Três Importantes Lutas na Frente Filosófica da China (1949-1964)

Nota do blog: “Três Importantes Lutas na Frente Filosófica da China” é um inestimável documento do Partido Comunista da China (mais especificamente, produzido pelo Grupo redator de Artigos para a Crítica Massiva Revolucionária da Escola do Partido que era subordinado ao Comitê Central), trabalhando as questões filosóficas do marxismo-leninismo e desmascarando o revisionismo internacional da época, expondo os agentes do imperialismo na China, na URSS e no mundo. Retirado do Marxists Internet Archives seção português, também responsáveis pela tradução.

Leitura de importância transcendental!


Três Importantes Lutas na Frente Filosófica da China (1949-1964)


Índice:

“A filosofia do Partido Comunista é a filosofia de luta”. “O marxismo só pode se desenvolver na luta; isto é certo não só para o passado e o presente, também é necessariamente certo para o futuro.”

– I
– II
– III
– IV

É necessário criticar a fundo a teoria da “base econômica sintetizada”

– Produto da linha revisionista contrarrevolucionária
– Reacionária falácia para derrotar a ditadura do proletariado
– Refutação de “corresponder ao caráter das forças produtivas da China”
– Refutação da falácia da “contradição entre o sistema socialista avançado e as forças produtivas sociais atrasadas”

Luta transcendental em torno da questão da identidade entre o pensar e o ser

– I
– II
– III

A teoria de “integrar dois em um” é uma filosofia reacionária para restaurar o capitalismo

– Uma reação à continuação da revolução sob a ditadura do proletariado
– Idealismo e metafísica burgueses dos pés à cabeça
– Refutação da teoria das “necessidades comuns”
– Refutação da teoria da “inseparabilidade”
– Refutação da teoria de que “a síntese significa ‘integrar dois em um’”
– Reacionária tendência do revisionismo internacional

Nota: [Documento] Escritos pelo Grupo redator de Artigos para a Crítica Massiva Revolucionária da Escola do Partido subordinada ao Comitê Central do Partido Comunista da China, saíram pela primeira vez separadamente no Renmin Ribao (Diário do povo), Hongqi (Bandeira Vermelha) e Guangming Ribao (Diário de Kwangming). Baseamos a tradução nas versões em espanhol do primeiro, terceiro e quarto artigos de Pekín Informa: “A luta em filosofia e a luta de classes” (Nº 5, 3 de fevereiro de 1971); “Séria luta em torno da questão da identidade entre o pensar e o ser” (Nº 16, 21 de abril de 1971) e “A teoria de ‘integrar dois em um’ é uma filosofia reacionária para restaurar o capitalismo” (Nº 19, 12 de maio de 1971), respectivamente.


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“A filosofia do Partido Comunista é a filosofia de luta”. “O marxismo só pode se desenvolver na luta; isto é certo não só para o passado e o presente, também é necessariamente certo para o futuro.”

Entre 1949 e 1964, foram travadas três importantes lutas de princípios na frente filosófica de nosso país, a saber: a luta em torno da questão da base econômica e a superestrutura, a luta em torno da questão da existência ou não de identidade entre o pensar e o ser, e a luta em torno da questão de que “um se divide em dois” e “dois integram um”. As três lutas foram provocadas, uma depois da outra, por Yang Sien-chen, agente do renegado, traidor oculto e vende operários Liu Shao-chi nos círculos filosóficos, em conjunturas cruciais da luta entre as duas classes (o proletariado e a burguesia) os dois caminhos (o socialismo e o capitalismo) e as duas linhas (a marxista e a revisionista). Se tratava de fortes batalhas entre o materialismo dialético e o materialismo histórico, por um lado, e o idealismo e a metafísica, por outro. Foram um reflexo, na frente filosófica, da aguda luta de classes nacional e internacional.

I

Com a fundação da República Popular da China em 1949, terminou no fundamental a etapa da revolução de nova democracia de nosso país e foi iniciada a etapa da revolução socialista. Em seu informe ante a II Sessão Plenária do VII Comitê Central do Partido Comunista da China, celebrada em março de 1949, o grande líder Presidente Mao destacou que, depois de conquistada a vitória da revolução em todo o país, a contradição principal na sociedade chinesa era a “contradição entre a classe operária e a burguesia”, e chamou o povo a continuar fazendo a revolução, fortalecer a ditadura democrática popular, ou seja, a ditadura do proletariado e “construir um grande Estado socialista”. No final de 1952, o Presidente Mao deu mais um passo, formulando a linha geral para o período de transição: levar a cabo gradualmente a industrialização socialista e efetuar gradualmente a transformação socialista da agricultura, a manufatura, e a indústria e comércio capitalistas.

Pelo contrário, Liu Chao-chi, em descarada oposição ao espírito da II Sessão Plenária do VII Comitê Central do Partido, predicou desesperadamente desde 1949 que “a exploração tem seus méritos” e advogou pelo desenvolvimento do capitalismo. Brandindo a andrajosa bandeira da “teoria das forças produtivas” preparou, logo após a libertação do país, um sinistro programa para desenvolver o capitalismo, programa que propugnava a “cooperação entre os cinco setores da economia [os cinco setores da economia foram: a economia estatal, a economia cooperativa, a economia individual dos camponeses e artesãos, a economia capitalista privada e a economia capitalista estatal] para consolidar o sistema da nova democracia”. Se opôs sem escrúpulos à linha geral do Partido para o período de transição.

Precisamente no momento em que se desenvolvia uma intensa luta entre a linha revolucionária proletária do Presidente Mao e a linha revisionista contrarrevolucionária de Liu Shao-chi, Yang Sien-chen, sob as ordens deste, forjou a suposta teoria da “base econômica sintetizada, provocando desta maneira a primeira luta importante na frente filosófica.

Yang Sien-chen declarou que a base econômica no período de transição era “de caráter sintetizado”, “que abarcava tanto o setor socialista como o setor capitalista da economia”, os quais “podem se desenvolver de forma equilibrada e coordenada”, e que a superestrutura socialista devia, sem discriminação alguma, “servir à base econômica em seu conjunto”, incluindo o setor capitalista da economia, e “servir também à burguesia”. Eis aquí a tristemente famosa teoria da “base econômica sintetizada”.

Ao expor estes absurdos reacionários, Yang Sien-chen negou que a economia socialista e a capitalista eram diametralmente opostas e lutavam entre si. Negou a natureza de classe da superestrutura, tentando recorrer à total colaboração e capitulação de classe em todas as esferas, desde a base econômica até a superestrutura. Seu objetivo era mudar a natureza da ditadura do proletariado em nosso país, opor-se ao estabelecimento de uma base econômica socialista e perpetuar o capitalismo na China.

A teoria da “base econômica sintetizada”, que clamava pelo desenvolvimento do capitalismo, não é outra coisa que uma variedade da teoria de que “a teoria das forças produtivas”. De acordo com esta última, altamente apreciada durante vários decênios pelos novos e velhos revisionistas de dentro e de fora do país, a China, com suas forças produtivas atrasadas sem um capitalismo desenvolvido, não pode efetuar a transformação socialista da propriedade privada dos meios de produção nem realizar o socialismo, senão que só pode deixar propagar o capitalismo.

Tão logo esta falácia reacionária de Yang Sien-chen saiu, o proletariado lhe infligiu um golpe contundente. Yang Sien-chen, que não se resignava com sua derrota, voltou a apregoar sua teoria da “base econômica sintetizada” em 1955, de forma inclusive mais sistematizada, no artigo “Sobre a base e a superestrutura durante o período de transição da República Popular da China”. Ao receber o artigo, Liu Shao-chi, lhe dando aberto respaldo, disse: “Você tem razão”. Acrescentou que o capitalismo privado “faz parte da base”.

O Presidente Mao criticou severamente o programa reacionário de Liu Shao-chi acerca da “cooperação entre os cinco setores da economia para consolidar o sistema da nova democracia” e assinalou que a reacionária essência deste programa consistia em desenvolver o capitalismo. Sob o guia do pensamento Mao Tsetung, a transformação socialista da propriedade dos meios de produção se completou no fundamental em 1956 e a linha geral do Partido para o período de transição foi cumprida vitoriosamente. A teoria de Yang Sien-chen da “base econômica sintetizada” não só caiu em bancarrota no teórico, como também foi totalmente destroçada pela prática revolucionária.

