Os estilos de trabalho do Partido (Partido Comunista da China, 1974 – Parte IX)

Nota do blog: Publicamos a seguir o nono capítulo do importante documento do Partido Comunista da China, intitulado Uma compreensão básica do Partido, datado de 1974, num esforço de sintetizar a Base de Unidade Partidária, os princípios, estratégia, tática e métodos adotados pelo Partido para fazer a Revolução, prevenir-se do revisionismo, aplastar a restauração capitalista e seguir a via socialista. Publicamos objetivando servir melhor à formação ideológica e política, sobretudo da juventude.

O cap. anterior: VIII.

Tradução não oficial, realizada voluntariamente por uma leitora.


Capítulo IX
Os “três excelentes estilos de trabalho” do Partido

De acordo com os Estatutos do Partido, todos os camaradas do Partido devem “desenvolver o estilo de integração da teoria com a prática, manter estreitos vínculos com as massas e praticar a crítica e a autocrítica”. Os três excelentes estilos de trabalho do nosso Partido constituem uma excelente tradição estabelecida pelo próprio presidente Mao, e o valioso legado do nosso Partido para unir o povo e derrotar o inimigo. Todo membro do Partido Comunista deve estudar, defender e pôr em prática o excelente estilo de trabalho do nosso Partido para alcançar vitórias ainda maiores na causa da revolução e da construção socialistas.

Os “três excelentes estilos de trabalho” são uma excelente tradição do nosso Partido

Os três excelentes estilos de trabalho de nosso Partido, forjados no curso de longos anos de lutas revolucionárias, são uma das características que distinguem nosso Partido dos partidos políticos burgueses e revisionistas. Os partidos políticos das diferentes classes têm diferentes estilos de pensamento e de trabalho. Nosso Partido sempre desfralda firmemente o marxismo-leninismo-pensamento Mao Tsé-Tung como seu guia para a ação, bem como a concepção do mundo materialista dialética e histórica. O Partido nos ensina a unir conscientemente a verdade universal do marxismo-leninismo com a prática concreta da revolução em nosso país e a perseverar no estilo de trabalho de levar a cabo estudo e investigação e buscar a verdade dos fatos. O Partido nos ensina que as massas são os verdadeiros heróis, que a causa da emancipação do proletariado é a de centenas de milhões de pessoas. Portanto, em todas as circunstâncias devemos contar com as massas e ter fé nelas, forjar estreitos vínculos com elas e seguir a linha de massas. Estamos convencidos de que, como nosso Partido representa os interesses fundamentais do proletariado e das massas trabalhadoras, a causa pela qual eles se levantam é uma causa absolutamente justa. Portanto, nós comunistas somos francos e abertos em todas as nossas palavras e ações, e praticamos corajosamente a crítica e a autocrítica. Os três grandiosos estilos de trabalho do nosso Partido refletem as características de classe do proletariado e do seu caráter político específico. Por sua parte, todos os partidos burgueses e revisionistas se baseiam em interesses pessoais; os interesses que representam são os interesses das classes exploradoras. Sua concepção de mundo é sempre idealista e metafísica, e isso explica por quê sempre confundem o correto e o errôneo, por quê suas ações não estão de acordo com suas palavras, por quê enganam as massas, estão isolados do povo e temem a crítica e a autocrítica. Não tendo a verdade ao seu lado, e não tendo as massas com eles, eles não escaparão de seu destino – estão condenados a desaparecer da face da terra.

