Leia também os demais textos:
Parte 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8.
IX – Tratar corretamente a relação entre os homens e as coisas e entre a política e o trabalho; colocar em primeiro lugar o fator humano e o político
Nota do Redator: Na relação entre os homens e as coisas, o fator humano deve ser posto em primeiro lugar. Na relação entre a política e o trabalho, o fator político deve ser posto em primeiro plano. O camarada Mao Tsetung disse: “Do que existe no mundo, o mais precioso é o homem. Sob a direção do Partido Comunista, enquanto existam os homens, poderá se realizar todo tipo de milagres.” Ademais assinalou que o trabalho político e ideológico é a linha vital de todo trabalho. Devemos colocar o pensamento Mao Tsetung no posto de comando, dar prioridade à política e fomentar a revolucionarização de nosso pensamento para por em pleno jogo a atividade subjetiva do homem.
As massas de operários, camponeses e soldados, assim como os quadros revolucionários, têm razão ao dizer: “Se os homens observam as palavras do Presidente Mao, as máquinas funcionam de acordo com os desejos dos homens.” “Os homens armados com o pensamento Mao Tsetung são a maior força combativa.” Não temem nem aos céus nem à terra, nem a deuses nem a fantasmas. Frente às dificuldades, desencadeiam um intrépido espírito revolucionário e logram milagres que não têm paralelo. Tudo isto demonstra vivamente a grande verdade de que o fator humano e o fator político e ideológico devem ser colocados em primeiro lugar.
14 – Se não existem boas condições, criá-las e lograr que o trabalho se realize bem
Wang Chin-si e seus camaradas da equipe de perfuração nº 1205 participaram na batalha para abrir e construir o campo petrolífero de Daching.
Quando chegou a equipe de perfuração, não havia gruas suficientes para descarregar do trem a máquina perfuradora de 60 toneladas e montá-la. Todo mundo estava preocupado pelo que devia se fazer. Celebrou-se uma reunião da célula do Partido. Wang Ching-si, o Homem de Ferro, disse: “Não importa! Podemos resolver sem gruas. Contamos com nossa ‘arma mágica’!” “Que ‘arma mágica’?”, perguntou alguém. O Homem de Ferro respondeu: “Seres humanos! O Presidente Mao não há nos ensinado que o fator humano, está em primeiro lugar? Discutamos esta matéria.” Alguém disse: “Devemos levar as máquinas ao terreno de perfuração mesmo que tenhamos que arrastá-las a mão e carregá-las sobre os ombros.” “Muito bem! Devemos pôr mãos à obra e não esperar. Se as condições são boas, devemos trabalhar. Se não são, devemos criá-las e trabalhar da mesma maneira. Não importa o quão grandes sejam as dificuldades, devemos empreender o trabalho!”, disse o Homem de Ferro. Toda a equipe entrou imediatamente em ação. Fieis ao estilo de trabalhadores avançados, lançaram-se à batalha com a mesma vontade. Trabalhando junto com seus 30 companheiros, o Homem de Ferro e o instrutor político usavam a mesma alavanca de transporte e iam sempre à vanguarda realizando o dobro do trabalho que faziam seus companheiros operários. Todos mostravam grande entusiasmo e descarregavam em meio de canções sobre o trabalho.
Nesta forma tiraram as máquinas perfuradoras do trem em um dia e em outros três dias e noites instalaram na estepe a torre de perfuração que tinha 40 metros de altura.
Estavam prontos para iniciar a perfuração, porém as tubulações ainda não estavam instaladas e faltavam caminhões tanques. Como trazer a água? Uma máquina perfuradora sem água é como um homem sem sangue. Deviam esperar? Não, claro que não! O tempo pertencia ao Partido e ao Estado. Ninguém tinha direito a mal dilapidá-lo. Alguém sugeriu: “Tragamos água nas nossas bacias para começar a perfuração!”
Outros se opuseram a isto qualificando-o de “Absurdo!”.
O Homem de Ferro replicou: “Como será também um absurdo a perfuração?”
O crítico arguiu: “Porém já ouviste falar alguma vez de algum país que ande transportando água em bacias para perfurar?”
Wang Chin-si expressou: “Sim, nosso país! Devemos perfurar ainda que tenhamos que usar urina.”
Cubos grandes e pequenos, bacias e inclusive cilindros extintores foram utilizados para transportar água.
