Sobre a economia política do Brexit e outras questões (Nuevo Peru, Hamburgo)
Blog da redação: Reproduzimos declaração da Associação de Nova Democracia Nuevo Peru (Hamburgo, Alemanha) analisando a pugna e conluio entre as potências e superpotências imperialistas, principalmente europeias, particularmente entre Alemanha, Inglaterra, USA, Rússia e sócios-menores.
Importante compreender todos os aspectos da disputa entre os imperialistas que se deu em torno do tão alardeado “Brexit”, a saída da União Europeia. Para tanto, cabe compreender o que é a União Europeia, quais as relações que vêm estabelecendo os cães imperialistas entre si, qual o papel que cumpre o “Referendo” e todas as farsas eleitorais nestes processos, ademais da solução: concentrar forças nas tarefas que servem a dirigir o proletariado e massas populares à revolução socialista, destruição do Estado imperialista e construção da ditadura do proletariado, combatendo a burguesia imperialista e seu instrumento de dominação, seja ele “democrata” reacionário, abertamente fascista ou o que for.
Sobre a economia política do Brexit e outras questões
Todas as contradições se acumulam. A contradição principal, isto é, a existente entre os países oprimidos, por um lado, e as superpotências e potências imperialistas [por outro], é cada vez mais aguda e se expressa em guerras contrarrevolucionárias de agressão imperialista contra os povos do Terceiro Mundo, por um lado, e em guerras de libertação nacional: guerras populares que abrem e selam o caminho e lutas armadas diversas que necessitam da direção do proletariado através de seu Partido, pelo lado do movimento de libertação nacional.
A agudização da contradição interimperialista se expressa na guerra de agressão imperialista pela nova repartilha, encabeçada pela superpotência hegemônica única, o imperialismo ianque (o cachorro gordo), onde os países do Terceiro Mundo são o butim a repartir, que se dá mediante redobrada pugna e conluio entre a superpotência ianque e a superpotência atômica Rússia (o cachorro magro); assim como entre estas, cada uma por sua parte, com cada uma e todas as demais potências imperialistas.
Como exemplo, citamos a disputa entre a superpotência atômica Rússia e a potência social-imperialista China no mesmo Oriente Médio e no resto da Ásia, pelo controle dos países oprimidos nessa região e seus recursos naturais. Outro exemplo, que trataremos também, é a disputa entre a superpotência imperialista ianque e a potência imperialista germânica relacionada com o Brexit.
A agudização da contradição proletariado-burguesia nos países imperialistas se expressa em guerra reacionária contra o proletariado e o povo e na crescente resistência das massas que clamam pela direção proletária, numa situação em que a guerra imperialista de agressão está regressando às metrópoles imperialistas.
Em relação com o Brexit, como fizemos em nossa nota com respeito ao fracassado “golpe de estado” contra Erdogan na Turquia, não podemos deixar de mencionar o desenvolvimento da contradição entre a superpotência imperialista ianque e o imperialismo alemão; para não repetir, nos referimos a parte correspondente de nossa nota mencionada, e só queremos agregá-la os seguintes exemplos para que se tenha uma ideia mais próxima de como ocorre esta pugna:
Os imperialistas ianques questionam, por exemplo, a política econômica que segue o governo alemão na União Europeia e a nível mundial contra a atual crise mundial em marcha (ou estagnação secular como eles chamam), dizem que o maior problema no mundo industrial (países imperialistas) agora está pelo lado da demanda, antes do que pelo lado da produção. Desta forma, estão afirmando que na base desta crise está a superprodução de mercadorias. Assim, preconizam que agora são mais importantes as medidas para incrementar a demanda incrementando o gasto como as reformas regulatórias e dos impostos, ao invés de medidas que promovam a flexibilidade laboral e o arrocho fiscal, em clara alusão à política seguida pela Alemanha na UE e que repercute contra todos eles. E contra a vantagem obtida pela Alemanha para suas exportações no mercado único e no mundo com a moeda única (Euro) e barateamento com respeito ao dólar e outras moedas de reserva. Têm dito [os ianques] que isso incrementa o perigo da competição monetária fácil e, em todo caso, [o perigo] de uma guerra monetária.
