Nota do blog: O artigo que segue foi produzido na China durante a GRCP, 1971. Constituiu um enorme esforço dos quadros e dirigentes revolucionários e seguidores da linha marxista-leninista pensamento mao tsetung por sistematizar a experiência da luta de duas linhas durante todo o curso da Revolução Chinesa até o então momento, isto é, o da bancarrota da linha oportunista de direita de Liu chao-shi e seus asseclas que pintavam-se de todas as cores para passarem despercebidos pelas grandes tempestades desencadeadas em 1966. O texto é muito importante que seja estudado, dado sua importância histórica e também idoelógico-política.
Breve história do Partido Comunista da China
Renmin Ribao – Hongqi – Jiefangjun Bao
Digitalizado por ARC (novembro, 2007) da edição impressa preparada pela editora Nativa Libros (coleção Bandeira Vermelha), 1971, Montevideo-Uruguai. Este foi retirado das revistas chinesas: Renmin Ribao – Hongqi – Jiefangjun Bao.
Transcorreram-se exatamente 50 anos desde que o Partido Comunista da China celebrou seu I Congresso Nacional em 1º de julho de 1921, em Shangai.
A fundação do Partido Comunista da China inaugurou uma nova época no desenvolvimento da história chinesa. Durante mais de 70 anos, desde a Guerra do Ópio de 1848 até o Movimento do 4 de maio de 1919, o atormentado povo chinês sustentou valorosas lutas contra a opressão do imperialismo e do feudalismo. Não obstante, estas lutas, incluídos os movimentos revolucionários de grande envergadura dirigidos por Jung Siu-chuan e Sun Yat-sen, terminaram todas em fracasso. Agradecemos ao grande Lenin porque a Revolução Socialista de Outubro de 1917 na Rússia dirigida por ele trouxe o marxismo-leninismo para o povo chinês. A integração do marxismo-leninismo com o movimento revolucionário da China deu origem ao Partido Comunista da China, vanguarda do proletariado chinês. Como assinalou o Presidente Mao, “Na China nasceu o Partido Comunista, acontecimento transcendental que faz época”.
Quando se fundou o Partido Comunista da China, só existiam vários grupos comunistas com dezenas de membros. No entanto, representava uma força nascente e toda força nascente, por sua natureza, é sempre invencível. Nada pôde eliminar o Partido Comunista da China, nem os aviões e canhões do imperialismo e do Kuomitang, nem o terror branco e as tropelias dos agentes inimigos. Pelo contrário, o Partido Comunista da China, depois de meio século de árdua luta, desenvolveu-se convertendo-se no partido que dirige a República Popular da China. E a velha China, semicolonial e semifeudal, se transformou numa Nova China socialista com uma prosperidade inicial.
A história dos 50 anos do Partido Comunista da China comprova que o êxito ou o fracasso de um partido depende de se é correta ou não sua linha. Se a linha é incorreta, um partido perderá o Poder ainda que o tenha conquistado. Se a linha é correta logrará o Poder, no caso de ainda não o ter conquistado. Porém uma linha justa não cai do céu, nem surge e nem se desenvolve espontânea e passivelmente, senão que existe em contraste com uma linha errónea e se desenvolve na luta contra esta.
No seu informe perante o IX Congresso Nacional do Partido, o camarada Lin Piao disse: “A história do Partido Comunista da China é a história da luta que sustenta a linha marxista-leninista do Presidente Mao contra as linhas oportunistas de direita e de ‘esquerda’ no Partido. Sob a direção do Presidente Mao, nosso Partido venceu à linha oportunista de direita de Chen Tu-siu, às linhas oportunistas de ‘esquerda’ de Chu Chiu-pai e Li Li-san, à linha oportunista de Wang Ming, que primeiro tomou forma de ‘esquerda’ e mais tarde de direita, e à linha de Chang Kuo-tao de dividir o Exército Vermelho, venceu à aliança antipartido oportunista de direita de Peng Te-uai, Kao Kang, Yao Shu-shi e outros, e, depois de uma luta prolongada, arrasou a linha revisionista contrarrevolucionária de Liu Shao-chi. Nosso Partido tem se consolidado, desenvolvido e robustecido justamente com a luta de duas linhas, sobretudo, na luta por vencer às três camarilhas renegadas de Chen Tu-siu, Wang Ming e Liu Shao-chi, camarilhas que causaram o maior dano ao Partido. É a linha marxista-leninista do Presidente Mao a que tem conduzido nosso Partido e o povo chinês no sinuoso caminho da revolução a passar do perigo à segurança, a transformar-se de uma força débil em forte de, de pequena em grande e a avançar do fracasso ao triunfo, até lograr as grandiosas vitórias de hoje”.
O Presidente Mao nos tem ensinado: “Temos conquistado grandes vitórias. Porém, a classe derrotada seguirá tentando subverter. Essa gente existe, no entanto, e também essa classe. Por isso, não podemos falar de vitória final. Não podemos fazê-lo, inclusive nos próximos decênios. Não podemos perder a vigilância.”
Ao celebrar o 50° aniversário da fundação do Partido Comunista da China, a tarefa que enfrenta todo nosso Partido é: seguindo os ensinamentos do Presidente Mao, pôr em prática a linha de unir-se para conquistar maiores vitórias, elaborada no IX Congresso Nacional do Partido e cumprir as tarefas de combate definidas neste Congresso e nas I e II Sessões Plenárias do IX Comitê Central do Partido. Na atualidade, é particularmente indispensável para todo o Partido desencadear uma campanha pela crítica ao revisionismo e a retificação do estilo de trabalho, efetuar uma educação na ideologia e na linha política, estudar conscienciosamente o marxismo-leninismo-pensamento Mao Tsetung e estudar e resumir a experiência histórica da luta de duas linhas no seio do Partido. Isto constitui a garantia fundamental para que o Partido siga logrando grandes vitórias em sua causa.
Persistir no caminho de tomar o Poder através da força armada
O marxismo-leninismo sustenta que a questão fundamental de toda revolução é o problema do Poder e que a tarefa central e a forma mais alta de toda revolução são a tomada do Poder por meio da força armada. Esta é uma verdade universal do marxismo-leninismo. Quem a nega, ou a reconhece de palavra, porém a nega de fato, não é um marxista-leninista autêntico. Entretanto, as condições específicas dos diversos países são diferentes. Y como se podia materializar esta tarefa na China? À luz da grande prática da Revolução de Outubro, Lenin assinalou em novembro de 1919 aos comunistas dos povos do Oriente em seu “Informe no II Congresso da Rússia das Organizações Comunistas dos Povos do Oriente” que eles deviam ter em conta as características dos seus próprios lugares e que deviam aplicar a teoria e a prática gerais do comunismo apoiando-se nas condições peculiares, que não se davam nos países europeus, Lenin sublinhou que esta é “uma tarefa que antes não se lhes planteava aos comunistas do mundo inteiro”. Obviamente, se a verdade universal do marxismo-leninismo não se integra com a prática concreta da revolução de um país dado, não cabe falar da tomada do Poder nem do triunfo da revolução.
O Presidente Mao, partindo da unidade entre a verdade universal do marxismo-leninismo e a prática concreta da revolução chinesa, analisou a história e a situação de então da China, analisou a contradição principal da sociedade chinesa contemporânea e deu uma acertada resposta às questões concernentes aos alvos, as tarefas, as forças motrizes, o caráter, as perspectivas e a transformação da revolução chinesa. O Presidente Mao assinalou: A revolução chinesa é a continuação da Revolução de Outubro e forma parte da revolução socialista proletária mundial. A revolução chinesa tem de passar por duas etapas: a primeira, a revolução de nova democracia, e a segunda, a revolução socialista. Se trata de dois processos revolucionários qualitativamente distintos, que ao mesmo tempo se diferenciam e se vinculam entre si. Só depois de consumado o primeiro processo, a revolução de caráter democrático-burguês, se pode passar ao cumprimento do segundo, a revolução socialista. A revolução democrática constitui a preparação necessária para a revolução socialista, e a revolução socialista é a direção inevitável para o desenvolvimento da revolução democrática. O Presidente Mao apontou: Um Partido Comunista constituído conforme a teoria revolucionária marxista-leninista e ao estilo revolucionário marxista-leninista, um exército dirigido por tal Partido, uma frente única de todas as classes revolucionárias e grupos revolucionários dirigidos por tal Partido: estas são as três armas principais para tomar e consolidar o Poder. É precisamente por esta senda que se há desenvolvido a revolução chinesa.
A revolução de nova democracia dirigida pelo Partido Comunista da China atravessou as quatro seguintes etapas históricas; a Primeira Guerra Civil Revolucionária, a Guerra Revolucionária Agrária, a Guerra de Resistência contra o Japão e a Guerra de Libertação Popular. Custou 28 anos no total, de 1921 a 1949, resolver o problema da tomada do Poder mediante a força armada.
Durante o período da Primeira Guerra Civil Revolucionária, nosso Partido se encontrava ainda na fase de sua infância. A começos e meados deste período, a linha do Partido foi correta. As obras Análise das classes da sociedade chinesa, Informe sobre uma Investigação do movimento camponês em Hunan e outras que o camarada Mao Tsetung publicou neste período, encarnavam a justa linha do Partido. Baseando-se numa investigação e estudo minuciosos e sistemáticos, o Presidente Mao fez uma análise concreto da condição econômica das diversas classes da sociedade chinesa e de suas respectivas atitudes políticas. Pontuou explicitamente: “São nossos inimigos todos aqueles que estão confabulados com o imperialismo: os caudilhos militares, os burocratas, a burguesia compradora, a classe dos grandes latifundiários e o setor reacionário da intelectualidade subordinado a todos eles”. Assinalou ademais: “O proletariado industrial é a força dirigente de nossa revolução. Nossos amigos mais próximos são todo o semiproletariado e toda a pequena burguesia”. O Presidente Mao fixou particular atenção no problema de mobilizar e armar o campesinato e apontou “Sem os camponeses pobres, não há revolução.” Indicou, ademais, que a burguesia nacional era uma classe vacilante, sua ala direita podia ser nosso inimigo; devíamos manter-nos constantemente em guarda e não lhe permitir que criará confusão em nossa frente. Assim solucionou a questão de importância primordial para a revolução: “Quem são nossos inimigos e quem são nossos amigos?” Combateu tanto o oportunismo de direita, representado por Chen Tusiu, que só queria ao Kuomintang e não ao campesinato, como o oportunismo de “esquerda”, representado por Chang Kuo-tao, que só se interessava no movimento operário e igualmente não queria ao campesinato.
