A Revolução não tardará a chegar! (JEP nº 10, 2017)

Já fazem quatro anos desde as gloriosas jornadas de luta da juventude combatente em junho e julho de 2013. Centenas de milhares de pessoas marcharam nas ruas das maiores cidades do país. Milhões no Rio e em São Paulo. O combate aguerrido contra as forças repressivas do velho Estado, que tinha na sua linha de frente a juventude proletária e semiproletária das favelas brasileiras, foi a marca distintiva do novo estágio que atingira a luta de classes no Brasil.



Barricadas em chamas, paus, pedras e molotovs se generalizaram como instrumentos de luta a partir de junho de 2013. O direito do povo à manifestação, ameaçado pela truculência das tropas repressoras, invocou a autodefesa de massas nos protestos e as imagens de jovens mascarados em manifestações cada vez mais radicalizadas, rechaçando o pacifismo burguês e a conciliação traiçoeira, se tornaram familiares e encorajadoras de todo o povo brasileiro. Cada vez mais em nosso país, assim como em todo o mundo, à injusta violência das classes dominantes se repele com a justa violência das massas oprimidas.

Em nosso país, as consequências de 2013 para o movimento de massas vieram para ficar, como parte da situação revolucionária em desenvolvimento implacável. Parte integrante da vaga revolucionária que avança em todo o globo: Guerras Populares na Índia, Peru, Turquia e Filipinas, rebeliões das massas mais proletarizadas nos países imperialistas e, no principal alvo guerra de rapina e saqueio imperialista, o Oriente Médio, a guerra libertação nacional impõe humilhantes derrotas ao invasor ianque e responde à destruição e pilhagem com ações contundentes nos próprios países imperialistas. O mundo inteiro se agita em rebelião e se prepara para pôr abaixo todo o sistema imperialista.

Completam-se também 100 anos da Grande Revolução Socialista de Outubro. Um século desde que, pela primeira vez na história da Humanidade, a classe mais revolucionária e última tomou os céus de assalto e trilhou o rumo firme da destruição de toda a sociedade capitalista baseada na opressão e na exploração, da construção do Socialismo mirando destruir todas as classes e libertar proletários e povos oprimidos de todo o mundo.

Celebrar o centenário da Revolução Russa, aprendendo as gloriosas lições de Lenin, Stalin, Sverdlov, Krupskaya, Molotov, invariavelmente implica em defender que a tomada violenta do Poder pelo proletariado e as classes populares, não só é possível, mas também é cada vez mais necessária. Significa reconhecer que é imprescindível organizar e forjar as fileiras revolucionárias para combater durante os “dias que concentram em si vinte anos”.

O avançado grau de decomposição do velho Estado burguês-latifundiário no Brasil o comprova cabalmente. Em meio à gravíssima crise econômica do capitalismo burocrático, as classes dominantes avançam, sob os ditames do imperialismo, principalmente ianque, com mais avidez para lucrar sobre o sofrimento e exploração do povo, empurrando definitivamente as massas para luta radicalizada por seus direitos. Em apenas seis meses tivemos duas Greves Gerais que, a despeito da capitulação vergonhosa de centrais sindicais e movimentos chapa-branca dirigidos por partidos eleitoreiros, foi a mais clara demonstração de que o conjunto do povo brasileiro está disposto a combater até o final. A manifestação em Brasília contra o gerenciamento Temer e sua quadrilha foi a materialização do sentimento que verdadeiramente une milhões de brasileiros: incendiar os Ministérios, o Congresso, o Palácio do Planalto e tudo que representa esta velha ordem! BOTAR ABAIXO ESTE SISTEMA! QUEREMOS UM MUNDO NOVO EM UMA NOVA SOCIEDADE!

A juventude não poderia desejar condições melhores para travar suas lutas. O papel do Movimento Estudantil à serviço do povo é organizar a luta radicalizada e independente e rechaçar o eleitoralismo e todo o oportunismo! Buscar a fundo o significado da condição de atraso e subjugação da nossa nação e construir o caminho da sua superação, como têm feito as estudantes e os estudantes de pedagogia de todo o país, vanguarda da luta universitária no Brasil. O 37º ENEPe em Petrolina é a materialização mais concentrada do trabalho de mobilização, politização e organização levado à termo pela Executiva Nacional de Estudantes de Pedagogia, que tem apontado acertadamente o caminho da luta combativa.

O Movimento Estudantil deve apoiar de maneira compromissada as classes fundamentais da Revolução Brasileira na sua luta de vida ou morte contra a exploração. O latifúndio almeja afogar em sangue o campesinato pobre, mas os bravos combatentes da Revolução Agrária seguem avançando com decisão redobrada, batalhando pela destruição do latifúndio, impondo novas tomadas de terra e respondendo com altivez aos seus crimes, como a vitoriosa retomada de Pau d’Arco. Os sinais são promissores, as perspectivas brilhantes. O fim deste mundo caduco beira à esquina. A revolução não tardará a chegar.

Reforçar as barricadas contra o governo e

propagandear aos quatro cantos:

Nem “reforma”, nem eleição!

Organizar o povo para a Revolução!