A Alemanha tem dito que este é um jogo de soma-zero, porque isso implica o movimento de divisas da demanda de alguns países até outros, antes de seu incremento global. Em oposição, a expansão fiscal, também afirmaram, incrementa a demanda em base global.
Eles demandam a necessidade da coordenação internacional para isto no marco de seus fóruns econômicos (conluio), relatam que os acordos do G20 do ano anterior fracassaram neste aspecto pelo rol da Alemanha e esperam chegar a um acordo de “expansão fiscal” das principais economias imperialistas na próxima cúpula do G20 em setembro (China).
Por sua parte, o Ministro de Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, “criticou indiretamente as últimas manobras da OTAN no Leste da Europa e exigiu mais diálogo e cooperação com Rússia. Ele advertiu que ‘brandir os sabres e os berros de guerra só faz aquecer mais a situação’” (Spigel Online, 23 de junho de 2016). Esta crítica foi prévia à cúpula da OTAN de 8 a 19 de julho de 2016 em Varsóvia, onde nos discursos oficiais se falou dos valores comuns e de manter a unidade da Aliança, enquanto a Alemanha, tal como tem feito saber seu Ministro Steinmeier, se orienta cada vez mais fora desses valores tradicionais e por alianças baseadas em interesses em redes e coalizões alternantes (segundo lhes convenha). Isto quer dizer que quanto às suas relações com o imperialismo ianque e o imperialismo russo, vão atuar a cada vez, segundo convenha.
Logo, vamos à contradição interimperialista que se desenvolve mediante conluio e pugna entre Alemanha e Grã-Bretanha. Ambas potências imperialistas querem romper o status quo quanto às relações ou tratamento que recebe Grã-Bretanha como parte da União Europeia, e por sua parte, esta [Grã-Bretanha] planteia que se acorde uma cláusula de seguridade de que vão ser respeitados seus interesses atuais caso se avance a um maior aprofundamento da União Europeia.
Grã-Bretanha quer obter seguridades de que seus interesses não vão ser afetados no futuro; principalmente de que a City de Londres, o principal centro financeiro mundial, não vai ser afetado pelas maiores regulações em marcha como a chamada união bancária, e mais bem que se amplie a união dos serviços financeiros e não financeiros. Alemanha e seus principais “sócios”, entre eles França, querem aprofundar a União Europeia, o que implica que os imperialistas ingleses se submetam a todas as normativas (em forma gradual) europeias.
Pois, ambos [Alemanha e Grã-Bretanha] planteiam que as coisas não podem seguir assim. Na reunião de fevereiro dos governos da UE, na qual Cameron (o Premier britânico) esperava conseguir aceitação aos seus reclames, agitando a ameaça do “Referendo sobre o Brexit”, não alcançou mais do que promessas cosméticas que não podiam satisfazer em nada a oligarquia financeira de seu país imperialista. Com isto a determinação da saída da Grã-Bretanha e os resultados do “Referendo” estavam cantados. E Alemanha e seus “sócios” os despacharam com um não pronunciado “ou aceitam e se comprometem com os acordos da União ou saiam”.
A prova de que “o Referendo” só foi o circo eleitoral, como todos os demais, para formalizar o já decidido, é que todos os principais grandes meios da informação da grande burguesia britânica estiveram pela saída da UE; no anterior “Referendo” de 1975 para formalizar o ingresso na então Comunidade Econômica Europeia (em 1973), que “ganhou” o sim, todos os grandes meios da informação estiveram pelo sim, a exceção do pequeno pasquim de um PC revisionista.
A União Europeia, como definiu o Presidente Gonzalo, é uma aliança imperialista para disputar a hegemonia mundial. Nesta aliança a luta pela hegemonia entre Alemanha e França se deu até os anos 90 do século passado. Grã-Bretanha jogou como uma dobradiça entre ambas, como a terceira em disputa. Com a [re]unificação alemã no final dos anos 80, as que se opuseram, em princípio França e Grã-Bretanha, sucedeu o que estes temiam: se incrementou o poderio da Alemanha [re]unificada e dentro da União foi diminuindo o peso político da Grã-Bretanha.