Chen Tu-siu, que ocupava naquele momento a função de secretário geral do Partido Comunista da China, era de fato um democrata radical burguês. Não entendia nada de marxismo-leninismo. Inclusive considerava que na China não havia existido a sociedade escravista, negando a verdade universal do marxismo. Sustentou que, dado o caráter democrático-burguês da revolução chinesa naquela etapa, na China só podia se estabelecer uma república burguesa e a revolução não podia senão ser dirigida pela burguesia. Vociferou que o proletariado da China não era uma “força revolucionária independente” e não podia converter-se em classe dirigente e caluniou os camponeses qualificando-os de “reacios à disciplina”, “conservadores”, e afirmando que “dificilmente podem participar na revolução”. Recusou por completo as justas opiniões do camarada Mao Tsetung e renunciou à direção sobre o campesinato, a pequena e média burguesia e em particular à direção sobre as forças armadas. Dentro da frente única advogou pela mera aliança sem lucha. Quando se levantaram as massas operárias e camponesas, teve muito medo de que isto assustasse à burguesia. Chen Tu-siu e seu seguidor Liu Shao-chi chegaram inclusive a ordenar aos piquetes de operários de Wuján entregar as armas ao Kuomintang. Como resultado, quando Chiang Kai-shek e Wang Chin-wei, representantes dos grandes latifundiários e da grande burguesia, traíram um após o outro à revolução e massacraram os operários e camponeses, as grandes massas ficaram inertes e a impetuosa grande revolução terminou na derrota. Mais tarde, Chen Tu-siu, obstinando-se na reacionária posição trotskista, sustentou que o estabelecimento do reacionário governo de Chiang Kai-shek marcava a consumação da revolução democrático-burguesa e que o proletariado devia limitar-se à luta parlamentar legal e esperar até o dia em que o capitalismo se desenvolvesse na China, para fazer a suposta revolução socialista. Isto significava liquidar a revolução chinesa.
Os comunistas chineses não se deixaram intimidar pela matança que perpetrou Chiang Kai-she, Wang Ching-wei e Chen Tu-siu, mestres no sentido negativo, nos fizeram compreender “Sem luta armada na China não haverá lugar para o proletariado, nem para o povo, nem para o Partido Comunista, e a revolução não poderá triunfar.” Nos fizeram compreender a verdade marxista-leninista de que “o poder nasce do fuzil”. Para salvar a revolução se efetuou o Levantamento da Nanchang em 1º de agosto de 1927. O correto deste Levantamento foi o de fazer o primeiro disparo contra os reacionários kuomintaguistas e o errôneo residiu em não ir ao campo para mobilizar e armar às massas camponesas e a estabelecer bases de apoio, senão tomar as cidades como centro e depender da ajuda estrangeira. O 7 de agosto, o Comitê Central do Partido celebrou uma reunião de emergência em Jankou no que se retificou a linha capitulacionista de Chen Tu-siu e se destituiu a este de seu cargo dirigente. Depois da Reunião do 7 de agosto, o Presidente Mao dirigiu pessoalmente o Levantamento da Colheita de Outono, organizou o primeiro destacamento do Exército Vermelho de Operários e Camponeses e criou nas montanhas Ching-kang a primeira base de apoio revolucionária rural, incendiando a chispa do “regime independente criado pelos operários e camponeses mediante a força armada”. Em abril de 1928, as unidades que restaram do Levantamento de Nanchang subiram as montanhas Ching-kang. Sob a direção do Presidente Mao, o Exército Vermelho de Operários e Camponeses desbaratou vitoriosamente as primeira, segunda e terceira campanhas contrarrevolucionárias de “cerco e aniquilamento” lançadas pelo Kuomitang contra a base vermelha central. A guerra de guerrilhas se desenvolveu sucessivamente no Chiangsí, Fuchién, Honan, Hupei, Hunan, Anhuí, Kuangsí, Kuangtung, Sechuán, Shensí e outros lugares. O Presidente Mao sintetizou oportunamente a experiência e escreveu transcendentais obras, tais como “Porque pode existir o Poder vermelho na China?”, “Luta nas montanhas Ching-kang”, “Sobre a retificação das ideias errôneas no Partido” e “Uma só chispa pode incendiar a pradaria”, nas quais expôs no teórico que na China, quanto a tomada do Poder mediante a força armada, não se podia, como nos países capitalistas, começar por ocupar as cidades e avançar logo sobre o campo, senão que havia que seguir o caminho de criar bases de apoio nas zonas rurais, usar o campo para cercar as cidades e tomá-las em seguida.
O Presidente Mao assinalou: “A história do nosso Partido mostra que os desvios de direita são susceptíveis de surgir nos períodos em que existe uma frente única do nosso Partido com o Kuomintang, e os desvios de ‘esquerda’, nos períodos em que nosso Partido rompeu com o Kuomintang.” Porém depois de que nosso Partido rompeu com o Kuomintang e retificou a linha oportunista de direita de Chen Tu-siu, surgiram a linha putchista de “esquerda” de Chu Chiu-pai, a fins de 1927 e começos de 1928, a linha oportunista de “esquerda” de Li Li-san, de junho a setembro de 1930, e a linha oportunista de “esquerda” de Wang Ming de 1931 a 1934. Neste período, se bem apareceram o liquidacionismo de Chen Tu-siu, o divisionismo de direita de Luo Chang-lung e outras tendências de direita ao pessimismo e a desesperança respeito à revolução, as principais foram estas três linhas oportunistas de “esquerda”; sobretudo, a linha oportunista de “esquerda” de Wang Ming, cujo predomínio dentro do Partido durou quatro longos anos, causou enormes danos e deu lições sumamente profundas.
Em janeiro de 1931, Wang Ming usurpou o poder dirigente do Comitê Central do Partido na IV Sessão Plenária do VI CC do Partido. Se autodenominou “bolchevique cem por cento” e arvorou a bandeira da “luta contra a linha de Li Li-san”, no entanto, acusou à direção central anterior de “não fazer nada para denunciar ou combater a persistente teoria e prática oportunistas de direita da linha de Li Li-san” e considerou que “o desvio direitista continua sendo hoje o principal perigo no Partido”; de fato, propugnou uma linha oportunista mais “esquerdista” que a linha de Li Li-san. Igual que os demais oportunistas de “esquerda”, Wang Ming tampouco entendia nada da teoria e a prática da revolução chinesa. Eles apagaram o limite entre a revolução democrática e a revolução socialista. Não conheciam nada dos operários nem dos camponeses, não sabiam fazer a guerra nem compreendiam o caráter desigual, sinuoso e prolongado da revolução chinesa. Não realizaram nenhuma investigação nem estudo sobre as relações entre as diferentes classes da China, apregoaram que as forças intermediárias eram “os inimigos mais perigosos” e advogaram pela luta contra a burguesia e a camada superior da pequena burguesia em sua totalidade. Puseram em prática muitas medidas políticas “esquerdistas” de “mera luta sem aliança”. Na linha militar, aplicaram primeiro o aventureirismo e depois passaram à temeridade desesperada e à tendência à fuga. Na linha organizativa, praticaram o sectarismo e arrebataram os poderes do Presidente Mao. Recorreram à “luta desapiedada e golpes implacáveis” contra os que não estavam de acordo com sua linha errônea. Atuando como soberano supremo e colocando-se por cima do Partido e do povo, Wang Ming promoveu por todas partes sua linha errônea. Como resultado, nosso Partido perdeu 90 por cento de sua força na zona vermelha e quase cem por cento na zona branca, e o Exército Vermelho se viu obrigado a deslocar-se e empreender a Grande Marcha.
Das duas linhas emanaram dois resultados. Isto educou todo o Partido nos sentidos positivo e negativo. Seguindo a linha revolucionária do Presidente Mao, fundamos o Exército e estabelecemos as bases de apoio revolucionárias ainda que não as tivesse antes. E, devido à linha oportunista de “esquerda” de Wang Ming, perderam-se as bases de apoio revolucionárias e o Exército Vermelho de Operários e Camponeses ficou numa situação muito perigosa. As repetidas provas na prática revolucionária confirmaram a linha revolucionária do Presidente Mao como a única linha correta. Wang Ming, que “considerava a si mesmo como núcleo” e se qualificava de correto “cem por cento”, revelou-se um pseudo-marxista. Em janeiro de 1935, quando o Exército Vermelho, durante a Grande Marcha, chegou a Tsunyi (estado de Kuichou), a direção central do Partido convocou uma reunião ampliada do Birô Político, isto é, a Reunião de Tsunyi, de grande significado histórico. Esta Reunião acabou com o predomínio da linha oportunista de “esquerda” de Wang Ming na direção central do Partido, estabeleceu a posição dirigente do Presidente Mao em todo o Partido e colocou a linha do Partido na correta rota marxista-leninista. Quanto sangue e quão alto preço nos custou para conseguir isto!
A Reunião de Tsunyi puxa a passagem de nosso Partido da infância à maturidade. Depois desta Reunião, sob a direção do grande líder Presidente Mao, culminou triunfalmente a Grande Marcha de 25.000 li [12,5 km], mundialmente conhecida. Durante a Grande Marcha, o Exército da I Frente do Exército Vermelho constituiu-se num destacamento antijaponês destinado ao norte e marchou sobre o norte do Shensi, alentando a todo o povo do país em sua determinação de resistir à agressão do imperialismo japonês. Mais tarde, nosso Partido aplastou a linha de Chang Kuo-tao de estabelecer outro comitê central e dividir o Exército Vermelho. Em outubro de 1936, os Exércitos das II e IV Frentes chegaram ao norte do Shensi e se reuniram vitoriosamente com o Exército da I Frente e o Exército Vermelho do Norte de Shensi. Naquele momento, o Exército Vermelho se havia reduzido de 300.000 homens a menos de 30.000. A força de nosso Partido havia diminuído quantitativamente pelo momento, porém se havia tornado qualitativamente mais poderosa que antes graças à justeza de sua linha.
Em 1937, a revolução chinesa entrou no período da Guerra de Resistência contra o Japão. Nosso Partido passou triunfalmente da etapa da Revolução Agrária à da frente única nacional antijaponesa. Entretanto, a agudização da contradição nacional entre a China e o Japão e a formação, pela segunda vez, da frente única entre o Kuomintang e o Partido Comunista, como uma maré, subiu à cabeça de alguns. Tudo isto encontrou sua expressão dentro de nosso Partido na sua luta contra a linha oportunista de direita representada por Wang Ming.