II

“A revolução quer dizer libertar as forças produtivas”. A transformação socialista da propriedade dos meios de produção fomentou bastante o crescimento das forças produtivas. O Presidente Mao formulou em 1958 a linha geral de “tensionar todas as forças e pugnar por marchar sempre adiante para construir o socialismo segundo a norma da quantidade, rapidez, qualidade e economia”. Uma vez que as massas apreendam o marxismo-leninismo-pensamento Mao Tsetung, este se converte em uma força material capaz de transformar o mundo, uma força sob cujo impacto toda a velha superestrutura e ideologia vêm abaixo. As massas populares, “tão animadas e tão cheias de audácia e combatividade”, puseram em pleno jogo sua atividade subjetiva e iniciativa revolucionária, criaram a nova situação caracterizada pelo grande salto adiante na construção do socialismo e estabeleceram as comunas populares, de grande significação histórica.

O rápido e pujante desenvolvimento da revolução e construção socialistas tirou do sério o punhado de oportunistas de direita. Liu Shao-chi e seus congêneres saíram a lançar frenéticos ataques contra a linha geral, o grande salto adiante e as comunas populares e impugnar o movimento revolucionário de massas. Acusaram o Partido de praticar um “idealismo subjetivo” que “exagerava o papel ativo e consciente do homem”. Yang Sien-chen, a mando de Liu Shao-chi, aproveitou o momento para provocar uma nova batalha na frente filosófica elaborando a teoria da “falta de identidade entre o pensar e o ser”.

Yang Sien-chen declarou arbitrariamente: “A identidade entre o pensar e o ser é um tema idealista”. Disse o disparate de que a “identidade entre o pensar e o ser” e a “identidade dialética” não são a mesma coisa e que pertencem a “duas categorias diferentes” Distorcendo o marxismo-leninismo, tratou de contrapor a identidade entre o pensar e o ser à teoria materialista do reflexo, afirmando que, com respeito ao problema da relação entre o pensar e o ser, “o materialismo o resolve com a teoria do reflexo e o idealismo com a identidade”.

A dialética materialista nos ensina que a lei da unidade dos contrários é universal. A identidade dos contrários, ou seja, sua dependência mútua para a existência e sua transformação recíproca em determinadas condições, é aplicável, sem nenhuma dúvida, à relação entre o pensar e o ser. Ao negar a identidade entre o pensar e o ser, Yang Sien-chen estava negando o fato de que os dois aspectos opostos da contradição – o pensar e o ser – dependem um do outro para sua existência e se transformam mutuamente em condições determinadas. Se a afirmação de Yang Sien-chen fosse verdade, a lei dialética da unidade dos contrários careceria de sentido universal.

Yang Sien-chen negou com sua metafísica a interrelação entre o pensar e o ser, os considerou como contrários absolutos. Assim, caiu no dualismo e, em seguida, no idealismo subjetivo. Se opôs ao papel ativo da teoria revolucionária e ao movimento revolucionário de massas. Exagerou desmedidamente os aspectos secundários e não essenciais de dito movimento. Atacou um ponto sem considerar o todo. Fechando os olhos ante a essência e os aspectos principais do movimento revolucionário de massas, chegou ao extremo de tomas suas próprias percepções subjetivas contrarrevolucionárias por realidade objetiva, com a vã intenção de derrotar a ditadura do proletariado e restaurar o capitalismo.

Ao negar a identidade dialética entre o pensar e o ser, Yang Sien-chen estava se opondo, no fim das contas, ao armamento das massas com o marxismo-leninismo-pensamento Mao Tsetung e que essas o utilizassem para transformar ativamente o mundo, ou seja, queria enganar as massas com ideias revisionistas contrarrevolucionárias e tentar transformar o mundo de acordo com a reacionária concepção burguesa de mundo. Tal teoria reacionária de Yang Sien-chen era precisamente a “base teórica” da filosofia do servilismo ante o estrangeiro e a teoria do avanço rasteiro impulsionadas por Liu Shao-chi.

Com respaldo de Liu Shao-chi, em 1955 Yang Sien-chen começou a apregoar esta reacionária teoria. Em 1957, até exigiu de maneira descarada que se tachasse de “direitistas” os que se opunham a seus disparates e defendiam com firmeza a identidade entre o pensar e o ser. Em 1958, confeccionou o sinistro artigo “Breve exposição sobre as duas categorias de ‘identidade”, no qual designou de “idealismo subjetivo” a tese científica da identidade entre o pensar e o ser; logo, mandou que seus apaniguados escrevessem artigos para propagar tal teoria reacionária. Em outubro do mesmo ano, o Presidente Mao denunciou claramente a reacionária essência de falácia de Yang Sien-chen, mas ele resistiu ferreamente. Enquanto dava conferências em novembro de 1958, Yang Sien-chen vilipendiou a teoria da identidade entre o pensar e o ser como “puras besteiras e uma teoria simplesmente reacionária”. Entre 1959 e 1964, em estreita coordenação com as atividades contrarrevolucionárias de Liu Shao-chi a favor da restauração capitalista, desatou reiterados ataques contra o pensamento Mao Tsetung sobre esta questão. Todos estes estratagemas caíram aos pedaços, um depois do outro, sob os demolidores golpes do proletariado.

O Presidente Mao escreveu em 1963 o conhecido artigo De onde provém as ideias corretas?. Neste artigo expôs profundamente a grande verdade de que a matéria pode se transformar em consciência e a consciência em matéria, desenvolveu de maneira criadora a teoria marxista do conhecimento, criticou a fundo o idealismo e a metafísica burgueses de Liu Shao-chi, Yang Sien-chen e seus semelhantes e fez uma síntese científica da luta que era travada em torno da questão da identidade entre o pensar e o ser.

III

Liu Shao-chi e seus sequazes não se resignaram com a derrota e armaram uma última batalha. Em 1964, Liu Shao-chi mandou Yang Sien-chen tramar a teoria reacionária de que “dois integram um”, em aberta oposição à dialética revolucionária do Presidente Mao de que “um se divide em dois”, desatando assim uma luta muito mais ampla.

Neste ano se deu uma luta de classes muito aguda e complexa no país e no mundo. Em conluio com os inimigos de classe no exterior e suas descaradas atividades anti-chinesas, Liu Shao-chi e seus sequazes trabalharam com toda força por uma restauração capitalista na China. Guiado pela teoria do Presidente Mao sobre a continuação da revolução sob a ditadura do proletariado, o povo chinês travou medida por medida uma luta contra os inimigos de classe de dentro e de fora do país. Iniciaram um movimento de educação socialista dentro do país e, na arena internacional, desatou uma polêmica pública com o revisionismo contemporâneo. A reacionária teoria de que “dois integram um” apareceu em tal momento precisamente para satisfazer as necessidades contrarrevolucionárias dos inimigos de classe no país e no mundo.

O Presidente Mao destacou:

“toda coisa se divide em dois”. “Na sociedade humana, assim como na natureza, cada entidade invariavelmente se divide em suas diferentes partes; só há diferenças no conteúdo e na forma sob condições concretas diversas”.

A magistral tese do Presidente Mao de que “um se divide em dois” é uma síntese penetrante e concisa da lei da unidade dos contrários, é um grande desenvolvimento da dialética materialista.

Reconhecer que “um se divide em dois” significa reconhecer que na sociedade socialista ainda existem classes, contradições de classe e luta de classes, existem a luta entre o caminho socialista e o capitalista, o perigo de restauração do capitalismo e a ameaça da agressão e subversão de parte do imperialismo e o social-imperialismo. Para resolver estas contradições é imperativo continuar sob a ditadura do proletariado.

Sem embargo, a reacionária teoria de que “dois integram um” predica que “no caso de qualquer coisa, ‘dois integram um’” e que a identidade dos contrários significa que eles têm uma “ligação inseparável”, um “ponto comum” e “demanda comum”. Esta falácia reacionária, que tenta conciliar as contradições, liquidar a luta, negar a transformação e opor-se à revolução, é cem por cento metafísica e idealismo burguês. Na essência tem por objetivo “integrar” em um o proletariado e a burguesia, a revolução e a contrarrevolução; se opõe à continuação da revolução sob a ditadura do proletariado e trata de restaurar o capitalismo. Constitui a base da teoria da “extinção da luta de classes” de Liu Shao-chi.