Com a implosão da União Soviética revisionista, sua zona de influência do leste da Europa (conformada por suas semicolônias e colônias) passou a nova repartilha. Estes países dependem agora principalmente da Alemanha e do imperialismo ianque em franca disputa, seguidos da Holanda e Áustria; os imperialistas franceses e ingleses vão logo atrás, estando também a presença dos interesses imperialistas japoneses, russos e chineses.
Alemanha deveniu-se assim na potência hegemônica dentro desta aliança imperialista que é a UE, e os imperialistas ingleses não podiam seguir nesta condição na UE, salvo a condição de fundir-se mais e mais rapidamente dali o grito chauvinista na propaganda do Brexit de “Liberdade para Inglaterra”.
O que passou na aliança imperialista da UE é que havia deslocamento de forças do imperialismo inglês pelo imperialismo alemão, que atuam em dupla com seus “sócios” menores, os imperialistas austríacos. Alemanha, não só deveniu-se como a potência hegemônica na UE ao redor dos anos 2000, senão que com a crise de 2008 seu poder veio a ser maior a nível mundial, como reflexo de sua política exterior e da debilidade do imperialismo inglês ser muito mais fundo. O que está em disputa é o rol de “City”, do poder financeiro inglês, não somente na UE, mas no mundo.
Portanto, o “Referendo” não é o assunto definidor e no fim das contas não define, não tem poder de definir, senão que tem sido um instrumento político que tem planteado o imperialismo inglês como arma de pressão ou chantagem entre eles para conseguir suas exigências de romper o status quo a seu favor, mas tem fracassado; porque Alemanha é mais poderosa e não cederam à chantagem, e agora lhes dizem bom caso, se vão, está bem, mas tem que negociar numa situação política mais desvantajosa.
Então os imperialistas ingleses perderam esta partida, portanto, o custo que têm que pagar é maior e os outros imperialistas também saem golpeados, porque seus “aliados” na UE e suas semicolônias ali sobem suas exigências, se afundam suas pugnas. Já vem, tão tido que eximir das multas a Espanha, etc. por não sujeitar-se à “disciplina fiscal”. E estão vendo como podem ajudar a saltar a garrocha das normativas bancárias da UE, quase recém em marcha, aos grandes bancos italianos em quebra técnica. E na UE há também desde 1990 países do Terceiro Mundo, isto é, os imperialistas têm também suas semicolônias nesta União. Em definitivo, maior perigo de dissolução por repercussão da decisão britânica e custo maiores.
Esses são os interesses econômicos e políticos fundamentais e o principal do desenvolvimento da contradição imperialista em relação ao Brexit. Nós sabemos que concordante com estes interesses econômicos imperialistas, tem uma política imperialista ou burguesa para lutar por impor seus interesses que é chauvinista. Isto é, chauvinismo para fazer primar seus próprios interesses imperialistas contra as outras potências imperialistas e para impô-los sobre os países oprimidos, por isso, nisto não pode haver diferença substancial entre ambos os lados. Todos os imperialistas são chauvinistas e atuam sempre chauvinistamente em qualquer relação, tanto de aliança ou conluio como pugna e ruptura entre eles.
Na Grã-Bretanha, tanto os que queriam ficar como os que queriam sair, têm feito seguindo todos os “interesses nacionais” principalmente, de sua grande burguesia. Outra coisa é que a nível das massas, alguns políticos burgueses com seus partidários oportunistas e revisionistas e também social-fascistas para defender a saída ou o Brexit têm esgrimido publicamente uma posição chauvinista e, por outro lado, outros políticos burgueses defendendo também seus interesses “nacionais” imperialistas têm advogado pela permanência como uma posição “democrática” e de “paz” para a vida comum na Europa.
E quem tem agitado entre as massas a possibilidade da “democracia” e a “paz” sob o imperialismo não são mais que vulgares oportunistas pequeno-burgueses e gente da aristocracia operária que praticam a política de Kautsky com respeito ao imperialismo e que, como ele, terminarão também no “social-chauvinismo”. Isto é, os seguidores da política burguesa no âmbito do povo e dos operários têm a mesma natureza, praticam a política de sua burguesia a este nível. E isto mesmo vale para toda a Europa onde também, alguns querem dividir o movimento das massas através desta linha divisória da política burguesa dentro dos operários e do povo.