O período inicial da Guerra de Resistencia contra o Japão, o renegado Wang Ming saltou da extrema “esquerda” à extrema direta. Sob pretexto de formar uma frente única nacional antijaponês, Wang Ming pôs mais confiança no Kuomintang que no Partido Comunista e anulou completamente o princípio de independência e autodecisão do Partido Comunista, advogando por fazer “tudo através da frente única” e “submeter tudo à frente única”, o que significava em essência fazer tudo através do Kuomintang e submeter tudo ao Kuomintang, não atrevesse a sustentar uma resoluta luta contra a reacionária política do Kuomintang, nem a mobilizar amplamente às massas, nem a engrossar com audácia as bases de apoio antijaponesas nas zonas ocupadas pelos invasores japoneses, entregando assim ao Kuomintang a direção da Guerra de Resistência contra o Japão. Deste modo, Wang Ming voltou à linha errônea de “mera aliança sem luta” propugnada por Chen Tu-Siu em 1927. No mesmo período, Liu Shao-chi foi da zona branca à base de apoio revolucionária. Em aparência se opôs à linha de Wang Ming e aderiu à linha correta do Presidente Mao, e se jactou de ser o representante da linha correta no trabalho na zona branca encobrindo sua verdadeira face. Na realidade, era já desde há muito um renegado, agente inimigo e vende-operários, e a que aplicou na zona branca foi totalmente uma linha errônea. Em seu sinistro libro sobre a “autocultivação”, não mencionou em absoluto a luta por derrubar o imperialismo japonês, nem a lucha contra os reacionários kuomintanistas, nem a tomada do Poder mediante a força armada, senão que, pelo contrário, exigiu aos comunistas que se apartaram da grande prática revolucionária para estudar a doutrina de Confúcio e Mencio e se entregaram à “autocultivação” idealista, preconizando também uma linha capitulacionista. A chamada “literatura de defesa nacional” e “filosofia de defesa nacional”, que apareceram nesse período, foram na realidade literatura de traição nacional e filosofia de capitulação. Foram produto da linha capitulacionista de Wang Ming e também da linha errônea de Liu Shao-chi no trabalho na zona branca.
O grande líder, o Presidente Mao, criticou sistematicamente e a fundo a linha capitulacionista de direita representada por Wang Ming. Em novembro de 1937, em sua obra A situação e as tarefas na Guerra de Resistência contra o Japão depois da caída de Shangai e Taiwam, apontando o capitulacionismo de direita de Wang Ming, o Presidente Mao advertiu a todo o Partido: “Em 1927, o capitulacionismo de Chen Tu-siu conduziu a revolução ao fracasso. Nenhum membro de nosso Partido deve esquecer jamais esta lição do passado, paga com sangue.” O Presidente Mao planteou de novo o problema sobre a luta pela direção entre o proletariado e a burguesia e sublinhou a necessidade de manter a direção do proletariado e “ater-nos estritamente ao princípio de independência e autodecisão em todo nosso trabalho de frente única.” Porém Wang Ming opôs resistência à linha do Presidente Mao, continuou aplicando sua linha oportunista. Na VI Sessão Plenária do VI Comitê Central do Partido, celebrada em outubro de 1938, o Presidente Mao, em seu informe e conclusões, abordou a questão do papel do Partido Comunista da China na guerra nacional, refutou a linha oportunista de Wang Ming e traçou para o Partido a linha e a política de dirigir com independência e autodecisão a luta armada. A Sessão Plenária aprovou o informe e as conclusões do Presidente Mao. Mais tarde, em A propósito de nossa política e suas outras obras, o Presidente Mao ensinou reiteradamente a todo o Partido que a política de frente única “não é nem de mera aliança sem luta, nem de mera luta sem aliança, senão que combina a aliança e a luta”. Graças a que a linha revolucionária do Presidente Mao já ocupava a posição dominante em todo o Partido e a causa de que este havia criticado a fundo a linha capitulacionista de direita de Wang Ming e retificado o desvio de “esquerda” surgida na luta contra o Kuomintang, perseverava na correta política de “desenvolver as forças progressistas, ganhar as intermediárias e isolar às recalcitrantes” e, na luta contra os recalcitrantes anticomunistas, aplicava os princípios de “explorar as contradições, ganhar à maioria, combater a uma minoria e aplastar aos inimigos um por um” e de “lutar com razão, com vantagem e sem sobrepassar”, nosso Partido desbarataram uma após outra as campanhas anticomunistas do Kuomintang e manteve firmemente a direção na frente única nacional antijaponesa. Sem ajuda exterior, apoiando-se nos próprios esforços, desenvolveu a produção, superou as dificuldades, resistiu à maior parte das tropas invasoras japonesas na China e quase a totalidade das tropas títeres e desenvolveu e robusteceu o VIII Exército, o Novo 4° Corpo de Exército, as Guerrilhas Antijaponesas do Sul da China e das bases de apoio antijaponesas.
Desde o período inicial da fundação do Partido, o camarada Mao Tsetung concedeu suma importância à construção ideológica do mesmo. A Resolução da Reunião de Kutien redigida pelo Presidente Mao e suas obras filosóficas, tais como Sobre a prática e Sobre a contradição, têm desempenhado um enorme papel na educação ideológica de todo o Partido. No começo da década de quarenta, quando a guerra antijaponesa se encontrava na etapa de equilíbrio, o Comitê Central apreendeu esta excelente oportunidade para desencadear em todo o Partido uma campanha pela retificação do estilo de trabalho com o fim de elevar o nível marxista-leninista de todo o Partido. O Presidente Mao publicou então uma série de documentos sobre a retificação do estilo de trabalho, tais como Reformemos nosso estudo, Retifiquemos o estilo de trabalho no Partido, Contra o estilo de clichê do Partido e Intervenções no fórum de Ienán sobre arte e literatura, e chamou a todo o Partido a “combater o subjetivismo para retificar o estilo de estudo, combater o sectarismo para retificar o de relações do Partido, e combater o estilo de clichê do Partido para retificar o estilo literário”. O Presidente Mao indicou: “Ainda que a maioria em nosso Partido e nossas fileiras é pura, devemos empreender um consciencioso trabalho de consolidação tanto no terreno ideológico como no organizativo para conduzir o movimento revolucionário a um desenvolvimento mais vigoroso e a uma vitória mais rápida. A fim de lograr a consolidação organizativa, se requer primeiro a consolidação ideológica, isto é, a luta da ideologia proletária, contra as não proletárias.”
A campanha pela retificação do estilo de trabalho em Yenán, dirigida pessoalmente pelo Presidente Mao, foi uma grande campanha de educação marxista em todo o Partido. Mediante o estudo das obras de Marx, Engels, Lenin e Stalin, das obras do Presidente Mao, do materialismo dialético e do materialismo histórico, colocando de manifesto a essência antimarxista-leninista das linhas oportunistas de “esquerda” e de direita, todo o Partido distinguiu qual era a linha correta e quais as errôneas, qual era a ideologia proletária e quais as não proletárias, e logrou grandes êxitos. Na campanha de retificação, pôs em prática a orientação de tirar lições dos erros passados para evita-los no futuro, e de tratar a doença para salvar o paciente. Por meio da crítica e autocrítica, os quadros de todo o Partido alcançaram uma nova unidade sobre a base de princípio do marxismo-leninismo-pensamento Mao Tsetung.
Em abril de 1945, presidido pelo grande líder Presidente Mao, se convoca vitoriosamente o VII Congresso Nacional do Partido. No Congresso o Presidente Mao prestou o informe político “Sobre o governo de coalisão”, determinando a linha política do Partido: “Mobilizar audazmente às massas e robustecer as forças populares a fim de que, sob a direção de nosso Partido, derrotem aos agressores e construam uma nova China”. O VII Congresso Nacional do Partido foi um congresso de vitória e de unidade, que estimulou a vontade de combate e a confiança no triunfo das centenas de milhões de nosso povo, vontade de combate e de confiança no triunfo iguais às do Velho Tonto que removeu as montanhas. Quando se alcançou a vitória da Guerra de Resistência contra o Japão, o exército dirigido por nosso Partido havia se engrossado em um milhão de efetivos e as regiões liberadas haviam se ampliado abarcando a cem milhões de habitantes. A força revolucionária do povo chinês se tornou mais poderosa do que nunca.
A vitória da Guerra de Resistencia contra o Japão deu origem a drásticas mudanças na situação e nas relações de classes dentro e fora do país. Chiang Kai-shek que sempre se afanava por eliminar o Partido Comunista, com a ajuda do imperialismo ianque, decidiu desencadear uma guerra civil contrarrevolucionária. Atrevermo-nos a lutar e a triunfar? “Construir um país de nova democracia das amplas massas populares sob a direção do proletariado, ou construir um país semicolonial e semifeudal sob a ditadura dos grandes latifundiários e da grande burguesia?” Eis aqui o problema que se planteava ante todo o Partido, todo o Exército e todo o povo. Naquele momento, Liu Shao-chi lançou a linha capitulacionista que sustentava que “China empreendeu uma nova etapa, a da paz e democracia”. Liu Shao-chi preconizou que “a principal forma de luta da revolução chinesa tem de passar da luta armada à luta desarmada, das massas e parlamentar” e que “todo o trabalho de nosso Partido tem que reorganizar-se.” Queria que nosso Partido entregasse o Exército e as bases de apoio revolucionárias a Chiang Kai-shek e que fosse caçar postos oficiais no reacionário governo do Kuomintang para “cooperar na construção do país” com os reacionários ianques e chiang-kaishekistas. Esta linha foi a continuação das linhas de Chen Tu-siu e de Wang Ming e o eco na China da linha revisionista de Browder, renegado do Partido Comunista do Estados Unidos. O Presidente Mao combateu resolutamente a linha capitulacionista de Liu Shao-chi. Assinalou agudamente: “Chiang Kai-shek trata sempre de arrebatar do povo cada átomo de poder e cada átomo de suas conquistas. E nós? Nossa política é a de responder medida por medida e lutar por cada polegada de terreno.” “Todas as armas do povo, cada fuzil e cada bala, devem conservar-se, não devem entregar-se.” O Presidente Mao pontuou ademais: “A maneira de responder medida por medida depende da situação.” Se eles querem combater, os liquidaremos definitivamente, e isto é responder medida por medida. Se querem negociar, algumas vezes, não ir a negociar é responder medida por medida, e, outras vezes, ir a negociar também é responder medida por medida. À luz da situação daquele momento, o Presidente Mao dispôs os preparativos de combate para frustrar a ofensiva do exército chiangkaishekista: ademais foi pessoalmente a Chung-ching para as negociações, pondo em descoberto a catadura de Chiang Kai-shek que fingia procurar a paz e se entregava de fato a uma guerra civil. Com respeito ao mal do temor ao EE.UU. Difundido naquela ocasião, o Presidente Mao formulou a tese de que “todos os reacionários são tigres de papel”, revelando a natureza do imperialismo estadunidense e de todos os reacionários. Depois de que Chiang Kai-shek desencadeou a guerra civil a escala nacional, o Presidente Mao, com intrepidez revolucionária, fez sem perder a oportunidade o grande chamamento de “derrubar Chiang Kai-shek e libertar toda China” e conduziu todo o povo a eliminar a guerra contrarrevolucionária com a guerra revolucionária e a conquistar o Poder em todo o país mediante a força armada. O Presidente Mao formulou a linha geral e a política geral de nosso Partido naquela etapa histórica a saber: a revolução de nova democracia das amplas massas populares, dirigida pelo proletariado, contra o imperialismo, o feudalismo e o capitalismo burocrático: estabeleceu o princípio de combate de concentrar uma força superior para aniquilar as unidades inimigas uma por uma; e, segundo os progressos da revolução, em distintas partes do país, elaborou uma série de linhas de trabalho e medidas políticas concretas para a reforma agrária, a consolidação e construção do Partido, a consolidação e construção do Exército, etc. O Partido promulgou as Disposições Gerais da Lei Agrária da China que respondiam às aspirações dos camponeses de todo o país, retificou o erro direitista que consiste em não atrever-se a mobilizar com audácia às massas nem satisfazer as reclamações dos camponeses pela terra e retificou ademais a linha “esquerdista” na forma e direitista em essência, representada por Liu Shao-chi, que no curso da reforma agrária e na consolidação do Partido, prejudicava os interesses dos camponeses médios e da indústria e o comércio privados, e advogava por deixar de lado muitos quadros do Partido, considerando-os indistintamente como obstáculos; forjar só contatos secretos com uma minoria em que confiar, em vez de mobilizar às amplas massas; e desencadear os movimentos simultaneamente por todas partes, golpear e lutar indiscriminadamente a despeito da política do Partido, etc. Sob a direção do Presidente Mao, o grande Exército Popular de Libertação da China, com o apoio e ajuda da população das regiões libertadas e das amplas massas populares das regiões dominadas por Chiang Kai-shek, aniquilou a oito milhões de efetivos do exército da pandilha chiangkaishekista, apetrechado pelo imperialismo ianque, e libertou todo o território chinês exceto a província de Taiwán e algumas ilhas marítimas, e assim ficou sepultada a dinastia de Chiang e fundou-se a República Popular da China. Desde então o povo chinês está de pé!