O estilo de trabalho do Partido sempre esteve estreitamente ligado à sua linha. Um estilo de trabalho definido corresponde à uma linha política definida e o estilo de trabalho sempre serve à uma linha definida. Sob o guia de uma linha correta, o excelente estilo de trabalho do proletariado pode desenvolver-se em seu mais alto grau; mas se nos afastamos dessa linha correta e seguimos a linha errônea, estamos obrigados a ver difundidos todos os estilos insanos de trabalho e os vícios da burguesia. Quando estava dirigindo nosso Partido na aguda luta contra as linhas oportunistas de direita e de “esquerda”, o Presidente Mao sempre prestava muita atenção em corrigir o estilo de trabalho no Partido. O Análise das classes na sociedade chinesa (149) escrito pelo Presidente Mao na época da Primeira Guerra Civil Revolucionária é um brilhante exemplo da integração da teoria marxista-leninista com a realidade concreta da revolução chinesa Nos dias iniciais da fundação do Exército Vermelho, o Presidente Mao escreveu as “Três Principais Regras de Disciplina e as Seis Advertências” (posteriormente desenvolvidas nas “Três Principais Regras de Disciplina e as Oito Advertências”) para preparar nosso Partido e nosso exército no excelente estilo de trabalho de integrar-se com as massas e persistir na luta. Em 1942, enquanto dirigia o movimento de retificação em Yenan, o Presidente Mao emitiu o chamado para “Combater o subjetivismo para retificar o estilo de estudo, combater o sectarismo para retificar o estilo nas relações do Partido e combater o clichê no Partido para retificar o estilo literário” (150) e através disso liquidar a influência das linhas oportunistas de direita e de “esquerda” na ideologia e no estilo de trabalho. No VII Congresso do Partido, o Presidente Mao, sintetizando profundamente nossa experiência básica na construção do Partido, lançou mais luz sobre os três grandiosos estilos de trabalho do Partido, dando um novo impulso a esta excelente tradição. às vésperas da libertação total do nosso país, na II Sessão Plenária do VII Comitê Central, assinalando que a vitória poderia dar lugar no Partido a sentimentos de arrogância, ganância, complacência e busca por prazer, o Presidente Mao advertiu todo o Partido: “Aos camaradas deve ser ensinado a ser modestos, prudentes e livres de arrogância e impetuosidade em seu estilo de trabalho. Aos camaradas deve ser ensinado a preservar o estilo de vida simples e luta árdua”. (151) Depois de todo o país ter sido libertado, aderindo aos três grandes estilos de trabalho de modéstia, prudência e luta árdua, nosso Partido repeliu os corrosivos ataques dos projéteis imundos da ideologia burguesa, e garantiu assim o contínuo desenvolvimento da revolução e da construção. Depois da Grande Revolução Cultural Proletária e, em particular, ao longo do movimento de crítica a Lin Piao e retificação do estilo de trabalho, o estilo de trabalho do Partido de buscar a verdade dos fatos e seguir a linha de massas, bem como a suas gloriosas tradições de modéstia, prudência e luta árdua – um estilo de trabalho e uma tradição sabotados por Lin Piao e sua camarilha – sofreram um novo desenvolvimento, permitindo a todo Partido avançar com novo vigor.

A experiência histórica demonstra que os três grandiosos estilos de trabalho do Partido tiveram uma profunda influência em todo o Partido e no povo de todas as nacionalidades, garantindo a implementação da linha revolucionária do Presidente Mao, e desempenhando um importante papel no desenvolvimento vitorioso da revolução e da construção. Os comunistas da velha geração estão familiarizados com esta excelente tradição do nosso Partido, mas ainda enfrentam a questão de como avançar sob novas condições históricas visto que os muitos novos membros do Partido enfrentam a questão de aprendê-lo, herdá-lo e avança-lo. Devemos perpetuar esta excelente tradição de nosso Partido de geração em geração: é sumamente importante para a consolidação do Partido.

O estilo de trabalho de integrar a teoria com a prática

A teoria aqui referida é a teoria revolucionária do proletariado: o marxismo-leninismo- pensamento Mao Tsé-Tung, e a prática é nossa prática revolucionária concreta – a prática dos três grandes movimentos revolucionários, a luta de classes, a luta pela produção e pela experimentação científica. Integrar a teoria com a prática significa estudar e resolver os problemas práticos encontrados no processo de nossa revolução e construção, utilizando a posição, o ponto de vista e o método do marxismo-leninismo-pensamento Mao Tsé-Tung. O Presidente Mao utiliza a expressão: “Disparar a flecha ao alvo” (152). Como a flecha é para o alvo, tal é a relação da teoria com a prática. Se vamos disparar com precisão a flecha da teoria para atingir o alvo da prática, devemos aderir ao seguinte método: utilizar a prática como o ponto de partida, a fim de estudar a teoria marxista-leninista, para um propósito definido, e resolver os problemas surgidos nos três grandes movimentos revolucionários, e desta teoria deriva nossa posição, ponto de vista e método. Se houver um divórcio entre teoria e prática, somos obrigados a disparar ao acaso. Se utilizamos uma correta teoria simplesmente para ficarmos em discurso vazio, se nos absorvemos nela apenas para deixa-la de lado e não coloca-la à prova, então ainda que esta teoria seja a mais grandiosa, é inútil. Apenas se tratamos os problemas que surgem no decurso da prática revolucionária, se os analisamos, estudamos e resolvemos usando a arma teórica do marxismo-leninismo, podemos ligar a teoria à prática e disparar a flecha no alvo.