Para abrir campo a suas ideias reacionárias, Yang Sien-chen e companhia apregoaram que “já se falou demais acerca de ‘um se divide em dois’ e muito pouco sobre ‘dois integram um’”. Trabalharam intensamente para atacar o princípio de “um se divide em dois” do Presidente Mao, caluniando-o como “a filosofia de atacar as pessoas”. Mas os intensos ataques da reação só aceleraram seu afundamento geral. Tão logo como fizera sua aparição, a teoria de que “dois integram um” encontrou demolidores golpes do quartel general proletário e das massas revolucionárias. O Presidente Mao dirigiu pessoalmente a luta de crítica a esta teoria reacionária e deu no cravo ao identificar que o núcleo desta teoria revisionista é a conciliação de classes, condenando-a, assim, à morte.

IV

As três importantes lutas na frente filosófica mostram que a confrontação entre os dois lados opostos nesta frente sempre foram um reflexo da luta de classes e da luta entre as duas linhas, que serve a estas lutas e que não devemos considerar a luta em filosofia como somente “controvérsia acadêmica”. Liu Shao-chi, Yang Sien-chen e seus congêneres atacavam freneticamente o materialismo dialético e o materialismo histórico, difundiam o reacionário idealismo e a metafísica e provocavam uma luta após outra precisamente com o vil afã de sacudir a base filosófica da linha revolucionária proletária do Presidente Mao e criar uma “base teórica” para a linha revisionista contrarrevolucionária que tratava de restaurar o capitalismo.

As três importantes lutas na frente filosófica nos ensinam ademais que a luta entre as duas linhas é, no final das contas, a luta entre as duas concepções de mundo, a proletária e a burguesa. A concepção de mundo de alguém decide que linha defende e segue. O fato de Liu Shao-chi, Yang Sien-chen e companhia impulsionarem a linha revisionista contrarrevolucionária foi decidido, como causa fundamental, por sua concepção de mundo, seu idealismo e metafísica burgueses. Para aplicar com consciência a linha revolucionária proletária, é imperativo que estudemos conscienciosamente o materialismo dialético e o materialismo histórico, junto com os três grandes movimentos revolucionários – a luta de classes, a luta pela produção e a experimentação científica –, superemos o idealismo e a metafísica em nossa mente e remodelemos com consciência nossa concepção de mundo. Devemos aprender a distinguir o genuíno marxismo do falso, a linha correta da errônea.

As três importantes lutas na frente filosófica terminaram com a contundente vitória do pensamento filosófico do Presidente Mao. Mas a luta de classes ainda não terminou. A luta entre o materialismo e o idealismo e a luta entre a dialética e a metafísica nunca terão fim. Devemos levar a cabo uma profunda crítica revolucionária de massas ao idealismo e à metafísica apregoados por Liu Shao-chi e outros falsificadores políticos e arrancar pela raiz o que ficar de sua influência venenosa.


É necessário criticar a fundo a teoria da “base econômica sintetizada”

Pouco depois da fundação da República Popular da China em 1949, Liu Shao-chi incitou Yang Sien-chen, seu agente nos círculos filosóficos, a propagar uma teoria da “base econômica sintetizada”, o que desatou uma grande luta na frente filosófica da China. Tratava-se de uma luta de princípios acerca do caminho a seguir na China, o socialista ou o capitalista, e se a China teria uma ditadura do proletariado ou uma ditadura da burguesia.

Nos fatos, a teoria da “base econômica sintetizada” era uma variante da reacionária “teoria das forças produtivas” que, por sua vez, é uma concepção idealista da história que constitui a “base teórica” comum da corrente revisionista na China e no mundo. Liu Shao-chi, Yang Sien-chen e os demais falsificadores pseudo-marxista sempre utilizaram tal teoria reacionária para propagar sua linha revisionista contrarrevolucionária e manipular a opinião pública a favor de suas atividades contrarrevolucionárias de opor-se à revolução proletária, derrotar a ditadura do proletariado e restaurar o capitalismo.

Produto da linha revisionista contrarrevolucionária

A fundação da república Popular da China deu início a uma nova época na China, a da revolução socialista e da ditadura do proletariado.

No informe ante a II Sessão Plenária do VII Comitê Central do Partido Comunista da China, celebrada em março de 1949, o Presidente Mao Tsetung fez uma análise penetrante das relações de classe e a situação econômica prevalecentes na China nesse momento e assinalou com clareza que depois da tomada do poder político pelo proletariado em todo o país, a principal contradição interna era “a contradição entre a classe operária e a burguesia”. O eixo da luta seguia sendo a questão do poder de Estado. O Presidente Mao chamou todo o Partido a continuar a revolução, a apoiar-se na ditadura democrática popular e a fortalecê-la, ou seja, a ditadura do proletariado, a desenvolver a economia estatal socialista e a levar a cabo passo a passo a transformação socialista da agricultura, a manufatura e a indústria e comércio capitalistas e a industrialização socialista a fim de “construir um grande Estado socialista”.

Neste ponto de viragem da revolução, Liu Shao-chi se opôs freneticamente à revolução socialista brandindo a andrajosa bandeira da reacionária “teoria das forças produtivas”. Contra a resolução da II Sessão Plenária do VII Comitê Central do Partido, armou seu programa contrarrevolucionário a favor da “cooperação entre os cinco setores da economia para consolidar o sistema de nova democracia”. Liu Shao-chi e os demais falsificadores dessa ralé apregoavam a ideia de desenvolver o capitalismo dizendo:

“Nosso país tem uma produção subdesenvolvida e atrasada. Hoje, o problema não é que haja demasiadas fábricas nas mãos do capital privado, mas sim que há poucas. Agora vejam, não só se deve permitir que exista o capitalismo privado, senão que se deve desenvolvê-lo, expandi-lo”. “Na China, o socialismo virá em duas ou três décadas”.

Pugnaram por conservar a economia dos camponeses ricos por um longo tempo e por desenvolvê-la ativamente, chamaram a “consolidar a propriedade privada dos camponeses” e atacaram a cooperação agrícola como “uma espécie de socialismo agrário mal, perigoso e utópico”.

O Presidente Mao travou uma luta medida por medida contra Liu Shao-chi e sua camarilha, que conspiravam teimosamente a favor do caminho capitalista. Em 1953, num discurso sobre a linha geral do Partido acerca do período de transição, o Presidente Mao desacreditou completamente seu programa contrarrevolucionário de “consolidar o sistema de nova democracia”. Destacou:

“Algumas pessoas seguem paradas no mesmo lugar depois de alcançado o triunfo da revolução democrática. Sem compreender que o caráter da revolução mudou, continuam trabalhando por sua ‘nova democracia’ e não pelas transformações socialistas. Isto os conduzirá a erros de direita”.

Acerca da chamada proposta de “consolidar o sistema de nova democracia”, o Presidente Mao disse que era

“prejudicial” e “não se ajusta à realidade da luta e obstrui o desenvolvimento da causa socialista”.

Mas esses renegados não se deram por vencidos. No momento em que todo o Partido estudava e aplicava a linha geral do Partido para o período de transição, Yang Sien-chen, sob as ordens do falsificador Liu Shao-chi e companhia, reforçou o sinistro programa de “consolidar o sistema de nova democracia” e confeccionou a teoria da “base econômica sintetizada”. Propagou febrilmente por todas as partes esta variante da reacionária “teoria das forças produtivas” em oposição à linha geral do Partido.

Não obstante, guiada pela linha geral do Partido para o período de transição, chegava ao auge como nunca antes a iniciativa socialista dos camponeses pobres e camponeses médios da camada inferior de modo que florescia o movimento de cooperação agrícola; mesmo assim, cobrava impulso a transformação socialista da indústria e comércio capitalistas. Em seu vão intento de travar a roda da história, Liu Shao-chi e seus sequazes elaboraram, em 1955, seu vil estratagema de “opor-se à temeridade” e apregoaram sua política contrarrevolucionária de “deter”, “contrair” e “verificar” que reduziu dramaticamente o número de cooperativas. Yang Sien-chen entrou em cena neste momento e, queimando os miolos, escreveu o reacionário opúsculo “Sobre a base e a superestrutura durante o período de transição na República Popular da China”, sistematizando sua teoria da “base econômica sintetizada” com que urdir um “base teórica” para o complô de Liu Shao-chi e sua companhia contra a revolução socialista. Enviou-o a Liu Shao-chi sem demora com o seguinte recado: “Espero que você encontre tempo para estudá-lo e dar-me instruções”. O mesmo Yang Sien-chen admitiu que quanto a sua teoria da “base econômica sintetizada” também havia “consultado” Chen Po-ta, o grande falsificador arrivista que se referia a si mesmo como uma “pessoa humilde e comum”. Tudo isso é prova contundente de que a luta iniciada por Yang Sien-chen era um complô político contrarrevolucionário saído das mãos de Liu Shao-chi e outros falsificadores.

