A Terceira Internacional e seu lugar na história (Lenin)
Nota do blog: Publicamos importante documento do grande Lenin sobre a Internacional Comunista. A Internacional Comunista, quando reconstituída como III Internacional, dotou o proletariado de seu Partido internacional.
Na história, a Internacional Comunista foi a condição para que o proletariado se impusesse; hoje, a Internacional marxista-leninista-maoísta é a condição para que o maoísmo se imponha como mando e guia da Segunda Grande Onda da Revolução Proletária Mundial que já está em curso triunfante. Segunda Grande Onda que se dá com as lutas de libertação nacional dando cabo do invasor principalmente no Oriente Médio e com as guerras populares no Peru, Índia, Filipinas e Turquia e as que estão por iniciar, conformando em cada país a união do movimento de libertação nacional com o movimento comunista internacional.
Nas palavras do grande Lenin, “A aliança internacional dos partidos que dirigem o movimento mais revolucionário do mundo, o movimento do proletariado para a derrubada do jugo do capital, conta agora com uma base mais sólida do que nunca”.
A Terceira Internacional e seu lugar na história
V.I. LENIN
Os imperialistas dos países da “Entente” bloqueiam a Rússia, tratando de isolar a República Soviética, como foco contaminador, do mundo capitalista. Estas pessoas, que se gabam do “democratismo” de suas instituições, estão tão cegas pelo ódio à República Soviética que não atentam como eles próprios fazem o ridículo. Figurem-se os senhores, os países mais adiantados, mais civilizados e “democráticos”, armados até os dentes, que têm todo o mundo indivisível sob domínio militar, temem como ao fogo o contágio ideológico procedente de um país arruinado, faminto, atrasado e que, segundo eles, é inclusive um país semi-selvagem!
Apenas esta contradição já abre os olhos das massas trabalhadoras de todos os países e ajuda a desmascarar a hipocrisia dos imperialistas como Clemenceau, Loyd George, Wilson e seus governos.
Mas a nós, ajuda-nos não apenas a cegueira que o ódio aos Sovietes causa aos imperialistas, mas também as desavenças entre eles, que os levam a darem-se rasteiras mútuas. Organizaram entre si uma verdadeira conspiração de silêncio, temendo mais que tudo a difusão de notícias verídicas sobre a República Soviética em geral, e de seus documentos oficiais em particular. Porém, o órgão principal da burguesia francesa, Le Temps, publicou a matéria sobre a fundação, em Moscou, da III Internacional, da Internacional Comunista.
Expressamos a este principal órgão da burguesia francesa, a este porta-voz do chauvinismo e do imperialismo francês, nosso mais respeitoso agradecimento. Estamos dispostos a emitir ao Le Temps uma mensagem solene para manifestar nosso reconhecimento pela ajuda que nos presta de maneira tão acertada e hábil.
A maneira com que o dito periódico tem redigido sua informação, baseando-se em nosso comunicado por rádio, mostra com clareza evidente os motivos que têm guiado a este órgão do dinheiro. Queria disparar um dardo contra Wilson, como que para mortificar-lhe, quando dizia: “Veja que pessoas são essas com as quais o senhor admite que se estabeleçam negociações!”. Os presunçosos que escrevem por encargo das pessoas endinheiradas não vêem que seu empenho em aterrorizar a Wilson com os bolchevique se transforma, aos olhos das massas trabalhadoras, em uma propaganda a favor dos bolcheviques. Outra vez, nosso mais respeitoso agradecimento ao órgão dos milionários franceses!
A III Internacional foi fundada sob uma situação mundial em que nem as proibições nem os pequenos e mesquinhos subterfúgios dos imperialistas da “Entente” ou dos lacaios do imperialismo, como Scheidemann na Alemanha e Renner na Áustria, são capazes de impedir que entre a classe trabalhadora do mundo inteiro se difundam as notícias acerca desta Internacional e as simpatias que ela desperta. Esta situação tem sido criada pela revolução proletária que, de modo evidente, está sendo incrementada em todas as partes a cada dia, a cada hora. Esta situação tem sido criada pelo movimento soviético entre as massas trabalhadoras, o qual tem alcançado já uma potência tal que tem convertido-se verdadeiramente em um movimento internacional.
