OPINIÃO: “O monopólio da mídia e controle ideológico das massas”

Nota do blog: Texto nos enviado pelo leitor Gabriel Coelho de Freitas, expondo sua opinião sobre a impossibilidade de haver imparcialidade da mídia mediante os confrontos entre os interesses do povo e do velho Estado. Reproduzimos a opinião do companheiro, destinado à Seção Opiniões.


O monopólio da mídia e controle ideológico das massas

Introdução

a midia que menteOs consensos próprios dos valores das ideias dominante estendem-se ao povo e tornam-se presentes no seu seio, principalmente devido à “lobotomia midiática”, sendo o monopólio da mídia uma das principais ferramentas da burguesia para vedar a luta de classes e cegar as massas de seus interesses, não necessariamente utilizando calúnias propriamente ditas, mas por meio da distorção de fatos, ocultação de um determinado acontecimento ou exibição de parte fragmentada deste (parte que interesse aos monopólios da informação).

A origem da informação putrefata não está somente no interesse da classe dominante em adquirir tal instrumento de alienação, mas também é originária do monopólio da informação, em que poucos grupos (ou muitas vezes um só, como é o caso da Rede Globo, que alcança dezenas de milhões de lares com seu telejornal noturno) possuem a total condição de traduzirem os fatos para os interlocutores da forma mais parcial aos seus interesses quanto possível, já que outros meios darão a notícia de forma tão parcial e nociva quanto.

O monopólio da mídia e parcialidade

Que é a imparcialidade senão o mito da informação desprovida de interesses? Inatingível, já que, sendo o homem produto do meio em que vive e se socializa, ao se comunicar, a mensagem está atrelada aos seus ideais e sempre objetiva algo, quem emite sempre (mesmo que negue) e tem a intenção de persuadir.

Numa suposta imparcialidade perfeita, sem desvios ideológicos ou tendências em nenhum conteúdo exposto, não estaria o emissor, de alguma forma, ocultando ou ampliando um fato, mesmo que parcialmente ocultado ou parcialmente ampliado?

A burguesia muitas vezes expõe a imparcialidade como uma virtude a ser seguida, como forma de taxar um meio como de qualificado ou desqualificado, virtude essa que eles não cumprem e nem podem cumprir pelos seus interesses de classe, nesse juízo, é importante apresentar uma exemplificação retórica, aos que duvidam e desacreditam do maniqueísmo do monopólio midiático.

A ocupação de escolas estaduais por secundaristas pode ser usada nessa argumentação a ser formulada. Os grandes veículos falaram em “confronto” entre a Polícia Militar e os estudantes, sendo que não houve confronto, e sim massacre, os policiais com seus materiais de repressão, equipados para reprimir e calar quem infringir os interesses do Velho Estado, e os estudantes desprovidos de qualquer arma que possibilitasse uma reação à altura.

É muitas vezes nas entrelinhas (quando não se trata da imprensa marrom, e suas matérias caricatas) que se percebe a intenção de moldar a opinião pública, e analisando os paradigmas com o uso sábio da dialética materialista, desmascaramos os mau-intencionados que lançam suas visões da forma mais covarde quanto possível, por meio da informação (que, por ser incontestável, entra de forma mais efêmera e firme no pensamento dos indivíduos).

Epílogo

É portanto, um dever dos Marxistas-leninistas apoiar a imprensa popular e democrática, que assuma suas ideias e as emita de forma argumentativa e justa, e não estando ela (a opinião), vendada e incorporada ao acontecimento, assim, aqueles que a recebem distinguirão o ocorrido do ideal. A imprensa popular isso faz, é parcial, defendendo a libertação dos povos sem demagogia, dissertando sobre o porquê de defenderam a ideologia da classe, e de acreditarem que esta é a mais benéfica para a nossa sociedade.