Revista ‘O Maoista’: Apresentação da 2º edição (PDF em anexo)
Nota do blog: Reproduzimos a seguir a 2ª edição da Revista ‘O Maoista’ (revista teórica da esquerda do Movimento Comunista Internacional) difundida na internet, de outubro de 2018. Segue também a tradução não-oficial do texto de apresentação, assinado pelo Comitê de Redação da revista maoista, trazendo um balanço da situação no MCI e das perspectivas brilhantes para conformar uma nova organização internacional formada por Partidos e Organizações maoistas de todo o mundo, rumo à reconstituição da Internacional Comunista marxista-leninista-maoista. Publicamos para seu estudo e difusão.
Apresentação
Proletários de todos os países, uni-vos!
Hoje, colocamos a vosso alcance o número 2 da revista O Maoista, dedicada a celebrar os 100 anos do Triunfo da Grande Revolução Socialista de Outubro na Rússia, dirigida por Lenin e pelo Partido bolchevique.
Este número é expressão de como vamos avançando em unificar-nos sobre a base do marxismo-leninismo-maoismo, principalmente do maoismo, ideologia do proletariado internacional e na briga por pô-lo como mando e guia da Revolução Proletária Mundial com os aportes de validez universal do Presidente Gonzalo.
Os seguintes artigos que se entregam para o estudo e discussão são produto do esforço de diferentes partidos e organizações maoistas para compreender, à luz do maoismo, os diferentes problemas que resolveu Lenin para conquistar este grande feito da história da revolução proletária mundial que abriu a Nova Era – a Era da Revolução Proletária Mundial – na qual nos desenvolvemos.
Consideramos que com a luz do marxismo-leninismo-maoismo e de sua aplicação criadora, o pensamento gonzalo, temos avançado na compreensão dos temas que nos é planteado para este segundo número de nossa revista teórica, e isto serve ao desenvolvimento de cada um de nossos partidos e organizações e do conjunto. Com espírito autocrítica entregamos os resultados (expressos nos artigos) à crítica, conscientes da necessidade de avançar em meio de dura luta de duas linhas.
Os artigos contêm alguns matizes e até diferenças e, até em algum caso, a falta de precisão ao usar uma ou outra caracterização; mas consideramos que estes matizes e diferenças não se expressam enquanto aos aspectos centrais de nossa ideologia, da base ideológica e política assumida pelos partidos e organizações maoistas que dirigem a luta por uma Conferência Internacional Maoista Unificada (CIMU) e por dar vida a uma nova organização internacional dos partidos e organizações maoistas, que significa um novo passo adiante na reunificação dos comunistas a nível mundial.
O conteúdo desta revista expressa o estado atual da unidade alcançada em meio da luta de duas linhas e expressa a necessidade de desenvolvê-la ainda mais e de avançar no trabalho conjunto, para superar a diferenças de apreciações e matizes, para que se imponha o matiz mais vermelho.
Em torno às três grandes celebrações se impulsionou a atividade dos partidos e organizações maoistas na América Latina e no mundo
Desde a aparição de nosso primeiro número ao atual, os partidos e organizações maoistas levam sua atividade teórica e prática internacional dentro das campanhas por três grandes celebrações: pelo 50º aniversário da Grande Revolução Cultural Proletária (GRCP), dirigida pelo Partido Comunista da China e sob a chefatura magistral do presidente Mao Tse-tung, o marco mais alto dirigido pessoalmente pelo presidente Mao Tse-tung; a comemoração do centenário do triunfo da Grande Revolução Socialista de Outubro na Rússia, triunfo do partido bolchevique dirigido por Lenin e a exitosa campanha que estivemos desenvolvendo pelo 200º aniversário do nascimento do nosso fundador, Karl Marx, cuja maior ação já se cumpriu muito brilhantemente com a grandiosa celebração internacional em Bremen (Alemanha).
