Nota do blog: Completamos este especial dia de celebração pelos 36 anos de Guerra Popular no Peru com a declaração do Movimento Popular Peru (Comitê de Reorganização) com análise internacional e nacional, publicada na presente data. A Guerra Popular ora passa por dificuldades devido a problemas de direção surgidos com a captura, isolamento e consequentes maquinações da reação, com CIA à cabeça, envolvendo sua Chefatura, o Presidente Gonzalo, em falsos episódios de capitulação, maquinações que agiram para dividir o Partido, semear confusão e alimentar, e continua a alimentar, LODs para atacar o PCP, a Guerra Popular e o Presidente Gonzalo. Celebrar este dia, como e da forma que o fizemos, foi nossa singela, porém entusiasmada homenagem e apoio ao PCP e ao Presidente Gonzalo.
A seguinte declaração é valiosa, tanto com relação à análise do Peru, mas inclusive à análise internacional, onde deslinda, de uma forma mais integral do que outras declarações maoistas, o problema do Médio Oriente, o problema da Síria, do Curdistão, o problema da Turquia e das guerras populares em curso. Só lamentamos, no entanto, que nossa tradução, tão vulgar, não esteja ao mesmo nível que o conteúdo científico da declaração.
Viva o PCP!
Viva a Guerra Popular no Peru!
Viva o Presidente Gonzalo!
Morte ao imperialismo! Viva a Guerra Popular!
Viva o Maoismo! Morte ao revisionismo!
Viva o 36º aniversário de nossa vitoriosa e invencível Guerra Popular!
Proletários de todos os países, uni-vos!
Exultantes de otimismo e júbilo revolucionário por este 36º aniversário da guerra popular no Peru, de ILA 80, queremos expressar primeiramente nossa saudação e sujeição livre, plena e incondicional a nosso querido e respeitado Presidente Gonzalo, Chefe do Partido e da Revolução, nossa Chefatura, centro de unificação partidária e garantia de triunfo que nos leva até ao comunismo, o maior marxista-leninista-maoista vivente sobre a face da terra; a nossa invicta e todo-poderosa ideologia, o marxismo-leninismo-maoismo pensamento gonzalo, aplicação do maoismo às condições concretas da revolução peruana e do mundo atual; ao heroico combatente que dirige nossa causa, o Partido Comunista do Peru, vanguarda organizada do proletariado peruano e máquina de guerra que junto ao EPL vem destruindo e varrendo, parte por parte, o velho Estado peruano, defendendo e construindo com guerra popular o novo Poder e cumprindo a tarefa de sua reorganização geral aplastando o novo revisionismo; nossa saudação e sujeição a quem vem assumindo a tarefa da Reorganização Geral do Partido, forjando assim sua atual direção, provando nos fatos ser forja do Presidente Gonzalo e que vem avançando nesta tarefa, cumprindo com os planos e campanhas estabelecidas em ardorosa briga e pujante luta de duas linhas, aplastando protervas e sinistras patranhas contra a Chefatura, o PCP e a Guerra Popular.
Expressar, também, nossa saudação e sujeição livre, plena e incondicional ao I Congresso do Partido, grande vitória da guerra popular, que cumpriu a tarefa pendente de sua realização desde a fundação do Partido por Mariátegui em 1928. Grande contribuição à revolução mundial. Um Congresso marxista, congresso marxista-leninista-maoista pensamento gonzalo, principalmente pensamento gonzalo, que nos deu a Base de Unidade Partidária (BUP) com seus três elementos: nossa ideologia, o marxismo-leninismo-maoismo pensamento gonzalo, principalmente pensamento gonzalo; nosso programa e a Linha Política Geral com seu centro, a Linha Militar; ao III Pleno do Comitê Central, segundo marco de importância depois do Congresso do Partido; também ao Discurso do Presidente Gonzalo de 24 de Setembro de 1992, síntese do III Pleno glorioso e que nos chama a prosseguir pelo que somos, isto é, comunistas em formação.