A I Internacional (1864-1872) lançou as bases da organização internacional dos operários para a preparação de sua ofensiva revolucionária contra o capital. A II Internacional (1889-1914) foi uma organização internacional do movimento proletário, cujo crescimento se realizava com amplitude, à custa de um declínio temporário do nível revolucionário, no fortalecimento temporário do oportunismo, que no fim das contas levou a dita internacional a uma bancarrota ignominiosa.
De fato, a III Internacional foi criada em 1918, quando o longo processo da luta contra o oportunismo e o social-chauvinismo conduziu, sobretudo durante a guerra, a formação de partidos comunistas em uma série de nações. Formalmente, a III Internacional foi fundada em seu I Congresso², celebrado em março de 1919 em Moscou. E o aspecto mais característico desta Internacional, sua missão, é cumprir, levar à prática dos preceitos do marxismo e realizar os ideais seculares do socialismo e do movimento operário. Este aspecto, o mais característico da III Internacional, revelou-se imediatamente em que a nova, a terceira “Associação Internacional dos Trabalhadores” começou a coincidir, já desde agora, em certo grau, com a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.
A I Internacional lançou as bases da luta proletária internacional pelo socialismo.
A II Internacional marcou a época da preparação do terreno para uma ampla extensão do movimento entre as massas em uma série de países.
A III Internacional corrigiu os frutos do trabalho da II Internacional, amputou a parte corrompida, oportunista, social-chauvinista, burguesa e pequeno-burguesa, e começou a implantar a ditadura do proletariado.
A aliança internacional dos partidos que dirigem o movimento mais revolucionário do mundo, o movimento do proletariado para a derrubada do jugo do capital, conta agora com uma base mais sólida do que nunca; várias Repúblicas Soviéticas que transformam em realidade, em escala internacional, a ditadura do proletariado, a vitória deste sobre o capitalismo.
A importância histórica universal da III Internacional, a Internacional Comunista, reside em que começou a levar à prática a consigna mais importante de Marx, a consigna que resume o desenvolvimento secular do socialismo e do movimento operário, a consigna expressada neste conceito: ditadura do proletariado.
Esta previsão genial, a teoria genial, está se transformando em realidade.
Estas palavras latinas estão traduzidas atualmente para os idiomas de todos os povos da Europa contemporânea mas ainda, para todos os idiomas do mundo.
Iniciou-se uma nova éṕoca na história internacional.
A humanidade abala a última forma de escravidão, a escravidão capitalista, ou seja, a escravidão assalariada.
Ao libertar-se da escravidão, a humanidade adquire pela primeira vez a verdadeira liberdade.
Como se pôde suceder que tenha sido precisamente um dos países mais atrasados da Europa o primeiro a implantar a ditadura do proletariado, a organizar a República Soviética? Quiçá não nos equivoquemos se afirmarmos que precisamente esta contradição entre o atraso da Rússia e seu “salto” à forma mais elevada de democracia, a democracia soviética ou proletária, por sobre a democracia burguesa; que precisamente esta contradição foi uma das causas (além do peso dos costumes oportunistas e dos prejuízos filisteus sobre a maioria dos líderes do socialismo) que fez particularmente difícil ou retardou a compreensão do papel dos Sovietes no Ocidente.
As massas operárias do mundo inteiro perceberam instintivamente o significado dos Sovietes como arma de luta do proletariado e como forma do Estado proletário. Mas os “líderes”, corrompidos pelo oportunismo, seguiram e seguem rendendo culto à democracia burguesa, qualificando-a de “democracia” em geral.
É acaso surpreendente que a implantação da ditadura do proletariado tenha mostrado, em primeiro lugar, a “contradição” entre o atraso da Rússia e seu “salto” sobre a democracia burguesa? Seria de se estranhar se a história nos brindasse a possibilidade de implantar uma nova forma de democracia sem uma série de contradições.
