Exemplos que ilustram a lei da unidade dos contrários (Pequim Informa, 1966) – Parte XII

XII – Difundir a dialética própria das coisas, acelerar sua transformação e alcançar o objetivo da revolução

Nota do Redator: As contradições se resolvem através da luta. Os dois aspectos de uma contradição, em condições dadas e como resultado da luta entre eles, transformam-se invariavelmente em seus opostos. O camarada Mao Tsetung nos tem ensinado que a “tarefa dos comunistas consiste precisamente em denunciar as idéias errôneas dos reacionários e metafísicos, propagar a dialética própria das coisas e acelerar a transformação das coisas a fim de alcançar os objetivos da revolução”.
Seguindo os ensinamentos do Presidente Mao, os operários, camponeses, soldados e quadros revolucionários tem utilizado a dialética materialista nos três grandes movimentos revolucionários: a luta de classes, luta pela produção e experimentação científica, para superar diversas dificuldades e transformar as condições adversas em favoráveis, a passividade em iniciativa, uma má colheita em uma abundante, o atrasado em avançado, as coisas más em boas e o fracasso em êxito, avançando assim de vitória em vitória.

18 – Convertendo a ignorância em conhecimento

Em outubro de 1963, um trabalho de galvanização nos foi encomendado. Requeria-se uma alta qualidade dos produtos, porém nossa fábrica carecia de equipe adequada. Para vencer esta dificuldade, nossa direção encarregou certas experimentações a vários camaradas e a mim. Nós, operários de fundição e técnicos de origem operária, éramos novatos na técnica de galvanizar. No entanto, pensamos, se aprendêssemos conscientemente de outras fábricas do mesmo ramo, poderíamos com segurança ascender da ignorância ao conhecimento. Então fui com meus camaradas à oficina de galvanoplastia de uma fábrica irmã para trabalhar junto com os operários dali. Durante o dia aprendíamos concienciosamente tudo o que podíamos enquanto trabalhávamos com eles. Nas noites, consultávamos os livros e estudávamos com afinco para tirar deles algum conhecimento. Ao mesmo tempo, a fim de dominar verdadeiramente a técnica necessária e obter alguma experiência prática, realizamos algumas experimentações em nossa própria fábrica. Se estas fracassavam, voltávamos a estudar com problemas definidos na mente e realizávamos mais experimentações. Desta maneira, durante três meses fomos umas 50 vezes a essa fábrica, em algumas ocasiões íamos até três vezes ao dia. Nossos estudos concentrados e a entusiasta assistência que recebemos nos permitiram captar a técnica básica da galvanização. Passamos assim de não saber nada a saber algo.

Logo realizamos experimentações para fabricar produtos de acordo com a norma técnica exigida. Porém, como os produtos com que trabalhávamos eram de distintas formas e materiais e se exigia uma alta qualidade em todos os aspectos, não conseguimos descobrir como cumprir com as normas técnicas requeridas ainda que aplicamos toda a experiência aprendida na fábrica irmã e mais de dez fórmulas tiradas dos livros sobre a combinação de materiais. Por conseguinte, frente às novas coisas, sob novas circunstâncias, voltávamos a ser ignorantes apesar de que anteriormente havíamos adquirido de fato algum conhecimento. Num período de três meses e cinco dias, tirando lições de nossos fracassos numas 50 experimentações anteriores, continuamos averiguando, realizando experimentações e investigando. Finalmente, em nossa experimentação número 73 tivemos êxito na criação de uma nova série de processos tecnológicos para a fabricação de produtos galvanizados no padrão exigido.

Este êxito me ajudou a compreender que é natural não entender uma nova técnica, porém que, sempre que sigamos os ensinamentos do Presidente Mao, pratiquemos uma e outra vez, resumamos nossa experiência e extraiamos lições de maneira constante, poderemos passar da ignorância ao conhecimento. Este êxito alcançado na galvanização representa a transformação, mediante a prática, da ignorância em conhecimento, um processo de contínuo aprofundamento do conhecimento.

(Por Cheng Chao-you, operário de bancada da Fábrica de Máquinas Jilian de Harbin. Publicado originalmente em Hongqi, nº 10 de 1965, sob o título “Aprender a aplicar a dialética materialista às inovações técnicas”.)

19 – A seca, uma coisa má, nos impulsiona a fazer a revolução

A seca é, em verdade, uma má coisa para o crescimento de nosso trigo. Entretanto, sob certas condições, as más coisas podem ser convertidas em boas. Tomemos, por exemplo, a experiência de nossa equipe de produção. Nossas terras baixas estão expostas às inundações e com freqüência perdem-se as colheitas. Esta desvantagem nos impulsionou a fazer a revolução na produção. No inverno de 1964 e na primavera de 1965, unimos nossos esforços para converter estes 260 mu de terra em campos elevados – faixas de terra atravessadas por profundas valas – e agora já não temos inundações. As pessoas deste lugar estavam acostumada às inundações, porém no verão passado houve uma seca. Não tínhamos experiência em combater a seca nem meios para fazê-lo. De maneira que nos vimos forçados a aprender a lutar contra a seca. Abrimos 63 poços simples e obtivemos uma colheita nunca vista. Este não é o caso de uma coisa má que se converte em boa?
Agora, esta seca continua e cria dificuldades para a semeadura de trigo. Penso que também esta coisa má pode ser convertida em uma coisa boa. Obriga-nos a construir campos que asseguram rendimentos altos e estáveis. Depois de tomar medidas contra a seca e de finalizar a semeadura de trigo, planejamos revestir de tijolos os poços já existentes e cavar um sistema de canais de irrigação que tenha como base os poços para resguardar nossa zona contra a seca e a inundação. Isto mudará radicalmente a fisionomia de nossa terra que sempre rendeu más colheitas devido à seca ou às inundações. Se não tivéssemos sido compelidos a tomar medidas por estas coisas más, nossa determinação não teria sido tão firme.
Uma coisa má não pode transformar-se automaticamente numa coisa boa. Tal transformação exige uma condição. Qual? A firme resolução de lutar contra as calamidades naturais. Sem esta resolução, as coisas más não podem tornar-se boas. Tomemos, por exemplo, a seca produzida antes deste outono. Se houvéssemos nos submetidos a ela e houvéssemos esperado as chuvas, ainda não havíamos aberto esses poços. Inclusive se os poços tivessem sido cavados, se tivéssemos esperado que nos proporcionassem máquinas para irrigar a terra e tivessem nos negado a usar tornos, varas e cubos para fazer este duro trabalho, a seca não teria sido derrotada. Para transformar as coisas más em boas, nós os quadros e comuneiros devemos ter a energia revolucionária mostrava pelo “Velho bobo que removeu as montanhas”. Eis assim como eu o entendo. Se não tivéssemos esse entusiasmo revolucionário e só tivéssemos esperadoo as chuvas, nunca haveríamos logrado a abundante colheita desse ano. A seca continua, de maneira que temos que seguir esforçando-nos. Confio em que, enquanto persistamos na luta, poderemos mudar radicalmente a fisionomia da produção agrícola que se vê afetada tanto pela seca como pelas inundações.

(Por Sun Siao-yu, chefe de equipe de produção nº 3 da brigada de produção Chaili, distrito de Dingsien, província de Hopei. Publicado originalmente em Hebei Ribao [Diário de Hobei] de 19 de setembro de 1965, com o título de “Palestra sobre a experiência em combater a seca”.)