Nota do blog: Publicamos declaração do Comitê Central do Partido Comunista do Brasil – Fração Vermelha recebida por correio eletrônico.
Proletários de todos os países, uni-vos!
Sobre os incidentes de 1º de Maio em Berlim, o internacionalismo
e a luta de duas linhas pela unidade do Movimento Comunista Internacional
Ao Movimento Comunista Internacional, aos revolucionários proletários da Alemanha e anti-imperialistas em todo o mundo
No dia 1o de maio, a chamada “Jugendwiderstand” [“Resistência Juvenil”] (JW), atacou deliberadamente ativistas revolucionários durante a marcha de 1º de Maio em Berlim. Os ativistas que foram agredidos, faziam parte do Bloco Internacionalista e carregavam lenços e estandartes da Campanha Mundial pelos 200 anos do grande Karl Marx, com a consigna de “proletários de todos os países, uni-vos! Estes são os mesmos ativistas que há tempos, na Alemanha e no exterior, têm estado à frente da Campanha Internacional de Apoio a Guerra Popular da Índia, das ações de apoio à Guerra Popular Peru, Filipinas, Turquia, bem como à luta revolucionária no Brasil e América Latina.
Este incidente não resultou de uma acalorada discussão política que tenha transgredido os limites, mas foi uma ação de agressão de surpresa e covarde, sem qualquer justificativa a militantes revolucionários. É um fato grave que converge sinistramente com a ação da reação imperialista, pois ocorreu precisamente quando o Estado imperialista alemão havia desencadeado uma odiosa caçada às bruxas, que prossegue, contra os revolucionários acusados de ações violentas durante a cúpula do G20, em Hamburgo-Alemanha, em julho de 2017.
Consideramos este um grave problema para todo o movimento democrático revolucionário em geral e comunista em particular, frente ao qual se exige a clara tomada de posição por parte de todos os verdadeiros comunistas e democratas revolucionários. Desde seu acontecimento condenamos, rechaçamos e aplastamos tais atitudes e nos reservamos um tempo maior para, com base no exame detido das informações e declarações públicas apresentadas pelas organizações diretamente envolvidas, nos pronunciar publicamente.
Os ativistas agredidos são parte do crescente movimento revolucionário na Alemanha, no seio do qual, está se levando a dura e irrenunciável luta de duas linhas em prol da necessária, pendente, atrasada e grandiosa tarefa da reconstituição do Partido Comunista da Alemanha. Luta e tarefa que são parte inseparável da luta pela futura reconstituição da Internacional Comunista, unida à intensa luta dos partidos e organizações marxistas-leninistas-maoístas da Europa, Ásia e América Latina. Todo este movimento revolucionário na Alemanha é parte e representa o verdadeiro internacionalismo, o internacionalismo proletário.
Como expôs de forma clara o Comitê Bandeira Vermelha-CBR da Alemanha sobre os acontecimentos, a “JW” sob o comando direto e pessoal de seu dirigente aproveitou a situação em que, os maoístas de Berlim participavam da manifestação, para desfechar a agressão física contra eles. É importante reproduzir sua descrição e sua compreensão do porque desta histeria:
“Nossos camaradas participaram na manifestação das 18:00 horas, em Berlín, com a frente mencionada no bloco internacional. Há forças ativas muito diversas nesta manifestação, que sempre mobiliza umas 10.000 pessoas. Não é uma manifestação liderada por comunistas. Estas pessoas, que organizam esta manifestação não são pessoas das que seriamente esperamos que desafiarão a este Estado, por dizê-lo muito diplomaticamente. Porém é uma manifestação, donde as massas querem lutar. Donde os revolucionários querem lutar. Donde os comunistas têm que ser a voz clara do proletariado. E isto é o que tem feito os camaradas. Lograram uma participação espontânea das massas. O entusiasmo das massas pela faixa resultou que nossos camaradas não tiveram que carregá-la senão foi o companheiro que entregou a faixa nas mãos das massas. Quando perguntaram a um companheiro das massas se estava cansado ou se quería que alguém o revesasse, respondeu: ‘não soltarei esta faixa até o resto de minha vida.’ Este é o trabalho dos maoístas em Berlim.
Isto causou um profundo ódio ao liquidacionismo de direita. Este ninho de ratazanas caminhou por trás das fileiras da polícia. As fileiras, que separam a manifestação dos espectadores. Então o cabeça deste bando deu a ordem direta de atacar, se precipitaram sobre a manifestação através das fileiras da polícia e atacaram às massas do coletivo internacionalista de Berlim. Por suposto, não foram obstaculizados pela força repressiva do Estado reacionário. Estes miseráveis ameaçaram os companheiros sob a liderança operativa direta do capataz. Disseram aos camaradas que não fizessem atividades em Neukölln, porque na linguagem neandertal desta pandilha esse é ‘seu distrito’ (Kiez). Antes que as massas pudessem mobilizar sua resposta, as ratazanas se retiraram, buscando a proteção da polícia alemã.” …. “Em consequência: este ninho de ratazanas, que sempre fugiu da luta ideológica e política aberta, que nunca formulou nenhum documento de crítica sobre a vanguarda proletária em formação na RFA começaram a atacar fisicamente os companheiros mediante a mobilização de tropas de valentões lumpens.
