X – Resumir constantemente a experiência e passar do reino da necessidade ao da liberdade
Nota do Redator: O desenvolvimento de todas as coisas está governado por leis. A lei é a necessidade. O homem, através da prática, chega a conhecer as leis que governam as coisas e logo utiliza as leis objetivas para transformar o mundo durante sua prática e alcançar os resultados previstos. Até então não goza de liberdade. A necessidade e a liberdade formam uma unidade de contrários. A liberdade significa o conhecimento da necessidade e a transformação do mundo objetivo sobre a base da necessidade. No processo de conhecer e transformar o mundo, o homem, inevitavelmente, transforma continuamente seu estado passivo de cegueira num estado ativo de consciência de si mesmo, isto é, passa do reino da necessidade ao da liberdade. O camarada Mao Tsetumg nos ensinou: “A história da humanidade é a história do desenvolvimento contínuo do reino da necessidade para o reino da liberdade, este processo não terminará jamais. Nas sociedades em que existem classes, a luta de classes não terminará. Nas sociedades sem classes, jamais terminará a luta entre o novo e o velho, entre o justo e o errôneo. Nas esferas da luta pela produção e da experimentação científica, a humanidade avança sem cessar e a natureza, de igual maneira, desenvolve-se; nunca se deterão num nível determinado. Portanto, o homem deve sintetizar constantemente suas experiências e realizar descobrimentos, invenções, criações e progressos.”
De acordo com os ensinamentos do Presidente Mao, as grandes massas de operários, camponeses e soldados, assim como os quadros revolucionários, nos três grandes movimentos revolucionários: a luta de classes, a luta pela produção e a experimentação científica, incessantemente tem resumido sua experiência, tem conhecido e dominado as leis objetivas e tem passado do reino da necessidade ao da liberdade, acelerando assim o ritmo de nossa revolução e construção socialistas.
16 – Utilizar as leis objetivas e desenvolver continuamente a produção
Em Sobre a prática, o Presidente Mao disse: “Se os homens aspiram a conseguir êxitos em seu trabalho, isto é, a chegar aos resultados esperados, tem que fazer sem falta com que suas idéias estejam de acordo com as leis do mundo exterior objetivo; em caso contrário sofrem uma derrota na prática.”
Só quando dominamos as leis que governam a produção, podemos levar a cabo em forma satisfatória a luta pela produção. No passado, ao perfurar poços para de água, amiúde fazíamos escavações que se desviavam da direção vertical. Só recentemente nossos poços foram abertos em forma vertical e conforme as normas. Os altos e baixos que sofremos durante mais de dois anos a este respeito nos fizeram compreender esta verdade assinalada pelo Presidente Mao.
Em 1962, nos foi designado a tarefa de abrir um profundo poço exploratório. As condições geológicas eram muito complexas e tiveram lugar vários acidentes durante a perfuração realizada por outras entidades. Antes de começar, não fizemos um bom estudo das razões dos fracassos dos outros, nem pensamos nos problemas que poderiam surgir. Presumimos que seria muito fácil para nós cumprir a tarefa designada devido a que nossos perfuradores eram operários veteranos com uma antiguidade de mais de 10 anos, que tinham uma rica experiência e uma alta habilidade. Alguns inclusive pensaram em “gabar-se”. Quando começou o trabalho, longe de fazê-lo melhor que nossos predecessores, sofremos mais acidentes que nunca e perfuramos um poço inclinado atrás do outro. O resultado foi que o trabalho se realizou em forma muito defeituosa. O custo alcançou aos 10.000 yuans. O tempo ocupado foi o dobro do que se havia designado para o trabalho. Além do que a qualidade do poço não alcançou o padrão requerido.
