Nota do blog: Citações e trechos retirados dos documentos “Linha de Massas” do Partido Comunista do Peru, sob chefatura do Presidente Gonzalo, em 1988; “Entrevista com o Presidente Gonzalo – Entrevista do século”, 1989; e “Sobre a Campanha de Retificação com ‘Eleições não! Guerra Popular sim!’”, exposição do Presidente Gonzalo, em 1991.
O Presidente Gonzalo desfraldando, defendendo e aplicando o marxismo-leninismo-maoísmo estabeleceu a linha de massas do Partido. …. Rechaça aqueles que planteiam que as massas não querem fazer a revolução ou que as massas não apoiam a guerra popular; nos ensina que o problema não está nas massas até porque estas estão prestes a rebelarem-se, mas sim o problema está nos Partidos Comunistas assumirem sua obrigação de dirigi-las e levantá-las em armas. Deslinda com aquelas posições que hoje em dia sustentam ‘a acumulação de forças’, que planteiam o aglutinar parcimoniosamente as massas através do uso dos chamados ‘espaços democráticos’ ou uso da legalidade, acumulação de forças que não corresponde ao momento da luta de classes internacional e nacional, que não cabe no tipo de revolução democrática que desenvolvemos. …. É oposto e condena as posições oportunistas de levar as massas a reboque da grande burguesia, por um caminho eleitoreiro ou por uma ação armada sob o mando de uma superpotência ou potência.(Partido Comunista do Peru, “Linha de Massas”, 1988)
“As massas são a própria luz do mundo… elas são a própria fibra, o batido inesgotável da história… quando falam tudo se estremece, a ordem começa a se agitar, as altas cumes se agacham, as estrelas tomam outro rumo porque as massas fazem e podem tudo.”
“As massas clamam por organizar a rebelião, portanto o Partido, seus dirigentes, quadros e militantes têm uma obrigação hoje peremptória, um destino: organizar o Poder desorganizado da massa e só se faz com as armas na mão. Há que armar a massa pouco a pouco, parte por parte, até o armamento geral do povo e quando isso chegar não haverá exploração sobre a Terra.”
“Desde os velhos tempos as massas vivem sujeitas à opressão e exploração e sempre se rebelaram, é uma longa e inesgotável história… Desde sempre, desde que combatem, as massas clamam por organizar a rebelião, seu armamento, seu levantamento, que lhes dirija, que lhes conduza. Sempre foi assim e seguirá sendo e depois que houver outro mundo seguirá sendo, só que de outra maneira.”
“As massas buscam a voz dos que afirmam, não dos que duvidam. Em nosso Partido, no Início da Luta Armada, o Presidente Gonzalo demandou que nunca ninguém duvide das massas, combater aqueles cegos e surdos à voz das massas, escutar seu mais leve rumor e atender a seus problemas concretos e cotidianos; às massas, nunca cabe enganá-las, nem forçá-las, elas devem saber os riscos que estão a afrontar, deve-se convocá-las à cruenta e longa luta pelo Poder, mas tendo tal fim estas compreenderão que será uma luta vitoriosa e necessária.”
“A pobreza é uma força impulsionadora da revolução, os pobres são os mais revolucionários, a pobreza é a mais bela canção: … a pobreza não é um constrangimento, é honra, nossos serrados com suas massas são a fonte de nossa revolução que com suas mãos dirigidas pelo Partido Comunista vai construir um novo mundo; guia: a ideologia, motor: a luta armada, direção: o Partido Comunista.”
“O Presidente Gonzalo nos ensina que no trabalho de massas a luta pelo Poder e a luta reivindicativa são duas caras de uma mesma moeda, sendo a luta pelo Poder a primeira e principal reivindicação da massa.(…) Organizar as massas para que vão mais além do que permite o ordenamento legal existente, que lutem por destruir a velha ordem e não para mantê-la. Romper assim a tradição eleitoreira frentista que aplicam os revisionistas e oportunistas. (…) O Presidente Gonzalo nos ensina que é totalmente errôneo separá-las; falar somente da luta reivindicativa é revisionismo.”