No auge da encarniçada luta entre as duas linhas, o Presidente Mao elaborou o informe Sobre o problema da cooperativização agrícola, que fez em pedaços na teoria e na prática a revisionista “teoria das forças produtivas” e o complô contrarrevolucionário de Liu Shao-chi e companhia. Logo se desatou um auge na transformação socialista da agricultura, a manufatura e a indústria e comércio capitalistas em todo o país, situação que se caracterizou pela queda do oportunismo e o ascenso do socialismo. A transformação socialista da propriedade dos meios de produção da China obteve uma grande vitória, enquanto a reacionária “base econômica sintetizada” caiu em bancarrota total.

Reacionária falácia para derrotar a ditadura do proletariado

No fundo, de que se trata a teoria da “base econômica sintetizada”?

Yang Sien-chen afirmou: “no período de transição, a base econômica do poder do Estado de tipo socialista” tinha um “caráter sintetizado”, “abarcava tanto o setor socialista como o capitalista, assim como o setor da economia camponesa individual”; “podem se desenvolver de forma equilibrada e coordenada”; a superestrutura socialista deve “servir à base econômica em seu conjunto”, inclusive a economia capitalista e “servir também à burguesia”. Esta era uma teoria completamente reacionária e falar para derrotar a ditadura do proletariado.

De acordo com o marxismo-leninismo, “o poder do Estado de tipo socialista” não é senão a ditadura do proletariado. Expressa de maneira concentrada os interesses fundamentais da classe operária e das demais massas trabalhadoras e sua base econômica não é senão “a base econômica socialista, ou seja… as relações de produção socialistas” (Sobre o tratamento correto das contradições no seio do povo) A economia capitalista é um paraíso no qual a burguesia acumula fortunas enquanto que para o proletariado e as demais massas trabalhadoras é um inferno na terra. É a base econômica da ditadura da burguesia. A economia capitalista e a ditadura do proletariado são tão incompatíveis como o fogo e a água. Como é possível que a ditadura do proletariado se sustente em uma chamada “base econômica sintetizada” que abarca a economia capitalista?

A falácia de Yang Sien-chen se torna ainda mais disparatada quando a comparamos com a missão histórica da ditadura do proletariado, que aponta a abolir o capitalismo e os demais sistemas de exploração, a eliminar a propriedade privada. Lenin se referiu à economia no período de transição destacando:

“enquanto persistirem a propriedade privada dos meios de produção… e o livre comércio, seguirá existindo a base econômica do capitalismo. A ditadura do proletariado é o único meio para lutar com êxito pela demolição dessa base, a única maneira de abolir as classes…” (Obras completas, tomo 31).

Na China, se trava uma luta contra o capitalismo precisamente por meio da ditadura do proletariado. Para abolir passo a passo o capitalismo e a propriedade privada e estabelecer uma base econômica socialista tomamos diversas medidas para confiscar o capital burocrático-monopolista, levar a cabo a transformação socialista da pequena e média indústria e comércio capitalistas e estabelecer as cooperativas agrícolas e de manufatura. Somente dessa maneira se pode consolidar o triunfo da revolução e podemos ter a ditadura do proletariado. Como é possível que nosso poder de Estado proletário tome como base econômica a chamada “base econômica sintetizada” que abarca a economia capitalista?

De fato, simplesmente não existe nenhuma “base econômica sintetizada”, exceto como invenção de Yang Sien-chen e seus congêneres. Por razões históricas, o proletariado chinês tinha cinco setores da economia depois da tomada do Poder e estes se reduziram aos setores capitalista e socialista. Como estão diametralmente opostos, os setores socialista e capitalista não existem e não podem existir juntos pacificamente, como disse Yang Sien-chen nem podem se integrar para formar nenhuma chamada “base econômica sintetizada”, nem podem se “desenvolver de maneira equilibrada e coordenada”. Lenin disse:

“O período de transição há de ser de luta entre o capitalismo moribundo e o comunismo nascente ou, em outras palavras, entre o capitalismo que foi derrotado, mas não destruído, e o comunismo que nasceu, mas ainda é muito débil” (Obras completas, tomo 30).

E o Presidente Mao destacou:

“O período de transição está cheio de contradição e luta. Nossa luta revolucionária atual é ainda mais profunda que as lutas armadas revolucionárias do passado. É uma revolução profunda que enterrará para sempre o sistema capitalista e os demais sistemas de exploração”.

Assim é. O ocorrido no período de transição da China testemunha uma dura luta de vida ou morte entre os dois setores da economia, o socialista e o capitalista. Um engole o outro. Ou o avanço para o socialismo ou o retrocesso para o capitalismo: Não se admite em absoluto o compromisso na luta entre as duas classes, os dois caminhos e a duas linhas. É óbvio que a “sintetização” de Yang Sien-chen tenta “integrar dois em um”, negar a contradição e luta entre o socialismo e o capitalismo e deixar que o segundo engula o primeiro. Na essência, o “desenvolvimento equilibrado” constituía o desenvolvimento do capitalismo e o regresso à sociedade semicolonial e semifeudal. Não é o que Liu Shao-chi e cia, comando como ponto de partida sua reacionária “teoria das forças produtivas”, declararam abertamente que trabalhariam com os capitalistas por várias décadas, e depois para o socialismo, “quando a produção industrial da China tiver um excedente”? Chen Po-ta também disse: “Na China contemporânea, o sistema capitalista de exploração é progressista”, “tem um papel a desempenhar na indústria atrasada da China”, etc, etc. Isso constituiu a essência da “sintetização” e “desenvolvimento equilibrado” de Yang Sien-chen. Suas prédicas de uma “base econômica sintetizada”, na essência, não era senão a tentativa de construir uma China sobre uma base econômica capitalista.

O Presidente Mao destaca que se não construirmos uma economia socialista, nossa ditadura do proletariado se transformará em uma ditadura da burguesia, uma ditadura reacionária, fascista. Claramente, Yang Sien-chen preparou e propagou sua teoria da “base econômica sintetizada” com o objetivo de abolir a revolução socialista, limpar o caminho para que Liu Shao-chi e cia usurpassem o poder de Estado e estabelecessem uma ditadura reacionária, fascista.

Yang Sien-chen dizia descaradamente que a superestrutura socialista devia “servir à base econômica em seu conjunto”, inclusive a economia capitalista; que devia “servir também à burguesia”. Que afirmação: “Devia servir à burguesia”!

O marxismo ensina que a superestrutura tem um caráter de classe; que o poder de Estado que está no centro da superestrutura é um instrumento da luta de classes, um aparato com que uma classe oprime a outra. Cada poder de Estado é uma ditadura de certa classe: ou uma ditadura do proletariado com que o proletariado e as demais massas trabalhadoras oprimem a burguesia e outras classes exploradoras, ou uma ditadura da burguesia e outras classes exploradoras com que estas oprimem o proletariado e as demais massas trabalhadoras. Yang Sien-chen até tentava fazer com que a superestrutura socialista “servisse à base econômica em seu conjunto” inclusive a economia capitalista e que nosso Estado da ditadura do proletariado “servisse à burguesia”. O que é isso senão a satisfação das necessidades contrarrevolucionárias de derrotar a ditadura do proletariado?

