Chile: Nossas duas perspectivas e a situação atual (FERP, 2017)
Tradução não-oficial.
Publicamos o editorial de ‘La Rebelión se Justifica’ N°10:
O imperialismo, o capitalismo burocrático e a semifeudalidade são as três montanhas que hoje oprimem mais do que nunca o povo. É a época da crise final do imperialismo a nível mundial, que desata-se sobre as massas trazendo uma miséria sem precedentes.
Por isto, hoje, a situação revolucionária em desenvolvimento é mais favorável do que nunca ante na história. As massas estalam em protesto, em luta armada extensiva em todo o mundo e ninguém pode afirmar o contrário.
Ninguém pode afirmar que o povo não luta, nem que é pacífico: Os oprimidos sempre tiveram que lutar com a violência revolucionária. Em que país do mundo não se demonstra esta realidade?
Nos encontramos na Ofensiva Estratégica da Revolução Proletária Mundial. A época dos 50 a 100 anos do afundamento do imperialismo.
Hoje somente os oportunistas e revisionistas obstinadamente defendem a existência dos velhos Estados em todo o mundo. Porque são suas forças auxiliares: Ali estão desesperados os defensores da bancarrota do revisionismo na Venezuela, ali estão os que promovem as eleições presidenciais no Chile, ante um mísero 34,6% de participação no ano 2016 e 16% nas eleições primárias deste ano.
As massas vão compreendendo que não pode confiar neste Estado, mas sim em suas próprias forças. Porque o povo só tem um caminho: A Revolução de Nova Democracia. Esta Revolução é a única que pode esmagar as 3 montanhas que oprimem ao nosso povo. Assim, o demonstram as guerras populares na Índia, Turquia, Filipinas e Peru.
A Frente de Estudantes Revolucionária e Popular já definiu suas Duas Perspectivas: Dirigir o movimento estudantil e Unir-se às massas pobres.
Dirigir o movimento estudantil pelo caminho revolucionário, implica: Mobilizar, politizar e organizar as massas; Combater o oportunismo e revisionismo de todo o tipo; Dirigir as organizações de massas e; Agitar e propagandear a plataforma de luta: Educação Gratuita, Nacional, Científica e ao Serviço do Povo.
Diante do desejo de luta das massas, se necessita de forma urgente aplastar a influência dos oportunistas e revisionistas que por anos tem utilizado os organismos das massas como trampolim para o velho Estado. Tratando odiosamente aos estudantes como um gado eleitoral.
A FERP deve tomar audazmente a direção do movimento estudantil, para guia-lo pelo caminho revolucionário. Assim conquistar plenamente nossas demandas e defende-las, seguindo o caminho da Revolução de Outubro, que triunfou há 100 anos; da Revolução Chinesa triunfante em 1949; das atuais revoluções no Peru e na Índia. Seguindo o caminho do Levantamento de Ránquil em 1934. Caminhos que todos os oportunistas e revisionistas tentam ocultar às massas.
Unir-se às massas pobres porque é uma necessidade imediata da revolução chilena. E a essência de um revolucionário é unir-se às massas mais pobres. São os mais pobres os que mais sofrem a opressão do velho Estado, e são os mais pobres, os operários e camponeses, os que têm protagonizado todos os processos revolucionários triunfantes.
Nossa permanência como estudantes é só uma etapa dentro do longo caminho revolucionário que temos tomado. Nossa perspectiva é fundir-nos com os mais pobres do campo e da cidade.
As Brigadas de Apoio Popular (BAP) em comunidades mapuche nos estão ensinando que essa unidade deve ser feita agora, não se pode deixar para amanhã. A revolução não é um jogo, nem “uma etapa da juventude”; é um processo árduo e prolongado que libertará o povo de séculos de exploração; é a condenação inevitável à vitória; é o luminoso rumo à sociedade sem ricos, nem pobres: O Comunismo.
Por isso, as BAP tem sido uma escola muito importante na forja de cada ativista, mas ela não é suficiente. Cada um de nós deve trabalhar por unir-se às massas pobres em cada frente, buscando organizar-se junto às populações, os operários e os camponeses.
Aplicar firmemente as Duas Perspectivas!