Porque esta gentalha faz um ataque assim agora? O fazem para ocultar sua ruidosa derrota. Ninguém deve falar sobre o fato de que sua chamada manifestação das 13:00 horas foi um grande fracasso. Desde que começaram este teatro, tem obtido cada vez menos. Se tornam cada vez mais isolados. Os únicos que a eles se unem são lumpens e outros reacionários. Não é interessante que levem bandeiras. Por suposto que odeiam a nossos camaradas por isso. Declaramos com orgullo: Sim, é nossa culpa. Sim, temos argumentado contra eles. Sim, denunciamos seus puntos de vista políticos. Sim, vendemos o Rote Post em Neukölln, e bastante bem. E sim, vendemos a revista Klassenstandpunkt [Posição de Classe] em cada ‘local da esquerda’ em Berlim. Por isso, as pessoas lhes gostam menos. Sim, temos difundido a crítica escrita dos companheiros de Klassenstandpunkt. Sim, seguramente sejamos um pouco culpados por sua derrota.”…
…. “Qual é a consequência disto? Cremos que podemos resumir asssim: sob as condições da caça às bruxas anticomunista, nas quais centenas de revolucionários na RFA são processados, a vanguarda proletária em formação avança com os comunistas de todo o mundo num ato solidário.
Contra isto há sobretodo um liquidacionismo de direita que não quer ter um Partido militarizado. Que trafica com as lutas dos povos do mundo e entretanto degeneraram em pandilhagem mais degenerada e miserável que só podem existir em Berlim.
A publicação de Rote Post, um periódico, que da vóz e ouvido às massas mais profundas e amplas, fez que este grupo se desesperasse. Isto mostra o poder, a força, a invencibilidade da aplicação do maoísmo. Quando os maoístas se atrevem a não limitar-se às declarações gerais, senão a dizer os problemas reais das massas numa forma e um estilo que permitem a mobilização, a organização e a politização e, em perspectiva, o armamento das massas, o revisionismo treme de medo. Um resultado importante da distribuição do Rote Post foi o ataque de três lumpens a dois camaradas, que venderam o Rote Post em Sonnenallee (uma rua de Berlim). Envoltos com grossas correntes de ouro e demais complementos de lumpem, queriam proibir aos camaradas de vender o Rote Post em Neukölln.”
Já em sua “resposta”, a “JW” ademais de atacar o CBR como uma seita de “dogmáticos”, “ultra dogmáticos” de “pensamento estreito”, pretende eludir o problema, procurando se eximir de qualquer responsabilidade, com a alegação tergiversadora de que é apenas: “uma organização revolucionária de jovens – não como uma organização de quadros comunistas, ou como um partido, ou como uma organização de construção partidária. – portanto, não estamos sujeitos a nenhuma de suas diretrizes”.
Ou seja, essa agrupação de jovens se autoproclama fora dos marcos do movimento comunista. Porque então esta agrupação realizou um ataque contra um contingente de ativistas revolucionários que é parte do movimento de luta pela reconstituição do Partido Comunista da Alemanha que, enquanto tal é parte do Movimento Comunista Internacional e da luta pela futura Internacional Comunista? E, porque este pequeno incidente reveste-se de tanta importância para o desenvolvimento atual do MCI?
Por sua vez, curiosamente, desde o ocorrido e até agora, após a denúncia contundente dos ativistas e organizações diretamente agredidas e, inclusive, da declaração cínica e tergiversadora dos fatos, por parte dos covardes agressores, a “JW”, e da tomada de posição de outros partidos do MCI, alguns personagens “proeminentes” no movimento internacional, sempre muito ativos nestas ocasiões, nada mencionaram a respeito guardando um conivente silêncio, e embora conheçam os fatos se fazem de surdos, cegos e mudos e menos ainda tomam posição clara e pública.