Neste 36º aniversário da guerra popular, saudar repleto de júbilo revolucionário o proletariado e o povo do Peru, especialmente o campesinato, principalmente o campesinato pobre; saudamos as massas populares porque elas são as que fazem a história e estão levando a cabo a guerra popular, saudamos aos dirigentes, quadros e militantes do Partido, aos combatentes do EPL e as massas do novo Poder.
Saudamos o proletariado internacional e os povos do mundo que lutam incansavelmente e inseparavelmente contra o imperialismo, o revisionismo e as forças reacionárias em todo o mundo, desenvolvendo a nova grande onda da revolução proletária mundial em sua atual etapa de ofensiva estratégica. Nós saudamos a todos os Partidos Comunistas e organizações revolucionárias que lutam por pôr o marxismo-leninismo-maoismo como mando e guia da revolução mundial.
Expressamos nosso compromisso de dar a vida hoje e sempre pela defesa de nossa Chefatura, o Presidente Gonzalo e seu todo-poderoso pensamento gonzalo, inseparavelmente unida à tarefa de servir para impor o maoísmo como única mando e guia da revolução mundial. E saudamos o vitorioso desenvolvimento das duas campanhas unidas que dirige o Partido no Peru e no estrangeiro: a campanha pela defesa da Chefatura do Presidente Gonzalo e o pensamento Gonzalo, e a campanha pelo maoismo.
Nós saudamos neste dia o proletariado, o povo, porque somos conscientes como nos ensina o Presidente Gonzalo, que eles fazem a história, eles são os que fazem a guerra popular, que é a continuação da luta de classes com as armas na mão. Porque dirigindo as massas, o Partido, com guerra popular, enfrenta a guerra contrarrevolucionária, defende as grandes conquistas da revolução durante estes trinta e seis anos e aplasta o novo revisionismo, inimigo jurado do Presidente Gonzalo, do Partido e da guerra popular, em seus duas variantes que tratam de usurpar o nome do Partido: a encabeçada pelas ratazanas revisionistas e capitulacionistas Miriam, Pantoja, Cox, Morote com seu “partideco” revisionista, o PCP/Movadef; e a encabeçada pela camarilha das ratazanas revisionistas e capitulacionistas dos Quispe Palomino com seu “partideco” revisionista PCP-MLM. Malditas ratazanas traidoras e renegados que, confabulados com a reação e o imperialismo, pretendem liquidar o PCP e servem a todas as patranhas da CIA-reação peruana contra o Presidente Gonzalo e seu todo-poderoso pensamento.
A situação atual e a guerra popular mundial
Neste novo aniversário, queremos reiterar que a guerra popular no Peru, como na Índia e outros lugares, contribuem para o desenvolvimento da revolução mundial. Se olharmos os pontos candentes principais, um segue sendo o Médio Oriente, agora ampliado, e outro está na própria Europa, na Ucrânia; não são os únicos, mas sim os que centram agora mais atenção. Como estabeleceu o Partido, ali está se expressando a primeira e principal contradição, que é entre nações oprimidas por um lado e superpotências e potências imperialistas do outro, que se resolve com revolução democrática, a qual demanda guerra popular.
Nestas regiões, também estamos assistindo ao desenvolvimento das contradições entre as superpotências imperialistas – a superpotência hegemônica única, o imperialismo ianque, e a superpotência atômica Rússia –, entre superpotências e potências imperialistas e entre as próprias potências imperialistas.
Estas contradições interimperialistas pelo botim estão se desenvolvendo através de uma de suas formas: a guerra de agressão imperialista contra os países oprimidos desses lugares, e até em sua segunda forma: a guerra mundial imperialista pela nova repartilha mundial, que não se dá pelo momento.
A segunda contradição, proletariado-burguesia, segue desenvolvendo-se como visto na declaração do 1º de maio dos Partidos e organizações comunistas. A contradição burguesia-proletariado se resolve com revolução socialista, e em perspectiva posterior e em períodos desiguais, com revolução cultural proletária, aqui também a questão é levá-las através de guerra popular.