Perseverar na continuação da revolução sob a ditadura do proletariado
A fundação da República Popular da China em 1949 marcou a conclusão, no fundamental, da etapa da revolução de nova democracia e o começo da etapa da revolução socialista. Já na II Sessão Plenária do VII Comité Central do Partido celebrada nas vésperas da vitória nacional, o Presidente Mao assinalou em termos explícitos que depois da libertação de todo o país, a contradição principal de ordem interna é “a contradição entre a classe operária e a burguesia”. O foco da contradição é seguir o caminho socialista ou o caminho capitalista, implantar a ditadura do proletariado ou a ditadura burguesa.
O nome de nosso Partido e nossa concepção marxista-leninista do mundo indicam de maneira inequívoca que o programa fundamental de nosso Partido consiste em derrocar definitivamente a burguesia e a todas as demais classes exploradoras, substituir a ditadura burguesa pela ditadura do proletariado e vencer o capitalismo com o socialismo, e que o objetivo final do Partido é a realização do comunismo. A valorosa luta de 28 anos constituiu só o primeiro passo de uma longa marcha de dez mil li1 para o destino final. A tomada do Poder pelo proletariado não significou o término da revolução, senão que o começo do segundo passo.
O vasto território de nosso país foi libertado de forma gradual. O Exército Popular de Libertação com vários milhões de combatentes é um destacamento de combate e um destacamento de trabalho ao mesmo tempo. Nosso Partido se apoiou em seu próprio exército, que combatia enquanto mobilizava às amplas massas populares, e que, junto com elas, aplicou firmemente a linha e política do Partido, destruiu a máquina estatal da ditadura dos grandes latifundiários e a grande burguesia e estabeleceu o Poder popular, que confiscou todas as empresas do capital burocrático que representavam 80 por cento da indústria moderna, transformando-as em empresas estatais socialistas. Ademais, mobilizando sem reservas às massas, desencadeamos em grande escala o movimento pela reforma agrária, o movimento pela repressão dos contrarrevolucionários e o movimento de resistência à agressão norte-americana e de ajuda à Coreia. Num lapso de três anos, restabelecemos a economia nacional e fortalecemos a ditadura democrática popular, ou seja, a ditadura do proletariado.
Depois de rechaçar a frenética ofensiva da burguesia no Movimento contra os Três Males (a corrupção, o desperdício e o burocratismo) e o Movimento contra os Cinco Males (o suborno capitalista aos empregados públicos, a evasão de impostos, o roubo da propriedade estatal, a fraude no cumprimento dos contratos com o Estado e o furto de informações econômicas do Estado para a especulação), o Presidente Mao, de acordo com a doutrina de Lenin sobre o período de transição e conforme a nossa prática, formulou em 1953 a linha general do Partido para o período de transição: “Realizar gradualmente, num período bastante longo, a industrialização socialista do país e à transformação socialista da agricultura, do artesanato e da indústria e comércio capitalistas por parte do Estado.”
A essência da linha geral do Partido para o período de transição consistia em resolver o problema da propriedade dos meios de produção fazendo da propriedade socialista, isto é, propriedade do Estado e propriedade coletiva dos trabalhadores, a única base econômica de nosso país. Esta foi uma importante medida para consolidar ainda mais a ditadura do proletariado. Ao solucionar este problema, atuamos com firmeza e ao mesmo tempo avançamos passo a passo. Na agricultura, a transformação socialista se realizou passando dos grupos de ajuda mútua com certos gérmens socialistas às cooperativas de tipo inferior de caráter semissocialista e logo ás cooperativas de tipo superior de caráter totalmente socialista. Na indústria e no comércio capitalistas, se realizou através dos encargos de parte do Estado às empresas industriais do processamento de matérias primas e produtos semielaborados ou os contratos de compra de seus produtos pelo Estado, a centralização da compra e venda de seus produtos e através dos encargos estatais às empresas comerciais da compra e venda de mercadorias, até a fundação de empresas mistas estatal-privadas com dividendos fixos para os capitalistas sobre a base da avaliação de seus bens de acordo com a política de resgate. Algumas pessoas que padeciam do mal da precipitação acreditavam que estas medidas não eram satisfatórias, que o tempo de transição era demasiado longo e que o melhor seria resolver o problema da noite para o dia. Esta tendência de “esquerda” foi superada de modo relativamente rápida mediante a educação.
A revolução socialista é uma luta por enterrar o capitalismo. Foi objeto da aclamação dos trabalhadores de todo o país e alvo da frenética sabotagem de Liu Shao-chi e companhia. Peng Te-juai, Kao Kang, Yao Shu-shi e outros formaram uma aliança antipartido com o vão intento de dividir o Comitê Central do Partido e de subverter a ditadura do proletariado. Seu complô foi desbaratado a tempo pelo Comitê Central. Por consequência Liu Shao-chi se opunha à transformação socialista. Já em 1949, pelas costas do Comité Central e em violação da resolução da II Sessão Plenária do VII CC do Partido predicou por todas as partes a teoria de que “a exploração é um mérito”. No começo da década de 1950, lançou a consigna de “consolidar o regime de nova democracia”. Esta consigna significava “consolidar” e desenvolver a força capitalista e seguir o caminho capitalista em lugar de fazer a revolução socialista. O Presidente Mao criticou a tempo esta consigna assinalando que se tratava de um erro de carácter de programa burguês. O Presidente Mao publicou uma série de brilhantes obras, entre outras, Sobre o problema da cooperativização agrícola nas que criticou o erro de desvio direitista de Liu Shao-chi e seus semelhantes de dissolver grande número de cooperativas, e refutou seus absurdos de “primeiro, a mecanização; logo, a cooperativização” e o desenvolvimento da economia de campesino rico. Isto estimulou enormemente o entusiasmo socialista das amplas massas de camponeses pobres e camponeses médios da camada inferior pela cooperativização. No pouco mais de um ano a partir da segunda metade de 1955, os 500 milhões de camponeses de todo o país empreenderam com grande júbilo o largo caminho socialista. Devido a que o proletariado havia tomado as posições das vastas zonas rurais, e sob o fogo cruzado dos operários e os camponeses, a burguesia ficou isolada e se viu obrigada a acertar a transformação. Em 1952, concluímos, no fundamental, à transformação socialista da propriedade da indústria e comercio capitalistas e do artesanato. No lugar de ser minada, a produção da indústria e a agricultura se desenvolveu nesta grande mudança. A linha geral do Partido para o período de transição foi coroada com a grande vitória.
Uma vez cumprida no fundamental a transformação socialista da propriedade dos meios de produção, a revolução socialista e a ditadura do proletariado em nosso país enfrentaram um novo problema. Qual é a contradição principal dentro do país? Subsistem ou não classes, contradições de classes e luta de classes? Qual é a próxima tarefa da revolução chinesa? Liu Shao-chi e companhia responderam: “Em nosso país já está resolvido hoje o problema de quem vencerá: o socialismo ou o capitalismo.” “Já superou no fundamental, a contradição entre o proletariado e a burguesia”, e a contradição principal dentro do país “é a contradição entre o sistema socialista avançado e as forças produtivas atrasadas da sociedade”. Esta foi a reedição da “teoria das forças produtivas” de Bernstein e de Kautsky na nova situação. Foi um meio com que a burguesia travou sua luta de classe contra o proletariado. No período da revolução democrática, eles afirmaram que o proletariado não podia tomar o Poder até que o capitalismo tivesse de desenvolver altamente; à chegada da transformação socialista, apregoaram a “consolidação do regime de nova democracia”, e depois de terminada no fundamental a transformação socialista da agricultura, o artesanato e a indústria e comercio capitalistas, apresentaram os mencionados absurdos para impedir o proletariado continuar a revolução. Segundo suas alegações, com a solução do problema da propriedade, se extingue a luta de classes, só é necessário empenhar-se na produção e não o é consolidar o regime socialista; o sistema socialista é demasiado “avançado” e na atualidade não corresponde às necessidades da China; há que retroceder e desenvolver o capitalismo. Pelas costas do Presidente Mao, Liu Shao-chi e seus sócios meteram estes sinistros contrabandos na resolução do VIII Congresso Nacional do Partido, com a intenção de impor a todo o Partido sua linha destinada a seguir o caminho capitalista.
Já naquele momento, o Presidente Mao assinalou que estas alegações que haviam metido Liu Shao-chi e companhia na resolução do VIII Congresso Nacional do Partido eram errôneas e antimarxistas. Pouco depois, o Presidente Mao publicou sua brilhante obra Sobre o tratamento correto das contradições no seio do povo, em que, pela primeira vez na história do desenvolvimento do marxismo-leninismo, respondeu sistematicamente aos problemas sobre as classes, as contradições de classe e a luta de classes na sociedade socialista depois de obtida no fundamental a vitória na transformação socialista da propriedade. O Presidente Mao indicou: “Na China, ainda que no fundamental concluiu-se a transformação socialista da propriedade, subsistem remanescentes das classes derrubadas: a classe latifundiária e a burguesia compradora; subsiste a burguesia, e a transformação da pequena burguesia só acaba de começar. A luta de classes entre o proletariado e a burguesia, entre as diferentes forças políticas e entre o proletariado e a burguesia no terreno ideológico, será ainda longa, tortuosa e às vezes inclusive muito enfrentada. Ainda não foi resolvida em definitivo a questão de quem vencerá: o socialismo ou o capitalismo.” Apontou ademais: “O presente sistema social de nosso país é muito superior ao de outrora. Se não fosse assim, o velho sistema não teria sido derrubado e não teria sido possível instituir-se o novo”. Assinalou: “Em resumidas contas, já se criou as relações de produção socialista e estão em consonância com o desenvolvimento das forças produtivas; porém, ao mesmo tempo, estão longe de ser perfeitas, e esta imperfeição se acha em contradição com o desenvolvimento das forças produtivas. Ademais da consonância e ao mesmo tempo a contradição entre as relações de produção e o desenvolvimento das forças produtivas, existem ainda assim consonância e contradição entre a superestrutura e a base econômica.” E, portanto, “se necessita um processo para que nosso sistema socialista continue estabelecendo-se e se consolide”. “Daqui para a frente, devemos seguir solucionando estas contradições de acordo com as circunstâncias concretas. Naturalmente, uma vez resolvidas estas contradições, surgirão novos problemas. E as novas contradições exigirão também solução.” Com o invencível materialismo dialético e o materialismo histórico, o Presidente Mao refutou a fundo o absurdo revisionista de Liu Shao-chi e apetrechou o nosso Partido com a teoria sobre a continuação da revolução sob a ditadura do proletariado.