Não foi por casualidade que este nefasto acontecimento ocorreu na Alemanha e em Berlim. Há alguns anos o movimento comunista na Alemanha vive um poderoso desenvolvimento, pois ali os avanços da esquerda maoísta estão se manifestando de forma contundente, rompendo com acomodação de uma longa tradição de revisionismo e reformismo. É o mesmo CBR que, em seu manifesto, expõe a contradição do movimento proletário no país:
“A ideologia do proletariado nasceu aqui. E aqui foi negada por primeira vez. O marxismo é uma ‘invenção alemã’, porém também o é o revisionismo. Bernstein, Kautsky. Alemães. Só Alemanha pôde criar um Ebert ou Noske. O que está claro desde o princípio: na Alemanha, a contradição deve ser agudizada. Não há um caminho intermediário na Alemanha, como nosso Marx disse, esta pequena Alemanha prussiana, que se fundou no genocídio do povo eslavo pela Ordem Teutônica. Não há ‘paz social’. Na Alemanha há duas opções. Submissão ou luta pela vida ou a morte. Nós, que continuamos o trabalho de Karl Marx neste terreno, não nos submeteremos. Portanto, sempre insistimos em que o partido do proletariado tem que ser uma máquina de combate. Tem que ser uma máquina de guerra de classes sem piedade. Os comunistas neste país só tem que seguir esse caminho desde o princípio. Este não é um caminho fácil. Não é um caminho agradável para aqueles que querem seguir vivendo miseravelmente neste sistema. Aqueles que querem viver neste sistema ruinoso, moribundo e parasitário. Não é nada para aqueles que querem viver como sempre. Aqueles que o querem cômodo. Conforme a isto, a resistência contra esse camino tem que surgir da forma daqueles que por motivos ‘pessoais’ é dizer motivos egoístas, individualistas querem aproveitar-se da luta dos povos do mundo, da luta da classe operária para seus intereses de lumpen e de mente fechada. Assim é como surge o liquidacionismo de direita.”
A “JW” de Berlim, surgiu a partir de um grupo que se separou do CBR por diferenças ideológicas, políticas e de métodos, mas principalmente por capitular da luta pela reconstituição do Partido Comunista da Alemanha, recusando a luta de duas linhas, para se conformar como grupo a parte.
O ato torpe da gente da “JW”, não é difícil para ninguém concluir que é sintoma de desespero, porém é expressão política e de método correspondente a certa ideologia, tampouco é fato isolado. É uma ação política de tipo militarista que não só guarda distância da ideologia, política e método proletários, mas seu oposto e compõe com outras atitudes presentes no MCI típicas da linha de direita. Tais atos são a continuidade da política oportunista de substituir a luta de duas linhas no tratamento das contradições, para a forja do partido comunista, da linha revolucionária proletária e por persistir nela, pela contemporização, diplomacia, liberalismo, crítica e autocrítica como retórica e na prática métodos administrativos, divisionismo e cisão.
É verdade que frente à esta cisão algumas forças do MCI ficaram verdadeiramente confusas ou indecisas e, por falta de maiores informações mantiveram relações com esta que se revelou ser uma pequena gangue.
Qualquer um que esteja verdadeiramente interessado sobre a situação do que corre na Alemanha pode encontrar documentos do Comitê Bandera Roja-CBR (ver site Dem Volk Dienen – Servir ao povo) que apresentam uma ampla fundamentação ideológica e política bem como avanços práticos contundentes, em correspondência a estes princípios.
Entretanto, já há algum tempo certos direitistas e recalcitrantes se aproveitaram desta situação de surgimento destas tendências e buscaram oportunistamente erigir a “JW” como a “verdadeira organização maoista na Alemanha”. Este patrocínio generoso e imediatista não obedece a qualquer verificação dos princípios proletários, mas em função da mera conveniência política de servir-se deste tipo de agrupações como ponta de lança para contrapor-se ao avanço do MCI, unidos sob o velho cacarejo do revisionismo de todos os tempos de acusar a esquerda de “dogmatismo”. Sem nunca fornecer quaisquer fundamentação teórica ou prática, a “JW” passou a atacar o CBR com os epítetos de “pequena seita”, “sectários”, “dogmáticos”, “gonzalistas”, etc.
A “JW”, em seu afã de publicidade e protagonismo, aceitou o miserável papel de peão no tabuleiro e foi atirado por seus patrocinadores na “cova dos Leões”, enquanto os verdadeiros responsáveis pelo incidente de Berlim, guardam silêncio cúmplice. Por isso consideramos que a correta compreensão, debate e posicionamento de todos sobre este acontecimento, é parte do necessário desenvolvimento da luta de duas linhas que opõe duas concepções e duas linhas opostas sobre o internacionalismo e impulsionamento do MCI, justo no momento em que se avança a luta pela superação cabal da dispersão de forças nele.
Assim que esta agressão é um ataque não apenas a um contingente de militantes revolucionários de Berlim, ou da Alemanha, o que por si já seria fato grave, mas constitui-se num ataque da oposição direitista e liquidacionista à luta pela reunificação do Movimento Comunista Internacional, como está irrefutavelmente caracterizado nos fatos e descaradamente tergiversado no pronunciamento de seus autores.