O Presidente Gonzalo, em magistral síntese, nos disse que todo este fenômeno, inevitavelmente, leva à guerra popular que é sua resposta. A guerra popular mundial, a concebe o PCP, como o grande processo das nações oprimidas, dos povos oprimidos conduzidos por Partidos Comunistas que, através de ondas e de várias guerras, ou em áreas circunscritas, regiões e até mundiais, chegará a consolidar em guerra popular mundial como resposta à guerra contrarrevolucionária imperialista. O PCP não entende a guerra popular mundial como uma guerra travada em unissonância, em toda a parte, seria bom, mas assim não é a realidade e se chegará no futuro (Lenin: Imensas legiões de ferro do proletariado).
Com a guerra popular mundial, começaríamos toda a construção e o desenvolvimento, segundo o nível da sociedade, em todo o mundo, para que depois de um longo percurso que será duro e nada fácil, entrar ao comunismo que também exigirá outra revolução. Como será essa revolução? Isso deixaremos às gerações futuras, já que não temos uma bola de cristal. Mas a ele (comunismo), entramos todos ou não entra ninguém.
O Partido nos chama para não estar pondo os olhos na guerra mundial imperialista, se vai ocorrer ou não, a guerra é inevitável e a dará quando em condições. Não consideramos que o problema da revolução venha da guerra dos reacionários. A revolução vem da guerra popular.
Nosso problema é a guerra popular, em concreto, é preparar-nos para ela, para converter em guerra popular essas agressões ou para preparar-nos ainda sem guerra imperialista, sem agressões diretas do imperialismo, erguer a guerra popular e atrever-nos a combater, que é o caso do Peru durante esses trinta e seis anos.
Entender que a contradição principal, como a enuncia o Partido, é a principal historicamente, até que se varra o imperialismo e a reação da face da Terra, porque somos a imensa maioria.
Se as nações oprimidas quebram o domínio imperialista estarão contribuindo para que o próprio poder imperialista seja aplastado em sua metrópole.
Segundo as conjunturas que se apresentam em continentes ou países, se irão dando as revoluções socialistas. Nosso critério não é só que depois de fazer as revoluções das nações oprimidas que se darão as socialistas.
Aqueles que centram no imperialismo, centram no inimigo, não centram no poder do povo, da massa, não são capazes de entender que três mundos se delineiam, apesar de que sabem muito bem que foi o Presidente Mao quem sustentou essa tese. A tendência principal é a revolução, histórica e politicamente.
O Partido condena a teoria revisionista de Teng Siaoping dos três mundos, que centra nas contradições interimperialistas para pôr-se a reboque de uma das superpotências ou das potências imperialistas. Teng se apoiou na ajuda do imperialismo ianque em sua contradição com a URSS social-imperialista para levar adiante a restauração.
Hoje na situação que se dá no Médio Oriente e na Ucrânia, uns estão por apoiar-se nos imperialistas ianques e outros nos imperialistas russos, outros clamam pelo apoio dos imperialistas alemães para lutar contra o fascista Erdogan, etc. Outros buscam apoio dos imperialistas para combater o Estado Islâmico. A armadilha dos revisionistas e oportunistas é confundir.
Na contenda pelo Poder, qual é o principal? A contenda revolucionária ou a contenda contrarrevolucionária pelo Poder político? Qual das duas muda e transforma as coisas? A revolução, obviamente, a do proletariado, e essa tendência se desenvolve mais e mais. Temos que aplastar essas confusões e posições erguendo, defendendo e aplicando a guerra popular para fazer a revolução. A revolução é a tendência principal hoje no mundo.
Hoje, é muito mais patente, que o imperialismo é violência e reação em toda a linha e um tigre de papel. O imperialismo está em seu desmoronamento, mas não vai desaparecer por si mesmo, temos que varrê-lo com a revolução mundial, que abarcará um período bem mais longo, o que corresponde à terceira etapa da revolução mundial. Isto é, a etapa de sua ofensiva estratégica. À qual temos entrado ao redor dos anos oitenta do século passado, com o início da guerra popular no Peru, como foi definido pelo Presidente Gonzalo no documento do I Congresso do PCP: Linha Internacional.
