Nota do blog: Servindo para que os leitores se familiarizem e avancem no estudo e na compreensão da importância da Grande Revolução Cultural Proletária em todos seus aspectos, tanto à luta do proletariado e massas populares chinesas quanto seu aporte universal como continuação indispensável e necessária da revolução sob ditadura do proletariado, dado o fato que neste ano se completa o 50º aniversário de tamanha façanha; estaremos a publicar, com certa regularidade, textos de fundo produzidos na época da GRCP pelas massas ou pelos organismos do Partido, revistas e jornais revolucionários e ademais. Levantemos alto a bandeira vermelha do marxismo-leninismo-maoismo, principalmente maoismo, e lancemos longe a consigna de ‘Celebrar os 50 anos da Grande Revolução Cultural Proletária!’
Iniciamos então tal jornada com a publicação do texto a seguir, produzido em Editorial pela revista Renmin Ribao logo ao explodir do movimento e chamando as massas, estudantes, camponeses, operários, enfim, para a destruição da ideologia burguesa, do velho mundo, através da GRCP.
Tradução ao português deve-se ao núcleo de colaboração do Servir ao Povo de Todo Coração; digitalizado por Arquivo Revolucionário Comunista (Chile), novembro 2007. Fonte: China, Revista Ilustrada, nº 10, 1966.
Somos os críticos do velho mundo
Editorial de Renmin Ribao
O rápido e impetuoso desenvolvimento da Grande Revolução Cultural Proletária da China estremeceu o mundo inteiro.
Há aqueles que dizem: “Os 700 milhões de chineses são críticos.”
Sendo eles os que o manifestou e seja ou não de seu gosto, tal afirmação reflete um fato: as grandes massas de operários, camponeses e soldados, e de quadros e intelectuais revolucionários da China, usando o pensamento de Mao Tsetung como sua arma, iniciaram sua crítica ao velho mundo, às velhas coisas e ao velho pensamento numa escala sem precedentes.
Criticamos o sistema de exploração e as classes exploradoras, o imperialismo, o revisionismo contemporâneo, todos os reacionários, os latifundiários, camponeses ricos, contrarrevolucionários, elementos nocivos e direitistas.
Criticamos os representantes da burguesia, os “eruditos e autoridades” burgueses.
Criticamos a concepção burguesa da história, as diversas teorias acadêmicas burguesas, a pedagogia e o periodismo da burguesia, as teorias literárias e artísticas burguesas, todas as más peças teatrais, todos os maus filmes e as más obras literárias e artísticas.
Em resumo, criticamos o velho mundo, a velha ideologia e cultura, os velhos costumes e hábitos que os imperialistas e todas as classes exploradoras empregaram para envenenar a mente dos trabalhadores. Criticamos toda ideologia não proletária, toda ideologia reacionária, antagônica ao marxismo-leninismo e ao pensamento de Mao Tsetung.
Por que devemos criticar tudo isto?
Porque é absolutamente indispensável para a consolidação da ditadura do proletariado assim como para a construção do socialismo e do comunismo, e corresponde às leis de desenvolvimento histórico. Lenin sustenta que a burguesia, depois de sua queda, ultrapassa em força ao proletariado durante um dilatado período, e que particularmente no terreno ideológico mantêm ainda durante um tempo longo o predomínio e é ainda muito obstinada. Recorre a mil formas para utilizar isto com o fim de fazer os preparativos ideológicos e ter a opinião pública pronta para a restauração do capitalismo. Isto se encontra muito claramente ilustrado pelas prolongadas e agudas lutas travadas na frente ideológica e cultural entre as duas classes e os dois caminhos nesses 17 anos que seguem à libertação da China, especialmente pela luta entre a restauração concatenada pela burguesia e a contrarrestauração empreendida pelo proletariado, luta que se destacou recentemente.
Há muito tempo o Presidente Mao nos ensinou que com todo reacionário ocorre igual: se você não o golpeia, ele não cai. Isto é igual para varrer o chão: por regra geral, onde não chega a vassoura, a poeira não desaparece sozinha. O mesmo ocorre com todas as coisas do mundo. Uma vez que desejamos construir um novo mundo, temos que destruir o velho. Uma vez que desejamos criar uma nova ideologia e cultura socialistas e comunistas, temos que criticar e eliminar a fundo a velha ideologia e cultura da burguesia, assim como suas influências.
