do Partido Comunista da China, as massas de operários, camponeses e soldados, emancipada no plano político e econômico, tornou-se a força principal nos três grandes movimentos revolucionários (a luta de classes, a luta para a produção e a experimentação científica). As massas sempre puseram melhor em jogo depois disso a sua faculdade criadora na cultura e na arte. Depois da publicação das “Intervenções”, a criação literária e artística das massas de operários, camponeses e soldados desenvolveu-se rapidamente em perfeita coordenação com a luta política do Partido. Isso prova que uma tal criação literária e artística de amadores, concebida à luz da linha proletária do Presidente Mao, em matéria de literatura e de arte, é uma componente indispensável da causa da literatura e da arte proletárias. Atualmente, sob a direção unificada do Partido, ela deve desenvolver-se mais sensatamente ainda, e servir melhor à consolidação da ditadura do proletariado. Nas “Intervenções”, o Presidente Mao qualifica a literatura e a arte revolucionária de “uma arma poderosa para unir e educar o povo, para ferir e aniquilar o inimigo”. As criações literárias e artísticas dos amadores operários, camponeses e soldados, escolhendo temas da realidade dos nossos dias, são o reflexo direto e amplo dos desejos, aspirações e sentimentos de que o povo apresenta provas nos três grandes movimentos revolucionários. Estreitamente de acordo com o movimento revolucionário, atuam ao serviço das lutas políticas do proletariado. Breve, lacônicas, frescas, vivas, e assumindo ainda formas nacionais favoritas das pessoas simples, elas são extraordinariamente populares entre as massas, ganham adeptos e inspiram-se na luta revolucionária.
O canto revolucionário Oriente vermelho foi composta por um camponês na base revolucionária de Ienan durante a guerra de resistência contra o Japão. Traduz os profundos sentimentos proletários do povo chinês para com o seu grande dirigente, o Presidente Mao, e encorejam-no a avançar sempre a passos firmes na via da revolução, orientada pela linha correta do Presidente Mao. Durante a revolução democrática, operários, camponeses e soldados de Ienan, como das outras bases revolucionarias, criaram danças, dramas, poemas e ensaios descrevendo a emancipação do povo e a vida de combate do exército da época. As cinco canções folclóricas recentemente publicadas e revistas nas letras, das quais “O Nossos dirigente Mao Tsetung”, “O povo e os seus soldados na grande campanha de produção” e “Operários e camponeses, todos em armas”, são obras de então. Desempenharam um grande papel estimulante tanto na luta revolucionária como na produção durante a segunda guerra civil, a guerra de resistência contra o Japão e a guerra de libertação. Continuam hoje a desempenhar o papel estimulante que obriga a continuar e desenvolver o espírito de Ienan cultivado pelo Presidente Mao e a conduzir a revolução socialista até o fim.
As criações literárias e artísticas dos amadores operários, camponeses e soldados estão na base do desenvolvimento da literatura e da arte socialistas. Nas “Intervenções”, o Presidente Mao indica que a divulgação “fornece uma base ao trabalho de elevação do nível, que fazemos atualmente num campo limitado e cria também as condições necessárias para a continuidade do mesmo trabalho num campo bastante mais vasto no futuro”. Ele diz: “Para nós, a divulgação está na base da elevação do nível que, por sua vez, determina a divulgação”. A criação literária e artística dos amadores operários, camponeses, soldados é um aspecto importante na glorificação, sob forma literária e artística, do seu próprio trabalho e da sua própria luta e na sua educação por eles mesmos. Em geral, tais obras são apropriadas, na maior parte, à divulgação, mas são uma base indispensável para a elevação do nível e o desenvolvimento da literatura e da arte socialistas. Com esta base, é possível são só responder à necessidade urgente dos operários, camponeses e soldados na divulgação da literatura e da arte, mas também preparar uma reserva inesgotável para o trabalho da elevação do nível. Isso permitiria produzir melhores obras em maior número e assegurar uma maior expansão da literatura e da arte socialista.
Existiu sempre uma luta encarniçada entre as duas classes e entre as duas linhas sobre a questão de saber se é preciso desenvolver ou não a criação literária e artística dos amadores operários, camponeses e soldados. O Presidente Mao prestou sempre uma grande atenção à criação literária e artística, uma grande atenção à criação literária e artística dos amadores e considera a promoção de diversas atividades literárias e artísticas de massas como uma parte importante do trabalho político-ideológico junto das massas durante todos os períodos históricos da revolução. As “Intervenções” sublinham a importância das atividades literárias e artísticas de massa nestes termos: “A revolução não pode progredir e triunfar sem a literatura e sem a arte, estivessem elas entre as mais simples, entre as mais elementares”. O Presidente Mao chama os escritores e artistas revolucionários a prestarem atenção à literatura e à arte com origem nos operários, camponeses e soldados e aos seus jornais de parede, reportagens, peças, cantos e belas artes. Crítica mordazmente a tendência burguesa de desprezar e rejeitar as atividades literárias e artísticas de massa. O grande conceito do Presidente Mao de apreciar e promover a literatura e a arte de massa personifica, no trabalho literário e artístico, a linha de massa que consiste em acreditar no poder criador inesgotável das massas, a respeitá-las e a apoiar-se nelas.