Então necessitamos que o maoismo seja encarnado cada vez mais pelos povos do mundo para gerar Partidos Comunistas de novo tipo, para iniciar e desenvolver a guerra popular em cada país, em marcha à guerra popular mundial. Essa é a tarefa atrasada, como não a temos cumprido e por falta de uma posição clara dos que estão nessa região, vemos no Médio Oriente prevalecerem outras forças à cabeça da luta armada contra a agressão imperialista, que, no entanto, têm ideologia que é retrógrada e perigosa para a revolução (isto é, têm dupla natureza).
A agressão imperialista, a guerra imperialista, o imenso genocídio e rapina imperialista contra os povos das nações oprimidas, como estamos vendo, espora a revolução. Portanto, o caráter de classe das guerras de libertação de todas as lutas armadas dos povos, sejam quem forem as forças que transitoriamente as encabeçam. Por isso é principal desenvolver a guerra popular para mostrar o caminho e servir a desenvolver o movimento comunista nesses países, por isso a necessidade de desenvolver mais as campanhas de apoio internacional às guerras populares no Peru, na Índia, etc., para criar opinião pública internacional em favor da guerra popular.
Celebremos o 50º aniversário da Grande Revolução Cultural Proletária!
Celebração do 50º aniversário da grande revolução cultural proletária. O Partido estabeleceu e é nossa guia nesta celebração: Começou em maio de 66 e que é necessário estudá-la como o maior processo político da humanidade, não somente pelas suas dimensões imensas enquanto de massas, mas pelo nível político ao que chegou e porque expressa o mais alto desenvolvimento da Revolução Proletária Mundial, é a mais grandiosa luta dirigida pelo Partido Comunista da China e o próprio Presidente Mao Tsetung; a decisiva luta pela continuação da revolução sob a ditadura do proletariado, um dos grandes marcos no caminho da luta do proletariado pelo Poder; epopeia que tem resolvido o problema então pendente da continuação da revolução e fiado a tarefa essencial de mudar de alma, o problema da ideologia, fazendo-nos ver que não é simples, senão complexo e árduo. Suas imensas lições são incalculáveis, mas ainda sim devemos recordar sempre que com a Grande Revolução Cultural Proletária, o marxismo-leninismo deveniu-se em marxismo-leninismo-maoismo, em síntese maoismo; e isto para a revolução proletária mundial, a revolução peruana e a guerra popular, obviamente é de transcendência incomensurável. Por tudo isso, Celebramos o 50º Aniversário da Grande Revolução Cultural Proletária!
O boicote desenvolve a tendência do povo contra as eleições e serve à Guerra Popular e à Reorganização do Partido
Em 10 de abril último se levaram a cabo as eleições gerais para a troca de autoridades do velho Estado latifundiário-burocrático, para decidir que membros da classe opressora vão representar e aplastar os oprimidos no Parlamento e, principalmente, quem vai presidir o governo para tal fim. Estas eleições foram organizadas para eleger presidente, vice-presidentes e deputados. Mas só pôde cumprir o designo aos deputados. Todo o processo eleitoral tem se desenvolvido em meio da mais escandalosa fraude e manipulação reacionária, e apesar de toda a reação não conseguir finalizar a disputa eleitoral ao não resolver o problema central da eleição presidencial.
Como resultado destas, foram definir-se em um “segundo turno” dois candidatos que obtiveram as duas maiores quantidades de votos válidos, isto é, Keiko Fujimori (39%) pelo partido Fuerza Popular (FP) e Pablo Kusinski (21%) pelo partido Peruanos por el Kambio (PK). Ambos destacando o caráter caudilhista de suas agrupações, se identificam com a abreviatura dos nomes de seus candidatos: com o F de Fujimori e a PK de Pablo Kusinski. Demonstrando assim como essa sua chamada democracia não tem partidos verdadeiramente constituídos. Estes, como a maioria dos candidatos, têm programas similares, isto é, o da fração compradora da grande burguesia. Por isso até os próprios comentaristas dizem que entre eles só há diferença de estilo; a representação da outra fração, a burocrática, pela Frente Ampla, continuou fora de carreira.