Tal acontecimento está na base da inevitável e necessária luta de duas linhas no MCI, tais atos, por mais grotescos que sejam, não são uma atitude impensada ou arroubos de jovens diante de uma divergência aguda e menos ainda um fato isolado. Expressam posições ideológico-políticas no seio do MCI que ao contrário de basear-se nos métodos e critérios proletários de tratamento das contradições internas, ou seja a luta de duas linhas franca e leal, pretendem se impor por métodos administrativos e burocráticos, que como no caso em questão, desbarranca para a prática do gangsterismo. Por detrás de tais atitudes há concepções e posições ideológico-políticas cuja correspondência em métodos se equivalem aos mesmos métodos e critérios da burguesia do vale-tudo. Portanto faz-se necessário ir ao fundo da questão e pôr sobre a mesa sua verdadeira natureza, pois que é o método sujo de luta a serviço daqueles que, falando em marxismo-leninismo e inclusive maoísmo se opõem à luta de duas linhas. Desmascarar essas vis intenções é parte da luta de duas linhas por deslindar claramente a linha vermelha com o revisionismo e o oportunismo.
Duas concepções de internacionalismo e duas linhas opostas
no Movimento Comunista Internacional
Nos últimos anos o MCI vive um inegável e potente ressurgimento. Este ressurgimento é resultado do acúmulo de duras lutas de duas linhas no seu interior, do combate implacável ao revisionismo de velho e novo cunho, tais como o avakianismo, prachandismo e a Linha Oportunista de Direita no Peru, de modo inseperável do combate ao imperialismo, seus lacaios e toda a reação. Velhos líderes oportunistas e revisionistas, bem como seus cúmplices liquidacionistas estão sendo desmascarados e derrotados, e o maoísmo está ganhando batalhas para se afirmar como mando e guia da Revolução Mundial.
A persistência e desenvolvimento das Guerras Populares na Índia, Peru, Filipinas e Turquia, derrotando as sucessivas campanhas de cerco e aniquilamento, bem como os chamados aos “acordos de paz” e capitulação, são uma grande fonte de inspiração e sólidos pilares do maoismo para derrotar o revisionismo e todo oportunismo. Com o terreno limpo das ervas daninhas e em meio à crise geral do imperialismo, por todo mundo, por todos os continentes e por crescente número de países oprimidos e imperialistas, florescem e se desenvolvem partidos e organizações maoístas levantando a bandeira da guerra popular.
Desfraldando, defendendo e aplicando o maoismo a dispersão de forças está sendo superada através da reunificação dos comunistas em todo mundo, parte por parte, tarefa que hoje se plasma na realização necessária da Conferencia Internacional Maoísta Unificada (CIMU) que dê origem a uma nova Organização Internacional do Proletariado de base e guia no maoísmo.
O V Encontro de Partidos e Organizações marxistas-leninistas-maoístas da América Latina, realizado em maio de 2016, representou um marco neste processo. Os partidos e organizações que tomaram parte do mesmo e outros que se somaram, passaram a trabalhar sistematicamente pela reunificação dos comunistas no mundo, avançando através do impulso de seus processos em cada país, das campanhas de apoio às guerras populares em curso, na defesa dos presos políticos e prisioneiros de guerra revolucionários e pela realização de uma Conferencia Internacional Maoista Unificada que dê origem a uma nova Organização Internacional do Proletariado.
Partindo da compreensão de que os comunistas não se rebaixam a ocultar seus objetivos e propósitos e de que a verdadeira unidade não pode ser alcançada sem dura e persistente luta de duas linhas, os Partidos e Organizações que tomaram parte no V Encontro entregaram ao MCI, para debate e tomada de posição, três declarações conjuntas: “Sobre a situação internacional e as tarefas do MCI”, “Celebrar os 50 anos da Grande Revolução Cultural Proletaria com Guerra Popular até o Comunismo” e “Resolução de solidariedade classista ao PCI Maoista”.
Nestes documentos avançamos sobre questões de suma importância para a Revolução Proletária Mundial, tais como a compreensão do maoísmo como nova, terceira e superior etapa de desenvolvimento do marxismo, a defesa da necessidade da construção concêntrica dos três instrumentos fundamentais da revolução, da militarização dos partidos comunistas, a compreensão sobre chefatura e pensamento guia para cada partido e a revolução pela qual briga e dirige, dentre outros aportes de validez universal do pensamento gonzalo.
Esta compreensão foi exposta na declaração conjunta do V Encontro, bem como em artigos nas edições 1 e 2 da revista El Maoista, e nas sucessivas declarações conjuntas de 1o de maio, 19 de junho (Dia da Heroicidade), 12 de setembro (Discurso do Presidente Gonzalo desde a jaula), 26 de dezembro (Nascimento do Presidente Mao) e de celebração dos 200 anos de nascimento do Grande Karl Marx, dentre outros documentos.