Por que fracassaram nossos experimentados perfuradores? Resultava que eram especialistas em perfurar poços com a ajuda do revestimento de tubos, porém agora estavam fazendo perfuração com lama. E, além do que, o diâmetro da escavação passada dos 30 pés em vez dos 16 que acostumavam fazer. Muitos camaradas nunca haviam tido uma experiência em perfurar desta maneira. A antiga experiência já não era válida. Devido a que desconhecíamos as leis que governavam a perfuração com lama e a que éramos incapazes de determinar com precisão as mudanças estratigráficas enquanto perfurávamos, os problemas seguiam surgindo. Depois que o trabalho foi determinado, não resumimos conscientemente nossa experiência, nem extraímos as lições necessárias, nem trabalhamos com empenho para dominar as leis da perfuração com lama, nem tampouco descobrimos porque nossa perfuração se desviava da direção vertical. Portanto, no ano seguinte, os acidentes continuavam produzindo-se com freqüência. Alguns camaradas se desanimaram e se sentiram pessimistas. Chegaram à conclusão de que as complexas condições geológicas desta zona tornavam difícil a solução do problema do desvio e perderam confiança em que poderiam melhorar a qualidade de seu trabalho.
Pouco tempo depois, quando encontramos a causa de nosso mau trabalho, nossas mentes se libertaram. Realizamos um sério resumo de nossa experiência de fracassos nos anos passados e descobrimos não poucos defeitos que explicavam a baixa qualidade de nosso trabalho. Desfizemo-nos de nossos envaidecimentos e auto-satisfação e formulamos algumas medidas preliminares de melhoramento. Então, através de constantes ensaios e melhoramento na prática de nossos métodos de operação, nos desprendemos do estereotipado método de medir a inclinação da escavação do poço – uma prática que entravava a produção e que tinha pouco valor prático – e o substituímos por métodos para estabilizar a máquina perfuradora. Montamos sobre a cabeça da haste duas pesadas barras cilíndricas que serviam para aumentar a força das marteladas. A fim de enfrentar o problema da vibração do cabo [que sustentava a cabeça da haste], a qual funcionava como dobradiças para manter firme o cabo e dessa maneira assegurarmos contra a inclinação. Além do que se introduziram alguns novos métodos de operação práticos e eficazes, resultado dos quais foi o grande melhoramento da eficiência e a qualidade. Mesmo insatisfeitos, continuamos nossos estudos e realizamos oito inovações técnicas à luz dos requisitos estabelecidos para os poços exploratórios profundos. Depois de repetidos ensaios, vencemos as dificuldades que surgiam da presença de demasiada areia movediça e melhoramos o método de encher a base do poço com brita e cascalho. Nesta forma não só economizamos investimentos e matérias primas, senão que também poupamos mais de 100 horas/homem.
Em fevereiro de 1965, foi novamente solicitado ao nosso instituto que perfurássemos um poço operacional com as mesmas especificações em profundidade e outros requisitos que o poço exploratório perfurado por nós em 1962. Esta vez, como estávamos familiarizados com as leis que governavam a perfuração com lama e como havíamos adotado novos métodos de perfuração, o poço estava ao nível da direção vertical e todo o trabalho durou somente 18 dias em vez dos seis meses que demoramos em 1962. O investimento total foi só de 3.800 yuans e a qualidade do trabalho era a requerida.
Estes feitos me fizeram compreender: a menos que conheça as leis das coisas objetivas, o homem permanecerá sob o controle das leis das coisas objetivas, não poderá ter a iniciativa na produção e, em conseqüência, não poderá levar esta adiante de modo satisfatório. Só quando o homem conhece as leis das coisas objetivas, pode dominar estas leis para que sirvam e impulsionem a produção. Porém quando a produção alcance certo grau em seu desenvolvimento, surgirão novos problemas. Isto requer um novo conhecimento para resolver as novas contradições entre o subjetivo e o objetivo. O homem pode pôr em pleno jogo sua atividade subjetiva e realizar descobrimentos, invenções, criações e progressos somente quando, através do repetido processo de praticar e conhecer, praticar de novo e conhecer de novo, resolve constantemente as contradições que aparecem entre sua compreensão subjetiva e a realidade objetiva durante a produção.
(Por Yi Chang-le, da filial do sudoeste da China do Instituto de Exploração Múltiple do Ministério da Construção. Publicado originalmente em Gongren Ribao de 3 de junho de 1965, com o título “Resolver constantemente as contradições entre o subjetivo e o objetivo”.)