O presidente Mao diz: “A estreita integração da teoria marxista-leninista com a prática da revolução chinesa é o princípio ideológico constantemente seguido por nosso Partido” (153). A história do nosso Partido é uma história de crescente integração da verdade universal do marxismo-leninismo com a prática concreta da revolução chinesa; é a história do triunfo de todo o Partido sob a direção do Presidente Mao sobre as linhas oportunistas de direita e de “esquerda”. Ao dirigir a prolongada luta da revolução chinesa, o Presidente Mao sempre realizou completa investigação e profunda análise das características da sociedade chinesa e da situação de cada classe. Ele resolveu corretamente uma série de problemas que surgiram na época da revolução democrática e na época da revolução socialista em nosso país, estabelecendo corretas orientações políticas, linhas e princípios para o nosso Partido, e garantindo novas e ainda maiores vitórias para a causa da revolução e da construção em nosso país. A experiência histórica do Partido demonstrou que integrando a teoria à prática e avançando de acordo com a linha revolucionária do Presidente Mao, o Partido sempre se desenvolveu e a causa revolucionária saiu sempre vitoriosa. Pelo contrário, sempre que divorciamos a teoria da prática, e nos afastamos da linha revolucionária do Presidente Mao, o Partido sofreu reveses, e a causa revolucionária encontrou fracassos. Portanto, dizemos que a vitória da revolução chinesa é a extraordinária vitória da integração da teoria marxista-leninista com a prática da revolução chinesa, a extraordinária vitória da linha revolucionária do Presidente Mao e do Pensamento Mao Tsé-Tung.

Unir a teoria à prática é o estilo de estudo revolucionário proletário pelo qual o Presidente Mao sempre advogou. Há duas atitudes opostas em relação ao estudo do marxismo-leninismo. A primeira é a atitude marxista de integrar a teoria à prática. Com essa atitude, utilizamos a teoria e o método marxista-leninista para realizar sistemático e detalhado estudo e investigação  do entorno e combinar o entusiasmo revolucionário com o prático. Com essa atitude, podemos disparar a flecha ao alvo. A outra atitude é a atitude subjetiva de divorciar a teoria da prática. Este é um mau estilo de estudo, estilo antimarxista-leninista – o prejudicial estilo de todos os oportunistas e revisionistas. Somos conscientes de que a questão do estilo de estudo é uma questão de método de pensamento, que diz respeito aos órgãos dirigentes, a todos os quadros e a toda a militância do Partido; é uma questão relacionada com nossa atitude com o marxismo-leninismo e a atitude de todos os camaradas do Partido em seu trabalho. Por isso a questão do estilo de estudo sempre esteve estreitamente ligada à luta de duas linhas. A oposição e a luta entre os dois estilos de estudo é o reflexo da luta de duas linhas sobre o problema do estudo. Elevando a questão do estilo do estudo ao nível de uma questão de espírito de Partido, o Presidente Mao revelou profundamente a essência do estilo de trabalho subjetivo que separa a teoria da prática: “Adotar este estilo como norma de conduta é prejudicar a si próprio, adotá-lo para educar os demais é prejudicar-lhes e adotá-lo para dirigir a revolução é prejudicá-la” “. “[É] manifestação de … que não existe espírito de partido ou que este é incompleto”. (154)

Liu Shao-Chi, Lin Piao e outros golpistas de seu tipo assim como os líderes de diversas linhas oportunistas estavam caracterizados no ideológico pela separação que faziam do subjetivo e objetivo e da teoria e prática. Eles sempre opunham-se fervorosamente ao princípio de integrar a teoria à prática, sempre combatiam o marxismo-leninismo-pensamento Mao Tsé-Tung, promovendo em troca o preconceito idealista. A fim de praticar o revisionismo, tiveram que opor-se primeiro aos princípios fundamentais do marxismo-leninismo. Lin Piao argumentava que os clássicos marxista-leninistas apenas tratavam coisas do “passado”, estavam “demasiado distantes de nós”, já eram “obsoletos” e que não era necessário estuda-los. Ao trazer esta teoria ultrarreacionária, ele pretendia negar totalmente os princípios fundamentais do marxismo-leninismo, a fim de difundir seu lixo revisionista e tornar realidade seu complô contrarrevolucionário de restauração capitalista. Ao mesmo tempo, Lin Piao se opunha com toda sua energia à prática revolucionária, defendia a teoria reacionária do “gênio” e negava que a prática é a fonte fundamental do conhecimento. Argumentava que devemos proceder “do subjetivo ao objetivo”, da “idéia para a realidade” e invertia completamente as relações entre teoria e prática, entre o subjetivo e o objetivo. Portanto, ao mesmo tempo que criticamos a linha revisionista contrarrevolucionária de Lin Piao, devemos criticar constantemente o nocivo estilo de estudo antimarxista-leninista propagado por ele e devemos elimina-lo.