A realização destas exitosas campanhas impulsionaram poderosamente a ação dos marxistas-leninistas-maoistas, principalmente maoistas, pela reunificação dos comunistas a nível mundial e o impulso por superar os problemas de dispersão em meio da incessante luta ideológica contra o revisionismo.
Esta briga indeclinável é parte de impor o marxismo-leninismo-maoismo, principalmente maoismo como terceira, nova e superior etapa da ideologia do proletariado internacional e pô-lo como mando e guia da revolução proletária mundial.
No específico, para que o marxismo-leninismo-maoismo, principalmente maoismo passe a comandar a nova grande onda da revolução proletária mundial a níveis mais elevados ideológica, política, orgânico e militarmente, é indispensável enfrentar decididamente e derrotar a sinistra ofensiva contrarrevolucionária geral encabeçada pelo genocida gendarme ianque e seu engendro, o novo revisionismo.
É de vital importância e de caráter estratégico persistir, desenvolver e desenrolar a campanha por pôr o marxismo-leninismo-maoismo, principalmente maoismo (1), como mando e guia da revolução proletária mundial, unida inseparavelmente à campanha pela defesa da saúde e vida do Presidente Gonzalo e seu todopoderoso pensamento, o pensamento gonzalo. Esta campanha devém contundentemente como resultado de empunhar o marxismo-leninismo-maoismo, principalmente maoismo, para enfrentar e resolver problemas na constituição e reconstituição de partidos comunistas e assumir as contribuições de validez universal do pensamento gonzalo, por sua aplicação criadora do maoismo na guerra popular do Peru. Com maoismo e pensamento gonzalo, aplicando concreta e criadoramente a cada revolução, avançar e concretizar a constituição e reconstituição de partidos comunistas marxistas-leninistas-maoistas militarizados que gerem seu pensamento guia e chefatura.
O marxismo não deu um só passo sem luta, insurge na luta, se desenvolve e desenrola em luta. Em luta de morte, indesligável e implacavelmente contra o imperialismo, o revisionismo e a reação mundial.
O Presidente Gonzalo, o maior marxista-leninista-maoista vivente sobre a face da terra, em seu magistral discurso de 24 de setembro de 1992 nos chamou a celebrar o centenário do presidente Mao Tse-tung (concretizado no ano 1993) e a brigar indeclinável e infatigavelmente para que o maoismo passe a comandar a nova grande onda da revolução proletária mundial. Este ardoroso trecho de sangue e vitória de mais de 26 anos de recodo e avanços, de triunfos e reveses, de traição e persistência, de negra capitulação junto a desvergonhado alistamento e heroicas ações armadas e destemidos impulsos de manter e desenvolver guerras populares no Peru, Índia, Filipinas, Turquia, Nepal. Perguntamos: em que deu Avakian e seus sinistros afãs e apetites de hegemonismo no MRI? Levaram a implodi-lo, que se estoure e ponto. Resultado? Se soma a esta sinistra ação o que disse seu mamotreto “a nova síntese do marxismo”. Seu objetivo: desarticular o movimento revolucionário internacional. E o caminho de Prachanda no Nepal? A que levou? “Diálogo”, “acordo de paz”, fuzis por cadeiras no parlamento e pretender afogar a revolução em sangue. Viva o maoismo, abaixo o revisionismo!
Igualmente, no Peru, se estruturou uma sinistra Linha Oportunista de Direita revisionista e capitulacionista (LOD R e C), nas prisões, encabeçada por Miriam, responsável, junto com a autodenominada “direção central” revisionista, de levar um setor da militância à capitulação, alistamento, chamando a anistia e reconciliação. Esta LOD R e C se expressa como podre revisionista e capitulacionista através de seus engendros, o Movadef e Fuddep, que desenvolvem sinistra tergiversação e negação do pensamento gonzalo, e colocam o Presidente Gonzalo como cabeça de alistamento a serviço dos planos do imperialismo e do capitalismo burocrático. Negras pretensões para afogar a revolução no Peru. A isto somamos o renegado, capitulador e mercenário José, cabeça negra da linha oportunista de esquerda (LOE), que estruturou uma linha de absoluta liquidação do pensamento gonzalo, do Partido Comunista do Peru e da guerra popular. Ambos, Miriam e José, desesperadamente se ofertam ao melhor licitante para seu alistamento.
