Declarações do Terceiro Encontro dos Partidos Maoistas da Europa (novembro de 2018)

Nota do blog: Publicamos tradução não-oficial das três resoluções aprovadas pelo III Encontro dos Partidos e Organizações Marxistas-Leninistas-Maoistas da Europa, assinadas por seis partidos participantes. Saudamos desde o Brasil a realização do encontro, como parte da marcha batida rumo à Conferência Internacional Maoista Unificada.


Proletários de todos os países, uni-vos!

Resolução do Terceiro Encontro dos Partidos e Organizações Marxistas-Leninistas-Maoistas da Europa

Terceiro Encontro dos Partidos e Organizações Marxistas-Leninistas-Maoistas na Europa

Nós, Partidos e Organizações Marxistas-Leninistas-Maoistas realizamos nosso Terceiro Encontro. Encontro, que segue o caminho traçado nos Primeiro e Segundo Encontros, rota posta em marcha pela iniciativa do Quinto Encontro dos Partidos e Organizações Marxistas-Leninistas-Maoistas da América Latina. A conclusão com êxito do Terceiro Encontro sela outro marco no processo de unificação [do Movimento Comunista Internacional] em marcha mediante o debate teórico e a ação conjunta, na luta ininterrupta pela unidade ideológica alcançada sobre a base do Marxismo-Leninismo-Maoismo, principalmente do Maoismo, e no prosseguimento de nossas guerras populares, sempre inseparável da luta contra o revisionismo, com os quais vamos fortalecer nossos esforços para servir à Revolução Proletária Mundial.

Sobre a base destes princípios, poderá aprofundar-se ainda mais a unidade e estamos decididos a lutar por ela, para envolver todos os partidos e organizações no continente que estejam dispostos a unir-se conosco sobre esta base. Enviamos nossas saudações especiais aos Partidos e Organizações de outros países que, apesar de terem sido convidados – e cada qual, por suas próprias razões – não puderam estar presentes. Damos as boas-vindas à disposição pronunciada em suas tomadas de posição que foram-nos remetidas e continuaremos, portanto, na luta para que estas forças comunistas, como outras de todas as partes do continente, se incluam em nossos esforços conjuntos.

Enviamos nossas mais cordiais saudações aos Partidos e Organizações Marxistas-Leninistas-Maoistas nos centros de tempestades da revolução proletária mundial – que são os países oprimidos – e especialmente aos que estão na linha de frente nestas lutas. As guerras populares no Peru, Índia, Turquia e nas Filipinas são uma fonte de inspiração e reforçam nossa determinação revolucionária. Nossa posição é clara e todos devem saber que entendemos as guerras populares como nossas próprias forças e, portanto, rechaçamos completamente qualquer ataque contra elas como um ataque ao núcleo mesmo de nossa posição revolucionária, e rechaçamos qualquer liquidação da luta armada e qualquer atitude capituladora de “acordos de paz” ou outra colaboração com o imperialismo, com a reação. No e o revisionismo como se dá no caso da Guerra Popular na Turquia [sic]. Consideramos necessário enfatizar, devido a alguns eventos sinistros acontecidos recentemente, que é um princípio fundamental para qualquer partido, organização, movimento comunista, revolucionário e, inclusive, para um indivíduo, que sob nenhuma circunstância se deve colaborar com o velho Estado, seja nos países imperialistas ou latifundiários-burocráticos, colaboracionismo para atacar as forças das fileiras das massas. Fazê-lo é um delito e, consequentemente, condenamos todos os que denunciaram nossos camaradas turco para a polícia e outros funcionários do Estado e exigimos a retirada imediata da acusação. Estamos firmemente pelo apoio da luta das forças revolucionárias na Turquia.

Vemos muito claramente como os comunistas no mundo, sejam os partidos que estão travando guerras populares ou aqueles que luta por reconstituir ou constitui-los para iniciar a guerra popular, estão todos avançando com audácia e rapidez. O maoismo continua avançando para dirigir a Nova Grande Onda da Revolução Proletária Mundial. Há uma grande necessidade de impulsionar e desenvolver os esforços ininterruptos para unificar os comunistas em todo o mundo. Assumimos firmemente a tarefa de brigar pela Conferência Internacional Maoista Unificada e nos comprometemos a fazer tudo possível para continuar em seu êxito.