Para defender o princípio da integrar a teoria à prática, devemos adotar a atitude científica de buscar a verdade dos fatos. “Fatos” são todas as coisas que existem objetivamente; “verdade” refere-se a suas relações internas; e “buscar” significa estuda-las. No trabalho cotidiano, mostrar a atitude científica de buscar a verdade dos fatos significa estudar e compreender as leis que regem o desenvolvimento das coisas objetivas, sob o guia do marxismo-leninismo-pensamento Mao Tsé-Tung; significa vincular a linha política, orientação e princípios do Partido, bem como as instruções dos níveis superiores, à situação atual de nossa área ou unidade; também significa discuti-las e leva-las a cabo, nos esforçamos para fazer com que o subjetivo esteja em acordo com o objetivo e integrar a teoria à prática para disparar a flecha ao alvo em nosso trabalho e lograr a os resultados esperados.

Para defender o princípio de integrar a teoria à prática, devemos estudar e investigar a situação social. Estudar e investigar é o método científico do marxismo-leninismo; quando empreendemos tal tarefa, devemos fazer investigação profunda e detalhada sobre a situação atual, e em seguida analisar e estudar o material coletado “descartar a casca para ficar com o grão, descartar o falso para para conservar o verdadeiro, passar de um aspecto à outro e do externo ao interno… dar um salto do conhecimento sensorial ao racional” (155); devemos saber como discernir o importante do secundário, captar a essência de um fenômeno, e distinguir o verdadeiro do falso a fim de tirar conclusões que estejam melhor em acordo com a realidade, e levar a cabo nosso trabalho baseado na realidade.

O estilo de trabalho de manter estreitos vínculos com as massas

Manter estreitos vínculos com as massas e discutir todos os assuntos com elas é o excelente estilo de trabalho do nosso Partido, a fonte da força que nos permite derrotar todos os inimigos e superar todas as dificuldades.

O marxismo afirma que as massas populares são os mestres da história; são a força decisiva que faz a sociedade avançar. Não só as massas populares são as criadoras da riqueza espiritual e material do mundo, mas suas lutas revolucionárias são a força motriz que avança a sociedade. Os escravos são os criadores da história; este é um ponto de vista materialista histórico fundamental. Marx e Engels afirmaram: “O movimento histórico é obra das massas”, (156) e Lenin escreveu: “o socialismo vivo, criador, é obra das próprias massas”; (157) Presidente Mao também indicou: “O povo e apenas o povo é a força motriz da história mundial”. (158) Para manter estreitos vínculos com as massas, devemos estar firmemente imbuídos da ideia de que “as massas são os verdadeiros heróis” (159), estar convencidos de que a força da revolução reside nas massas populares e reconhecer plenamente  seu glorioso papel como os criadores da história. A razão pela qual nosso Partido pode dirigir as massas populares é precisamente porque representa os interesses das massas, serve a elas de todo o coração, mantendo estreitos vínculos com elas, luta pela realização do comunismo.

Manter estreitos vínculos com as massas é uma gloriosa tradição do nosso Partido. Na época da revolução democrática, nosso Partido, sob a direção da linha revolucionária do Presidente Mao,fundou o Exército Popular da Libertação, e estabeleceu bases revolucionárias, mobilizando plenamente as massas e confiando nelas. Desta forma, após 28 anos de heróica luta, tendo apenas um milhão [de soldados] e fuzis improvisados, obteve êxito em derrotar os bandidos fascistas japoneses que se acreditavam invencíveis, e em destruir o exército reacionário do Kuomintang, de oito milhões de soldados, equipados pelo imperialismo norte-americano. Durante aqueles anos de árdua luta, nosso Partido e nosso Exército Popular, compartilhando com as massas os bons e os maus momentos, derrotaram um poderoso inimigo e lograram a vitória total na nova revolução democrática. Após a libertação de todo o país, mobilizando plenamente as massas e confiando resolutamente nelas, nosso Partido aplastou as desorganizações e sabotagens dos inimigos tanto de dentro como de fora do país Exibindo o espírito revolucionário de independência, autoconfiança e árdua luta, e com resolução de sempre avançar lenta mas firmemente, converteu a velha China, pobre, atrasada e oprimida pela crise, em uma nova China socialista que está no caminho da prosperidade. No curso da Grande Revolução Cultural Proletária, iniciada e dirigida pessoalmente pelo Presidente Mao, nosso Partido mobilizou as massas em larga escala, confiando nelas, e através da prática de uma ampla democracia sob a ditadura do proletariado, criou um extraordinário movimento de massas que foi desencadeado como uma incontível torrente, aplastando os dois quartéis-generais burgueses – um liderado por Liu Shao-Chi e o outro por Lin Piao – alcançando assim muitas importantes vitórias na Grande Revolução Cultural Proletária. Incontáveis fatos demonstram que as massas populares, armadas com o marxismo-leninismo-pensamento Mao Tsé-Tung, são invencíveis; dado que temos fé nas massas, confiamos nelas e temos estreitos vínculos com elas, estamos fadados à vitória.