Assim, camaradas, como nos tem sido ensinado, ser comunistas hoje é ser marxistas-leninsotas-maoistas, principalmente maoistas, e isto parte por desfraldar, defender e aplicar a violência revolucionário como lei universal concretizada em: guerra popular até o comunismo! De outra forma não seríamos maoistas, só de papel timbrado. Existe uma sinistra ofensiva contrarrevolucionária geral que sonha conjurar a revolução como tendência histórica e política. Busca socavar, impedir, afogar em sangue e fogo o desenvolvimento da nova grande onda da revolução proletária mundial comandada pelo maoismo e, através de seu engendro, o revisionismo de velho e novo cunho, principalmente do novo revisionismo, destilam podridão.
Por isso, devemos marcar a fogo a trilogia da capitulação: capitulação, anistia e alistamento, renegações monstruosas como esses de “cessar fogo”, “acordos de paz”, “soluções políticas”, “anistias”, “aproveitar o campo democrático e participar de eleições”, “legalização” etc. etc.. Semear ilusões constitucionais de cretinismo parlamentar para passar-se às fileiras do inimigo coo bandas fascistas. Esse é o foco das lutas de duas linhas, temos uma tática, a política de boicote! Eleições não, Guerra Popular sim! Será um bom rodo de nosso trabalho.
O Presidente Gonzalo, referindo-se ao partido e à guerra popular no Peru, disse: “tem enfrentado as dificuldades, se se mantém é um êxito e se avança e desenvolve, êxito completo”. E hoje as guerras populares, tanto no Peru, Índia, Filipinas, Turquia – que contra o vento e a maré vem vencendo dificuldades, superando erros e, principalmente, assentando-se na linha ideológica e política justa e correta do marxismo-leninismo-maoismo, principalmente maoismo, e as contribuições de validez universal do pensamento gonzalo, são ante os olhos do proletariado internacional vanguarda e fogueira de esperança dos povos do mundo. É um batalhar cotidiano e comprovação palpável do maoismo, expressas principalmente pelo 50º aniversário da Grande Revolução Cultural Proletária, assim como do triunfo da Revolução Socialista de Outubro e o 200º aniversário de nosso fundador, Karl Marx.
As diferentes ações e reuniões de todo tipo realizadas de começo a fim das campanhas celebrativas e as ações centraisi acompanhadas, em cada ocasião, de diversas atividades internacionalistas – uma no Brasil, outra na Áustria e uma terceira na Alemanha – são brilhantes êxitos celebrados com a impressão internacionalista, resultado da briga destas décadas. É o ressurgir do MCI, o avanço na reunificação dos comunistas. No entanto, maior ainda é seu significado e conteúdo, como viemos pontuando.
Este ressurgir do MCI expressa que a contraofensiva revolucionário dirigida pela fração vermelha do MCI, o PCP, sob a Chefatura do Presidente Gonzalo, vai conquistando novas vitórias e que a ofensiva contrarrevolucionária geral vai decaindo e será finalmente derrotada pelo maoismo, pelo proletariado internacional e pelos povos do undo. Mostra que o maoismo está passando a dirigir a nova grande onda da revolução proletária mundial na etapa da ofensiva estratégica da mesma. Avançamos no mundo através da brecha aberta pela guerra popular no Peru (ILA 80), que mostrou a plena vigência do marxismo-leninismo-maoismo, principalmente maoismo, e a invencibilidade da guerra popular.
No período marcado por estas celebrações, a ação comum dos partidos e organizações maoistas está sendo dirigida para sentar sólidas bases para avançar em superar a dispersão dos comunistas no mundo que se afundou com a evaporação do MRI pelo novo revisionismo. Têm sido dados passos importantes neste sentido avançando em encontros por regiões e se está pronto para dar um salto maior, que signifique um grande passo na reunificação dos comunistas a nível internacional.
