Nota do blog: Reproduzimos trecho da importante análise dos camaradas da Corrente do Povo Sol Rojo – organização marxista-leninista-maoísta do México – sobre a situação internacional. Selecionamos o que tomamos como fundamental de sua análise: o que opinam acerca da situação no Brasil e na Alemanha.
A análise na íntegra e original pode ser lida em http://solrojista.blogspot.com.br.
A posição dos comunistas
(…)
I. Brasil
Em um cenário tão semelhante como o do Brasil (ao menos na forma que assume o governo de ambos os países), onde as reformas estruturais, o pressuposto para a guerra contra o povo, a imposição política, o desperdício e cinismo dos governantes, a aberta intromissão do imperialismo na política interna etc. é natural que as massas populares do México se sintam mais identificadas com as do Brasil; que a raiva ao saber que a repressão e os assassinatos contra os melhores filhos e filhas do povo flua com maior força.
Neste caso em específico, nossa atitude deve ser de inteira solidariedade até a classe operária e as massas populares que se lançam uma e outra vez em franca luta contra o odioso regime que Temer e todos os partidos do velho Estado brasileiro representam desde seu apodrecido parlamento (incluídos os socialdemocratas e conciliadores).
Frente à militarização e repressão crescente no Brasil, o proletariado e os povos do México, nucleados em suas organizações classistas, devemos exigir, por um lado, deter o terrorismo de estado que cobrou já a vida e a liberdade de vários lutadores revolucionários valiosos para o povo brasileiro, assim como respaldar e desfraldar as ações de combate e revolucionárias desenvolvidas pelos trabalhadores da cidade e do campo por todo o Brasil.
Particularmente mostrar solidariedade com os sindicatos classistas, com as organizações de combate e os povos que se rebelam infatigavelmente nestas últimas jornadas, incluídas as Greves Gerais de Abril e Junho e os episódios insurrecionais que se exercitam nas favelas, campos e aldeias, de onde nossos camaradas do Partido Comunista do Brasil (Fração Vermelha) e das organizações de massas lideradas pela Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo etc. jogam um papel de primeira ordem na nova onda da revolução que se avizinha e que cada dia sente-se mais e mais próxima; à qual representaria um enorme feito na história recente da América Latina e, sem dúvida, colocaria-se à cabeça das lutas de libertação nacional e de revolução socialista do proletariado e povos do mundo, junto com as guerras populares da Índia, Turquia, Filipinas e Peru.
Com o proletariado e povos do Brasil, nossa solidariedade deve exercitar-se de forma militante e com maior energia, porque é justamente ali que os meios da burguesia estão caladosfrente à efervescência da revolução que se anuncia e o risco do novo genocídio fascista contra o povo em luta.
III. Alemanha
Sem dúvida, a capacidade de organização, convocação e luta demonstradas nas Jornadas de Julho em Hamburgo, pelos comunistas alemães e de outros países, surpreenderam a classe operária e os povos do mundo, sobretudo porque a Aliança Anti-imperialista representou um osso duro de roer frente à estratégia de contenção policialesca do imperialismo, à qual, apesar de seus esforços e as baixas sofridas no campo do movimento operário e popular, foi derrotada nas ruas, justamente com rebelião e luta classista.
Um cenário assim não se via há muitos anos na velha Europa, e resulta uma cusparada no rosto das super potências imperialistas, precisamente ali onde há décadas declaravam o início do fim das ideologias após a caída do muro de Berlim e a derrota momentânea do socialismo.
A ofensiva ordenada e organizada do proletariado, da juventude e dos povos da Europa, particularmente da Alemanha nas principais ruas de Hamburgo, declarou: “Bem-vindos ao inferno” para os representantes das super potências imperialistas, fazendo-lhes passar tragos amargos de saliva e frustrando seus perfumados planos de banquetes e recepções elegantes, demonstrando que o povo e só o povo é a força motriz que faz a história mundial, com enérgicos protestos e ações de massas convertidas em combate de rua, mas sobretudo, pondo o acento no papel que joga a organização de vanguarda do proletariado, seu Estado-maior como chefe para o combate de classe, donde um punhado de comunistas removeram a Alemanha e a velha Europa em poucos dias de seus alicerces.
Isto é só um exemplo da formidável força da classe operária e dos povos em luta; um paradigma do que virá, confirmando que é esta a época do imperialismo e das revoluções proletárias nos países desenvolvidos como Alemanha, e nos países oprimidos como Méxicos, das lutas revolucionárias pela libertação nacional mediante as revoluções de nova democracia e a condução proletária até o socialismo.
(…)
Povos de todo o mundo, uni-vos e derrotai os agressores norte-americanos e todos seus lacaios!
Proletários de todos os países, uni-vos!
Salvo o Poder, tudo é ilusão!
Somos a faísca que incendiar a pradaria!
Com o sol vermelho, o povo vencerá!
Que os trabalhadores governem a pátria!
Corrente do Povo – Sol Rojo