Unir-se sob o maoismo!

Vivam as guerras populares!

Avante na luta pela reconstituição dos partidos comunistas!

Avante pela Conferência Internacional Maoista Unificada!

Novembro de 2018

 

Partido Comunista Maoista da França

Tjen Folket – Liga dos Comunistas, Noruega

Coletivo Bandeira Vermelha – Finlândia

Comitê para a Fundação do Partido Comunista Maoista, Áustria

Comitê Bandeira Vermelha, Alemanha

Partido Comunista da Turquia / Marxista-Leninista

Movimento Popular Peru (Comitê de Reorganização)

 


Proletários de todos os países, uni-vos!

Resolução pela defesa dos presos políticos revolucionários e prisioneiros de guerra e pelos desaparecidos pela reação

Terceiro Encontro dos Partidos e Organizações Marxistas-Leninistas-Maoistas na Europa

Nós, Partidos e Organizações participantes no Terceiro Encontro dos Partidos e Organizações Marxistas-Leninistas-Maoistas tomamos posição firme em defesa dos presos políticos e prisioneiros de guerra em todo o mundo e enviamos-lhes nossas mais calorosas saudações revolucionárias. Sustentar a posição de nossa classe, sua determinação sem sucumbir a podre traição, e sua atitude irreconciliável na luta que têm travado sob as vistas do inimigo são fonte verdadeira de inspiração para os revolucionários do mundo.

Aqueles que lutam contra o imperialismo do lado dos explorados e oprimidos são inevitavelmente objetos de perseguição por parte das forças contrarrevolucionárias. Por suposto, a reação trata de esmagar todas as forças de luta revolucionária. Através da prisão, desaparecimento forçado, tortura, ameaças ou da negação dos direitos fundamentais, a reação busca quebrar ou assassinar os revolucionários e trancafiá-los em seus cárceres.

Em todo o mundo nós vemos exemplos de companheiros que arriscam sua liberdade e sua saúde para lutar contra a exploração e a opressão. Na Noruega, como na França, vemos jovens antifascistas sendo perseguidos e condenados por sua implacável luta contra o fascismo. No Estados Unidos, os revolucionários consequentes são apinhados com um grande volume de acusações como forma do Estado tentar evitar que sigam avançando. No México, estão sendo fabricados acusações falsas e politicamente motivadas para encarcerar os dirigentes e ativistas que dedicam toda sua vida a serviço do povo, como o Dr. Ernesto Sernas García, desaparecido sem rastro de um momento a outro, através da prática cotidiana do Estado de desaparecimento forçado. No famoso caso dos 23 no Brasil, o Estado a serviço do imperialismo trata de pôr exemplo com os 23 jovens manifestantes, ativistas e revolucionários que representam toda a juventude rebelde e lutadora, que se opõe ao sofrimento do povo brasileiro e veem-se obrigados a lutar.

Defendendo os camaradas revolucionários que estão sendo atacados pela reação, também queremos expressar nosso rechaço àqueles que usam a “solidariedade”, especialmente com os 23, para confundir o Movimento Comunista Internacional e ao Movimento Popular sobre sua própria capitulação, para encobrir o governo turco, que é conhecido por seus massacres de revolucionários encarcerados, inclusive que vai tão longe para perseguir e condenar ativistas estrangeiros e democráticos no estrangeiro, em cooperação com o Estado alemão, como foi demonstrado uma vez mais no episódio do encarceramento dos dez revolucionários em 2015. Nas Filipinas, o velho e podre Estado está utilizando leis marciais para prender ilegalmente e matar ativistas de direitos democráticos e dirigentes revolucionários dos indígenas Lumad. O caso do professor indiano GN Saibaba é sinônimo dos crimes cometidos pela reação a todos aqueles encarcerados por seu trabalho democrático nas celas desta prisão de povos. Militantes comunistas, como Ajith, são perseguidos e, se são deixados vivos, são aprisionados mediante uma farsa de sistema legal no qual, depois de cumprir uma sentença, se abre um novo caso de imediato contra os postos em liberdade, para evitar que abandone a prisão para que essas condições os conduzam até a morte, em uma cama de hospital sob estrita vigilância, pelas enfermidades acumuladas violentamente.