Importante marco neste caminho foi o V Encontro de Partidos e Organizações Maoistas da América Latina (antes de meados de 2016). V Encontro cujo acordo mais importante foi trabalhar para a realização da Conferência Internacional Maoista Unificada e dar vida a uma nova organização internacional maoista. Posteriormente, realizou-se o I Encontro de Partidos e Organizações Maoistas da Europa (começo de 2017), onde acordou-se somar aos objetivos do V Encontro de Partidos e Organizações da América Latina e realizar a Celebração do I Centenário da Grande Revolução Socialista de Outubro na Rússia, em novembro de 2017 na Europa. Estes mesmos partidos e organizações fizeram o chamado a celebrar o 200º Aniversário do Nascimento de nosso fundador, Karl Marx, em 2018.
É necessário ressaltar que tem sido uma característica dos cinco encontros na América Latina – dos quais destaca-se nitidamente o V Encontro – que todos eles tem sido planificados pelos Partidos e Organizações da América Latina para abordar os problemas da unidade e a agenda de cada um, dispondo do tempo necessário para discutir e exaurir todos os pontos em forma ampla e aprofundando nos temas, em meio de dura luta de duas linhas, praticando a autocrítica e a crítica, que tem sido bem manejada pela esquerda e, sobre essa base, chegando a acordos. Desde o começo, os partidos e organizações que iniciaram, e logo os que foram se somando, intercederam por garantir a participação do PCP e seu organismo gerado para o trabalho no estrangeiro, que quase desde começo da presente década se integra ao trabalho e tarefa comum fixados nos encontros latino-americanos.
Depois do V Encontro a luta entre marxismo e revisionismo se intensificou no plano internacional
O MCI está ressurgindo com força renovada
Para todos os encontros na América Latina têm sido convidados e têm participado não só partidos e organizações do continente, mas também de outros continentes. Alguns não têm podido participar em todos os encontros por problemas do próprio trabalho revolucionário no país correspondente, outros têm saído correndo [N.T.: do espanhol volando, que também pode traduzir-se por “provocando”] e não voltaram e alguns, sabedores da prática maoista de uma justa e correta condução da luta de duas linhas para abordar os problemas do MCI em eventos, preferem não dar a cara. Destes últimos, há quem ataque os que avançam firmemente unidos pelos princípios do marxismo e a necessidade de abordar a tarefa internacional comum como “dogmato-revisionistas”.
Por isso, logo após o V Encontro, a luta entre marxismo e revisionismo no plano internacional tem sido mais intensa. Os partidecos do novo revisionismo, apesar de não poderem sequer apresentarem-se com uma careta de “esquerda”, pretendem tomar iniciativas ante o ressonante triunfo comunista do V Encontro. A LOD revisionista e capitulacionista no Peru, que pretende usurpar o nome do PCP e atuar através do Movadef, se postra ante o velho Estado pedindo perdão e pela legalização de seu partido e, junto com um partideco revisionista do México, em uma declaração conjunta, em essência chamam pela legalização de seus partidos revisionistas. Nós sabemos que na luta contra o Estado burguês nunca haverá verdadeiro partido comunista legal, porque o partido é máquina de combate para tomar o Poder. Os seguidores de Avakian são declarados pós-marxistas, isto é, renegados do marxismo, assim como todos os que seguem essa senda.