Ter estreitos vínculos com as massas ou estar divorciados delas (ou mesmo temer ou opor-se ao movimento revolucionário de massas) não é simplesmente uma questão de método, mas pelo contrário, uma questão fundamental de posição e concepção do mundo. Também é uma importante questão na luta entre a linha revolucionária do Presidente Mao e as linhas oportunistas de direita e “esquerda”. Todos os líderes das linhas oportunistas são idealistas, tomam obstinadamente o lado da burguesia, sempre caluniam e desprezam as massas com todas as suas forças. Negam o grandioso papel das massas populares como criadoras da história, se opõem à linha de massas do Partido, são hostis com os movimentos revolucionários de massas dirigidos pelo Partido e os sabotam. Na época da Primeira Guerra Civil Revolucionária, o líder da linha oportunista de direita, Chen Tu-Hsiu, caluniou o proletariado chinês dizendo que este era “infantil”, que “não constituía uma força revolucionária independente”, argumentava que o povo chinês era “indisciplinado”, “conservador”, e que “lhe seria difícil triunfar na revolução”. Ele não tinha fé no poder da revolução, levou uma linha capitulacionista e levou à derrota o heróico movimento revolucionário. A fim de mudar a linha básica o Partido para todo o período histórico do socialismo, Liu Shao-Chi, Lin Piao e outros bandidos de sua laia, trabalharam com toda sua força para sabotar a linha de massas do Partido e seu excelente estilo de trabalho de manter estreitos vínculos com as massas. Difundindo abertamente, a teoria do “atraso das massas”, Liu Shao-Chi opôs-se à mobilização das massas durante o “movimento das quatro limpezas” (160) e, durante o Grande Revolução Cultural Proletária, implementou uma linha reacionária burguesa e reprimiu o movimento revolucionário de massas. Quanto a Lin Piao, armou um alvoroço sobre a “teoria do gênio”, e descaradamente atribuiu a si próprio o título de “gênio”, que possuía “conhecimento inato” e “consciência inata”. Ao mesmo tempo, caluniava as massas de operários e camponeses tratando-os como escória, interessados somente em “enriquecer-se e buscar prazer”, que não conheciam nada além de de “óleo, sal, soja, molho, vinagre e lenha”. Lin Piao e sua camarilha também propagaram a loucura de que “os heróis e os escravos fazem a história juntos”, tentando assim utilizar de duplo sofisma para negar os princípios fundamentais do marxismo-leninismo. Devemos criticar por completo a reacionária e idealista concepção da história de Liu Shao-Chi e Lin Piao, fortalecendo constantemente os vínculos entre o Partido e as massas, e avançar bravamente de acordo com a linha política estabelecida pelo X Congresso.

Para manter estreitos vínculos com as massas, devemos discutir os assuntos com elas e ouvir modestamente suas opiniões. O Presidente Mao nos ensina que: “as pessoas com verdadeiro conhecimento pessoal são aquelas que estão comprometidas com a prática no mundo todo”. (161) Combatendo nas linhas de frente dos três grandes movimentos revolucionários, as amplas massas populares têm um rico conhecimento prático. Apenas ouvindo modestamente as opiniões das massas e discutindo os assuntos com elas podemos concentrar sua sabedoria, utilizar suas inovações, sintetizar sua experiência e obter o conhecimento correto necessário para dirigir a prática revolucionária. Para discutir os assuntos com as massas devemos ouvir suas opiniões. Devemos ouvi-las quando não temos destreza no trabalho, quando surgem dificuldades, ou quando não temos suficiente experiência, e isto é ainda mais necessário quando conhecemos bem a situação, quando o trabalho está indo bem e quando alcançamos vitórias. Devemos ouvir todas as opiniões das massas, estejamos de acordo com elas ou não. Devemos sempre deixar que todo mundo diga o que tem para dizer, que as pessoas expressem o que têm em mente. Devemos colher o conhecimento das massas, diferenciar o que é de valor do que não é, e sobre a base do Pensamento Mao Tsé-Tung, lograr a unidade de pensamento. Apenas assim podemos pôr plenamente em jogo a iniciativa e a criatividade das massas, concentrar sua sabedoria no maior grau possível e dar maior impulso ao desenvolvimento da revolução e da construção. Alguns camaradas gostam de falar e não deixam que as massas dêem suas opiniões. Seja no trabalho de investigação ou na solução de um problema, querem ser os únicos a resolver tudo – não deixam que ninguém fale – os demais apenas podem ouvi-los e obedecer suas ordens. Este estilo de trabalho é completamente incorreto; apenas pode impedir que as massas expressem plenamente seus pontos de vista, apagando sua iniciativa e prejudicando a relação entre elas e o Partido.