Para nós, a linha divisória entre estes e nós é a da revolução e contrarrevolução. Entre os que seguem a linha proletária dentro dos operários e do povo e quem, dentro destes, representam a política de sua burguesia, se apresentem estes como oportunistas, revisionistas, reformistas, social-chauvinistas, social-fascistas, etc.
Na Grã-Bretanha isto se dá porque ali há duas facções e diferentes grupos da grande burguesia também, como no resto dos países imperialistas, mas os que se sobressaem são os da oligarquia financeira. O governo, através de Cameron, como representante político máximo desta oligarquia financeira, tem representado os interesses do conjunto da burguesia britânica dirigido a romper o status quo a favor de seu país imperialista e esgrimindo o “Referendo” como uma chantagem contra os outros países imperialistas da UE, enquanto fazia campanha pela “permanência”. Mas Cameron foi quem planteou que, caso fosse eleito novamente em 2015, iria renegociar o tratado da UE e ofereceu o “Referendo” antes de 2019, que foi adiantado para junho de 2016. Logo, pois, ele foi o que primeiro o planteou, esperando obter créditos políticos, jogando à possibilidade que os outros acedam a seus reclamos. Os outros, também do mais variado espectro da política burguesa britânica, o que estão pela permanência, também estão por similares interesses, mas por seguir tratando as coisas mediante mais negociações.
Repetimos, a nível do povo, da massa que é arena de contenda não somente entre revolução e contrarrevolução mas também entre democracia burguesa reacionária (com absolutismo do executivo) ou fascismo; esta política burguesa está representada pelos social-chauvinistas (oportunistas, revisionistas, etc. no movimento operário) e os social-chauvinistas de filiação fascistas (social-fascistas), por um lado, e os representantes e grupos pequeno-burgueses que creem na possibilidade da “paz” e “democracia” na época do imperialismo, isto é, os que seguem a orientação kautskiana ainda que não a conheçam ou recordem e que ao final terminarão como o mesmo Kautsky defendendo a sua “pátria”, votando os créditos de guerra, isto é, como social-chauvinistas (socialdemocratas ou social-fascistas).
No resto da UE, esta mesma divisão política se dá entre os representantes da política burguesa com o reclamo de “mais Europa e menos Bruxelas”, de “defesa da nação”, etc. e por outro lado de “ampliar e aprofundar a UE”, etc. Isto é, “chauvinistas” e “europeístas” e, a nível do proletariado e povo, entre “social-chauvinistas” e “social-fascistas”, por um lado, e pelo outro lado de toda classe de elementos pequeno-burgueses, anarquistas, revisionistas e oportunistas que em definitiva cerram fileiras com uma UE sob domínio alemão. Todos eles se situam no campo de seguidores da política burguesa e pretendem arrastar a massa atrás dessa política, atrás à guerra imperialista em definitiva.
Por isso, para nós a única possibilidade de levar a cabo uma política independente do proletariado e lutar para que este dirija realmente a revolução proletária nestes países, é planteando que a questão não é entre democracia burguesa e fascismo ou a favor ou contra a EU, ou a favor desta aliança imperialista ou sua ruptura, ou de tal ou qual regime de governo e, portanto, estamos contra os chamados da “frente antifascista”. Pois todos estes chamados por mais inocentes que pareçam não buscam outra coisa que defender ou mudar, segundo seja o caso, um regime ou forma de governo como expressão da mesma ditadura burguesa.
Não estamos por simples mudanças ou defesa de nenhum governo da burguesia senão que por derrubar a ditadura burguesa e estabelecer a ditadura do proletariado.
Para nós, uma vez mais, a contradição é entre revolução e contrarrevolução, entre proletariado e burguesia, entre ditadura do proletariado e ditadura da burguesia e a forma principal de luta é a guerra popular oposta à guerra contrarrevolucionária. A isso nos referimos quando dizemos que há que partir da economia política ou há que fazer a economia política do Brexit.