O desenvolvimento da luta de classes dentro e fora do país se tem comprovado constantemente com novos fatos a justeza da teoria do Presidente Mao sobre a continuação da revolução sob a ditadura do proletariado. O frenético ataque dos direitistas burgueses em 1957 e, sobretudo, o grave acontecimento da restauração do capitalismo na terra natal de Lenin efetuada pela camarilha renegada de Kruschov-Brezhnev depois do XX Congresso do PCUS, nos deu uma lição muito profunda: O sistema socialista não pode consolidar-se só com a revolução socialista da propriedade dos meios de produção e sem uma cabal revolução socialista nas frentes ideológica e política. Basta dar uma olhadela na história do surgimento e no desenvolvimento do capitalismo e sua precipitação para a ruina para se compreender que o sistema capitalista tampouco foi estabelecido de uma só vez. Já que a revolução proletária é uma revolução destinada a eliminar definitivamente todas as classes exploradoras, implica, naturalmente, uma luta de classes mais enfrentada e tortuosa que as revoluções anteriores que substituíam um sistema de exploração por outro. A camarilha renegada de Kruschov-Brezhnev restaurou a ditadura burguesa, aproveitando-se da imprevisão espiritual do proletariado da União Soviética e do mundo a respeito. Esta é uma coisa má, porém uma coisa má pode converter-se em coisa boa. Deu uma lição ao povo soviético e ao proletariado de todo o mundo. Vista a história em todo seu curso, a restauração da burguesia na União Soviética não é mais que um fenômeno transitório. O proletariado e o povo das diversas nacionalidades da União Soviética vencerão a camarilha de Kruschov-Brezhnev, restabelecerão a ditadura do proletariado e seguirão seu avanço pelo caminho da Revolução de Outubro aberto por Lenin e Stalin. O socialismo triunfará em todo o mundo. Esta é uma lei objetiva, independente da vontade do homem.
A luta contra os direitistas burgueses desatada em 1957 foi uma grande batalha entre o proletariado e a burguesia da China nas frentes ideológica e política. Em todo o país se desatou a livre e franca exposição de opiniões, se fez pleno uso do dazibao e se realizaram grandes debates. A controvérsia se concentrou principalmente nas seguintes importantes questões: é correto ou não nosso trabalho na revolução e construção, se deve seguir ou não o caminho socialista, se necessitam ou não da direção do Partido Comunista, da ditadura do proletariado e do centralismo democrático, e é acertada ou não a política exterior de nosso país. Esta grande controvérsia ajudou as grandes massas a fazer uma clara distinção entre o inimigo e nós, e entre o justo e o errôneo, isolou aos direitistas burgueses, refutou os absurdos revisionistas de Liu Shao-chi, elevou em grande medida a moral do proletariado e desinflou muito a arrogância da burguesia, avivou enormemente o entusiasmo de todo o povo pelo socialismo e promoveu em grau máximo a causa da revolução e da construção socialistas de nosso país. Em 1958, o Presidente Mao elaborou a linha geral de pôr em tensão todas as forças e pugnar por marchar sempre adiante para construir o socialismo segundo a norma de quantidade, rapidez, qualidade e economia. Formulou esta linha geral ao sintetizar a experiência de nosso Partido na construção das bases de apoio revolucionárias, a experiência adquirida na execução do Primeiro Plano Quinquenal para o desenvolvimento da economia nacional e a lição da restauração do capitalismo por Kruschov, ao criticar a linha revisionista de Liu Shao-chi e companhia e sobre a base das reiteradas investigações e estudos. Esta linha geral destaca a colocação da política proletária no posto de comando e sublinha a combinação da direção do Partido com as grandes massas populares; é um novo desenvolvimento da linha de massas do Partido. Esta linha geral determina que se tome a agricultura como base e a indústria como fator dirigente, e estabelece uma série de princípios de “caminhar com as duas pernas”: por em jogo a iniciativa das autoridades tanto centrais como locais, fazer pleno uso da indústria nas regiões litorais e acelerar a construção da indústria no interior, desenvolver simultaneamente a indústria e a agricultura, a indústria ligeira e a pesada, empregar simultaneamente os métodos autóctones e modernos; e construir ao mesmo tempo empresas grandes, médias e pequenas. Guiado por esta linha geral, nosso povo criou nas massas rurais uma forma de organização: a comuna popular. Surgiu na produção industrial e agrícola de todo o país o fervoroso panorama do grande salto adiante. Esta foi uma grande vitória da linha geral do Partido.
Frente à excelente situação em que avançavam velozmente a revolução e a construção Liu Shao-chi e seu bando mudaram de tática. Apresentando-se primeiro com a face de extrema “esquerda”, se opuseram à asseveração do Presidente Mao de que a comuna popular rural é um sistema de propriedade coletiva socialista, negaram a lei do valor e da produção de mercadorias e minaram o movimento revolucionário de massas. O Presidente Mao criticou a tempo esse erro deles, protegeu o entusiasmo revolucionário das amplas massas e adotou medidas concretas para impulsionar o movimento de massas pela correta órbita. Na VIII Sessão Plenária do VIII Comitê Central do Partido celebrada em agosto de 1959, Peng Te-uai saltou à palestra para atacar virulentamente desde a direita a linha geral do Partido e opor-se freneticamente ao grande salto adiante e a comuna popular, assim como ao movimento revolucionário de massas. Em seguida, Liu Shao-chi também atacou constantemente desde a direita a linha geral do Partido. Eles e seu bando exageraram a mais e melhor as dificuldades econômicas temporais causadas pelas calamidades naturais de três anos e pela camarilha renegada revisionista soviética que havia rompido os acordos e retirado seus especialistas. Negaram o fato de que sob a direção do Presidente Mao, todo o povo chinês, persistindo na linha geral do Partido, podia e já começava a vencer essas dificuldades, e plantearam e promoveram abertamente a linha revisionista contrarrevolucionária nos assuntos internos e externos: san zi yi bao (desenvolvimento do mercado libre, aumento da terra de uso privado, promoção de pequenas empresas responsáveis de seus próprios lucros ou perdas e fixação de cotas de produção agrícola com base na família camponesa) e san he yi shao (supressão da luta em nossas relações com o imperialismo, o revisionismo e os reacionários e redução de nosso apoio e ajuda à revolução mundial). Opuseram-se à bandeira vermelha, já não mais agitando a “bandeira vermelha” e sim a bandeira branca.
O desenfreio da camarilha traidora de Liu Shao-chi, longe de expressar sua força, demonstrou que o aprofundamento da revolução proletária lhes havia infundido grande pânico e desconcerto. A experiência da história comprova que as atividades dos contrarrevolucionários do país e dos oportunistas dentro do Partido não só sempre revestem de um carácter de luta política, senão que, ademais se coordenam invariavelmente com as dos reacionários no estrangeiro. Liu Shao-chi e companhia acreditavam que a frenética campanha anti-China lançada pelo imperialismo ianque, pelo revisionismo, lhes ofereceria uma excelente oportunidade para restaurar o capitalismo. Porém os fatos mostraram precisamente o contrário. O proletariado e as amplas massas populares da China nunca temem às dificuldades. O bloqueio, o embargo, a agressão armada e a subversão desde dentro por parte do imperialismo, do revisionismo, dos reacionários não tem prejudicado no mais mínimo o povo chinês, senão que, pelo contrário, nos tem alentado a persistir na independência e auto decisão e no auto sustentação, a lutar arduamente em prol da prosperidade da pátria e a transformar a sociedade com um elevado entusiasmo revolucionário. Quem ficou isolado não é o povo chinês, senão que o imperialismo, o revisionismo e os reacionários, incluídos seus lacaios Liu Shao-chi e companhia.
A X Sessão Plenária do VIII Comitê Central do Partido celebrada em setembro de 1962 foi uma reunião de grande significado histórico. Assinalou um novo ataque contra a burguesia lançado pelo proletariado e o povo trabalhador da China sob a direção do Partido Comunista da China. Nesta Sessão, o Presidente Mao fez a todo o Partido, ao Exército e ao povo das diversas nacionalidades o grande chamamento de “não há que esquecer jamais a luta de classes” e sintetizando as experiências de nosso país e do movimento comunista internacional formulou de maneira ainda mais completa a linha fundamental de nosso Partido para toda a etapa histórica do socialismo, linha expressa hoje nos Estatutos de nosso Partido. E ademais, o Presidente Mao assinalou: “Para derrubar o Poder político é sempre necessário, antes de tudo, criar opinião pública e trabalhar no terreno ideológico. Assim procedem as classes revolucionárias, e também as classes contrarrevolucionárias.” Depois da X Sessão Plenária, o Presidente Mao escreveu a famosa tese: De donde provém as ideias corretas?, criticando o idealismo e a metafísica burguesas de Liu Shao-chi. O camarada Lin Piao dirigiu o trabalho de compilação e publicação das Citações do Presidente Mao Tsetung, promovendo assim o amplo desenvolvimento do movimento de massas pelo estudo vivo e aplicação viva do pensamento Mao Tsetung. Na resposta ao chamamento do Presidente Mao, nosso Partido lançou uma ofensiva sobre os domínios ideológicos largamente controlados pelo quartel general burguês de Liu Shao-chi tais como a ópera de Pequim, o balé e a música sinfônica, de modo que as heroicas imagens dos operários, camponeses e soldados começaram a ocupar o cenário da arte e da literatura. Ao mesmo tempo, nosso Partido desatou o movimento de educação socialista em escala nacional. Em todo este processo, a camarilha renegada de Liu Shao-chi, valendo-se do poder que havia usurpado, desatou uma frenética contraofensiva contra o proletariado, se opôs à orientação formulada explicitamente pelo Presidente Mao de que “o alvo principal do movimento atual são aqueles dirigentes seguidores do caminho capitalista dentro do Partido”, recorreu aos métodos “esquerdistas na forma e direitistas em essência” para assestar golpes nos quadros e nas amplas massas populares e proteger a um punhado de dirigentes seguidores do caminho capitalista. Atacou abertamente o método científico marxista de investigar e estudar as condições da sociedade propugnado pelo Presidente Mao, qualificando-o de “antiquado”, se opôs ao movimento de massas pelo estudo vivo e a aplicação viva do pensamento Mao Tsetung, à revolução na arte e na literatura e à crítica à burguesia. Em novembro de 1965, o Presidente Mao iniciou a crítica à peça teatral: A destituição de Hai Jui, em oposição ao qual Liu Shao-chi e companhia lançaram em 1966 o “Informe esquemático de fevereiro”. As reiteradas lutas revelaram com maior clareza Liu Shao-chi como o representante geral dos dirigentes seguidores do caminho capitalista no país, o Kruschov chinês. A Circular de 16 de maio de 1966, elaborada sob a direção do Presidente Mao, chamou a todo o Partido a manter-se vigilante contra “gente tipo Kruschov” que “todavia aninha a nosso lado”. O Grupo da Revolução Cultural dependente do Comitê Central, criado de acordo com a “Circular”, tem aplicado resolutamente a linha revolucionária proletária do Presidente Mao durante a Grande Revolução Cultural Proletária. Em agosto de 1966, na XI Sessão Plenária do VIII Comitê Central do Partido o Presidente Mao presidiu a aprovação da “Decisão do Comitê Central do Partido Comunista de China sobre a Grande Revolução Cultural Proletária” e deu a conhecer o dazibao “Canhonear o quartel general”, destapando oficialmente a linha revisionista de Liu Shao-chi, e desta maneira surgiu o auge da Grande Revolução Cultural Proletária.