Como sabemos, Liu Shao-chi, Yang Sien-chen e seus sequazes foram além das palavras. Com o afã de “servir à burguesia”, impuseram nada menos que uma ditadura reacionária, fascista, nos departamentos em que haviam usurpado o poder. Na frente política, tentaram em vão reduzir a China a uma colônia do imperialismo e do social-imperialismo, conspirando para usurpar o poder do Partido, do governo e forças armadas. Na frente econômica, tentaram restaurar o capitalismo praticando em grande escalas as “quatro liberdades” (liberdade de vender terras, de contratar mão de obra, de usura e de comércio), san zi yi bao (a ampliação de mercados livres, das parcelas de uso particular, a promoção de pequenas empresas com a exclusiva responsabilidade de seus próprios lucros e perdas e a fixação de cotas de produção para cada lar), os ganhos no controle, estímulos materiais, a técnica em primeiro plano e apoio exclusivamente em especialistas na gestão das fábricas. Nas frentes ideológica e cultural, davam vida extra a suas vis mercadorias revisionistas e feudais e glorificavam os imperadores e príncipes feudais, generais e ministros, sábios e beldades no plano de manipular a opinião pública a favor de suas atividades contrarrevolucionárias. Na frente organizativa, formaram um quartel general burguês clandestino, recrutando renegados e traidores, protegendo a uns e a outros e trabalhando juntos. Assim, suas vis atividades foram para além da prédica “servir também à burguesia”. Nos fatos, eram fieis agentes, dedicados ao crime, dos imperialistas, revisionistas contemporâneos e reacionários do Kuomintang. A teoria da “base econômica sintetizada” constituiu uma manifestação, na teoria, das tentativas contrarrevolucionárias de derrotar a ditadura do proletariado da parte destes elementos kuomintanistas, renegados e agentes inimigos anticomunistas.

Refutação de “corresponder ao caráter das forças produtivas da China”

Segundo o principal argumento elaborado por Yang Sien-chen para justificar sua teoria da “base econômica sintetizada”, os cinco tipos de relações de produção no período de transição “correspondem ao caráter das forças produtivas da China”. Tal teoria desmascara em toda sua extensão Yang Sien-chen e seus comparsas como traficantes da pior “teoria das forças produtivas” reacionária.

Os cinco tipos de relações de produção em questão abarcavam a economia socialista e a economia capitalista, assim como a economia individual. Era possível que os cinco tipos “correspondessem ao caráter das forças produtivas da China”? Em 1940, o Presidente Mao destacou que a Grande Revolução Socialista de Outubro transformou o curso da história humana e deu início a uma nova época. O sistema ideológico e social do capitalismo no mundo “se assemelha ao ‘moribundo que se extingue como o sol depois das colinas do Ocidente, e logo será também relegado ao museu” (Sobre a nova democracia). Nos anos de 1950, sobretudo no momento em que a China havia estabelecido a ditadura do proletariado e entrado na etapa da revolução socialista, como era possível seguir dizendo que as relações capitalistas de produção “correspondiam ao caráter das forças produtivas da China”? Depois de tomar o poder do Estado, começamos imediatamente a confiscar o capital burocrático, a principal parte do capitalismo do país, e a transformá-lo em propriedade do Estado. No caso da indústria e do comércio da burguesia nacional, a política que adotamos de utilizá-los, restringí-los e transformá-los jamais implicou em que o capitalismo “correspondesse ao caráter das forças produtivas da China”. Ao contrário, mostrou que o capitalismo não correspondia ao caráter das forças produtivas e que era necessário transformá-lo passo a passo em propriedade socialista do Estado. De fato, era inevitável que o reacionário afã de lucros da burguesia e as maiores contradições entre o capitalismo e o socialismo entravassem fortemente a expansão das forças produtivas socialistas. Todavia se recorda do frenético ataque que a burguesia, com o apoio de Liu Shao-chi e cia, lançou contra o proletariado pouco depois da fundação da República Popular da China, por meio dos cinco males de subornar funcionários do governo, evadir impostos, roubar propriedade do Estado, falsificar contratos do governo e roubar informações econômicas de fontes governamentais com vistas à especulação privada, que minaram seriamente a produção agrícola e industrial do país. Ante tudo isso, como é possível dizer que as relações capitalistas de produção “correspondem ao caráter das forças produtivas da China”?

A economia individual, segundo a descrição do Presidente Mao, era dispersa e atrasada e diferia pouco da dos tempos antigos. Está certo que nossa reforma agrária rompeu as travas do sistema feudal de exploração e libertou as forças produtivas na agricultura do país, mas a economia individual proporcionava poucos meios para sua expansão. Os cereais e matérias primas que gerava para o mercado a produção individual e a dos camponeses haviam ficado pequenos, em uma medida sempre maior, em relação às crescentes necessidades da população e da industrialização socialista. E mais, a economia individual é instável e engendra o capitalismo a cada dia e a cada hora. Em tal caso, é possível que a economia individual “corresponda ao caráter das forças produtivas da China”?

O argumento de Yang Sien-chen, “corresponder ao caráter das forças produtivas da China”, se reduzia ao seguinte: por causa de suas forças produtivas atrasadas, a China estava condenada a desenvolver somente o capitalismo e a construir uma base econômica capitalista; não deveria nem poderia levar a revolução socialista a cabo nem construir uma base econômica socialista. Deveria estabelecer uma ditadura da burguesia a serviço da base econômica capitalista; não deveria nem poderia instaurar uma ditadura do proletariado. Esta é a “teoria das forças produtivas”, reacionária de cabo a rabo.

A “teoria das forças produtivas” é uma corrente revisionista internacional que adula a espontaneidade. Exagera absurdamente o papel decisivo das forças produtivas, que se reduzem aos meios de produção + a técnica. Nega por completo o fator do ser humano e o efeito da revolução sobre o desenvolvimento da produção, das relações de produção sobre as forças produtivas e da superestrutura sobre a base econômica. Segundo tal falácia, o desenvolvimento da sociedade seria somente o resultado natural do desenvolvimento das forças produtivas, que quando as forças produtivas se desenvolvem altamente, automaticamente apareceria uma nova sociedade, que quando as forças produtivas não tivessem ainda se desenvolvido altamente seria fútil que o proletariado realizasse com consciência a revolução socialista. Esta falácia de substituir a dialética revolucionária pelo evolucionismo vulgar se opõe à revolução proletária e à ditadura do proletariado. É puro idealismo histórico.

O Presidente Mao destaca:

“É verdade que as forças produtivas, a prática e a base econômica desempenham, por regra geral, o papel principal e decisivo; quem negar isso não é materialista. Mas é preciso admitir também que, sob certas condições, as relações de produção, a teoria e a superestrutura desempenham, por sua vez, o papel principal e decisivo” (Sobre a contradição).

Esta tese científica muito importante, que enriquece e desenvolve os princípios básicos do materialismo dialético e do materialismo histórico, assinala claramente que em um período de transformação revolucionária as relações de produção e a superestrutura podem desempenhar o papel principal e decisivo com relação às forças produtivas e a base econômica. A revolução significa libertar as forças produtivas e promover seu crescimento. A história mostra que cada revolução em certa medida é produto do desenvolvimento das forças produtivas, mas isso não necessariamente quer dizer que a transformação das relações de produção atrasadas deva anteceder o pleno desenvolvimento das forças produtivas. Pelo contrário, é preciso primeiro criar opinião pública, tomar o poder do Estado e logo resolver o problema da propriedade, depois do qual será preciso resolver o problema de impulsionar o grande desenvolvimento das forças produtivas. Assim é a lei geral da revolução. De acordo com as falácias de Liu Shao-chi, Yang Sien-chen e cia, se ao invés de transformar as relações de produção atrasadas depois da tomada do poder de Estado, fosse permitido que o capitalismo crescesse sem freio com a esperança de desenvolver as forças produtivas, a China teria se transformado em uma colônia do imperialismo e do social-imperialismo e não haveria absolutamente nenhum socialismo.

A “teoria das forças produtivas” apregoada por Liu Shao-chi, Yang Sien-chen e seus comparsas não tem nada de novo, pois é o mesmo disparate revisionista da II Internacional que há muito tempo desacreditou profundamente.

Lenin refutou a revisionista “teoria das forças produtivas” desmascarando os traços dos renegados Bernstein, Kautsky e cia. No artigo “Nossa revolução”, destacou que todos os “heróis” da II Internacional cantavam em mil tons distintos que o “desenvolvimento das forças produtivas na Rússia não alcançou o nível que possibilite o socialismo”. Repudiou esse disparate dizendo:

“Dizem que é necessário ter civilização para construir o socialismo. Muito bem. Mas, por que não podemos criar primeiro as bases prévias para a civilização em nosso país, por exemplo, expulsar os latifundiários e os capitalistas russos, e logo começar a dar passos para o socialismo? Onde, em quais livros, leram que não é permitido ou que não são possíveis tais variações do acostumado curso dos acontecimentos da história?” (Obras completas, tomo 33).