Em toda a Europa existem infinidade de organizações de toda coloração que se autodenominam como “antifascistas” e são financiadas e até organizadas pelos estados imperialistas, estes estados financiam e dão apoio organizativo a organizações fascistas e antifascistas. Ter em conta isto para entender melhor para onde apontam os interesses em conflito. Fazendo um salvo, pois também há muitas organizações antifascistas que são realmente honestas e seus membros lutam permanentemente ao lado do proletariado e povo.
Claro, na exposição anterior faltava falar sobre o tema da imigração como o “principal” motivo (leiv motiv) para os partidários e contrários do Brexit e também no resto da Europa. Diremos que este tem sido tomado para mobilizar e ganhar as massas por um ou outro lado, uns brandindo o “perigo dos imigrantes”, dos trabalhadores do leste da Europa “que nos tomam os postos de trabalho”, etc. que um setor da “aristocracia operária” sempre move, para o que se tem agregado o perigo “muçulmano”; e os outros assinalam “a importância dos imigrantes à economia”, etc.. Isto é, uns a favor e outros contra imigração.
O certo é que a onda migratória é um fato e não vão poder pará-la, senão que os imperialistas a agravaram com a guerra e a exploração e opressão dos países oprimidos e são seus diretos beneficiários desta “tragédia humanitária”. Ademais, como sempre tem sido na história do capitalismo e pior em sua fase imperialista, e em última etapa de afundamento e varrimento, eles necessitam explorar esta mão de obra barata que lhes proporciona mais-valia extraordinária e superlucros, não somente em seus países, senão nos mesmos países imperialistas, ver o caso da Irlanda assinalado por Marx e logo por Lenin em relação a Inglaterra.
A Alemanha necessita 500 mil trabalhadores imigrante por ano e a Inglaterra 180 mil. Não basta a reforma das pensões, isto é, suprimindo o direito à jubilação aos 65 ou menos nestes países e alargar a vida laboral em 4 anos mais, e baixar os índices das pensões, não basta incorporar ao mercado de trabalho milhões de mulheres que não trabalha, com isso poderiam cobrir suas necessidades de nova força de trabalho só até 2030, mas os imperialistas pensam a longo prazo, e dizem, necessitamos a cada ano tanto de imigrantes para cobrir as necessidades de mão de obra até 2060.
Os grandes empresários (a própria oligarquia) através de gritaria dizem necessitamos imigrantes, etc., mas ao mesmo tempo, propalam através da imprensa o perigo do “terrorismo” ou da grande quantidade de imigrantes para “a identidade nacional”. Isto é, desatam uma verdadeira histeria chauvinista. Outro deles: da política, os ministérios do interior, da polícia criam opinião pública contra a imigração e os operários imigrantes: “o perigo terrorista” semeando o chauvinismo imperialista nas massas, levantando racismo e o nacionalismo como componentes deste, e ajudando a organizar-se com homens, treinamento, dinheiro e meios materiais de diverso índole aos grupos de ação fascista ou neonazis e seus partidos e organizações. Assegurando-lhes impunidade legal para seus crimes.
Esta dupla política serve a dividir a classe entre trabalhadores nativos e trabalhadores imigrantes para conjurar a ação unificada classista do proletariado, para que este não se organize como classe única, com interesses únicos e ideologia, política e partido comunista. Em um só partido, de uma só classe e com uma só ideologia. Por isso a contradição será neste aspecto entre revolução e contrarrevolução e não entre fascismo e democracia de “esquerda” ou de “direita”, o problema não é o regime político ou forma de governo ou de que forma se exerce a ditadura burguesa, senão o acabar com esta ditadura da burguesia sobre o proletariado e o povo nestes países imperialistas mediante a revolução socialista que se faz também mediante guerra popular e estabelecer a ditadura do proletariado e marchar ao comunismo mediante sucessivas revoluções culturais também com guerra popular até que todos entremos ao comunismo.
Ficam, como se disse, muitas coisas no tinteiro sobre o que foi dito ou se vem dizendo sobre o Brexit e outras coisas conectadas, mas a deixamos para outra oportunidade.
Para terminar chamamos todos a apoiar a luta do proletariado e povo do Brasil contra o massacre olímpico conforme o chamamento da Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo – Brasil “Abaixo o Massacre Olímpico!”
Associação de Nova Democracia
Julho de 2016