A Grande Revolução Cultural Proletária com a participação de centenas de milhões de integrantes das massas revolucionárias, que o Presidente Mao com o valor de grande revolucionário proletário tem iniciado e dirige pessoalmente, é “uma grande revolução política sustentada pelo proletariado contra a burguesia e as demais classes exploradoras; é a continuação da prolongada luta entre o Partido Comunista da China e as amplas massas populares revolucionárias sob sua direção, de um lado, e os reacionários kuomintanguistas, do outro e é a continuação da luta de classes entre o proletariado e a burguesia”. Também, se pode chamar segunda revolução da China. No começo, muitos camaradas nossos tinham uma compreensão muito pobre desta Grande Revolução Cultural Proletária. Quando as grandes massas se levantaram e se dividiram
em frações e inclusive recorreram à violência, por um tempo se deu a impressão de que todo o país estava no caos. Algumas pessoas perguntaram: Si Liu Shao-chi e o punhado de seus sócios tem usurpado uma parte do Poder da ditadura do proletariado, basta que o Presidente Mao ordene a destituição deles, por que se necessita tomar essa medida? A prática demonstra que a destituição não pode resolver o problema ainda que este método foi usado muitas vezes. Esta revolução não persegue simplesmente o objetivo de destituir a umas quantas pessoas, senão que se trata de uma grande revolução na superestrutura. Liu Shao-chi tinha não só uma linha política revisionista sino também uma linha organizativa ao serviço de sua linha política. Em não poucas entidades nossas, a direção não estava em mãos dos marxistas e as amplas massas operárias e camponesas. Só mobilizando às grandes massas de maneira aberta, em todos os terrenos e de baixo encima para expor nosso lado escuro, se pode erradicar à camarilha renegada de Liu Shao-chi, temperar às centenas de milhões de integrantes das massas na luta de classes, educá-los na luta antirrevisionista e fazê-los adquirir a experiência de recuperar aquela parte do Poder usurpada pelo punhado de dirigentes seguidores do caminho capitalista. O chamado caos se originou na existência de contrarrevolucionários e dirigentes seguidores do caminho capitalista, os quais realizaram atividades de sapa e provocaram distúrbios esgrimindo todo tipo de estandartes. Porém, eles só puderam enganar momentaneamente a algumas pessoas. As grandes massas, levando consigo Citações do Presidente Mao Tsetung, participaram nos debates e aprenderam gradualmente a distinguir entre gente boa e mala, entre a linha revolucionária proletária e a linha reacionária burguesa e a aplicar corretamente a linha revolucionária e a política proletárias do Presidente Mao. Desta maneira, todo o país se converteu numa grande escola para estudar e aplicar de maneira viva o pensamento Mao Tsetung. As amplas massas tem aprendido, nas grandes tempestades, o que não logravam aprender em dias ordinários. Portanto, ao fim de contas, esse caos desconcertou o inimigo e tem temperado às massas. O Exército Popular de Libertação da China realizou o trabalho de apoiar às grandes massas da esquerda, ajudar à indústria e a agricultura, exercer controle militar e dar instrução política e militar, prestando novos serviços meritórios ao povo. Nosso Exército Popular de Libertação, desde o dia de sua fundação é ao mesmo tempo um destacamento de combate, um destacamento de trabalho e um destacamento de produção, e conta com mais de 40 anos de experiência no trabalho de massas. Portanto, pôde identificar-se muito rápido com as massas e promover o desenvolvimento relativamente rápido da Grande Revolução Cultural Proletária nas diversas localidades; e desta maneira o próprio Exército tem se temperado em novas condições. Os comitês revolucionários aos diversos níveis, nascidos em meio da tempestade da luta de classes, encarnam a integração tríplice em dois sentidos, isto é a integração de representantes do Exército, dos quadros revolucionários e das massas revolucionárias, que compreende a pessoas de idade maior, de média idade e jovens. Os comitês do Partido nos diversos níveis, depois de sua consolidação, estão compostos não só de revolucionários proletários da velha geração, senão também de pessoas de média idade e jovens. Desta maneira se criaram condições favoráveis para preparar milhões de continuadores da causa revolucionária do proletariado e nosso Partido e Estado se tornaram ainda mais vigorosos. Como disse o Presidente Mao, “A presente Grande Revolução Cultural Proletária é completamente necessária e muito oportuna para consolidar a ditadura do proletariado, prevenir a restauração do capitalismo e construir o socialismo”. Em momentos em que a Grande Revolução Cultural Proletária obteve magnas vitórias, sob a direção pessoal do Presidente Mao celebrou-se em abril de 1969 o IX Congresso Nacional do Partido. O Congresso aprovou o informe político do Vice-Presidente Lin e os “Estatutos do Partido Comunista da China” e elegeu o novo Comitê Central encabeçado pelo Presidente Mao e com o Vice-Presidente Lin como subchefe. Em seu informe político, o Vice-Presidente Lin expressou de maneira sistemática a teoria do Presidente Mao sobre a continuação da revolução sob a ditadura do proletariado e sintetizou a experiência básica da Grande Revolução Cultural Proletária. Por isso, no presente artigo não nos deteremos detalhadamente no problema da Grande Revolução Cultural Proletária.
O desenvolvimento da luta de classes dentro e fora do país como base do IX Congresso Nacional do Partido comprovou que sua linha é totalmente correta. As tarefas e princípios estabelecidos pela I e II Sessões Plenárias do IX Comitê Central do Partido também são de todo corretos. Ainda que a presente Grande Revolução Cultural Proletária tenha conquistado grandes vitórias, são ainda muito árduas as tarefas da luta-crítica-transformação em todas as frentes, especialmente na superestrutura, incluídos todos os domínios da cultura. Todavia temos que sustentar uma luta prolongada para cumprir a tarefa de consolidar ainda mais a ditadura do proletariado no político, ideológico, econômico e organizativo. O Presidente Mao nos ensinou que não devemos pensar que tudo marchará bem depois de uma ou duas grandes revoluções culturais, ou depois de três ou quatro. Porque a sociedade socialista cobre uma etapa histórica bastante longa. Ao longo de toda esta etapa, existem classes, contradições de classe e luta de classes, existe a luta entre o caminho socialista e o capitalista, existe o perigo de restauração do capitalismo e existe a ameaça de subversão e agressão por parte do Imperialismo e o social-imperialismo. Estas contradições não podem resolver-se senão mediante a teoria marxista sobre a revolução continua e a prática guiada por esta teoria. Todo nosso Partido deve ter sempre presentes os ensinamentos do Presidente Mao e compreender o prolongado complexo desta luta. Deve cumprir resolutamente as diversas tarefas de combate fixadas pelo IX Congresso Nacional e a I e II Sessões Plenárias do IX Comité Central do Partido, persistir na continuação da revolução sob a ditadura do proletariado e lutar por conquistar maiores vitórias.
O importante é saber aprender
Ao lançar uma mirada retrospectiva à trajetória de combate percorrida por nosso Partido durante os últimos cinquenta anos, vemos confirmada uma verdade: cada vez que se aparta da direção do Presidente Mao e vai contra ao pensamento Mao Tsetung e a linha do Presidente Mao, nosso Partido sofre reveses e fracassos; cada vez que segue de perto o Presidente Mao, atua conforme o pensamento Mao Tsetung e aplica a linha do Presidente Mao, nosso Partido avança e triunfa. As obras do camarada Mao Tsetung são o balanço mais completo da teoria e prática do Partido Comunista da China na direção da revolução e da construção. Em 1939, ao sintetizar a experiência histórica de nosso Partido, o camarada Mao Tsetung disse: “Fazer o balanço da experiência dos últimos dezoito anos e da fresca experiência atual, partindo de nossa compreensão da unidade entre a teoria marxista-leninista e a prática da revolução chinesa, e difundir o resultado em todo o Partido para que este se converta em um partido sólido como o aço e evite a repetição dos erros do passado: esta é nossa tarefa.”
Da experiência histórica de nosso Partido resumida pelo Presidente Mao, quais são os pontos a que hoje todo o Partido deve prestar particular atenção e que deve estudar em especial?
1 – Há que perseverar no “princípio ideológico pelo que rege nosso Partido de maneira consequente”: a integração da verdade universal do marxismo-leninismo com a prática concreta da revolução chinesa.
A história do Partido nos ensina que, em sua grande prática de dirigir a revolução chinesa, o Presidente Mao sempre se ha empenhado na concepção materialista dialética e materialista histórica do mundo e tem persistido na utilização da posição, pontos de vista e métodos marxistas-leninistas para realizar minuciosas investigações e estudos da condição política e econômica das diversas classes da sociedade chinesa e suas inter-relações, fazer análises concretas da situação do inimigo, a do amigo e a nossa e efetuar balanços científicos da experiência histórica em seus aspectos positivos e negativos, planteando corretamente a linha e a política do Partido; deste modo, herdou, defendeu e desenvolveu o marxismo-leninismo e conduziu a todo o Partido, todo o Exército e todo o povo a avançar vitoriosamente. Ao contrário, Chen Tu-siu, Wang Ming, Liu Shao-chi e outros pseudo marxistas se caracterizam no ideológico pela separação entre a teoria e a prática e a ruptura entre o subjetivo e o objetivo. Desde a direita ou a “esquerda”, utilizaram a concepção idealista e metafísica do mundo para combater e tergiversar o materialismo dialético e o materialismo histórico e para opor-se à investigação e o estudo, a análises de classes e à integração entre a teoria e a prática. Falavam do marxismo-leninismo e inclusive se disfarçaram de teóricos marxistas, porém o faziam assim para assombrar e enganar os quadros operários e camponeses e os ingênuos jovens, enquanto que eles mesmos nunca pensavam em atuar de acordo com o marxismo e eram sempre antimarxistas. De tal maneira, suas palavras e ações falhavam inevitavelmente numa posição contrária às leis objetivas do desenvolvimento social, às demandas das grandes massas populares e à linha revolucionária do Presidente Mao, a qual reflete acertadamente as leis objetivas e as demandas do povo e, portanto, eles estavam condenados à bancarrota na prática revolucionária. Alguns de nossos camaradas não puderam distinguir, durante um tempo, entre a linha correta e a errônea porque, no subjetivo, não liam obras marxistas-leninistas ou liam algo, porém não sabiam observar nem tratar os problemas atendo-se ao princípio ideológico fundamental enfatizado inumerável vezes pelo camarada Mao Tsetung, nem transformar o mundo subjetivo no processo da transformação do mundo objetivo. É sumamente profunda esta experiência histórica, que devem ter bem presente todos os comunistas, velhos e novos.
