Exemplos que ilustram a lei da unidade dos contrários (Pequim Informa, 1966) – Parte XI

XI – A vitória do novo sobre o velho constitui uma lei eterna e inviolável

Nota do Redator: Cada coisa contém os dois aspectos: a afirmação e a negação. A luta entre estes contrários que leva constantemente as coisas para seu oposto, significa a substituição do velho pelo novo, isto é, a extinção do velho e o nascimento do novo. O camarada Mao Tsetung disse: “Existe dentro de toda coisa a contradição do novo e o velho, que dá origem a uma série de complicadas lutas. Como resultado do qual, o aspecto novo e menor cresce e se transforma em dominante, enquanto o aspecto velho e maior se apequena e se aproxima gradualmente a sua extinção. No momento em que o aspecto novo se transforma em dominante em relação ao velho, a coisa velha se converte qualitativamente numa coisa nova.” Isto é, a vitória do novo é inevitável e a substituição do velho pelo novo constitui uma lei geral, eterna e inviolável do universo.

Armados com o pensamento dialético do Presidente Mao, tanto as massas de operários, camponeses e soldados, como os quadros revolucionários sustentam que “não há fim para a revolução nem limite para a produção”. Considerando cada “limite” como “ponto de partida”, avançam em forma contínua. A dialética materialista nos ensina que em nossa marcha não devemos tomar nunca uma parada comum no caminho como o objetivo final de nosso avanço.

17 – Não há fim para a revolução nem limite para a produção

É sabido que, como sucede com a revolução em outros campos, a princípio é difícil fazer a revolução da produção e que é ainda mais difícil manter esta revolução em marcha. É difícil a começo porque as pessoas carecem de confiança e de experiência prática e, portanto, vacila em atuar. Logo, uma vez que elas empreendem a marcha, especialmente depois de haver alcançado alguns êxitos em seu trabalho, invariavelmente tropeçam com novas “cercas”, não com simples dificuldades de uma espécie ou outra, senão com todo tipo de idéias incorretas que surgem junto aos êxitos. Por exemplo, nos anos em que iniciamos o trabalho de transformar nossas pobres ladeiras e vales, encontramo-nos com certas dificuldades e tivemos problemas ideológicos. Estes últimos, não obstante, eram bem mais simples e podiam reduzir-se meramente a uma questão de se podíamos ou não triunfar. Atuamos de acordo às palavras dos camponeses pobres e a camada inferior dos camponeses médios: Ponhamos mãos à obra! Não há nada que temer. Quando mais, gastaremos umas poucas jornadas de trabalho. Não perderemos lares nem terra. No entanto, mais tarde, ao ganhar-se uma vitória após outra na transformação de nossas pobres ladeiras e vales, ao efetuar-se mudanças radicais em nossa terra e ao melhorar a vida de nosso povo, surgiram problemas ideológicos de diversos tipos. Em 1958, conseguimos elevar notavelmente o rendimento dos cereais (colhemos mais de 540 jin por mu) e com isto alguns comuneiros apresentaram demandas excessivas para melhorar suas condições de vida pessoais e manifestaram a idéia de que já não cabia um maior desenvolvimento da produção. Algumas pessoas disseram: “Já que obtivemos uma grande colheita de 400 a 500 jin por mu, o importante agora é manter os rendimentos estabilizados nesse nível.” Outras disseram: “Um rendimento de mais de 500 jin por mu não é um assunto simples; pode-se obter colheitas tão altas que rompam os céus?” A questão de que se alguém continuará avançando ou se deterá para descansar é uma pedra de toque que determinará se esta é um revolucionário verdadeiro ou falso. Depois da colheita de outono de cada ano, prestamos atenção às tendências ideológicas desse momento, realizamos a educação no espírito da revolução ininterrupta e criticamos a idéia de que não havia lugar para um maior crescimento da produção. Novos métodos são necessários a cada ano para levar adiante a revolução na produção, para levar as pessoas continuamente adiante. Desde o movimento de cooperação agrícola, vimos praticando a aração profunda; isto significa duplicar a profundidade da camada superior de 10 a 20 cm, em nossa terra cultivada. Com uma camada superior arada de maior profundidade, naturalmente a semeadura cresceu bem; à luz do método de cultivo que utilizávamos nesse tempo, pareceu correto fazer assim. Porém em 1958, ao cultivar o milho, propusemos que se cavasse profundamente e que se transformasse a terra endurecida em “terra fofa” cavucando a terra até uma profundidade de mais de 30 cm para impedir a perda de água. Esse ano, a terra cavucada nesta forma deu uma colheita extra de mais de 200 jin. Isto demonstra que existe um longo caminho que percorrer antes de chegar ao máximo rendimento.

Os êxitos alcançados mediante a aração e cavação profundas nos levaram ao estudo de uma semeadura profunda. Uma experimentação realizada em 1959 provou que semear com profundidade é realmente eficaz. Desta maneira, inventamos outra nova série de métodos conhecidos como “aração, cavação e semeadura profundas”, que se converteu numa arma mágica para a obtenção de maiores colheitas em nossa brigada de Tachai.

Agora, transformamos os sete vales em terra fértil e as ladeiras em terraços e elevamos o rendimento desde menos de 140 jin por mu até mais de 800 jin. Porém, podemos efetuar maiores transformações e obter um rendimento ainda mais alto? Certamente que sim. Até agora, nossa brigada de Tachai não tem nem um mu de verdadeira terra irrigada. Porém a irrigação é vital para a agricultura; sem o desenvolvimento de obras hidráulicas, o crescimento da agricultura é impossível. Um ano de seca pode ser superado; porém se esta calamidade natural persiste durante dois ou inclusive três anos, o que faremos então? Elaboramos um plano preliminar segundo o qual se garante que cada um de nós construa um mu de terra irrigada num prazo de três anos. Ao transformar nossas terras em terras irrigadas, poderemos obter duas colheitas ao ano em lugar de uma e alcançar assim rendimentos ainda maiores.

Desde 1963, prestamos grande atenção ao reflorestamento e logramos alguns êxitos. Estamos decididos a utilizar estes logros para povoar de árvores, nos próximos três anos, nossas colinas pedregosas e áridas.

Atualmente, nos ocupamos especialmente na construção básica de nossas terras. Asseguramos que cada um de nós nivelará um mu de terra de Tachai em um padrão mais alto.

Não há fim para a revolução nem limite para a produção. A idéia de que não há lugar para um maior desenvolvimento da produção reflete em realidade o ponto de vista de que a revolução chegou a seu termo.

 (Por Chen Yong-gui, secretário da célula do Partido da brigada de produção de Tachai, Comuna Popular de Tachai, no distrito de Siyang, província de Shansi. Publicado originalmente em Minzu Tuanjie [Unidade Nacional], nº 1 de 1966, sob título “Algumas questões sobre como tratar as condições naturais”.)