O marxismo-leninismo é crítico e revolucionário por essência. Seus pontos fundamentais são criticar, lutar e fazer a revolução. O que praticamos é a filosofia combativa do materialismo dialético. Lutar é viver. Enquanto avançamos pela correta via da luta, adquiriremos uma força de combate cada vez mais poderosa e seremos mais capazes de impulsionar até adiante nossa grande causa.
O Presidente Mao sublinhou com frequência: “Não há construção sem destruição, não há corrente sem contenção, e não há movimento sem repouso.” A destruição a que se refere aqui é a crítica e a revolução. A destruição requer razão, e razão é construir. A destruição é o principal, a construção ocorre implícita na destruição. O marxismo-leninismo e o Pensamento Mao Tsetung, foram formados e desenvolvidos na luta incessante por destruir o sistema ideológico da burguesia. O Presidente Mao disse:
“O correto se desenvolve sempre no processo da luta contra o errôneo. O verídico, o bom e o belo sempre existem em comparação com o falso, o mal e o feio, sempre se desenvolvem na luta contra eles.”
Em que nos apoiamos para levar a cabo a crítica? Nas mais amplas massas populares, nos operários, camponeses e soldados, e nos quadros e intelectuais revolucionários. Durante a guerra revolucionária, as massas populares, com as armas, criticaram o velho mundo e tomaram o Poder; depois da vitória, veio usando a arma da crítica para submeter a ela todo o mal deixado pelo imperialismo e classes latifundiária e burguesa. Só quando os 700 milhões de pessoas empunhem a arma mais afiada, o pensamento de Mao Tsetung, para fazer a crítica, se poderá varrer em maior escala com a poeira deixada em todos os rincões pela burguesia e erradicar com a maior profundidade a ideologia das classes exploradoras, que ocupou uma posição monopolizadora e dominante durante milhares de anos. Só quando as mais amplas massas populares dominem a concepção proletária do mundo e critiquem a burguesa, dominem o marxismo-leninismo e o pensamento Mao Tsetung e critiquem as ideias revisionistas, se poderá garantir que a revolução socialista da China chegará até o fim e se assegurará a transição gradual do socialismo ao comunismo na China.
“Os 700 milhões de chineses são críticos.” Isto é algo sumamente extraordinário, algo que faz época. Isto por si mesmo demonstra que se está emancipada a mentalidade dos 700 milhões de pessoas, que estas últimas se levantaram totalmente e que deixaram de ser escravas das velhas cultura e ideologia do imperialismo e das classes exploradoras. Não é casual que os 700 milhões de seres se fizeram críticos. É algo novo que surgiu sob as condições da ditadura do proletariado. É algo novo que nasce sob o resplendor do pensamento Mao Tsetung. É um novo fenômeno que se origina inevitavelmente depois da integração do pensamento Mao Tsetung com as grandes massas de operários, camponeses e soldados. Isto significa um grande despertar das massas populares da China.
A aparição e o aprofundamento de qualquer grande movimento revolucionário estão precedidas inevitavelmente de uma grande luta na frente ideológica e de uma grande revolução ideológica. Na história da revolução proletária, cada grande polêmica tem sido um prelúdio e um sinal do salto adiante revolucionário. Na China, cada uma das grandes polêmicas que tiveram lugar na frente ideológica durante os 17 anos transcorridos desde a Libertação abriram o caminho de avanço para a locomotora da revolução. A atual grande revolução cultural, em inigualada escala, pressagia necessariamente um desenvolvimento a passos agigantados da revolução socialista assim como também um novo grande salto adiante na construção do socialismo da China.
Uma vez que o povo se levante, o inimigo cairá. Na China, uma vez que se levantam as grandes massas de operários, camponeses e soldados, quadros e intelectuais revolucionários, cairão os representantes da burguesia e os “eruditos e autoridades” burgueses. Agora, quando o movimento de crítica se desenvolve numa escala sem precedentes na grande revolução cultural, surge no horizonte uma grande e nova época em que os 700 milhões de chineses são os sábios.
Demos, com os braços abertos, as boas-vindas a esta grande e nova época.
(8 de junho de 1966)