Em outros casos, certos direitistas e recalcitrantes utilizam a grupúsculos liquidacionistas de direita ou de “esquerda” para opor-se a que o marxismo-leninismo-maoismo seja encarnado e passe a gerar Partidos Comunistas de novo tipo militarizados. Usam frações oportunistas (microipandilhas) encostadas a estes direitistas ou a revisionistas, se opõem rabiosa e perversamente à construção ideológica, política e orgânica (CIPO), se escindem da luta pelo partido, se degeneram irremediavelmente e, em seu afã, passam a ofertar-se para reprimir a revolução. Isto não é algo novo, sempre aparecem coisas semelhantes em todo processo de luta pelo Partido Comunista, por sua reconstituição ou constituição. Assim tem ocorrido com o autodenominado Jugend Widerstand na Alemanha (“JW”), que certos direitistas, atuando de patrocinadores, têm tratado de apresentá-los ao MCI como uma “verdadeira organização maoista na Alemanha”, buscando menoscabar a briga dos camaradas do Comitê Bandeira Vermelha (CBV) pela reconstituição do Partido Comunista da Alemanha e tratando assim de tirar base ao trabalho pela realização da CIMU e pela nova organização internacional do proletariado.
Estes patrocinadores direitistas usam este tipo de micropandilhas cissionistas por mera conveniência política, como uma ponta de lança para opor-se ao avanço na reunificação dos comunistas a nível mundial, porque isto vai contra seus interesses hegemonistas de trasfondo [sic] revisionista. O que vai acompanhado do velho cacarejo revisionista de acusar a esquerda de “dogmatismo” e sua variante atual – que direitas e revisionistas de novo cunho gostam muito de usar – “gonzalismo”.
Frente ao avanço seguro dos partidos maoistas pela unificação dos comunistas em todo o mundo, recalcitrantes direitistas baseados unicamente em seu hegemonismo tratam de fazer tudo o possível por detê-lo. Estes rechaçam a luta ideológica franca e ativa e se negam a trabalhar coletivamente com aqueles com os que discrepam. Como os liberais vulgares, defendem a divisão, predicam a unidade sem princípios para impor seus pontos de vista, defendem e praticam o nefasto hegemonismo.
A atitude da máxima direção da ILPS é um bom exemplo do que dissemos, de como a direita se opõe à briga dos comunistas em formação na Alemanha e contra o avanço do MCI, convergindo com a mais negra reação. Sobre o que ocorre na Alemanha, os dirigentes da ILPS assumem ante si o papel de juízes implacáveis contra os camaradas que lutam pelo Partido na Alemanha sob a direção do CBV, acusando-os de “sectarismo”, “dogmatismo” e “esquerdismo”, enquanto se convertem em observadores benévolos ante o ataque vil e repugnante de parte dessa micropandilha gângster liquidacionista de direita (“JW”) contra ativistas revolucionários, como ocorreu na marcha do 1º de maio em Berlim. A estes gangsters, que têm agora passado de fato a reprimir a revolução, até agora têm sido chamados de “democráticos”. Se mostram assim incrivelmente indulgentes ante esta ação contrarrevolucionária.
Isto resulta mais repugnante se toma-se em conta que há anos, e de forma permanente, os camaradas do CBV e das diferentes organizações e revolucionários que trabalham junto a eles têm levado a cabo uma campanha de solidariedade com a guerra popular nas Filipinas. Enquanto que, aos da microfração direitista gângster que apenas anunciaram uma campanha de “solidariedade” à Guerra Popular em Filipinas, receberam saudações efusivas de parte da alta direção da ILPS em março de 2018. Seus componentes foram saudados como notáveis revolucionários, enquanto foram convenientemente ignorados seus vis ataques gângster e contrarrevolucionários, suas delações e o cissionismo que praticam contra o movimento revolucionário da Alemanha.
Similar atitude tem mostrado a máxima direção da ILPS com respeito ao movimento revolucionário no Brasil: não distinguir entre marxismo e revisionismo, proclamar unidade sem princípios, política de amigos ao serviço de seu hegemonismo, aparte da política de dividir as organizações que não aceitam seus métodos administrativos e diplomáticos para tratar as divergências, como era a política de Avakian e seu partido nos tempos do MRI.
