Alemanha: Lutar contra o imperialismo e seus lacaios (G-20)!

Nota do blog: Reproduzimos tradução não-oficial de declaração assinada por revolucionários alemães, austríacos e turcos, unindo forças contra a reunião da cúpula do G-20, que ocorrerá em Hamburgo (Alemanha) em julho de 2017.


Lutar e resistir contra a cúpula do G-20 em Hamburgo!

A cúpula do G-20 em Hamburgo, a se realizar em julho deste ano, enfrentará uma massiva resistência. Os manifestantes de toda a Alemanha, juntos com pessoas de todas as partes da Europa e outras do mundo, mostrarão sua ira e rechaço a esta reunião dos piores assassinos e ladrões de todo o mundo. Expressarão estes sentimentos de muitas maneiras diferentes – e isso é muito bom.

Vamos tomar parte nesta luta para, junto com outras forças revolucionárias e consistentemente anti-imperialistas, enviar um sinal claro à classe operária da Alemanha e aos oprimidos e explorados de todo o mundo, de que: Aqui se luta contra os imperialistas e seus lacaios, o faremos sem dar-lhes descanso, e seu sonho de uma “zona de influência tranquila” se derrubará em cinzas!

Neste sentido, estamos nos mobilizando sobre as seguintes bases:

Não à paz com o imperialismo!

O que é o imperialismo hoje? O imperialismo não é um único bloco monolítico e não está dividido em diferentes blocos. O imperialismo, fase superior do capitalismo, é um sistema em escala mundial, mas as potências imperialistas exitem, os poderes políticos existem em um estado de conspiração e discórdia. Eles estão lutando entre si pelo domínio mundial dos mercados, matérias primas e zonas de influência etc, assim como os ladrões que lutam entre si pelo butim. Mas também lutam juntos contra os povos do mundo, contra o proletariado internacional e contra qualquer força que ponha seu domínio em questão. A mais forte entre as potências imperialistas hoje são os Estados Unidos. O imperialismo ianque é o gendarme mundial da contrarrevolução e, portanto, o inimigo principal dos povos do mundo. A única potência que pode desafiar o imperialismo ianque militarmente, mas não de forma direta, é o imperialismo russo, o que se mostra claramente no desenrolar das situações, especialmente na Ucrânia e na Síria. O imperialismo russo pode fazer isto sobre a base de sua herança nuclear. Por cima de tudo, o USA podem intimidar as outras potências imperialistas e dominar.

É muito importante não cair na armadilha “Todos contra Trump”, sob o pretexto de formar algo como uma “frente democrática” com o imperialismo alemão. Trump representa uma fração da classe dominante no USA, a que quer dividir a UE, entre outras coisas, para, principalmente, debiliar a BRD política, econômica e militarmente. Os governantes da Alemanha sonham em converter-se como um novo poder hegemônico, para que possam competir pelo domínio do mundo – pela terceira vez. Este é o núcleo do conflito entre o USA e a RFA [N.T.: República Federativa da Alemanha]. Não é uma batalha entre os “fascistas Trump” e a “democrata Merkel”, como as fiéis trompetas de propaganda estatais a representam. Trump representa a única potência mundial hegemônica e, como tal, o inimigo principal dos povos do mundo. Na Alemanha, Merkel representa a burguesia imperialista e, de acordo com isso, representa o principal inimigo da classe operária e todos os oprimidos neste país. Os protestos contra a cúpula do G-20 não devem, em nenhum caso, reduzir-se aos imperialistas estrangeiros “mais maldosos” ou reacionários estrangeiros fascistas como Erdogan, mas também devem ser dirigidos sistemcamente contra o imperialismo da Alemanha Ocidental.

O sistema imperialista é a fonte da guerra, da fome, pobreza, miséria e destruição, tudo para acalmar sua ânsia de lucros e ganância; inclusive [N.T.: a degradação do…] o meio ambiente numa escala tão massiva que os requisitos físicos para a vida das pessoas estão em situação de risco, em partes cada vez mais amplas do mundo. O imperialismo é o inimigo mortal do progresso e as necessidades da maioria absoluta da população mundial. Não pode haver paz com eole. Deve ser destruído pela revolução proletária mundial.

Contra a exploração e a opressão!