Estes documentos foram entregues como contribuição para o desenvolvimento da luta de duas linhas no MCI e foram amplamente debatidos com outros partidos do continente americano, por partidos e organizações da Europa que participaram da I Reunião de Partidos e Organizações maoístas da Europa, bem como são de conhecimento de partidos comunistas da Ásia.
Baseamos nos ensinamentos do Presidente Mao de praticar a unidade e luta, pois que a luta sem unidade é oportunismo de ‘esquerda’ e a unidade sem luta é oportunismo de direita. Este método corresponde ao marxismo, defendido e aplicado por Lenin e o Presidente Mao, o de preconizar a luta ideológica ativa por alcançar uma unidade cada vez maior e mais avançada, através de colocar os problemas sobre a mesa. Mais ainda, de atuar de forma franca e leal, de não urdir intrigas e maquinações e trabalhar pela unidade e não pela cisão, de praticar sistematicamente a crítica e autocrítica, como corresponde aos princípios do centralismo democrático.
Aqueles que afirmam que os partidos comunistas não devem expressar suas posições além do que é “a base de unidade atual”, com o pretexto de “preservar a unidade”, devem dizer primeiro com quem é esta “unidade atual” e como se chegou a ela. Não responder de forma clara e objetiva a este problema é não querer uma verdadeira unidade baseada nos princípios e concepções maoístas; é manifestação de conservadorismo, de resistência a avançar e oposição à luta de duas linhas. Esta posição leva a eludir a luta de classes como a base de tudo, amamenta a direita e, portanto, um sério desvio direitista. Quando os defensores dessas posições passam da atitude de resistência passiva a agir obstinadamente para impedir o desenvolvimento da luta de duas linhas, eles passam a desempenhar um papel ativamente negativo, de oposição à linha de esquerda e devem ser duramente combatidos.
Como bem remarcou o CBR em seu manifesto sobre os incidentes de Berlim, citando Lenin:
“um traço peculiar de todo oportunismo contemporâneo em todos os campos: seu caráter indefinido, difuso, inapreensível. O oportunista, por sua própria natureza, evita sempre plantear problemas de maneira concreta e decidida, busca a resultante, desliza como uma cobra entre pontos de vista que se excluem mutuamente, esforçando-se por ‘estar de acordo’ com um e com outro, reduzindo suas discrepâncias a pequenas alterações, a dúvidas, a bons desejos inocentes, etc., etc.”
Tal como manifestamos, uma vez mais, na Declaração Conjunta de 1o de Maio deste ano, compreendemos que os critérios ideológicos e políticos fundamentais para a unificação dos comunistas no mundo, tarefa que hoje se condensa na necessidade de uma Conferência Internacional Maoísta Unificada são:
“A unidade dos comunistas ao nível mundial exige portanto 1) a defesa do Maoísmo, como nova, terceira e superior etapa do marxismo, contra todo tipo de revisionismo, novo e velho, tais como as Linhas Oportunistas de Direita no Peru, avakianismo e prachandismo, 2) a defesa da Guerra Popular como a estratégia militar superior da classe, Linha Militar do Proletariado, centro da Linha Política Geral para o Movimento Comunista Internacional, meio para realizar as revoluções de nova democracia e socialistas, para derrotar a Guerra Imperialista mundial se esta se impõe, opondo a ela Guerra Popular Mundial.”
Consideramos que estes elementos, tomados como uma unidade, expressam no fundamental o que é o Movimento Comunista Internacional hoje, ou seja, a linha de demarcação entre marxismo e revisionismo. Essa base de unidade é resultado de duras lutas de duas linhas em meio ao fogo da luta de classes, na qual o MCI tem se depurado dos elementos revisionistas e oportunistas, reafirmado a plena vigência do maoísmo, adicionados das contribuições de valor universal aportadas pela Guerra Popular no Peru e o PCP que a dirige e pelo pensamento gonzalo que a guia. Aportes estes que partem da afirmação de que o maoísmo é terceira, nova e superior etapa de desenvolvimento do marxismo e da vigência universal da guerra popular.
Baseados nestes critérios, guiados pelo internacionalismo proletário, é que os partidos e organizações que tomaram parte do V Encontro, bem como os que aderiram a esta inciativa e campanhas, passaram a trabalhar de forma sistemática e planificada pela CIMU, pondo em jogo todos os fatores positivos, unir todas as forças possíveis de serem unidas de modo a servir à luta pela reunificação dos comunistas, pela reconstituição da Internacional Comunista, tarefa que hoje se concretiza na luta por uma Conferencia Internacional Maoista Unificada e fundação de uma Nova Organização Internacional do Proletariado.
Desde então uma série de Encontros e reuniões gerais e regionais, campanhas e ações mundiais têm sido realizadas, num trabalho coordenado em sua planificação e execução: pelos 50 anos da GRCP, em defesa da Vida e saúde do Presidente Gonzalo, pelos 100 anos da Grande Revolução Socialista de Outubro, contra a cúpula imperialista do G20 em Hamburgo, e a grande Campanha pelos 200 anos do grande Karl Marx, servindo a avançar na reunificação dos comunistas em todo mundo.
