Nota do blog: Publicamos a seguir nota importante e introdutória de uma série de análises dos camaradas peruanos da Associação de Nova Democracia Nuevo Peru (Hamburgo, Alemanha) sobre a situação na Venezuela. A seguir publicaremos também a matéria produzida pelo jornal democrático e popular A Nova Democracia sobre o assunto.
Hoje, com a publicação da tradução do artigo aparecido recentemente no website DemVolkeDienem, intitulado “AufstockungundBewaffnung der staatlichenBürgerwehr in Venezuela” (Aumentar e Armar as Defesas Nacionais do Governo da Venezuela), damos inicio a uma série de artigos sobre o desenvolvimento da situação nesse país, assinalando claramente nossa posição contra a intervenção imperialista nesse país, principalmente dos ianques – que é o imperialismo principal que domina neste país como no resto da América Latina – e das potências imperialistas Rússia e China e outras que, em conluio e pugna, tomam esse país como arena de disputa entre si. Denunciamos que o atual governo da Venezuela, tanto com Chávez como agora com Maduro, abriu cada vez mais o país à penetração econômica do imperialismo. – não só do imperialismo ianque, que é o principal que domina ali, mas dos imperialistas russos, chineses, espanhóis, franceses etc. Dessa forma, aprofundou a condição semicolonial: ao redor de 97% dos ingressos por exportações do país provêm do petróleo. A produção do petróleo depende da inversão imperialista. As finanças do país dependem do endividamento do país, por meio dos bônus que vão às mãos imperialistas. Agora, com problemas de produção e de preço no petróleo, as reservas internacionais do país têm que dedicar-se, em grande medida, ao pagamento dos vencimentos destes bônus, muitos dos quais estão em nome do PDVSA, tal como lemos nas notícias sobre as dificuldades em abril e em outubro, são milhões de dólares em vencimento.
Leremos algumas informações concretas a esse respeito: “Na franja do Orinoco, na Venezuela no meio da Revolução Bolivariana, seguem operando companhias multinacionais privadas, que repatriam lucros a suas casas matrizes, como as estadunidenses Chevron/Texaco ou a Exxon/Mobil, a britânica British Petroleum, a anglo-holandesa Royal Dutch Shell, a francesa Total, a argentina Pérez Companic, a espanhola Repsol etc. De fato, o governo bolivariano fixou 50% do faturado das regalias que essas empresas devem pagar ao Estado venezuelano”.
Da mesma fonte: Venezuela provém ao redor de 12% do que se consome na potência norte-americana, 65% do petróleo da Venezuela se exporta ao USA e a única refinaria estatal venezuelana está localizada em território do USA, isto é, legalmente é uma companhia ianque. Esta companhia refinadora de petróleo contribuiu com 500 mil dólares voluntariamente para a cerimônia de juramentação do novo presidente dos imperialistas ianques, o arquirreacionário e genocida Trump (ver lista de doadores nos diferentes meios).
Outra fonte informa assim: “Empresas internacionais como Halliburton e Schlumberger estão reduzindo suas operações ante a crise de pagamento que sofre a PDVSA, e esta incrementou suas dívidas em 25 milhões de dólares. E enquanto a produção em El Furrial e em outros campos cai em picado, a petroleira estatal deve apoiar-se em Citgo, sua filial nos Estados Unidos”. A mesma fonte afirma: “Com a petroleira estatal (PDVSA) endividada, dois terços de suas exportações estão destinadas a pagar os empréstimos chineses e outras dívidas. Por isso a empresa está ficando sem recursos para pagar os técnicos, tanto internacionais como nacionais”.
O que nos cabe fazer é apoiar a luta do proletariado e do povo venezuelano contra a manipulação de seus protestos por qualquer que seja as frações reacionárias e dos diferentes imperialistas que manejam por trás. Desfraldar a consigna: ‘YankeesGo Home!’. Persistindo na sua luta contra a semifeudalidade, o capitalismo burocrático e o imperialismo, o proletariado venezuelano, capitalizando as mudanças políticas que vai se produzindo no proletariado e no povo, saberá avançar no processo de reconstituição do Partido Comunista e, contando com o heroico combatente, iniciar a guerra popular
24 de abril de 2017
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