Agora, como tinha que ser, marcham à segunda eleição do 5 de junho próximo. Como vão se desenvolver até que a reação resolva seu problema central da eleição presidencial? Como o Partido já nos advertiu, sacando a lei dos processos anteriores e assim vem ocorrendo, isto é, em meio de pugnas e conluios no seio da reação, como sempre, a margem do povo, para somar apoios para um ou outro candidato; uma vez mais os grandes eleitores, instituições e enormes interesses, com a direta participação da superpotência imperialista ianque e demais potências, vão escolher quem melhor pode defender seus interesses. Este é um período que merece ter atenção para compreender a verdadeira realidade e essência das chamadas “eleições democráticas”.
A situação que se apresentou à reação em todo este processo foi o grave perigo de que se incremente a ausência e a votação em brancos e nulos, evidenciando mais o desprestígio das eleições e o descontentamento do povo contra o velho Estado e deslegitimar mais sua troca de autoridades. Por isso temos, nestas eleições, violação de sua própria “constituição” e leis eleitorais e a generalizar a fraude. Agora o risco para o segundo turno é muito maior e, para isso, como no primeiro turno, só que muito mais, agitam descaradamente o “perigo do fujimorismo”, mais descarado agora quando este tem a maioria absoluta no Parlamento com 73 deputados dos 120.
Mais ainda se essa maioria parlamentar foi eleita por menos de 20% dos votos válidos e muito menos do total de emitidos, sem somar os que não votaram e os não inscritos. O que também está previsto pela reação que assim seja para ter também, do ponto de vista da “representação”, um Parlamento débil. Mais ainda que mais dos 80% de parlamentares de todas as bancadas não pertencem aos partidos pelos que foram eleitos, mas a movimentos regionais e caciques de diversos tipos.
Sendo as coisas assim, portanto, do que se trata é de legitimar o novo governo que de todas as maneiras terá que governar com este Parlamento majoritariamente fujimorista, seja a Keiko ou Kunsinski na Presidência.
Pelo o que tem aparecido e declarações a favor e “contra” um ou outro candidato, o que lhe planteia a reação, é ter um Presidente suficientemente “legitimado” pela maior quantidade de votos para, ademais das três tarefas que são necessidade do imperialismo e da reação, também resolver o problema definitivamente levantando o informe e recomendações da Comissão da Verdade e Reconciliação (CVeR). Isto é, sacramentar definitivamente a impunidade dos genocídios cometidos antes e durante o regime de Fujimori, o “fantoche enfincado nas baionetas das Forças Armadas genocidas”. FF.AA genocidas que, sob a direção direta do imperialismo ianque através da CIA, passaram a dirigir a guerra contrarrevolucionária como “guerra de baixa intensidade”.
Isto quer dizer que eles necessitam finalizar o assunto do informe e propostas da CVeR e dos vereditos e condenações a Fujimori e a alguns dos membros de seu governo e das FF.AA por alguns dos crimes cometidos, com o cumprimento das condenações em condições que são mais um prêmio exagerado pelos seus crimes e um insulto até ao mais distante sentido de justiça burguesia, enquanto esperam pela medida política que lhes permita sair pela porta da frente.
Agora, através de Keiko, se reconhece os resultados da comissão da verdade, isto é, que foram excessos cometidos por algumas pessoas, para limpar a poeira e palha para o velho Estado peruano genocida, seus chamados três poderes, suas demais instituições de todo nível, e principalmente suas FF.AA. e policiais. Tratar de limpar a sua democracia genocida, isto é, os governos anteriores ao “autogolpe”, como os genocidas Belaunde e Alan García e aos governos posteriores. Dizem seus especialistas em “direitos humanos”, que se não for deste modo, então o Estado peruano não teria legitimidade nem continuidade, porque haveria um “buraco negro” em sua história. Por isso os genocidas Belaunde e García foram “desculpados”, porque, segundo eles (CVeR), foram governos legítimos. Dirão ao povo que o povo o elegeu e não se pode ter tanto tempo para uma pessoa que o povo reconhece que fez tanto bem, apesar de seus erros, e assim dirão dos outros. Fujimori, como patriarca do fujimorismo, desde sua própria fortaleza (“prisão”), participou de todos os acordos e desacordos de seus parlamentares durante o governo de Humala. E Montesinos está bem protegido na Base Naval del Callao de onde tem saídas noturnas (segundo Toledo).