Para manter estreitos vínculos com as massas, devemos assumir uma correta atitude em relação a elas e trata-las de maneira correta. O marxismo sempre defendeu que apenas tendo fé nas massas, confiando nelas e mantendo estreitos vínculos com elas é que cada indivíduo pode desempenhar plenamente seu papel e melhor contribuir com a causa das massas populares. Se superestimamos o papel do indivíduo e subestimamos a força das massas populares, se insistimos em crer que tudo o que fazemos é bom e que qualquer coisa feita pelas massas não vale a pena, então estamos invertendo as respectivas posições das massas e dos indivíduos, e deslizando para o pântano do idealismo histórico. No que diz respeito aos quadros e militantes do Partido, a fim de tratar corretamente as massas, devem se converter voluntariamente em alunos das massas, aprender modestamente com elas, ser vistos por elas como pessoas trabalhadoras simples e criar profundas raízes entre elas. Os quadros do Partido devem continuamente tomar parte no trabalho coletivo produtivo, conservar sempre as características do povo trabalhador e ser uma só coisa junto às massas.

Para tratar corretamente as massas, também devemos saber como utilizar o marxismo-leninismo-pensamento Mao-Tsé-Tung para dirigi-las. Para os membros do Partido Comunista, manter estreitos vínculos com as massas significa aprender com elas; também significa propagar o marxismo-leninismo-pensamento Mao Tsé-Tung em meio a elas, com o propósito de arma-las e organiza-las. Quanto ao método de tratar as massas, por um lado devemos combater a teoria da “onisciência da liderança” e do “atraso das massas”, derrotar o nocivo estilo de trabalho do burocratismo e do autoritarismo; e por outro, devemos nos opor à linha de: “se as massas querem assim, que assim seja” e derrotar a nociva tendência de ir à reboque das massas. É a única forma que podemos aplicar corretamente a linha revolucionária do Presidente Mao e cumprir adequadamente o trabalho do Partido.

Para manter estreitos vínculos com as massas devemos praticar o estilo de trabalho da modéstia, prudência e luta árdua. A todo momento, nós membros do Partido Comunista, devemos respirar o mesmo ar que as massas e compartilhar a mesma sorte; não devemos buscar comodidade e prazeres e desdenhar da dura vida diária. Ainda quando tenhamos sido promovidos, não devemos perder de vista o estilo de trabalho de ser modestos, prudentes e manter estreitos vínculos com as massas; ainda quando tenhamos melhores condições de vida, não devemos abandonar o estilo de árdua luta. Apenas desta forma podemos nos opor efetivamente à corrupção das ideias e ao estilo de vida burguês e nunca nos apartarmos das massas, de modo que nosso Partido mantenha sempre relações com as massas, como o peixe com a água, para alcançar ainda maiores vitórias na revolução e na construção.

O estilo de trabalho de praticar a crítica e a autocrítica

A crítica e a autocrítica são afiadas armas com as quais fortalecer a construção do Partido no ideológico, consolidar sua unidade e aumentar sua capacidade de combate. Objetivamente, existem contradições dentro do Partido. Existe dentro do Partido o reflexo das contradições de classe e das contradições entre o velho e o novo na sociedade. A crítica e a autocrítica constituem o meio básico com o qual travar corretamente a luta interna do Partido e resolver as contradições internas do Partido. Ao longo de todo o período histórico do socialismo, já que ainda existem as classes, as contradições de classe e a luta de classes, as velhas ideias, a velha cultura e os velhos costumes da burguesia e das outras classes exploradoras influenciam os membros do nosso Partido e corroem seu corpo a cada dia e a cada minuto. Para combater a infecção causada no corpo do nosso Partido pelo pó e pelos germes políticos da burguesia, e para resistir à corrupção dos membros do Partido pelas ideias burguesas e pelas ideias as outras classes exploradoras, devemos travar uma ativa luta ideológica e derrotar todas as ideias não-proletárias com ideologia proletária. As lutas internas do partido devem ser reguladas por métodos corretos. No caso de problemas ideológicos no seio do povo, não devemos ser abusivos nem utilizar os punhos ou as armas. Para resolver estas disputas, apenas devemos utilizar os métodos de discussão, persuasão, crítica e autocrítica. Devemos observar que a crítica e a autocrítica sejam utilizadas para desenvolver as coisas positivas, corrigir os erros, e assim, sobre a base de uma linha correta, fortalecer a unidade e a consolidação do Partido.