A Campanha Mundial pelos 200 anos de nosso grande fundador Karl Marx, sob a consigna “Proletários de todos os países, uni-vos!” tem se desenvolvido de forma vigorosa e coordenada, demonstrando a vitalidade e o avanço na unificação dos comunistas no Mundo.
As ações da Campanha Mundial pelos 200 anos do grande Karl Marx expressam grande progresso do Movimento Comunista Internacional. No dia 1o de Maio, por todo mundo, no campo e cidade, massas marcharam sob direção do maoísmo, desfraldando a defesa da guerra popular. Partidos e organizações marcharam pela primeira vez em décadas sob uma única bandeira vermelha, sob uma única consigna, e uma única direção, como parte de uma ação única e coordenada.
No dia 5 de Maio, enquanto alguns sopraram velas, os maoístas realizaram ações contundentes por todo mundo na mesma noite e sob uma mesma consigna “Proletarios de todos países, uni-vos”, centenas de bandeiras vermelhas do Comunismo foram içadas em cidades e zonas rurais de dezenas de países, unindo-se aos heroicos combatentes da guerra popular na Índia, Peru, Filipinas e Turquia.
Contudo, ante à marcha dos partidos maoistas pela reunificação dos comunistas em todo mundo, alguns recalcitrantes baseados em seu afã de hegemonismo passaram a opor-se a esta marcha, fazendo de tudo para detê-la. Aqueles que rejeitam a luta ideológica franca e ativa e se recusam a trabalhar coletivamente com aqueles com os quais discrepa, como vulgares liberais preconizam a cisão, apregoam a unidade sem princípio, para impôr seus pontos de vista, preconizam e praticam, portanto o nefasto hegemonismo.
Esta parece ser a atitude da alta direção da ILPS, perante o movimento comunista na Alemanha e Movimento Comunista Internacional. Esta aparenta ter dois pesos e duas medidas sobre o que ocorre na Alemanha. Como alguns outros que se arvoram ao papel de árbitro implacável ante ao que julgam em seus critérios ser manifestação de “sectarismo”, “dogmatismo” e “esquerdismo”, agora, ante a uma agressão física a ativistas revolucionários por parte de quem agiu no mais vil e repugnante estilo gangster, e até então eram referenciados por “democráticos”, mostram-se incrivelmente omissos e indulgentes diante desse covarde ato.
Durante anos, a única página web na Alemanha que difunde notícias e apoio, ativamente a Guerra Popular nas Filipinas foi o Dem Volk Dienen, sem que nunca tenha sido mencionado pela direção da ILPS, da NDF (Frente Nacional Democrática – Filipinas) ou qualquer organização afiliada. Mas quando este mesmo blog publicou um artigo no qual o autor expressava uma opinião crítica sobre as “negociações de paz” entre a NDF e o recém eleito governo do genocida Duterte, este foi alvo de injuriosas acusações travestidas de indignada crítica política, publicada pelo porta-voz da NDF em seu site oficial, com que passou imediatamente a estigmatizar os autores de tal crítica de “revolucionários de internet”, de forma absoluta e sem apresentar maior razão ou fundamento aos camaradas alemães que lutam pela revolução na Alemanha com acusações do tipo:
“Se você está empenhado em uma revolução real e não em uma fraseologia revolucionária, como um passatempo favorito de um revolucionário de poltrona, você pode ter avaliações realistas do que é atingível e qualquer momento dado, baseado nos objetivos concretos e condições subjetivas e no balanço da correlação de forças entre revolução e contra revolução”
e segue afirmando:
“Somente revolucionários pequenos burgueses, ou filisteus de “esquerda”, rejeitarão qualquer pensamento sobre reformas só porque não se encaixa em sua compreensão dogmática e estreita do Marxismo como apenas trovões e tormentas, sem nenhum lugar para reformas básicas”
Diferentemente parece ter sido o critério adotado quanto à “JW” de Berlim. Contudo logo que estes anunciaram uma campanha de “solidariedade” à Guerra Popular nas Filipinas, após uma longa visita as bases revolucionárias nas Filipinas, este foi objeto de efusiva saudação por parte da alta direção da ILPS, em março de 2018.
Desde então a “JW” de Berlim, passou a ser pintada com as mais belas cores, seus componentes saudados como notáveis revolucionários, e seus graves erros tais como agressões, delações, e cisionismo no movimento revolucionário da Alemanha, foram convenientemente ignorados e ou desconsiderados enquanto tais.