E, ainda que o Estado esteja tratando de quebrar com toda sua força estes revolucionários e camaradas, e fazer uma manipulação com eles, eles seguem de pé por suas convicções e não cedem às ofertas da instituições do Estado. O exemplo mais brilhante desta atitude heroica pode-se ver na Base Naval do Callao, de onde o Presidente Gonzalo, Chefe do Partido Comunista do Peru, atualmente encarcerado há 26 anos, apesar do isolamento absoluto na cela de segurança máxima debaixo da terra, se mantêm incólume, transformando esta na maior luminosa trincheira de combate.

A batalha no exterior e no interior das prisões da reação não é em vão, mas sim, ali se manifesta e reflete nas nossas lutas. Consideramos que é um dever desfraldar seu sacrifício para defender, guiar a luta por sua libertação e pela defesa de suas vidas através da defesa, difusão e participação de sua justa luta, para que possam estar logo, como for possível, nos braços calorosos de seus familiares, amigos e companheiros e, uma vez fora, estejam de volta às fileiras da revolução.

Novembro de 2018

Partido Comunista Maoista da França

Tjen Folket – Liga dos Comunistas, Noruega

Coletivo Bandeira Vermelha – Finlândia

Comitê para a Fundação do Partido Comunista Maoista, Áustria

Comitê Bandeira Vermelha, Alemanha

Partido Comunista da Turquia / Marxista-Leninista

Movimento Popular Peru (Comitê de Reorganização)

 


Proletários de todos os países, uni-vos!

Resolução de solidariedade de classe com as guerras populares no mundo

Terceiro Encontro dos Partidos e Organizações Marxistas-Leninistas-Maoistas na Europa

Os Partidos e Organizações participantes no Terceiro Encontro enviam suas mais calorosas saudações comunistas aos Partidos Comunistas que dirigem Guerras Populares no mundo pela revolução de nova democracia em seus respectivos países e a serviço da revolução proletária mundial, assim como a todos os combatentes e massas sob sua direção. Nas guerras populares no Peru, Índia, Turquia e Filipinas tomam parte camaradas que se atrevem a lutar e pagar o custo com seu sangue precioso, no coração da luta por varrer o imperialismo da face da Terra. Sua determinação inquebrantável com a forma principal e mais desenvolvida da luta de classes, a Guerra Popular, para culminar a Revolução de Nova Democracia, para avançar ininterruptamente à revolução socialista e, logo, por meio das Revoluções Culturais, avançar ao comunismo, é um farol brilhante para o proletariado internacional e aos povos do mundo.

Em meio da contínua encarnação do marxismo-leninismo-maoismo entre o proletariado internacional e o surgimento de novas organizações e partidos que se expressam como parte da Nova Grande Onda da Revolução Proletária Mundial, os partidos comunistas que dirigem guerras populares desempenham o papel de vanguarda, em particular nas nações oprimidas que são o centro da tempestade da revolução proletária mundial. A vitória de uma destas guerras populares inclinará ainda mais a balança em favor da revolução e terá grandes repercussões na correlação de forças entre revolução e contrarrevolução em escala mundial.

Cada ação, cada passo pelo Novo Poder e cada golpe na reação nos alegra. Cada camarada caído nos enche de determinação para trabalhar mais duro e lutar para acelerar a queda do imperialismo. Desde a Europa, prometemos elevar nossos compromisso e fortalecer nossos esforços, apoiá-los de todas as formas possível para que as guerras populares saiam vitoriosas e estamos duplicando nossos esforços para promover o desenvolvimento das guerras populares em todos os países.

Vivam as gueras populares no mundo!

Novembro de 2018

 

Partido Comunista Maoista da França

Tjen Folket – Liga dos Comunistas, Noruega

Coletivo Bandeira Vermelha – Finlândia

Comitê para a Fundação do Partido Comunista Maoista, Áustria

Comitê Bandeira Vermelha, Alemanha

Partido Comunista da Turquia / Marxista-Leninista

Movimento Popular Peru (Comitê de Reorganização)