Pela sua natureza reacionária e rancorosa para com as massas revolucionarias, Liu Chao-shi, Tchéou Yang e outros vigaristas políticos opuseram-se sempre à criação literária e artísticas da massa e sabotaram-na. Na prática, a linha revisionista contrarrevolucionária em matéria de literatura e de arte pôs-se a serviço dos latifundiários e da burguesia, linha diametralmente oposta à linha proletária do Presidente Mao. A seu ver, os operários, camponeses e soldados estão pela “ignorância inata”, desqualificados para compor poemas e se representarem. Satirizaram sempre que possível os amadores operários, camponeses e soldados que se empenhavam na criação literária e artística. Por outro lado, impregnavam a literatura e a arte de massa de idéias decadentes e de coisas vulgares próprias da burguesia e da classe latifundiária e procuram corromper e empeçonhar os escritores e artistas amadores, forçando a linha revisionista na literatura e arte da massa com o fim de restaurar o capitalismo. Ao fazerem isto, exerceram uma ditadura burguesa no domínio da cultura e formularam a opinião pública para destruir a ditadura do proletariado.
A linha revisionista contrarrevolucionária adotada por Liu Chao-shi, Tchéou Yang e outros vigaristas em matéria de literatura e de arte, foi destruída durante a Grande Revolução Cultural Proletária, enquanto que a linha proletária do Presidente Mao nesta matéria penetrou profundamente no espírito do povo. Com a divulgação das peças modelos de temas revolucionários e sob o seu encorajamento, os escritores e artistas amadores operários, camponeses e soldados, servem-se da literatura e da arte com o exército destinado a consolidar a ditadura do proletariado. Descrevem, sob diversas formas literárias a artísticas, as imagens heróicas dos operários, camponeses e soldados, dando assim um impulso tanto na revolução e na produção, em todos os aspectos, como na revolução proletária em literatura e arte.
Devemos considerar o desenvolvimento da criação literária e artística dos amadores como uma tarefa importante na aplicação da linha revolucionária proletária do Presidente Mao, no desenvolvimento da literatura e da arte socialistas, na ocupação das posições ideológicas e cultural e na consolidação da ditadura do proletariado. A luta entre o proletariado e a burguesia prolongou-se tortuosa e por vezes mesmo muito aguda, no domínio ideológico e cultural. A força burguesa agarrou-se aí obstinadamente. O proletariado deve ter um poderoso contingente de profissionais literários e artísticos revolucionários e um grande contingente de amadores revolucionários da literatura e da arte a fim de ter firmemente na mão o baluarte da ideologia e da cultura. O distrito de Houhsien, província de Chensi no nordeste da China, lançou em 1958 uma campanha de pintura de amadores. Um contingente de pintores, composto na maior parte por camponeses pobres e médios inferiores, fez a sua aparição há mais de uma dezena de anos. Fizeram uma digressão entre mais de 150 brigadas de produção do distrito e organizaram exposições sobre as historias de famílias camponesas e de aldeias com uma série de pinturas que criaram. Isto deu às massas uma educação expressiva da luta de classes e da luta entre as duas linhas. O reforço da direção exercida pelo Partido sobre criação dos amadores, foi essencialmente empreendida sob o aspecto da ideologia e da linha política uma educação entre os escritores e artistas amadores operários, camponeses e soldados. Estes últimos, especialmente aqueles que surgiram no decorre da Grande Revolução Cultural Proletária, são uma nova e preciosa força ascendente nas fileiras da literatura e da arte proletária. É, pois, necessário fazer de modo que estudem e apliquem conscienciosamente a linha revolucionária do Presidente Mao, se impregnem do conceito de criação de obras no interesse da revolução e avancem firmemente ao longo da via da colocação da literatura e da arte ao serviço dos operários, camponeses e soldados e da política proletária.
O constante desenvolvimento da criação literária e artística de grande massa desses amadores permite fazer-lhes uma exigência mais elevada. Como elevar o nível das suas obras? Para os escritores e artistas amadores, a chave é, como indica o Presidente Mao nas suas “Intervenções”, “o estudo do marxismo-leninismo e da sociedade”. De acordo com o princípio “o antigo serve ao atual, e o que é estrangeiro serve ao nacional”, devemos por análise crítica, apreender técnicas de descrição de escritores clássicos e estrangeiros, e inspiramo-nos nas suas experiências e conhecimento adquiridos. Mas, falando no essencial, não podemos aperfeiçoar gradualmente as suas técnicas de descrição senão indo por entre os operários, camponeses e soldados, lançando-nos nas suas lutas e estudando o marxismo-leninismo, e ainda na própria prática da criação. Afastando-se da vida e da sociedade, da direção marxista e adotando técnicas como fator decisivo, os escritores e artistas amadores enveredariam numa via errada.
Para transformar a ampla vida social em fonte de criação e torná-la a sabedoria das massas, os escritores e artistas amadores devem estudar constantemente a sociedade, aceitar serem os alunos das massas, conhecer e compreender os elementos de vanguarda entre as massas e o seu pensamento avançado, assim como todas as espécies de pessoas da sociedade. Devem penetrar, realmente, no pensamento e sentimento dos operários, camponeses e soldados.
Simultaneamente com o desenvolvimento da revolução e da edificação socialista, os elementos da vanguarda e as coisas novas não param de surgir. A vida prática muda constantemente e a nossa compreensão deve desenvolver-se igualmente de acordo com ela. Por conseguinte, o processo para estudar a sociedade e serem os alunos das massas jamais se esgotará.
[1] Um despacho da agencia Hsinhua datado de Pequim em 30 de Maio de 1972, informa-nos que a revista Hongqui publicou, assinado por Tsin Yen, um artigo que tem por título: Fazer grandes esforços para desenvolver a criação literária e artística dos amadores operários camponeses, soldados. Eis os extratos dele escolhidos pela agência Hsinhua.