“A luta pelo Poder como principal não quer dizer que desde o começo vamos incorporar as massas de uma só vez, pois o Presidente Mao nos ensina que desenvolvendo Bases de apoio e força armada é que se gerará o auge da revolução. (…) pois a guerra popular é um fato político que vai remarcando com ações contundentes as ideias na mente dos homens, que pouco a pouco vão entendendo seu único e verdadeiro caminho, desenvolvendo assim sua consciência política; a guerra popular convoca a todos os revolucionários e ao desenvolver-se abre caminho para si mesma.”
“As massas estão ávidas de política e aos comunistas incumbe organizá-las e dirigi-las. Em todas as partes as massas têm problemas concretos e devemos preocupar-nos por eles e atendê-los, o trabalho de massas se faz dentro da luta de classes e não a margem dela. Se nós não o fazemos, os reacionários e revisionistas os utilizarão para seus fins.”
“Através da prática social de um determinado momento histórico, as massas armam sua mente com ideias que correspondem a esse momento e, portanto, armam seus braços para plasmar as tarefas determinadas pela história. (…) Logo, como armar as massas na ideologia e prática marxista-leninista-maoísta, pensamento gonzalo? As massas se armam ideologicamente a partir de seus problemas concretos nos três campos: ideológico, político e econômico.”
“Marx disse, a filosofia tem sido acorrentada, arrancada das massas e enredada em palavreados, cheia de teia de aranha para ocultá-la para as massas, temos que libertá-la e devolvê-la. Temos que manejar nossa ideologia movendo poderosamente as massas; formar opinião pública é problema de mobilizar as massas, que elas sejam propagandistas e agitadoras; façamos um movimento massivo, educar as massas no marxismo-leninismo-maoísmo, principalmente maoísmo e no pensamento gonzalo. (…) As massas podem lográ-lo porque as massas fazem a história, criam tudo.”
“Pensemos que a reação tem, entre outras, uma coisa a seu favor: muitos meios de informação, todo um sistema de meios desenvolvidos, periódicos, revistas, rádios, televisão etc.; nós não, mas temos um recurso que é insuperável e é: as massas fazem a história. O conhecimento é gerado pela prática e esta a fazem as massas; temos dito, fazer das massas propagandistas e agitadoras, que as próprias massas combatam e resistam, e tudo isto o sabem fazer, o tem feito sempre, portanto, não lhes será estranho fazê-lo.”
“As massas combatem, mas para combater necessitam uma direção, um Partido porque não há movimento de massas que possa desenvolver-se, manter-se e menos ainda desenvolver-se sem um partido que as dirija. (…) São elas, as massas que fazem a história, insisto, o Partido só as dirige”
“Sonha a reação quando quer afogar em sangue a revolução, mas o sangue a rega, e é uma lei inexorável. Por isso mesmo se reafirma em como temos que ser cada vez mais fieis, firmes, resolutos nos princípios e ter sempre confiança inalterável nas massas.”
“É necessário luta implacável contra o revisionismo e o oportunismo, combatê-lo como perigoso câncer dentro e fora do Partido e nas próprias massas, se não estas não concretarão seu caminho.”
“Varrer o monte colossal de lixo que é o revisionismo e o oportunismo, principalmente o eleitoreiro, nenhum destes revisionistas nem oportunistas, nenhum de seus congêneres pode representar nem defender as massas, pois, assim como antes, só defenderam aos exploradores de turno, hoje são vagão de reboque do governo aprista fascista e corporativo, arrastando sinistramente nesse rumo as organizações gremiais deles dependentes. (…) Essa gente pretende desviar as massas de seu caminho e são, portanto, parte desse monte colossal de lixo que deve ser necessariamente varrido por partes e gradualmente como dissera Engels.”
“Nas massas o que fazem os revisionistas é servir à capitulação ante a reação interna, em concreto, ante a grande burguesia e os latifundiários, ante a ditadura latifundiária-burocrática. (…) conforme eles atuam participando no Estado reacionário, as massas compreendem seu trabalho nefasto … sua condição de traficantes, de vende-operários, de oportunistas e traidores. (…) são as próprias massas que darão boa conta e justa sanção a quem por décadas traficou e segue traficando e também condenarão, sancionarão a quem quiser traficar ou quem começar a fazê-lo.”