Esta aliás, tem sido atitude similar e correlata da alta direção da ILPS em relação ao movimento revolucionário no Brasil: não distinguir marxismo de revisionismo, apregoar uma unidade sem princípios, política de amigos, em prol de seu hegemonismo, ademais da política de disseminar a cisão (tal como a política de Avakian e seu partido na época do MRI) nas organizações que não aceitam seus métodos administrativos e diplomáticos no tratamento das divergências.
A ruptura com a ILPS por parte de organizações democráticas revolucionárias do Brasil, juntamente com outras organizações da Índia, Turquia, Grécia e outros, ademais das divergências sobre o ecletismo programático e práticas oportunistas da ILPS, se deveram principalmente quanto ao método e estilo de trabalho e direção. E a gota d’água foi a sumária revogação de mandatos eleitos em congresso por uma conveniente maioria no seu Conselho, sem qualquer discussão sobre divergências importantes. Por não aceitar a continuidade de tais métodos administrativos-burocráticos no tratamento das contradições internas numa organização que se define pelo centralismo democrático, ditas organizações, muitas das quais suas co-fundadoras passaram a ser alvo de injúrias e da gritaria clichê de tachar de seitas ultraesquerdistas, dogmáticas e sectárias.
No Brasil, quando do aparecimento de um grupo juvenil, dentre inúmeros surgidos nos últimos anos em oposição ao oportunismo da “esquerda” eleitoreira no gerenciamento do velho Estado, nosso Partido franca e sinceramente criticou seu ecletismo ideológico em pretender conciliar marxismo com Ideia Juche. Embora seu principal dirigente declarasse estar de acordo com a ideologia, linha política geral e programa do P.C.B.(FV),e inclusive ter solicitado seu ingresso através de uma carta de 20 páginas, claudicava ao apoiar o governo oportunista do PT em bancarrota, sob a rota argumentação de que este estava sendo atacado pela direita. Logo ficava evidente sua política de buscar um patrocínio internacional, além do alinhamento com o revisionista Partido do Trabalho da Coreia, passou a denominar-se União de Reconstrução Comunista-URC, por “reconstruir o Partido Comunista do Brasil”, estabeleceu contato com a ILPS.
A alta direção da ILPS se apressou em promover este grupo como a mais gabaritada organização revolucionária do Brasil. Em conversas via internet-skype com dirigentes deste grupo, a direção da ILPS atacou as organizações democráticas revolucionárias do Brasil, afirmando que elas haviam sido afastadas da ILPS por ter posições sectárias e de ultraesquerda. Até aí tratava-se de divergências, no entanto no afã de injuriá-las, não conteve sua língua, e referindo-se ao Cebraspo [Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos], uma organização democrática legal, passou a insinuações policialescas afirmando que “o problema com Cebraspo é o partido por trás dele…” insinuando que esta organização teria por trás o clandestino P.C.B.(FV). Ao final de tais conversações, por quase três horas na internet, deu lições e conselhos aos novos pupilos de que é preciso trabalhar conjuntamente com o Partido dos Trabalhadores – PT, PCdoB e MST, apesar de eles mesmos porem-se de acordo que tais organizações são revisionistas, oportunistas e comprometidas com o imperialismo. As tentativas desta tal URC de lançar difamações e cizânias entre a juventude em relação ao P.C.B.(FV) só lhe rendeu fracassos, não indo além do que sempre foi: um grupo eclético sem qualquer vínculo com massas. Foi assim que se pretendeu responder à crítica dos camaradas alemães às “negociações de paz” da NDF com Duterte, ou a baixeza de que em conversas com outros interlocultores, gratuitamente nos atacaram, afirmando que o P.C.B.(FV) era só um grupo de internet.
Muito antes desses ataques nosso partido escutou durante décadas esses mesmos impropérios de “dogmáticos”, “sectários”, etc., vindos das correntes trotskystas e outras do socialismo pequeno-burguês do Partido dos Trabalhadores-PT, bem como dos calejados revisionistas do PCdoB, PCbrasileiro e dos reformistas cristãos-castristas do MST. Hoje estes partidos estão desmoralizados após 14 anos empoleirados nas burocracias do velho Estado e seu governo de turno presidindo a repressão genocida às massas em luta. Em frangalhos, desmoralizados ante às massas como traidores por sua longa lista de crimes contra o povo, enquanto os verdadeiros comunistas são chamados pelas massas mais combativas, inclusive por aquelas que vão se libertando do engano eleitoreiro de que foram vítimas, clamando por direção revolucionária.
Esta é a mesma atitude tomada na América Latina em apoio aos regimes populistas manipuladores das massas e seus governos peões no tabuleiro da pugna interimperialista. A direção da ILPS se empenha não só para arregimentar toda e qualquer organização revisionista, reformista e oportunista, órfãs dos fracassados governos traidores do povo, algumas das quais notórias anti-maoístas, desde que sirvam aos seus interesses hegemonistas, mas também em atiçá-las contra o movimento revolucionário e sua direção maoísta.