A crítica e a autocrítica representam para os comunistas uma arma essencial para “nos livrarmos do rançoso e tomar o que é novo” (162) no ideológico e remodelar a concepção de mundo. Como os membros do nosso Partido têm diferentes origens de classe, provém de diferentes camadas do povo e vivem em uma sociedade em que existem classes, as ideias burguesas e a força dos velhos costumes influenciam continuamente os membros do Partido e corroem as fileiras do Partido. Nas mentes de muitos camaradas, ainda persistem em algum grau, as ideias não-proletárias. Apenas agarrando a arma da crítica e da autocrítica e trabalhando duro para nos desfazermos do rançoso e tomarmos o que é novo”, temos a possibilidade de derrotar as ideias não-proletárias e conter a corrupção pelas ideologia burguesa e pela ideologia de todas as outras classes exploradoras. Ademais, como nosso conhecimento do mundo objetivo é necessariamente limitado, é difícil evitar as deficiências e os erros em nosso trabalho. A prática frequente da crítica e da autocrítica a fim de expor os erros e deficiências que surgem em nosso trabalho, nos permitirá varrer o idealismo e sintetizar nossas experiências para prosseguir avançando. Isto nos permitirá fazer melhor nosso trabalho e fazer maiores contribuições ao Partido e ao povo.

O Presidente Mao sempre deu grande importância à crítica e autocrítica. Ele assinalou em seu artigo Sobre a Correção das Ideias Errôneas no Partido: “A crítica interna no Partido é uma arma para fortalecer a organização do Partido e aumentar sua capacidade de combate”. (163) O movimento de retificação em Yenan em 1942, foi um movimento completo de educação marxista, assim como um movimento de crítica e autocrítica em grande escala. Após a libertação de todo o país, nosso Partido dirigiu de novo  vários movimentos de retificação. Durante a Grande Revolução Cultural Proletárias, as massas, às centenas de milhões, utilizaram as armas de ventilar livremente os pontos de vista, cartazes de grandes caracteres, grandes debates e intercâmbio extensivo de experiência revolucionária, a fim de desmascarar o punhado de pessoas em postos de direção no Partido seguidores do caminho capitalista. (164) Desta forma, aplastaram os dois quartéis-generais burgueses dirigidos por Liu Shao-Chi e Lin Piao e denunciaram e criticaram nossos erros no trabalho, fortalecendo assim grandemente a unidade do Partido. Através do movimento de crítica a Lin Piao e de retificação do estilo de trabalho, e mediante a crítica profunda dos crimes contrarrevolucionários e das falácias revisionistas da camarilha antipartido de Lin Piao, toda a militância do Partido aumentou enormemente sua experiência na luta de duas linhas, elevando sua consciência à respeito da prática da crítica e autocrítica e da gloriosa tradição do Partido de crítica e autocrítica foi, portanto, fortalecida.

Para realizar corretamente a crítica e a autocrítica, devemos primeiro aplicar conscientemente o princípio de “unidade-crítica-unidade”. Isto significa que devemos partir do desejo de unidade e fazer uma clara distinção entre o verdadeiro e o falso, através da crítica e da luta, e sobre esta nova base, alcançar uma nova unidade. Quando travamos crítica, devemos combater duas atitudes errôneas: a primeira consiste em apenas falar de unidade, sem criticar nem combater os erros e deficiências. Os camaradas que adotam esta postura gostam de evitar contradições.  Diante da luta, eles mantêm a boca fechada não refutam as concepções incorretas quando as ouvem, nem se opõem às ações que causam dano ao Partido quando as vêem: “Em qualquer circunstância não tomam posição para evitar maiores complicações”. Comportar-se assim, igual ao “Velho Sábio”, é absolutamente errôneo. A segunda atitude é apenas falar de crítica e luta, sem nenhum desejo de unir-se aos camaradas que tenham cometido erros. Os camaradas que adotam esta atitude fazem julgamentos precipitados e acusações a esmo. Este método não apenas é incapaz de resolver algum problema, mas também causa dano aos camaradas individualmente e à unidade do Partido. O Presidente Mao nos ensinou que: “as declarações devem basear-se nos fatos e a crítica deve centrar-se na política”. (165) Ao realizar crítica e autocrítica, devemos buscar a verdade dos fatos e convencer as pessoas com argumentos racionais; devemos faze-lo regularmente e a tempo, não esperar que os problemas se acumulem e se transformem em sumamente graves para então tentar retificar tudo de uma vez. Seguir este método pode levar a duras perdas, enquanto intervir a tempo significa a possibilidade de reduzir as perdas. Devemos depurar toda a vida da organização, utilizando a arma da crítica e da autocrítica de maneira profunda, de modo que a vida organizativa do Partido siga sendo vigorosa. Os camaradas dirigentes em todas as organizações de todos os níveis do Partido, devem participar na vida da organização da mesma forma que os militantes comuns; devem ouvir modestamente as opiniões e críticas de outros militantes, empreender regularmente a autocrítica e esforçar-se para fazer o trabalho o melhor possível.