Qualquer marxista, inclusive todo homem familiarizado com a ciência moderna em geral, ao que perguntássemos se é possível o passo uniforme, harmonicamente proporcional dos diversos países capitalistas à ditadura do proletariado, nos responderia, sem dúvida, negativamente. No mundo do capitalismo não houve nem pôde haver jamais nada uniforme, nem harmônico, nem proporcional. Cada país tem desenvolvido com particular relevo um ou outro aspecto ou característica, ou todo um grupo de características inerentes ao capitalismo e ao movimento operário. O processo de desenvolvimento tem ocorrido de forma desigual.
Quando a França levou a cabo sua grande revolução burguesa, despertando todo o continente europeu para uma nova vida histórica, a Inglaterra embora estivesse muito mais desenvolvida que a França no sentido capitalista, se pôs à cabeça da coalizão contra-revolucionária. Mas o movimento operário inglês daquela época antecipou já, genialmente, muitos dos aspectos do futuro marxismo.
Quando a Inglaterra deu ao mundo o primeiro movimento proletário e revolucionário, mpvimento amplo, verdadeiramente de massas e politicamente formado, o cartismo, no continente europeu desenvolviam-se revoluções burguesas, em sua maioria débeis, enquanto que na França estalou a primeira grande guerra entre o proletariado e a burguesia. A burguesia derrotou os diversos destacamentos nacionais do proletariado em separado e de maneira distinta nos diversos países.
A Inglaterra constituiu o modelo de país no qual, segundo expressão de Engels, a burguesia junto com a aristocracia aburguesada, havia criado a elite mais aburguesada do proletariado³. Este país capitalista adiantado acabou estando atrasado em vários decênios no sentido da luta revolucionária do proletariado. A França parecia haver esgotado as forças do proletariado nas duas heróicas insurreições da classe operária contra a burguesia em 1848 e 1871, insurreições que foram um aporte valiosíssimo no sentido histórico universal. Logo, desde os anos 70 do século XIX, a hegemonia do movimento operário na Internacional passou à Alemanha, quando este país marchava economicamente atrás da Inglaterra e da França. E quando a Alemanha ultrapassou economicamente estes dois países, isto é, na segunda década do século XX, à cabeça do partido operário marxista da Alemanha, que servia de modelo universal, encontrava-se um punhado de canalhas declarados, desde Scheidermann e Nosko até David e Legien, gentalha imunda vendida aos capitalistas, os verdugos mais repugnantes saídos da classe trabalhadora à serviço da monarquia e da burguesia contra-revolucionária.
A história mundial conduz infalivelmente à ditadura do proletariado. Mas não o faz, nem muito menos, por caminhos lisos, planos e retos.
Quando Karl Kautsky era ainda marxista, e não o renegado do marxismo em que se converteu pela união com Scheidermann e pela democracia burguesa contra a democracia soviética proletária, escreveu em princípios do século XX um artigo entitulado “Os eslavos e a revolução”. Neste artigo expunha as condições históricas que marcavam a possibilidade da passagem da hegemonia no movimento revolucionário mundial aos eslavos.
E assim se sucedeu na realidade. Temporariamente – se compreende que apenas por um breve período de tempo – a hegemonia na Internacional revolucionária do proletariado passou aos russos, tal como passou, em diversos períodos do século XIX, aos ingleses, logo aos franceses e mais tarde aos alemães.
Houve ocasião de dizer reiteradas vezes: em comparação com os países adiantados, aos russos lhes tem sido mais fácil iniciar a grande revolução proletária, mas lhes será mais difícil continuá-la e levá-la até o triunfo definitivo, no sentido da organização completa da sociedade socialista.