A ruptura com a ILPS por uma parte das organizações democráticas revolucionários do Brasil, junto com outras organizações da Índia, Turquia, Grécia e outros, além das divergências sobre o ecletismo programático e as práticas oportunistas da ILPS, se deveu principalmente a seu método de trabalho e estilo de direção. E a “gota d’água” foi a revogação resumida dos mandatos, elegidos no Congresso, por uma maioria conveniente em seu Conselho, sem nenhuma discussão sobre divergências importantes. Por não aceitar a continuidade de tais métodos administrativos-burocráticos para tratar as contradições internas numa organização que define a si mesma como orientada no centralismo democrático, tais organizações – muitas delas co-fundadoras – começaram a alvo de ofensas e clichês, gritando etiquetas como seitas ultraesquerdistas, dogmáticas e sectárias.
No MCI, os comunistas que estão brigando pela constituição ou reconstituição de seus partidos fazem-no desfraldando, defendendo e aplicando o marxismo-leninismo-maoismo, principalmente maoismo com os aportes de validez universal do Presidente Gonzalo, forjando-se na luta de morte contra o oportunismo e o revisionismo de velho e novo cunho e na necessidade da violência revolucionária, que hoje só pode ser guerra popular para mudar o mundo. A direita, como o mostram os poucos exemplos referidos e outros, atravessa por graves problemas e têm mais discrepâncias do que pontos de unidade, seu ódio visceral à esquerda não é suficiente para mantê-los unidos. Esse é o seu panorama, por isso vemos os ataques de toda esta gentalha contra os comunistas se incrementar, vão gerando todo tipo de incidentes, vão passar a nos acusar de tudo e não vão nos reconhecer nenhuma virtude. Isso é bom, não é nada mal. O maoismo nos ensina que se o inimigo te ataque é porque estás no caminho correto.
Em síntese:
A luta da esquerda no MCI se desenvolve tendo como base de unidade o marxismo-leninismo-maoismo, principalmente o maoismo, a universalidade da guerra popular e a luta indesligável e implacável contra o imperialismo, o revisionismo e a reação mundial. Sendo o revisionismo o perigo principal à revolução, devemos desenvolver uma firme, sagaz e tenaz luta de duas linhas.
As reconstituições ou constituições de partidos comunistas marxistas-leninistas-maoistas militarizados vão adiante em meio de ações armadas, preparando o início e desenvolvimento de guerras populares para conquistar o Poder em seus respectivos países, em função e a serviço da revolução proletária mundial.
A briga por manter e desenvolver as guerras populares no Peru, Índia, Filipinas, Turquia; a briga por superar os problemas no Nepal e impulsionar o desenvolvimento das guerras de resistência; por impulsionar as lutas de libertação nacional etc. contra as genocidas e sinistras agressões imperialistas, brigando por transformá-las em guerras populares.
No atual contexto internacional, cobra vital importância para o MCI a reorganização geral do Partido Comunista do Peru, que vem desenvolvendo os maoistas pensamento gonzalo em intensa luta de duas linhas, tanto no campo como na cidade. Esta ardorosa briga se sujeita firmemente à chefatura do Presidente Gonzalo desfraldando, defendendo e aplicando o pensamento gonzalo.
É necessário iniciar e desenvolver novas guerras populares, elevando assim as ações por superar a dispersão no MCI e alcançar a coordenação entre as guerras populares já existentes e as que irem somando-se, para mudar a correlação de forças entre revolução e contrarrevolução armadas no mundo a favor da revolução, alcançar a reunificação do MCI em função da conformação de uma rediviva Internacional Comunista, cujo mando e guia seja o marxismo-leninismo-maoismo, principalmente maoismo, tarefa pendente de caráter estratégico.
Atualmente, os Partidos e Organizações Maoistas marcham rumo a uma CIMU e a tornar concreta uma nova organização internacional dos partidos e organizações maoistas, como um passo adiante na briga do proletariado internacional e seus partidos comunistas por cumprir a tarefa pendente de caráter estratégico acima citada.
Tudo isso é parte de como o maoismo passa a comandar a um nível cada vez mais elevado a nova grande onda da revolução proletária mundial. Viva o Marxismo-Leninismo-Maoismo, com as contribuições de validez universal do pensamento gonzalo!
Comitê de Redação da Revista O Maoista
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