VI – Prestar atenção aos limites quantitativos que determinam as qualidades das coisas e realmente “ter os números na cabeça”
Nota do Redator: As coisas têm tanto limites qualitativos como limites quantitativos. O movimento de uma coisa se manifesta em dois estados: o estado de mudança quantitativa com os dois aspectos contraditórios dentro de uma coisa em um estado de unidade relativa e o estado de mudança qualitativa, a dissolução desta unidade e a transformação de uma coisa em outra. A luta entre os dois aspectos contraditórios dentro de uma coisa gera a contínua transição da mudança quantitativa à mudança qualitativa e da mudança qualitativa à mudança quantitativa. Mao Tsetung nos ensina que devemos prestar atenção aos “limites quantitativos que determinam as qualidades das coisas” e realmente “ter os números na cabeça”. Nosso trabalho exige que tratemos corretamente a relação entre quantidade e qualidade, analisemos as contradições dentro das coisas e descubramos real e claramente os limites quantitativos que determinam a qualidade delas.
Durante o estudo e aplicação de maneira viva do pensamento de Mao Tsetung, as massas de operários, camponeses e soldados, assim como quadros revolucionários, têm aprendido gradualmente a utilizar esta lei dialética da transformação da quantidade em qualidade e vice-versa. Por exemplo: No atual auge da produção industrial, os operários e empregados em geral das fábricas, minas e empresas prestam atenção à relação dialética entre a quantidade e qualidade dos produtos e trabalham incessantemente para aumentar a produção sob a condição de manter a qualidade como o predominante de seu trabalho. Acreditam que só assegurando a qualidade pode haver um real aumento da quantidade, uma real rapidez e uma real economia na prática. Inumeráveis exemplos mostram em forma convincente que qualquer trabalho só se poderá fazer bem se apreendemos “os limites quantitativos que determinam a qualidade das coisas” e se realmente “temos os números na cabeça” como indicou o Presidente Mao.
10 – Ao produzir aço em convertedores, há que se esforçar pela rapidez sobre a base de uma melhor qualidade
Devemos tratar corretamente as relações entre quantidade, rapidez, qualidade e economia na fabricação de aço em convertedores. Através de meu trabalho no terreno mesmo, aprendi que o mais importante é tratar em forma apropriada a relação entre qualidade e rapidez. A característica destacada dos convertedores é a velocidade: uma fornada de aço se elabora a cada 20 minutos aproximadamente. Maior rapidez, isto é, o menos tempo empregado para produzir uma fornada de aço, significa mais aço para o país. A rapidez é o que distingue os convertedores. Porém é relativamente difícil manter sob bom controle todas as operações quando se quer reduzir o tempo de cada fornada.
Como acelerarmos a produção ao esforçarmos por uma qualidade mais alta? Primeiro que todos devemos ter as coisas claras em nossa mente. No passado, a “rapidez” ocupava o primeiro plano em nossos pensamentos. Tão logo se iniciava nosso turno diário, tínhamos em mente obter o maior número possível de fornadas durante esse dia. Não entendíamos plenamente a necessidade de lograr maior rapidez em base a uma melhor qualidade e, devido a isso, era freqüente que chocávamos com problemas. Tomemos por exemplo o período da Festa da Primavera de 1965. Durante um tempo consideramos as coisas de maneira unilateral e unicamente prestamos atenção à quantidade, à obtenção de maior número possível de fornadas e descuidamos do aspecto de por a qualidade no primeiro plano. Marcamos um novo recorde em quantidade, porém a qualidade se ressentiu e isto criou dificuldades para as operações posteriores. Isto afetou a qualidade do trabalho na sessão de laminação. Ainda é doloroso pensar nisto! Desde o ângulo da fundição, as coisas marcharam mais rápido e produzimos mais aço. Porém, vistas desde o ponto de vista do conjunto, as coisas andavam lentamente, a qualidade caiu e obtivemos menos aço. No conjunto, vimos que perseguir unilateralmente a quantidade e a rapidez sem prestar atenção a pôr a qualidade em primeiro termo conduzia a perdas.