Lenin, sem misericórdia, arrancou a máscara marxista destes “herois” com as seguintes palavras:

“eles se dizem marxistas, mas sua concepção do marxismo é incrivelmente pedante”; “temem apartar-se da burguesia, sem falar de romper com ela, e ainda encobrem sua covardia com a retórica e fanfarroneria mais descabidas” (ibíd.).

E não é que cada palavra, cada frase de Lenin remove a chaga mais purulenta dos falsificadores pseudo-marxistas tais como Liu Shao-chi e Yang Sien-chen? Para se opor à revolução socialista na propriedade dos meios de produção, estes falsificadores também cantavam em mil tons acerca de sua falácia de que “por causa de suas forças produtivas atrasadas, a China não pode avançar para o socialismo”.

Refutação da falácia da “contradição entre o sistema socialista avançado e as forças produtivas sociais atrasadas”

Em maio de 1956, quando a China havia realizado no fundamental a transformação socialista da propriedade dos meios de produção e a teoria da “base econômica sintetizada” havia sido arrebentada, Liu Shao-chi consolou e alentou pessoalmente Yang Sien-chen, dizendo: “Você tem razão”. Agregou que o capitalismo privado “faz parte da base”, “mas não é necessário falar desse problema” (Que coisa! Se Yang tivesse razão, por que não deveria falar disso?

Em pouco tempo a verdade veio à tona: “já não é necessário falar desse problema” era um disfarce; na verdade, o que se tinha a fazer era montar um febril contra-ataque. Como a “teoria da base econômica sintetizada” havia sido arrebentada, Liu Shao-chi, em colaboração com Chen Po-ta, mudou de tática e disse que a principal contradição interna da China era “a existente entre o sistema socialista avançado e as forças produtivas sociais atrasadas”, disparate que meteram de contrabando na resolução do VIII Congresso Nacional do Partido Comunista da China. Esta chamada “contradição” não era senão outra manifestação da reacionária “teoria das forças produtivas” em novas circunstâncias. A falácia da “base econômica sintetizada” e a invenção dessa “contradição” se assemelhavam a duas cabaças venenosas da mesma planta. Antes da transformação socialista, lançaram mão de tudo que tinham a seu alcance para proteger as relações capitalistas de produção sob o pretexto de que a China tinha um baixo nível de produção. Depois da transformação socialista, sob o mesmo pretexto, conspiraram de maneira insidiosa contra o sistema socialista e contra a continuação da revolução sob a ditadura do proletariado.

Como pode existir algo como uma contradição entre um sistema social avançado e umas forças produtivas atrasadas? O marxismo nos ensina que as forças produtivas, sobretudo os trabalhadores, constituem o fator mais ativo e revolucionário em qualquer modo de produção, que o desenvolvimento da sociedade invariavelmente parte do crescimento das forças produtivas. Quando as forças produtivas ultrapassam as relações de produção, há uma situação em que as relações de produção já não correspondem às forças produtivas, a superestrutura já não corresponde às relações de produção e já é necessário mudar as relações de produção e a superestrutura para que lhes correspondam. Ao dizer que a superestrutura corresponde às relações de produção e as relações de produção correspondem às forças produtivas, ou ao dizer que há um equilíbrio entre os dois aspectos respectivamente, falamos somente no sentido relativo. O que é absoluto é que as forças produtivas seguem avançando e por conseguinte sempre haverá desequilíbrio e sempre haverá contradição.

Ao analisar as contradições básicas da sociedade chinesa, o Presidente Mao destacou:

“já foram criadas as relações de produção socialistas e elas estão em consonância com o desenvolvimento das forças produtivas; mas, ao mesmo tempo, estão longe de ser perfeitas, e esta imperfeição se acha em contradição com o desenvolvimento das forças produtivas. Esta fenômeno de consonância e contradição simultâneas, além de se dar entre as relações de produção e o desenvolvimento das forças produtivas, se apresenta também entre a superestrutura e a base econômica” (Sobre o tratamento correto das contradições no seio do povo).

Sem dúvida alguma, as relações socialistas de produção da China são avançadas; se adequam mais ao desenvolvimento das forças produtivas que as antigas relações de produção e facilitam o desenvolvimento das forças produtivas a uma velocidade sem par na velha sociedade, de modo que a produção possa se expandir constantemente para satisfazer passo a passo as necessidades cada dia maiores das massas.

Como sabemos, ainda existem contradições entre nossas relações socialistas e as forças produtivas e entre a superestrutura e a base econômica. Estas contradições se manifestam inevitavelmente na luta entre as duas classes, entre os dois caminhos e entre as duas linhas. Existem porque, de um lado, ainda existe a burguesia e, do outro lado, o sistema socialista tem que passar por um processo contínuo de construir e consolidar. Por isso é que, precisamente na sociedade socialista, o desenvolvimento das forças produtivas também se adianta às relações de produção. Portanto, não existe a “contradição entre o sistema socialista avançado e as forças produtivas sociais atrasadas”.

Não se pode senão perguntar: Por quê é que Liu Shao-chi e os demais falsificadores confeccionaram esta chamada “contradição” que não tem fundamento teórico e de fato não existe e a declaram a principal contradição interna da China?

Inventaram esta “contradição principal” para criar uma “base” para sua falácia da “extinção da luta de classes” com o objetivo de negar a tese científica marxista-leninista do Presidente Mao de que a principal contradição interna da China é “a contradição entre a classe operária e a burguesia”, negar a existência das contradições, classes e luta de classes na sociedade socialista, opor-se à continuação da revolução sob a ditadura do proletariado, derrotar a ditadura do proletariado e restaurar o capitalismo.

O Presidente Mao desnudou de maneira oportuna e arrebentou completamente as reacionárias falácias destes falsificadores. Em 1957, no brilhante ensaio Sobre o tratamento correto das contradições no seio do povo, analisou cientificamente as contradições de classe e a luta de classes na sociedade socialista e sentou as bases teóricas para continuar a revolução sob a ditadura do proletariado. De novo, na X Sessão Plenária do VIII Comitê Central do Partido celebrada em setembro de 1962, o Presidente Mao desmascarou o complô de Liu Shao-chi e cia para restaurar o capitalismo.

Não obstante, estes renegados não deixaram e “nunca deixarão de lado seus cutelos de carniceiro, nem se converterão jamais em Budas”.Durante a Grande Revolução Cultural Proletária, quando estavam num beco sem saída e lutavam contra seu fim, o renegado e traidor Lin Piao, de mãos dadas com Chen Po-ta, brandiu a andrajosa bandeira da “teoria das forças produtivas” e vomitou o disparate de que a tarefa principal depois do IX Congresso Nacional do Partido era desenvolver a produção, etc. desesperados, lutaram contra a política do Presidente Mao de “empenhar-se na revolução e promover a produção” e se opuseram à continuação da revolução sob a ditadura do proletariado. De fato, o que apregoaram era uma versão remoçada em novas condições do disparate da “contradição entre o sistema socialista avançado e as forças produtivas sociais atrasadas”.

Mas, a dialética da história é implacável. Por mais duro que Liu Shao-chi e outros falsificadores lutaram e recorreram a sofismas, a tempestade desta Grande Revolução Cultural por fim os varreu um depois do outro, para a lixeira da história.


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Luta transcendental em torno da questão da identidade entre o pensar e o ser

Na frente filosófica da China, Yang Sien-chen, agente de Liu Shao-chi nos círculos filosóficos, provocou durante um tempo uma séria luta sobre a questão da identidade entre o pensar e o ser. Seguindo as mudanças na situação da luta de classes nacional e internacional, esta luta teve altos e baixos em três ocasiões e durou de 8 a 9 anos, entre o final de 1955 e 1964. Com a intenção de encobrir a essência da luta Yang Sien-chen e cia difundiram toda sorte de mentiras, afirmando que era uma “controvérsia acadêmica que não tem nada a ver com a política” e que eles pertenciam a uma “escola ideológica” dedicada a explorações acadêmicas”, etc.

Isso era a verdade? Não, absolutamente.

Ao propor a “teoria da falta de identidade entre o pensar e o ser”, Yang Sien-chen tinha por objetivo opor-se a colocar o pensamento Mao Tsetung no comando, combater o movimento revolucionário de massas e proporcionar fundamentos “teóricos” para a linha revisionista contrarrevolucionária de Liu Shao-chi encaminhada a subverter a ditadura do proletariado e restaurar o capitalismo.