Nos foi mais difícil iniciar, em primeiro lugar, porque o incomum – para a Europa do século XIX – atraso político da monarquia czarista originava um impulso revolucionário das massas de uma força excepcional. Segundo, porque o atraso da Rússia fez coincidir de um modo peculiar a revolução proletária contra a burguesia com a revolução campesina contra os latifundiários. Partimos daí em outubro de 1917 e não teríamos vencido então com tanta facilidade se dalí não houvéssemos partido. Já em 1856, Marx ao referir-se à Prússia indicava a possibilidade de uma combinação peculiar da revolução proletária com uma guerra campesina4. Os bolcheviques, desde o começo de 1905, advogavam pela ideia da ditadura revolucionária-democrática do proletariado e dos camponeses. Terceiro, a revolução de 1905 contribuiu muitíssimo para a educação política das massas trabalhadoras tanto no sentido de familiarizar sua vanguarda com “a última palavra” do socialismo no Ocidente, como no sentido da ação revolucionária das massas. Sem este “ensaio geral” de 1905, as revoluções de 1917, tanto a burguesa de fevereiro como a proletária de Outubro, teriam sido impossíveis. Quarto, as condições geográficas da Rússia permitiram-lhe sustentar-se mais tempo que outros países frente à superioridade militar dos países capitalistas adiantados. Quinto, a atitude peculiar do proletariado frente os campesinos facilitava a transição da revolução burguesa à revolução socialista, facilitava a influência dos proletários da cidade sobre as camadas semi-proletárias mais pobres dos trabalhadores do campo. Sexto, a grande escola de luta grevista e a experiência do movimento operário de massas da Europa facilitaram o surgimento, em uma situação revolucionária que se exacerbava profunda e rapidamente, de uma forma tão peculiar de organização revolucionária do proletariado, como são os Sovietes.
Esta enumeração, claro está, não é completa. Mas por agora, podemos limitar-nos a ela.
A democracia soviética ou proletária nasceu na Rússia. Em comparação com a Comuna de Paris, deu o segundo passo de importância histórica universal. A República Soviética Proletária e Campesina resultou ser a primeira república socialista sólida no mundo. Esta República não pode já morrer como novo tipo de Estado. Esta República já não está sozinha no mundo.
Para continuar a obra da construção do socialismo, para levá-la a cabo, ainda falta muito, muitíssimo. As Repúblicas Soviéticas dos países mais cultos, onde o proletariado goza de maior peso e influência, contam com todas as possibilidades de ultrapassar a Rússia, se é que empreendem o mesmo caminho da ditadura do proletariado.
A II Internacional em bancarrota está agonizando e apodrece em vida. De fato, desempenha o papel de lacaio da burguesia internacional. É uma verdadeira Internacional amarela. Seus líderes ideológicos mais destacados, como Kautsky, cantam louvores à democracia burguesa, qualificando-a de “democracia” em geral ou – o que é mais tolo e grosseiro ainda – de “democracia pura”,
A democracia burguesa expirou, o mesmo que a II Internacional, embora cumprisse um trabalho historicamente necessário e útil, quando estava posta na ordem do dia a obra de preparar as massas trabalhadoras nos marcos desta democracia burguesa.
A república burguesa mais democrática foi sempre e não podia ser outra coisa que uma máquina para a opressão dos trabalhadores pelo capital, um instrumento do Poder político do capital, da ditadura da burguesia. A república democrática burguesa prometia o Poder para a maioria, o proclamava, mas jamais pôde realizá-lo, já que existia a propriedade privada da terra e demais meios de produção.
A “liberdade” na república democrática burguesa era, de fato, a liberdade para os ricos. Os proletários e os camponeses podiam e deviam aproveitá-la com o objetivo de preparar suas forças para derrubar o capital, para vencer a democracia burguesa; mas, de fato, as massas trabalhadoras, como regra geral, não podiam gozar da democracia sob o capitalismo.
Pela primeira vez no mundo, a democracia soviética ou proletária criou uma democracia para as massas, para os trabalhadores, para os operários e os pequenos camponeses.
Jamais existiu no mundo um poder estatal exercido pela maioria da população, um poder efetivamente desta maioria, como é o Poder soviético.
Este reprime a “liberdade” dos exploradores e de seus auxiliares, lhes priva da “liberdade” de explorar, da “liberdade” de enriquecer à custa da fome, da “liberdade” de lutar pela restauração do Poder do capital, da “liberdade” de confabular com a burguesia estrangeira contra os operários e camponeses de sua pátria.