Para levar a cabo corretamente a crítica e a autocrítica, os que criticam devem aplicar o princípio: “Dizer tudo o que sabe e dizer sem reservas”; se têm sugestões a fazer, devem faze-las, se descobrem deficiências e erros, devem critica-los. Quanto aos que são criticados, devem ter em mente a causa do Partido e atuar segundo os princípios: “Não culpar quem fala mas cuidar do que diz” e “Corrigir os erros se os cometeu e guardar-se de comete-los se não tiver cometido” e ouvir modestamente as críticas formuladas por outros. Devemos nos atrever a aceitar a verdade e corrigir nossos erros. Não importa quem faça a crítica, se é correta devemos aceita-la. Ainda que a crítica feita por outros não esteja de acordo com a realidade ou se uma análise ou a crítica não são feitas bem conscientemente, devemos porém ouvi-las pacientemente, tomar o que for bom nela e não culpar o crítico, nem muito menos utilizar isto para rechaçar a crítica. Não devemos rir ante os lisonja nem nos enfurecer ante as críticas, e menos ainda nos comportar como “um tigre que não se pode tocar o traseiro”. Alguns camaradas, quando tenham cometido erros e tenham sido criticados, não tentam tirar lição disso de maneira positiva, mas ao contrário, pensam que já não podem “manter a cabeça erguida” e tornam-se passivos e apáticos em seu trabalho, o que apenas agrega novos erros aos primeiros. Quanto aos camaradas que, após terem sido criticados, guardam rancor e buscam vingar-se dos que os criticaram, estão fazendo algo expressamente proibido pela disciplina do Partido, algo contra o qual devemos nos guardar resolutamente. Os quadros do Partido devem ser especialmente rigorosos consigo mesmos e servir como modelos para as massas e para os membros do Partido. Quando criticarem alguém devem, claro, defender os princípios, mas também devem prestar atenção ao método: investigar, buscar a verdade dos fatos, nunca falar ou agir levianamente ou como resultado de rumores, nem repreender alguém por nada. A respeito das críticas formuladas pelos membros do Partido e pelas massas, devem ter amplidão mental proletária, ouvir com modéstia, tirar conclusões das sugestões de outros, extrair delas material para sua educação política, corrigir suas deficiências e erros e fazer bem o seu trabalho.

Para levar a cabo corretamente crítica e autocrítica, devemos empreender o “analisar-nos” rigorosamente nós próprios. O Presidente Mao nos ensina: “A luta do proletariado e das massas revolucionárias para mudar o mundo compreende o cumprimento das seguintes tarefas: mudar o mundo objetivo, e ao mesmo tempo, seu próprio mundo subjetivo – mudar sua capacidade cognitiva e mudar a relação entre o mundo subjetivo e o mundo objetivo”. (166) Para mudar nosso próprio mundo subjetivo, devemos primeiro “analisar-nos” rigorosamente a nós próprios. No todo, um se divide em dois. (167) Isto também é certo quando examinamos a nós próprios; se bem é necessário considerar nossas fortalezas e realizações, devemos ter ainda mais em mente nossas debilidades e deficiências. Apenas analisando regularmente nossas deficiências e erros podemos nós, membros do Partido Comunista, manter sempre nosso estilo de trabalho de prudência e modéstia, e compreender adequadamente a nós próprios para que possamos avaliar nosso verdadeiro mérito. Se não conhecemos a nós mesmos, não podemos aplicar em nós o princípio de um se divide em dois; se vemos apenas nossas realizações e não nossas deficiências, estamos sujeitos a cair na cegueira. Se não analisamos e eliminamos por completo nossas deficiências e erros, nos prejudicaremos a nós mesmos e prejudicaremos a revolução.  Apenas praticando regular e conscientemente a crítica e a autocrítica podemos evitar nos tornarmos vaidosos apesar dos elogios, recordar nossas deficiências quando alcançamos vitórias, não nos tornarmos arrogantes ante o êxito, nem nos desencorajarmos quando enfrentamos fracassos, permanecendo sempre com a mente clara e cheios de elevado espírito revolucionário e vigorosa vontade para a luta revolucionária, sem nunca nos determos no caminho de continuar a revolução e nos preparar para nos tornarmos elementos avançados do proletariado, merecedores do nome.