Independente das diferenças que existem entre representantes dos participantes na reunião do G-20, são todos eles representantes políticos dos Estados imperialistas e reacionários. Não importa a forma que tratam de disfarçarem-se. Eles não são nossos amigos na luta pela eliminação da exploração e da opressão, mas, na verdade, são aqueles que têm a responsabilidade direta de seu mantimento. São inimigos do proletariado internacional e dos povos do mundo.

Em todo o mundo, a exploração exacerba-se: aqui, na Alemanha, a exploração do proletariado cresce. Cada vez mais pessoas vivem na pobreza, apesar de venderem a cada dia sua força de trabalho. Na UE, isso se desenrola em países como Grécia e Croácia, dois exemplos da pobreza e fome que vêm da “União Europeia” e de que esta aliança imperialista, sob liderança da RFA, é um projeto dos exploradores. No leste europeu e nos Balcãs, as condições de vida da classe operária e amplas massas do povo são tão precácias que os governos reacionários têm um problema enorme para conter as massas. Nos países oprimdiso da Ásia, África e América Latina, a ilusão dos “benefícios” da chamada ‘globalização” é coisa do passado e, uma vez mais, fracassou o sonho reformista do “progresso” dos governos do oportunismo. A pobreza e a miséria empurram as massas, uma vez mais e de modo maior, a confrontar-se com os lacaios do imperialismo.

Ao mesmo tempo, os imperialistas se baseiam em uma opressão cada vez mais massiva, guerras imperialistas de agressão contra qualquer forma de resistência, a militarização massiva de seus próprios países, a vigilância massiva de seu próprio povo e o desenvolvimento forçado dos movimentos fascista, mas a opressão traz a resistência. Em todo o mundo os povos estão lutando heroicamente contra a “ordem” existente. O problema é que na maioria dos países falta uma força que organiza esta luta e a dirija numa direção verdadeiramente revolucionária.

Proletários de todos os países e povos oprimidos, uni-vos!

Nós queremos estar com cada um e com todos os que lutam e resistem contra os criminosos do G-20 e estar juntos, sem importar a forma de atuar que elejam. Nos opomos firmemente a qualquer divisão em “bons e maus” manifestantes e negamos qualquer colaboração com as forças que denunciam outros manifestantes ou que utilizem a imprensa burguesa como plataforma para atacar os revolucinários ou revolucionárias. Nossos adversários são os imperialistas e seus lacaios!

No entanto, em meio das diversas formas de resistência, vamos lutar para enviar uma mensagem internacionalista e revolucionária clara para todos os que no mundo estão combatendo o imperialismo: Estamos juntos com vocês, sua luta é nossa! Enviamos esta mensagem para, entre outros, os camponeses pobres no Brasil, que dão sua vida para desatar uma grande revolução; aos que lutam no Curdistão, Síria e Iraque contra a agressão imperialista; enviamos esta mensagem aos companheiros que dão sua vida na guerra popular no Peru, Turquia, Índia e Filipinas para dirigir a revolução até sua culminação; a todos aqueles que defendem a bandeira da resistência contra o genocídio e a repressão draconiana do regime de Erdogan na Turquia; àqueles que, por todas as partes do mundo, nas masmorras da reação, mantêm alta as bandeira da rebelião; aos comunistas e revolucionários e revolucionárias que, apesar das diferenças, lutam juntos nos países imperialistas para esmagar a besta imperialista.

Vamos desenvolver nossas atividades com todos os que consequentemente participem contra a cúpula. Convidamos todos os que querem fazer isto junto conosco, para unir forças.

Abaixo o imperialismo e todos seus lacaios!

A rebelião se justifica!

Viva o internacionalismo proletário!

Pelo comunismo!

Organizações apoiante (até 21 de abril de 2017):

Coletivo Internacionalista, Berlim

Coletivo Vermelho, Hamburgo

Construção Comunista

Construção Revolucionária, Bremen

Construção Revolucionária, Waterkant

Rede Liberdade para Todos os Presos Políticos – Magdeburg

Juventude revolucionária, Dev-Genç, Hamburgo

Grupo Anti-imperialista, Viena

Coletivo Solidaridade Internacionalista, Alto Áustria

Coletivo Vermelho, Áustria Ocidental

AçãoVermelha, Colonia

Ação Vermelha, Berlim

Conexão Antifascista Ocidental

ADHK – Confederação pelos Direitos Democráticos na Europa

LibertaçãoVermelha, Cottbus

YDG – Juventude Nova Democracia