A bandeira do “combate ao dogmatismo” e “à ortodoxia”, “combate ao esquerdismo” e ao “sectarismo” não é algo raro, ao contrário são palavras frequentes sempre quando o movimento revolucionário sofre derrotas, atravessa períodos de duras dificuldades e quando a situação revolucionária ganha maior desenvolvimento. Por isto mesmo a utilização destas palavras não são novidade alguma no MCI. O que a experiência histórica nos comprova é que elas nunca foram desferidas contra gente da laia dos Berntein e Kautsky, dos Trotsky, Kruschov, Liu e Teng, e sim contra Lenin, Stalin, o Presidente Mao, Chiang Ching e o Presidente Gonzalo. Portanto tais arengas não nos soam nem estranho e nem surpreendente de onde e de quem elas partem.
Esta viragem crítica de partidos, como bem observa Lenin, antes “ortodoxos” está acompanhada da sua propensão ao revisionismo. Recordemos o miserável Prachanda, quando do início da Guerra Popular no Nepal afirmava “odeio o revisionismo!”, quando se prenunciava sua vil traição, entrando aos famigerados “acordos de paz”, passou a predicar que o perigo principal para o MCI e a revolução proletária era o “dogmatismo”. Que passos seguiu senão os abertos por Kruschov e já trilhados por Liu Shao-chi e Teng Siao-ping? Na Conferência de Partidos Comunistas e Operários de 1957, em Moscou, em resposta ao cacarejo de Kruschov de que o problema era o dogmatismo, o Presidente Mao, defendendo a necessidade de combater todo tipo de desvio, seja de direita ou de ‘esquerda’ deslindou implacável e categoricamente afirmando que o perigo principal para o MCI e a revolução proletária “segue sendo o revisionismo”.
Camaradas,
O grande Lenin, opondo-se ao social-chauvinismo de Kaustky, nos ensinou que o verdadeiro internacionalismo proletário para os comunistas está em que “os interesses do movimento operário em um país dado, se submetem aos interesses do movimento mundial de emancipação dos trabalhadores em sua totalidade” e o Presidente Mao afirmou que “o internacionalismo é o espírito do comunismo”. Acaso uma posição que não expresse tal axioma representa o internacionalismo proletário e serve ao desenvolvimento da revolução na Alemanha, Brasil, América Latina e ao MCI?
O Partido Comunista do Brasil (Fração Vermelha), saúda efusivamente aos ativistas e militantes revolucionários proletários da Alemanha, em especial aos comunistas e combatentes em formação do Comitê Bandeira Vermelha, que assumiram a gloriosa bandeira da luta pela reconstituição do Partido Comunista da Alemanha, honrando-a com suas ações pela revolução na Alemanha a serviço da Revolução Mundial. Saudamos a marcha dos Partidos e Organizações maoístas no mundo, que através de duras lutas de duas linhas em meio à luta de classes contra o vento e a maré, combatendo de modo implacável o revisionismo e todo oportunismo de forma inseparável do combate ao imperialismo, seus lacaios e toda a reação, avançando em todos as partes do mundo, praticando o marxismo e não revisionismo, internacionalismo e não chauvinismo/nacionalismo estreito, trabalham pela unidade e não pela cisão, pela reunificação dos comunistas e não por sua dispersão. Saudamos as jovens forças do proletariado que ousam “desafiar o imperador” com as invencíveis bandeiras do maoismo e da guerra popular. Saudamos a Grande Campanha Mundial pelos 200 anos do grande Karl Marx, campanha histórica que está servindo brilhantemente ao avanço do maoismo e do MCI.
Saudamos muito especialmente as Guerras Populares da Índia, Peru, Filipinas e Turquia e os Partidos Comunistas que as dirigem, mantendo erguido, em meio a incontáveis heroísmos e sacríficos, o sol vermelho do maoismo para as massas exploradas e oprimidas de seus países e de todo o mundo.
Em meio ao aprofundamento da crise geral do imperialismo, em que se desenvolve de forma desigual a situação revolucionária no mundo, as condições objetivas e subjetivas para um novo e poderoso impulso à Revolução Mundial estão amadurecendo formidavelmente com as revoltas populares e principalmente com a persistência heroica das guerras populares e a preparação para o início de outras novas. A superação da dispersão de forças dará um salto com a CIMU e a fundação de uma Nova Organização Internacional, esta é uma marcha inexorável.
Viva o marxismo-leninismo-maoísmo principalmente maoísmo e os aportes de valor universal do pensamento gonzalo!
Morte ao revisionismo de velho e novo cunho e a todo oportunismo!
Pela Conferência Internacional Maoísta Unificada!
Abaixo a guerra imperialista! Viva a invencível guerra popular!
Viva o Grande Karl Marx e sua obra imortal!
Partido Comunista do Brasil (Fração Vermelha)
Comitê Central
Brasil, junho de 2018