A suposta “controvérsia acadêmica que não tem nada a ver com a política” é, na realidade, uma manifestação da dura luta entre as duas classes, os dois caminhos e as duas linhas.

De fato, a “escola ideológia” dedicada a “explorações acadêmicas” era conformada por um punhado de contrarrevolucionários que cometiam numerosos crimes amparados pelo quartel general burguês de Liu Shao-chi.

I

A teoria marxista do conhecimento sempre afirma a identidade entre o pensar e o ser, afirma que, opostos entre si, o pensar e o ser se interrelacionam e transformam mutuamente sob certas condições. Marx destacou em termos explícitos:

“O pensar e o ser são, desta maneira, sem dúvida alguma, diferentes, mas, ao mesmo tempo, existem reciprocamente em uma unidade” (Manuscritos econômico-filosóficos de 1844).

Lenin disse por sua vez:

“Não só a transição da matéria à consciência é dialética, como também a transição da sensação ao pensamento, etc.” (Resumo do livro de Hegel “Lições de história da filosofia”). “O pensamento da transformação do ideal no real é um pensamento profundo: muito importante para a história” (Resumo do livros de Hegel “Ciência da lógica”).

O Presidente Mao herdou, defendeu e desenvolveu a teoria materialista dialética do reflexo. De forma penetrante expôs a lei do desenvolvimento do conhecimento humano pontuando:

“praticar, conhecer, praticar outra vez e conhecer de novo. Esta forma se repete em ciclos infinitos e, a cada ciclo, o conteúdo da prática e do conhecimento se eleva a um nível mais alto. Esta é, em seu conjunto, a teoria materialista dialética do conhecimento, e esta é a teoria materialista dialética da unidade entre o saber e o fazer” (Sobre a prática).

A teoria materialista dialética do conhecimento é uma teoria ativa e revolucionária do reflexo. Não só reconhece que o ser é o primeiro e o pensar o secundário e o pensar é um reflexo do ser, senão que, cientificamente, elucida a importância primordial da prática social para o conhecimento e destaca o grande papel da teoria revolucionária na transformação ativa do mundo. É a afiada arma do proletariado para conhecer e transformar o mundo e constitui a base teórica para colocar o pensamento Mao Tsetung no comando e desatar um amplo movimento revolucionário de massas em todo o nosso trabalho.

Em cada conjuntura crucial da revolução e construção socialistas da China, Yang Sien-chen saiu com sua reacionária “teoria da falta de identidade entre o pensar e o ser” para enfrentar a ativa e revolucionária teoria do reflexo, e o fantástico pensamento de Mao Tsetung para comandar o movimento revolucionário de massas.

O Presidente Mao tornou pública em 1955 sua grande obra Sobre o problema da cooperativização agrícola, criticando a fundo a linha oportunista de direita de Liu Shao-chi e seus comparsas que dissolveu muitas cooperativas. Isto logo desatou um auge da revolução socialista da China. Foi neste momento que Yang Sien-chen propôs a “teoria da falta de identidade entre o pensar e o ser” e atacou essa identidade qualificando-a de “idealista”, em uma estéril tentativa de opor resistência à poderosa torrente da revolução socialista.

Em 1958, o Presidente Mao formulou a linha geral de tensionar todas as forças e pugnar por marchar sempre adiante para construir o socialismo segundo a norma de quantidade, qualidade, rapidez e economia. Fez o chamamento a eliminar os fetiches e superstições, emancipar a mente e desenvolver o estilo comunista de atrever-se a pensar, a falar e a atuar. Destacou uma e outra vez que em todo nosso trabalho se deve por persistentemente a política no comando e desdobrar o movimento de massas. A teoria e a linha revolucionárias do Presidente Mao mobilizaram em alto grau o entusiasmo revolucionário e a faculdade criadora das massas populares. Surgiu em todo o país um grande salto adiante e nas zonas rurais se estabeleceram geralmente as comunas populares. A grande vitória do pensamento Mao Tsetung provocou a raivosa resistência dos inimigos de classe de dentro e de fora do país. Queimando os miolos, Yang Sien-chen, em seus esforços por satisfazer suas necessidades, sistematizou sua “teoria da falta de identidade entre o pensar e o ser” e preparou um artigo reacionário intitulado “breve exposição sobre as duas categorias de identidade”, opondo-se à teoria marxista do conhecimento e tratando de negar radicalmente a linha geral, o grande salto adiante e a comuna popular.

A lei da unidade dos contrários é a lei fundamental do universo, que se aplica a tudo, inclusive, desde já, à relação entre o pensar e o ser. Não obstante, Yang Sien-chen confeccionou a falácia de que a “identidade entre o pensar e o ser” e a identidade dialética” pertencem a “duas categorias diferentes” que, “ainda que iguais em palavra, são diferentes de significado”. Se opôs abertamente a aplicar a dialética revolucionária à teoria do conhecimento.

A teoria ativa e revolucionária do reflexo não só sustenta que o pensar é o reflexo do ser, senão que é a reação do pensar sobre o ser. Assim, sustenta firmemente que existe identidade entre o pensar e o ser. Ao contrário, Yang Sien-chen tratou de opor a identidade entre o pensar e o ser à teoria do reflexo, afirmando que no problema da relação entre o pensar e o ser, o “materialismo utiliza a teoria do reflexo para resolvê-lo e o idealismo o resolve mediante a identidade”. Ao negar a identidade entre o pensar e o ser, negou por completo o grande papel da teoria revolucionária e o papel ativo e consciente das massas e deformou a teoria ativa e revolucionária do reflexo na teoria mecânica do reflexo.

A concepção materialista dialética da identidade entre o pensar e o ser afirma que estes se interrelacionam e que podem se transformar um no outro a partir da prática. Mas Yang Sien-chen deformou o propósito da teoria da identidade entre o pensar e o ser no disparate idealista de que o pensar e o ser são a mesma coisa e que reconhecer a identidade entre o pensar e o ser significa dizer que “ser é pensar e pensar é ser”. Atacou desenfreadamente como “tema idealista” a ideia de que existe identidade entre o pensar e o ser.

Com o propósito de defender seu absurdo reacionário, Yang Sien-chen tergiversou as ideias de Engels tirando, vilmente, partido de uma falha na pontuação da edição chinesa de 1957 do livro Ludwig Feuerbach e o fim da filosofia clássica alemã. Engels disse:

“Mas o problema da relação entre o pensar e o ser encerra, ademais, outro aspecto, a saber: que relação guardam nossos pensamentos acerca do mundo que nos rodeia com este mesmo mundo? Nosso pensamento é capaz de conhecer o mundo real; podemos, em nossas ideias e conceitos acerca do mundo real, formar uma imagem reflexa exata da realidade? Na linguagem filosófica, esta pergunta é conhecida pelo nome de problema da identidade entre o pensar e o ser, e é respondida afirmativamente pela grande maioria dos filósofos”.

Equivocadamente a edição chinesa de 1957 dividiu a última frase em duas, pondo um ponto depois de “esta pregunta é conhecida pelo nome de problema da identidade entre o pensar e o ser”. Yang Sien-chen e sua pandilha arguiram com sofismas que, segundo Engels, “o que foi resolvido pela grande maioria dos filósofos” não era o “problema da identidade entre o pensar e o ser”. De fato, a ideia de Engels fica clara no contexto, inclusive com essa pontuação errônea, pois destacou inequivocamente que a grande maioria dos filósofos afirmavam a identidade entre o pensar e o ser.

Em seu livro Materialismo e empiriocriticismo, Lenin criticava cabalmente a teoria machista de colocar o pensar e o ser num mesmo plano, ou seja, as reacionárias falácias idealistas subjetivas propugnadas por Ernst Mach e cia de que “as coisas são complexos das sensações” e “o ser social e a consciência social são idênticos”. Tomando intencionalmente por uma e a mesma a identidade entre o pensar e o ser e a falácia machista de que o pensar e o ser são idênticos, Yang Sien-chen disse de maneira arbitrária que Materialismo e empiriocriticismo de Lenin “critica desde o princípio até o fim a identidade entre o pensar e o ser”. E mais, com o objetivo de atacar a teoria ativa e revolucionária do reflexo, foi tão frenético que deformou os fatos fazendo caso omisso da lógica e desnaturalizou a tradução sem reparar nos meios.