Então há ainda desacordos em como concretizá-lo, porque está visto que de uma só vez não se pode favorecer a todos os genocidas como uma medida geral, como uma anistia, mas que tem que centrar no mais visível prometendo aos mandos da FF.AA. que logo serão os demais, de forma escalonada e aos poucos. Não esquecer que há algumas ratazanas da LOD de Miriam (agora como organização própria, PCPMOVADEF) que há tempos têm cumprido suas condenações, mas se tem preferido deixá-los na prisão, não será que com isto se buscará cumprir, sem pudor, uma medida mais geral a favor dos genocidas? É possível que seja assim, ou de outra forma como tratarão de cobrir as aparências, mas em todo caso, nisso estão. A própria Keiko disse que conversará com os “terroristas arrependidos”, com os do “sendero verde”, devem ser estes do Movadef. E este é problema crucial para a reação, porque a guerra popular continua e esta será impulsionada cada vez mais enquanto avançar mais a reorganização geral do PCP, como se tem visto no exitoso boicote que está aplicando o PCP.
Sendo assim, todos os reacionários e os revisionistas se arrastando atrás deles, buscarão aumentar a participação, tanto com o K ou contra o K, com marchas e tudo em defesa da memória etc. para ter um novo governo legitimado nas ânforas. K não obteve mais de 20% de sufrágios do padrão eleitoral, sem contar os não inscritos. E Kusinski menos de 10% e, assim, seu parlamento foi eleito por menos de 20% dos votos válidos e aproxima 10% dos emitidos.
Mais ainda, de onde provêm os parlamentares das diversas bancadas? Mais de 20% destes são convidados e provêm de partidos ou organizações de caráter regional ou forças locais, isto é, gamonais de diferentes tipos ligados às grandes empresas mineiras ou às máfias destas montadas para canalizar e explorar os mineiros informais, aos grandes latifundiários, a essa espessa rede corporativista dos “programas sociais”, não esquecer a CONFIEP. Uma questão que não deve passar é a ligação de ambos os candidatos através de membros destacados de seu entorno ao narcotráfico.
Ultimamente tem saído com força contra o secretário geral do FP da Keiko Fujimori. Isto levaria a repetir a situação que se deu com o ex-presidente Samper na Colômbia, e assim firmou sem chispar o “acordo” ianque-colombiano do “Plano Colômbia”.
O PCP, desde o ano passado e este ano, antes e até mesmo no dia do primeiro turno, em 10 de abril, a par que desenvolve a tarefa pendente de sua reorganização, vem elevando as ações da guerra popular em qualidade e quantidade, marchando ao encontro da luta das massas para dirigi-las e dar um novo grande salto na incorporação das massas à guerra popular, tem realizado contundentes ações armadas tanto no campo como na cidade, o EPL convocou o povo e as massas mobilizando-as contra a chegada das tropas ianques no 1º de setembro; no campo, contundente emboscada no Comitê Regional Principal e incursões armadas em Huancavelica e Huancayo; no Comitê Metropolitano na Zonal Este, o 08 de setembro golpeou com bandeiras, pinturas, panfletos e “zozobras”, enquanto preparavam a famigerada Cúpula mundial do FMI e BM, a qual, em plena reunião de seus primeiros dias de outubro, o EPL desdobrou valentia e coragem com agitação e propaganda armada na Zonal Norte e Zona Oeste no Callao, etc. Nos dias prévios, o 10 de abril se golpeou com bandeiras, pinturas, panfletos e “zozobras”, com ações no campo e cidade e contundentes emboscadas no Comitê Regional Principal. O boicote desenvolve a tendência do povo contra as eleições e serve à guerra popular e à reorganização geral do partido, como vemos, vai assentando sólidas bases para seu exitoso desenvolvendo e culminação. Partido militarizado que é o olho e centro da construção concêntrica dos três instrumentos da revolução.
Muito bom o documento. Eu apenas não entendo, sem fazer juízo de valor, as críticas aos “Quispe Palomino”, como revisionistas, e, ao mesmo tempo, a citação das emboscadas como ações do PCP.