Não trabalharam muito tempo quando começou a vazar a lama da perfuração. Podia esta dificuldade acovardar as pessoas que não temiam aos céus nem à terra? Unicamente disseram: “Mais água!” Quando se esgotou a água dos poços da aldeia, dirigiram-se a um lago vizinho, quebraram o gelo e carregaram água dali até o local da perfuração, uma distância de meio quilômetro. Os sapatos se converteram em massas de gelo e as mãos se intumesceram de frio. Entretanto, todos trabalhavam com um entusiasmo ainda maior. Trouxeram 200 toneladas de água, compensaram a perda provocada pelo vazamento e continuaram com a perfuração.
O primeiro poço foi aberto em seis dias, a marca de perfuração mais alta nesse tempo. Também a qualidade do trabalho foi excelente. Esta foi uma vitória da grande idéia de “colocar o fator humano e político em primeiro lugar”.
(Publicado originalmente em Gongren Ribao [Diário dos Operários] de 3 de janeiro de 1966, com o título “Wang o Homem de Ferro: esplêndido representante da classe operária”.)
15 – Se o homem escuta as palavras do Presidente Mao, a locomotiva funciona conforme os desejos do homem
A locomotiva tipo Jiefang nº 1153 que eu conduzia fora fabricada durante o período do domínio nipo-títere. A máquina era velha e ultrapassada, além do que sua combustão de carvão era péssima. Fizéssemos o que fizéssemos, não podíamos obter uma redução de seu consumo de carvão. Era como se o homem propusesse e a máquina dispusesse. A pouco tempo li Sobre a guerra prolongada e obtive dela uma grande inspiração. O Presidente Mao disse aí: “As armas são um fator importante na guerra, porém não o decisivo; o fator decisivo é o homem e não as coisas.” Isto também é certo para fazer economias no carvão, pensei. A locomotiva é algo inanimado enquanto o homem é um ser vivo. O homem não deve ser intimidado pelas condições desfavoráveis, de sorte que decidi transformar as condições desfavoráveis em favoráveis.
Como poderia melhorar a combustão de carvão? Estudei o assunto dia após dia, no trem e em casa. Finalmente me dei conta de que o problema podia ser resolvido aumentando a quantidade de ar. Descoberta a causa da má combustão, toda a equipe, junto com o pessoal de manutenção, solucionou o problema com esforços mancomunados. Triunfamos depois de mais de dez provas.
Pouco depois de que a velha contradição foi resolvida, surgiu uma nova. A combustão havia melhorado, porém às vezes, ainda não podíamos diminuir o consumo de carvão. Qual era a razão? Depois de investigar, descobri que isto tinha algo a ver com o método de operação. Não era fácil manter uma velocidade estável e a força de inércia da locomotiva não era bem utilizada ao subir um declive. Com estes dois problemas na mente, pedi conselho a alguns condutores experimentados. Ajudaram-me a resolvê-los e ademais me transmitiram muitos métodos de economizar carvão. Tudo isto era bom, porém senti que podíamos fazê-lo melhor. Pensando uma e outra vez, compreendi que não estava seguindo inteiramente os ensinamentos do Presidente Mao de que se deve partir da realidade e efetuar uma análise concreta das condições concretas. O funcionamento de distintas locomotivas era diferente e também o era a habilidade dos camaradas que as conduziam. Além do que a quantidade de carga transportada cada vez era a mesma e as condições do tempo eram imprevisíveis. Não podíamos, portanto, copiar mecanicamente a experiência de outros. Para aprender a economizar carvão, tivemos que ir à prática e descobrir métodos apropriados às leis que governavam nossa própria locomotiva. Sobre a base de aprender as qualidades dos demais, devemos seguir nosso próprio caminho. Desde então, em meus dias livres acostumava viajar com os camaradas de outros dois turnos e observar sua técnica de alimentar o fogo. Algumas vezes eu também intervinha para obter assim uma experiência pessoal. Depois de resumir constantemente nossa experiência durante vários anos, elaboramos uma série de métodos para reduzir o consumo de carvão e os empregamos ano após ano.
A prática tem provado que, enquanto utilizemos o pensamento de Mao Tsetung para guiar nosso trabalho, tratemos como é devido a relação entre o homem e a máquina e trabalhemos como amos e não como escravos desta, iremos de êxito em êxito e continuaremos avançando. Como dissemos agora: se o homem escuta as palavras do Presidente Mao, a locomotiva funciona conforme os desejos do homem.
(Por Sun Wan-you, condutor chefe de locomotiva do ramal Meijekou do Birô Ferroviário de Chilin. Publicado originalmente em Congren Ribao de 24 de setembro de 1965, com o título “Pôr a dialética na locomotiva”.)