No trabalho, amiúde nos encontramos com a relação entre um minuto e 20 minutos. Algumas vezes, sabíamos que uma fornada era duvidosa porque há havíamos vigiado cuidadosamente durante a fundição, porém quando chegava o momento de esvaziá-la corríamos o risco e a esvaziávamos sem esperar um minuto extra para a decisão do analista. Isto levou às vezes a obter aço de qualidade inferior ou inclusive a que toda uma fornada tivesse que ser desprezada. Ao contrário, algumas vezes dávamos ao convertedor uns quantos minutos mais de tempo de fundição devido a que duvidávamos da qualidade. Isto parecia lento, porém em realidade era mais rápido. Com freqüência nos encontrávamos em tal situação. A razão reside em que não nos esforçávamos com constância por produzir mais com base numa melhor qualidade. E em várias oportunidades, próximo do fim de um turno, em momentos em que restava pouco tempo, inclinávamos mais o convertedor e aumentávamos a pressão do ar a fim de reduzir o tempo de fundição. O resultado foi, na maioria dos casos, que as impurezas se eliminaram mais lentamente, ficou uma quantidade de fósforo e por isso tivemos que prolongar o tempo de fundição e vigiar uma fornada de aço defeituosa que se estava elaborando. A própria qualidade do aço foi afetada. De sorte que isto não proporcionou nem mais aço nem mais rapidez, nem boa qualidade nem economia.
E claro, a rapidez também é importante. Porém, somente assegurando primeiro mais variedade e mais alta qualidade e logo esforçando-se pela rapidez é possível produzir a maior velocidade mais e melhor aço. Às vezes, a fim de ter “segurança”, perdemos o tempo mais apropriado para esvaziar. Quando isto ocorria, havia controle sobre a quantidade de carvão, ou, se a fundição era prolongada, obtínhamos uma fornada de qualidade inferior. É muito importante manter sob controle a temperatura interna do convertedor. Se a fundição se prolonga e as operações se retardam, a temperatura baixará e o resultado será a obtenção de lingotes de aço defeituosos ou inclusive toda a fornada se porá a perder. Daí que devemos ser audazes e cuidadosos, ter “números na cabeça” e lograr maior rapidez garantindo primeiro a qualidade.
Em resumo: produzir mais com base na qualidade assegura um aumento real da quantidade; fazer mais em menos tempo sobre a base da qualidade assegura uma rapidez real; e só se podem obter economias à base de qualidade. Isto reflete bem as leis objetivas para tratar as relações entre a quantidade, rapidez, qualidade e economia ao elaborar aço mediante convertedores.
(Por Wang Ming-chang, chefe de turno da sessão de convertedores nº 2 da Usina de Ferro e Aço nº 3 de Shangai. Publicado originalmente em Zhongguo Qingnian Bao [Jornal da Juventude Chinesa] de 11 de setembro de 1965, com o título “A dialética na elaboração de aço mediante convertedores”.)
11 – Grande quantidade em alta qualidade
Todo produto tem dois aspectos: o quantitativo e o qualitativo. Estão em contradição um com outro e coexistem em uma entidade única e por isso existe interdependência, luta e desenvolvimento. Ambos aspectos se combinam para determinar o nível de um produto. No passado eu acostumava ver somente o contraste entre qualidade e quantidade e não sua unidade, de modo que, quando a direção chamou a aumentar a produção, eu unicamente pensava em quantidade e não em qualidade. Em minha mente a qualidade não importava muito. Porém tomemos por exemplo o caso dos pneus. Digamos que a vida normal de um pneu é de 50.000 km. Então um pneu de alta qualidade que possa usar-se para 100.000 km equivalerá a dois em duração. Isto ilustra como a alta qualidade contem grande quantidade. Portanto, na produção devemos basear-nos persistentemente numa melhor qualidade para lograr maior quantidade de produtos e alcançar também a rapidez e a economia. Em nenhum momento se deve esquecer a “qualidade”. Se, dada a má qualidade, um pneu não pode fazer o trabalho que lhe corresponde ou inclusive tem uma vida de somente 25.000 km, então dois pneus equivalerão a um e, ainda que a produção possa ter aumentado, unicamente de nome se logrou uma maior quantidade. Esta é a relação dialética entre qualidade e quantidade. Porém, é claro, também é unilateral se alguém, sob o pretexto de buscar uma alta qualidade, não se esforça energicamente por obter uma maior quantidade de produtos sobre a base de uma qualidade garantida. Se, a fim de melhorar a qualidade se diminui a produtividade e se eleva o custo da produção, isto tampouco estará de acordo com o espírito de quantidade, rapidez, qualidade e economia.
(Por Li Bao-chang, operário da Fábrica de Borracha Hualin de Mudanchiang. Publicado originalmente em Heilongjiang Ribao [Diário de Jeilongchiang] de 20 de Júlio de 1965.)
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