Atualmente, todos os camaradas de nosso Partido e, sobretudo os quadros de níveis superiores, de acordo com a instrução do Presidente Mao de “ler e estudar conscienciosamente e assimilar bem o marxismo”, leem conscienciosamente os escritos de Marx, Engels, Lenin e Stalin e estudam conscientemente as obras do Presidente Mao e a experiência histórica acumulada nos 59 anos transcorridos e a fresca experiência atual de nosso Partido. A combinação do movimento de estudo dos quadros com o movimento de estudo das grandes massas tem produzido e continuará produzindo positivos resultados; devemos perseverar nela durante longo tempo. Ao ler e estudar devemos nos empenhar no princípio da integração da teoria com a prática. Devemos estudar com o propósito de resolver problemas determinados, ler e estudar para solucionar os problemas surgidos nos três grandes movimentos revolucionários: a luta de classes, a luta pela produção e a experimentação científica, e os problemas da revolução chinesa e da revolução mundial. Isto quer dizer que há que integrar a leitura dos livros com a investigação e o estudo e o resumo da experiência, integrar o estudo da experiência histórica com a luta atual e integrar a crítica ao oportunismo na história com a crítica ao revisionismo contemporâneo. A crítica a A vida de Wu Sun, à ideologia burguesa expressa no estudo de O sonho do Pavilhão Vermelho, a Ju Shi, à camarilha contrarrevolucionária de Ju Feng, aos direitistas burgueses e, por último, à camarilha renegada de Liu Shao-chi, crítica efetuada por todo o Partido sob a direção do Presidente Mao depois da libertação do país, tem desempenhado um grande papel instrutivo para todo o Partido, o Exército e o povo. A crítica ao revisionismo contemporâneo, cujo centro é a camarilha de renegados revisionistas soviéticos, feita por todo o Partido sob a direção do Presidente Mao e a grande polêmica em torno da linha geral do movimento comunista internacional, tem sido em maior grau uma educação sumamente funda e vívida no marxismo-leninismo para todo o Partido. A luta que sustenta o marxismo-leninismo contra o revisionismo contemporâneo é uma luta de princípios entre as duas linhas no seio do movimento comunista internacional. Kruschov, Brezhnev e companhia são renegados da revolução proletária, frenéticos socialimperialistas de nossa época e uma tropa de choque anti-China, anticomunista e antipopular no mundo. Seguir denunciando e criticando o revisionismo contemporâneo, cujo centro é o revisionismo soviético e levar esta luta até o fim constitui um dever internacionalista que incumbe a nosso Partido. Todos os camaradas de nosso Partido devem combinar o estudo do marxismo-leninismo com a crítica ao revisionismo contemporâneo de dentro e de fora do país e, no curso da luta, aprender a distinguir entre o marxismo autêntico e o falso e assimilar realmente o marxismo.
2 – Ha que realizar em forma correta a luta no seio do Partido. Distinguir e tratar com acerto os dois tipos de contradições de diferente caráter – contradições entre nós e o inimigo e as existentes no seio do povo – constitui a garantia fundamental para que o Partido fortaleça sua unidade sobre a base de princípios do marxismo-leninismo pensamento Mao Tsetung e possa conduzir o proletariado e as massas revolucionárias a vencer o inimigo.
Enquanto à exígua minoria de conspiradores e arrivistas burgueses, renegados e agentes secretos infiltrados no Partido e aos elementos que mantém relações ilegais com países estrangeiros, devemos pô-los totalmente a descoberto. Gente má invariavelmente se camufla, urde intrigas e atua com duplicidade. Não obstante, já que perpetra maldades, não pode menos que revelar-se. O renegado, agente inimigo e vende-operários Liu Shao-chi, que se manteve oculto no Partido durante décadas, foi por fim posto a descoberto e Wang Ming terminou por fugir para o estrangeiro convertendo-se no traidor e agente secreto “cem por cento”: temos aqui os exemplos.
Para com os camaradas do Partido que tem cometido erros devemos adotar outro princípio, o de “unidade-crítica-unidade”, o de “tirar lições dos erros passados para evita-los no futuro e tratar a doença para salvar o paciente”, com o fim de lograr os dois objetivos: aclarar no ideológico os problemas e unir os camaradas. Ao explicar este princípio, o Presidente Mao disse: “Há que por a descoberto, sem ter considerações com ninguém, todos os erros cometidos e analisar e criticar na forma científica todo o mal do passado, para que no futuro o trabalho se realize mais cuidadosamente e melhor. Isso é o que quer dizer “tirar lições dos erros passados para evitá-los no futuro. Porém, ao denunciar os erros criticar os defeitos, o fazemos igual a um médico trata um caso, com o único objetivo de salvar o paciente e não de matá-lo.” Durante a Grande Revolução Cultural Proletária, o Presidente Mao sublinhou uma vez mais este princípio, indicando que “com tanto que não sejam elementos antipartido e anti-socialistas que persistam em seus erros e se neguem a corrigi-los depois de uma repetida educação, se lhes deve permitir que se emendem e se lhes deve alentar a reparar seus erros com serviços meritórios”. Este correto princípio formulado pelo camarada Mao Tsetung para tratar as contradições no seio do Partido, se diferencia da “teoria da paz dentro do Partido”, teoria oportunista de direita que nega as contradições e não distingue entre o justo o errôneo e também se diferencia da teoria da “luta desapiedada e golpes implacáveis”, teoria oportunista de “esquerda”. Devemos estudar a experiência histórica da luta desenvolvida em diferentes condiciones históricas dentro do Partido para que nosso Partido jogue ainda melhor o papel dirigente de vanguarda do proletariado.
3 – Ha que guardar-se da vaidade. Isto encerra particular importância para um partido que tem logrado grandes vitórias, que tomou o Poder e dirige o povo das diversas nacionalidades do país na revolução e na construção socialista e que assume o grande dever internacionalista para com o proletariado e os povos e nações oprimidas de todo o mundo.
O camarada Mao Tsetung indicou: “Na história de nosso Partido tem havido vários casos em que se manifestou grande envaidecimento e cada vez temos sofrido as consequências. O primeiro caso ocorreu no primeiro semestre de 1927. O Exército da Expedição ao Norte havia chegado a Wuán, e certos camaradas se puseram tão envaidecidos, tão presunçosos, que esqueceram que o Kuomintang se dispunha a assaltar-nos. O resultado foi a errônea linha de Chen Tu-siu, que conduziu a revolução para a derrota. O segundo caso sucedeu em 1930. O Exército Vermelho, aproveitando a guerra de grande envergadura sustentada por Chiang Kai-shek contra Feng Yu-siang e Yen Si-shan, ganhou algumas batalhas; de novo houve alguns camaradas que se tornaram envaidecidos e presunçosos. Resultado disso foi a errônea linha de Li Lisan, que também causou perdas às forças revolucionárias. O terceiro caso se produz em 1931. O Exército Vermelho desbaratou a terceira campanha de ‘cerco e aniquilamento’ e, imediatamente depois, todo o povo do país, ante à invasão japonesa, desatou um vigoroso movimento antijaponês; outra vez houve certos camaradas que se envaideceram e presumiram. O resultado foi uma linha errônea ainda mais grave, a qual nos custou arredor dos 90 por cento das forças revolucionárias que com tanto esforço havíamos acumulado. O quarto caso teve lugar em 1938. Havia começado a Guerra de Resistência e havia se criado a frente única; uma vez mais houve alguns camaradas que se envaideceram e tornaram-se presunçosos. O resultado foi um erro em certo modo semelhante à linha de Chen Tu-siu. Também esta vez, o trabalho revolucionário foi seriamente prejudicado ali donde era mais pronunciada a influência das errôneas ideias de ditos camaradas. Todos os camaradas do Partido devem tirar lições destes casos de envaidecimento, destes erros.” “Não repitam o erro de envaidecer-se nos momentos de êxito.”
“A modéstia contribui ao progresso, e o envaidecimento conduz ao atraso. Devemos ter sempre presente esta verdade.”
4. Ha que aderir-se à teoria de dos pontos e não à teoria de um só ponto. Ao advertir a tendência principal, é necessário prestar atenção á outra tendência, possivelmente oculta. É preciso tomar plenamente em conta e colher firmemente os aspectos principais e, ao mesmo tempo, tratar um a um os aspectos não principais. É imprescindível ver tanto o positivo como o negativo de uma coisa. É indispensável observar os problemas já surgidos e também tomar em consideração os problemas que não se têm percebido e podem surgir.
Durante o período da revolução democrática, em momentos em que nosso Partido formou uma frente única com a burguesia e a aliança chegou a ser a tendência principal, o camarada Mao Tsetung se preocupou de combater o desvio direitista de “mera aliança sem luta”. Quando se rompeu a aliança de nosso Partido com a burguesia e a revolução passou a tomar a luta armada como sua forma principal, o camarada Mao Tsetung se preocupou de combater o desvio “esquerdista” de “mera luta sem aliança”. Em vésperas da vitória nacional da Guerra de Libertação Popular, o Presidente Mao previu: “É possível que existam entre os comunistas alguns que o inimigo não tem podido vencer com as armas e que frente a ele se tem feito merecedores do título de heróis, porém que, incapazes de resistir aos projéteis adocicados, cairão derrotados por eles.” O Presidente Mao chamou a todo o Partido a velar porque “os camaradas sigam sendo modestos, prudentes e libres de arrogância e precipitação em seu estilo de trabalho, e perseverem em seu estilo de vida simples e luta dura.”