Que os Kautsky defendam semelhante liberdade. Para isso há de ser um renegado do marxismo, um renegado do socialismo.
A bancarrota dos líderes ideológicos da II Internacional, como Hilferding e Kautsky, em nenhuma outra coisa se manifestou com tanta evidência como em sua total incapacidade de compreender o significado da democracia soviética ou proletária, sua relação com a Comuna de Paris, seu lugar na história, sua necessidade como forma de ditadura do proletariado.
O periódico Die Freiheit (“A Liberdade”)5, órgão de imprensa da social-democracia alemã “independente” (leia-se mesquinha, filisteia, pequeno-burguesa), publica em seu Nº 74 de 11 de fevereiro de 1919 um chamado entitulado “Ao proletariado revolucionário da Alemanha”.
Este chamado está assinado pela direção do dito partido e por toda sua minoria da “Assembleia Nacional”, a “Constituinte” alemã.
Nele se acusa aos Scheidermann de ter a intenção de eliminar os Sovietes e propõe – não riam! – combinar os Sovietes com a Constituinte, conferir aos Sovietes certos direitos estatais, um determinado lugar na Constituição.
Conciliar, unir a ditadura da burguesia com a ditadura do proletariado! Que fácil! Que ideia filisteia mais genial!
Apenas é de lamentar que a tenham experimentado já sob Kerensky, na Rússia, os mencheviques e eseristas (N.T.: membros do Partido Social-Revolucionário) unidos, esses democratas pequeno-burgueses que creem-se socialistas.
Quem, ao ler Marx, não tenha compreendido que na sociedade capitalista, em cada situação grave, em cada importante conflito de classes, apenas é possível a ditadura da burguesia ou a ditadura do proletariado, não compreendeu nada da doutrina econômica nem da doutrina política de Marx.
Mas a ideia genialmente filisteia de Hilferding, Kautsky e cia. de unir de um modo pacífico a ditadura da burguesia com a ditadura do proletariado exige uma análise especial, sempre que se queira analisar a fundo os absurdos econômicos e políticos acumulados neste notabilíssimo e ridiculíssimo chamado de 11 de fevereiro. Teremos que adiar, então, para outro artigo.*
Moscou, 15 de abril de 1919.
*Ver V.I. Lenin, “Os heróis da Internacional Berna”. Obras completas, t. XXIX.
NOTAS
- Le Temps, diário surgido em Paris de 1861 a 1942, representava os interesses do círculo governante francês e foi, na realidade, o órgão oficial do Ministério de Assuntos Exteriores.
- O I Congresso da Internacional Comunista realizou-se em Moscou, entre 2 e 6 de março de 1919; participaram 52 delegados de 30 países: 34 com voz e voto e 18 com voz. O Congresso foi dirigido diretamente por Lenin. O informe de Lenin sobre o problema principal do dia, a democracia burguesa e a ditadura do proletariado, foi apresentado na sessão diurna de 4 de março. O Congresso aprovou, sem discussões por unanimidade, as teses de Lenin e resolveu transmití-las ao Bureau do Comitê Executivo da Internacional Comunista encarregando-o de dar-lhes a maior difusão possível; ratificou, também, uma resolução proposta por Lenin como complemento à tese. Por iniciativa de Lenin aprovou-se unanimemente uma resolução a respeito da dissolução do grupo de Zimmerwald. O Congresso ratificou a plataforma da Internacional Comunista e aprovou um manifesto no qual chamava aos proletários de todo o mundo a lutar pela conquista do Poder e pela ditadura do proletariado; decidiu também criar os órgãos dirigentes: o Comitê Executivo e o Bureau, eleito por este, composto por cinco membros.
- Ver carta de F. Engels a K. Marx de 7 de outubro de 1858.
- Ver carta de K. Marx a F. Engels datada de 16 de abril de 1856.
- Die Freiheit (“A Liberdade”): órgão diário do Partido Independente Centrista Social-Democrata Alemão, surgiu em Berlim de novembro de 1918 até outubro de 1922.