Durante o período da revolução socialista, cada vez que nossa ofensiva contra a burguesia e nossa vitória constituem a tendência principal, o Presidente Mao sempre reitera uma série de medidas políticas proletárias e nos recorda a necessidade de ser prudentes, ampliar o raio de educação e diminuir o raio de ataque, unir-nos com todas as forças susceptíveis de ser unidas, prevenir e superar o desvio de “esquerda” contrária a nossa política. E quando a burguesia lança ataques contra nós, ou quando nosso Partido tropeça com dificuldades temporárias em seu avanço, ou quando concentra seus esforços para corrigir alguns defeitos e erros surgidos no trabalho, o Presidente Mao sempre nos adverte que devemos permanecer firmes, manter a direção do proletariado, distinguir a corrente principal da secundária, não afirmar tudo nem negar tudo, estar alerta ante a sabotagem e o contra-ataque dos inimigos abertos e ocultos, combater e superar a tendência direitista a desviar-se da órbita do socialismo. Em cada conjuntura histórica em que certa tendência se tem desenvolvido até tal ponto que põe em perigo a causa do Partido, o Presidente Mao, com a intrepidez revolucionária proletária de lançar-se contra da corrente, sempre nos guia firmemente pelo rumo correto.
5. Ha que persistir na linha de massas. Apoiar-se e confiar nas massas, mobilizá-las plenamente, “das massas para as massas”, “recolher e sintetizar as ideias das massas e leva-las logo às massas para que perseverem nelas”: temos aqui a linha fundamental de nosso Partido em todo seu trabalho. Nos aderimos firmemente aos princípios de independência e autodecisão e de autossustentação precisamente porque temos a firme convicção de que “o povo, e só o povo, é a força motriz que faz a história mundial”.
Tanto no período da revolução democrática como no da revolução socialista, o camarada Mao Tsetung sublinhou reiteradamente a importância da linha de massas, ha tomado a firme adesão a esta linha como o problema fundamental de ater-se à teoria materialista dialética do conhecimento e ha considerado o trabalhar pelos interesses da grande maioria da população da China e do mundo como um requisito para ser continuadores da causa revolucionária do proletariado. O Presidente Mao refutou agudamente os reacionários pontos de vista de Chen Tu-siu, Wang Ming, Liu Shao-chi e outros pseudo-marxistas de sua laia, que caluniavam e reprimiam as massas populares, e criticou e retificou constantemente as diversas tendências surgidas no Partido de divorciar-se das massas. Ensinou repetidas vezes: as relações entre o Partido Comunista e o povo são como as existentes entre o peixe e a água. Os comunistas não devem separar-se em nenhum momento das massas. Hoje, em circunstâncias em que a Grande Revolução Cultural Proletária tem logrado grandiosas vitórias e os vínculos entre o Partido e as massas se estreitaram mais, os comunistas devem prestar ainda maior atenção a adentrar-se nas massas, preocupar-se delas, escutar atentamente sua voz e consultar com elas em todo trabalho. Ha que administrar bem as escolas de quadros “7 de Maio”. Os comunistas devem participar de maneira regular no trabalho coletivo de produção. Devem evitar a repetição do erro de apartar-se das massas. Contrariamente aquele tipo de pessoas que se autodenominam “gente muito comum”, porém que em realidade são arrivistas muito ambiciosos, devem aprender sinceramente das massas, educá-las com perseverança no pensamento Mao Tsetung, superar as tendências errôneas e elevar a consciência política do povo.
O Presidente Mao sempre se preocupa pela unidade de todas as nacionalidades de nosso país. China é um país multinacional. A nacionalidade han e as minorias nacionais hão de manter boas relações. É necessário opor-se ao chauvinismo de grande jan e também ao nacionalismo local, fomentar as relações fraternais forjadas pelas distintas nacionalidades na revolução e na luta pela construção da pátria e fortalecer a grande unidade do povo de todas as nacionalidades do país.
6. Ha que perseverar no centralismo democrático. Nos Estatutos de nosso Partido se estipula claramente: O princípio de organização do Partido é o centralismo democrático, isto é, centralismo sobre uma base democrática e democracia sob uma direção centralizada. Devemos criar dentro e fora do Partido uma situação política na que haja tanto centralismo como democracia, tanto disciplina como liberdade, tanto unidade de vontade como satisfação moral individual e vivacidade. Nosso Partido é um partido combativo. Sem centralismo, sem disciplina, sem unidade de vontade, não pode vencer ao inimigo. Não obstante, sem democracia não pode haver um centralismo correto. Por isso, o camarada Mao Tsetung sempre se opõe à prática de “só vale o que digo eu” e advoga pela de permitir a todos expressar sua opinião. Se opõe às mentiras e está pela verdade. E toma como um dos requisitos para ser continuadores da causa revolucionária do proletariado o ter a valentia de fazer crítica e autocrítica. Devemos desenvolver o tradicional estilo democrático de nosso Partido, praticar constantemente a crítica e autocrítica, defender a verdade e corrigir os erros. Porém nossa democracia, seja nas unidades militares ou nos organismos civis, tem por objetivo consolidar o centralismo, reforçar a disciplina e elevar a capacidade de combate, e não o contrário. Os comitês do Partido a todos os níveis devem estabelecer e aperfeiçoar o sistema de comitê do Partido, fortalecer a direção unificada, guardar-se do descentralismo e prevenir-se contra o policentrismo, isto é, a supressão do centro. Devem unificar a compreensão, a política, o plano, o comando e a ação sobre a base do pensamento Mao Tsetung, sob a direção do Comité Central do Partido encabeçado pelo Presidente Mao e com o Vice-presidente Lin como subchefe.
7. Ha que construir um poderoso exército popular. A experiência histórica do Partido nos ensina: “Sem um exército popular, nada terá o povo”. O Exército Popular de Libertação da China é um exército proletário criado e dirigido pelo grande líder o Presidente Mao e comandado pelo Vice-presidente Lin. “Nosso princípio é: o Partido manda no fuzil e jamais permitiremos que o fuzil mande no Partido.” O Presidente Mao, persistindo na linha marxista-leninista, tem frustrado as sabotagens dos oportunistas de “esquerda” e de direita, e, como resultado, nosso exército se desenvolveu e robustecido convertendo-se no pilar de nossa ditadura do proletariado. Enquanto existam as classes e o imperialismo, o mundo não viverá em paz. Hoje, as duas superpotências, o imperialismo estadunidense e o social-imperialismo revisionista soviético, disputando entre si e confabulando-se ao mesmo tempo, aplicam a política de hegemonia com o descabelado desígnio de se repartir o mundo. O militarismo japonês, por sua parte, trata de retomar seu sonho dourado da “esfera de co-prosperidade da grande Ásia Oriental”. Portanto, não devemos de nenhum modo desatender o perigo de sua agressão e subversão contra nossa pátria. Nosso princípio é: Não atacaremos a menos que sejamos atacados; se somos atacados, contra-atacaremos. Não devemos esquecer nem um só dia de fazer preparativos para enfrentar a guerra. Devemos estar prontos a todo momento para aplastar a agressão e subversão de qualquer imperialismo. Liberaremos Taiwan. Necessitamos contar não só com poderosas forças terrestres, senão também com poderosas forças aéreas e navais. Não só necessitamos ter um poderoso exército regular, senão também organizar amplamente uma milícia popular. Deste modo, todo imperialismo que ouse invadir nosso país será afundado no oceano da guerra popular.
8. Ha que aderir-se com firmeza ao internacionalismo proletário. O Presidente Mao sempre tem educado a todo nosso Partido e o povo no internacionalismo proletário, para que eliminem as interferências de oportunismo de “esquerda” ou de direita e tratem corretamente as relações entre a revolução chinesa e o apoio à revolução mundial.
Em seus 50 anos de luta, o Partido Comunista da China recebeu consequentemente o apoio do proletariado mundial e dos povos do mundo, o apoio dos países e organizações amigos e o apoio dos partidos e organizações marxista-leninistas fraternais do mundo inteiro. As vitórias que temos conquistado são inseparáveis de seu apoio. Sempre lhes estaremos agradecidos e não o esqueceremos jamais. O Presidente Mao nos ensina: “Segundo o ponto de vista leninista, a vitória final de um país socialista não só requer os esforços de seu próprio proletariado e de suas amplas massas populares, senão que depende, ademais, do triunfo da revolução mundial e da abolição do sistema de exploração do homem pelo homem em todo o globo terrestre, ou seja, a emancipação de toda a humanidade.” Os interesses básicos do proletariado e o povo chinês são completamente idênticos não só com os dos povos da Albânia, Vietnã, Laos, Camboja e Coreia e dos povos da Ásia, África e América Latina, senão também com os dos demais povos do mundo, incluídos os povos do EE.UU., da União Soviética e do Japão. Na atualidade, justamente como o Presidente Mao indicou em sua Declaração de 20 de maio de l970, “Subsiste o perigo de uma nova guerra mundial; os povos do mundo devem estar preparados. Não obstante, a principal tendência do mundo atual é a revolução”. As tarefas do Partido Comunista da China são: por uma parte, dirigir o proletariado e as amplas massas populares do país para realizar bem a revolução e a construção da China, e, por outra, fazer os máximos esforços para lutar junto com os demais povos por derrotar os agressores estadunidenses e a todos seus lacaios e opor-se à política de hegemonia das duas superpotências e à política imperialista de agressão e guerra. Esta é nossa firme e inalterável posição de princípios. Ainda que temos logrado alguns êxitos na revolução e a construção, hoje nosso país é, todavia, relativamente pobre e atrasado. Nossa contribuição à revolução mundial é ainda pequena. Devemos seguir fazendo esforços. Inclusive ao cabo de alguns outros decênios quando China haja se convertido num poderoso país socialista, tampouco devemos adotar em modo algum uma atitude altaneira de chauvinismo de grande potência e de grande partido. Devemos ter sempre presente este ensinamento do Presidente Mao: “Em nossas relações internacionais, os chineses devemos liquidar toda manifestação de chauvinismo de grande potência em forma resoluta, definitiva, cabal e completa. ” Toda nação, grande ou pequena, tem seus pontos fortes e débeis. Devemos aprender dos povos revolucionários dos diversos países seus pontos fortes e sempre mantermo-nos unidos com eles e combater e triunfar juntos.
Na prolongada e árdua luta, milhares e milhares de mártires têm consagrado tudo em prol da causa da libertação do povo chinês e dos outros povos do mundo. Seu espírito revolucionário será para nós um estímulo eterno. As dificuldades e rigores, por muitos que sejam, todavia não podem deter-nos em nosso avanço.
Vivemos a época em que o imperialismo se precipita para sua ruína total e o socialismo avança para a vitória no mundo inteiro. A situação revolucionária é excelente em comparação com os tempos em que nasceu o Partido Comunista da China faz meio século. Já não está longe o derrubamento final do imperialismo, o revisionismo e os reacionários.
Unamo-nos para conquistar maiores vitórias!
Viva o marxismo-leninismo-pensamento Mao Tsetung!
Viva o triunfo da linha revolucionária proletária do Presidente Mao!
Viva! Viva!
Viva o grande líder, o Presidente Mao!
Viva o grande, glorioso e correto Partido Comunista da China!
1 Dez mil li – Expressão chinesa, de sentido figurado, para um longo percurso. 1 li corresponde a 500 metros (Nota da tradução)
a foto é de que ano??