E, outubro de 1958, Yang Sien-chen tentou dar publicidade a seu reacionário artigo “Breve exposição sobre as duas categorias de ‘identidade”, a fim de se opor abertamente ao pensamento Mao Tsetung. O quartel general proletário encabeçado pelo Presidente Mao se deu conta disso e, de imediato, por a descoberto que a reacionária essência da “teoria da falta de identidade entre o pensar e o ser” reside na negação da universalidade da lei da unidade dos contrários e que era dualismo caracterizado pela separação do pensar e do ser. O quartel general proletário destacou solenemente que todos os aqueles absurdos reacionários se opõem ao marxismo-leninismo-pensamento Mao Tsetung. Desta forma, a maquinação de Yang Sien-chen foi frustrada.

Mesmo assim, Yang Sien-chen não deixou de intrigar e desencadeou um furioso ataque. Com o respaldo dos revisionistas contemporâneos, um bando de elementos anti-partido encabeçados por Peng Te-huai apresentaram, em 1959, um sinistro programa contrarrevolucionário dos pés à cabeça, com o fim de derrubar a correta direção do Comitê Central do Partido encabeçado pelo Presidente Mao. Na primeira metade do mesmo ano, Yang Sien-chen correu por todas as partes fomentando atividades obscuras e propalando ideias peçonhentas para abrir caminho ao complô desse bando tendente a usurpar a direção do Partido. Imitando o tom de seu amo Kruschov, atacou nosso Partido e sistema socialista e combateu o pensamento Mao Tsetung.

A VIII Sessão Plenária do VIII Comitê Central do Partido, celebrada em agosto de 1959, destroçou o estratagema dos elementos anti-partido e assentou um golpe frontal em Yang Sien-chen. Este, ao invés de se refrear, intensificou sua oposição à teoria da identidade entre o pensar e o ser. Juntando um grupo de pessoas, levou a cabo muitas atividades com motivos ocultos sob o rótulo de “explorações acadêmicas”. Finalmente, em outubro de 1959, seus sequazes publicaram a versão revisada do reacionário artigo “Breve exposição sobre as duas categorias de ‘identidade”, provocando assim uma luta aberta em torno da questão da identidade entre o pensar e o ser em oposição à VIII Sessão Plenária do VIII Comitê Central do Partido e tratando de revogar o correto veredito sobre o bando de elementos antipartido.

O quartel general proletário encabeçado pelo Presidente Mao desnudou os crimes contrarrevolucionários de Yang Sien-chen e dirigiu a crítica que se fazia a ele; a imprensa também publicou artigos de crítica à “teoria da falta de identidade entre o pensar e o ser”, lançando um contra-ataque a ele e seus semelhantes.

II

Em 1961 e 1962, aproveitando as dificuldades econômicas temporárias da China, em coordenação com o coro anti-chinês no exterior, o quartel general burguês de Liu Shao-chi se entregou extensamente à restauração do capitalismo dentro do país. Em tais circunstâncias, Yang Sien-chen saiu outra vez a provocar uma luta aberta acerca da questão da identidade entre o pensar e o ser.

Yang Sien-chen efetuou durante longo tempo a maquinação e preparação para esta luta aberta. Na primeira metade de 1961, recolheu materiais em diversos lugares, atacou escrupulosamente a linha geral, o grande salto adiante e a comuna popular, desatou com energia o vento de cultivar a terra individualmente, incitou a revogar as corretas decisões tomadas com respeito aos oportunistas e direita e, sob pretexto de “resumir as experiências históricas e educar os quadros”, pronunciou um informe depois do outro, criando febrilmente uma opinião pública contrarrevolucionária.

Vejamos como se propôs “resumir as experiências históricas e educar os quadros”.

Yang Sien-chen negou por completo a necessidade de um processo para o conhecimento das coisas objetivas pelo homem. A seus olhos, se trata de “idealismo” quando o subjetivo não pode concordar de uma vez com o objetivo. Partindo desse absurdo, ele investiu contra um ponto sem considerar todo o demais, exagerando desmedidamente alguns defeitos passageiros e isolados que eram difíceis de evitar em nosso trabalho prático e tachando-os de “idealistas”. Lançou selvagens arremetidas aos chamados “erros” no grande salto adiante dizendo que foram “causados pela ‘identidade entre o pensar e o ser’”, devido a que “o papel ativo e consciente do homem complica as coisas”, etc. fazendo grandes gestos, fingiu ater-se ao “materialismo”, mas, na realidade, esgrimiu o garrote do idealismo e da metafísica para combater a teoria ativa e revolucionária do reflexo.

O Presidente Mao nos ensina:

“Amiúde só se pode conseguir um conhecimento correto depois de muitas reiterações do processo que conduz da matéria à consciência e da consciência à matéria, ou seja, da prática ao conhecimento e do conhecimento à prática” (De onde provém as ideias corretas?).

O conhecimento do mundo objetivo pelo homem necessita de um processo para realizar o salto do reino da necessidade para o reino da liberdade. Só através de uma prática repetida o homem pode passar da inexperiência à experiência, da ignorância ao conhecimento, e do conhecimento incompleto ao conhecimento relativamente completo. Por causa das limitações de certas condições, é difícil aludir que no processo do conhecimento e da prática surjam alguns defeitos e erros e o subjetivo não concorde inteiramente com o objetivo. Como se pode qualificar isto de “idealista”? Particularmente em um movimento revolucionário de massas tão grande e com a participação de centenas de milhões de seres, como o grande salto adiante e a comuna popular, só no curso de nossa prática podemos adquirir experiência passo a passo, aprofundar paulatinamente nosso conhecimento da essência das coisas e denunciar e resolver as contradições surgidas em nosso avanço. Ao sintetizar nossa experiência, devemos nos guiar pela teoria marxista do conhecimento, afirmar as realizações, superar os defeitos e marchar resoluta e valentemente adiante seguindo a linha revolucionária proletária do Presidente Mao. Fica claríssimo que o que Yang Sien-chen chamava de “resumir as experiências históricas e educar os quadros” não tinha outro objetivo que o de negar radicalmente a linha geral, o grande salto adiante e a comuna popular e semear confusões entre as pessoas, de modo que Liu Shao-chi e cia, representantes da burguesia, usurpassem a direção do Partido e do Estado.

A aberta luta provocada por Yang Sien-chen era todo um complô planejado para revogar as corretas decisões e restaurar o capitalismo. Em uma sinistra reunião realizada em novembro de 1961, Yang Sien-chen se queixou em nome de Peng Te-huai e vociferou que as críticas que foram feitas a ele eram “injustas”. Deu instruções a seus seguidores para que “se expressem em artigos” e eles gritaram que Yang Sien-chen “deve ser reabilitado e, em coordenação com isso, redobraremos nossos esforços por escrever artigos a seu favor”. Inclusive esse punhado de elementos confeccionou um “plano de operações”: alguns deles “escreverão longos artigos para travar uma grande batalha”, outros “escreverão artigos relativamente curtos, mas oportunos para travar uma escaramuça”, outros “escreverão em conexão com os problemas práticos para travar um combate de coordenação”, etc..

Yang Sien-chen e seus sequazes escolheram o momento que consideraram mais favorável para provocar a luta aberta. De 1961 a 1962, aproveitando as dificuldades temporárias da economia nacional, Liu Shao-chi conspirou premeditadamente para subverter a ditadura do proletariado e restaurar o capitalismo e, por outro lado, com o propósito de criar uma ampla opinião pública contrarrevolucionária, reeditou seu sinistro livro sobre o “autocultivo” [Liu Shao-chi, Sobre o autocultivo dos comunistas (Pequim: Edições em línguas estrangeiras, 1981)], que se opunha à prática revolucionária proletária, traía a ditadura do proletariado e preconizava o idealismo. Então, Yang Sien-chen e cia armaram imediatamente grandes escândalos e, sentindo-se seguros e valentes, lançaram sucessivos virulentos ataques e desencadearam assim a segunda luta aberta no problema da identidade entre o pensar e o ser. Yang Sien-chen tirou todos os disfarces, saiu raivosamente à cena e deu plena vazão a seu inveterado ódio ao Partido e ao povo, o que revelou em maior grau a feroz catadura desse renegado.

Nosso inimigos, que são reacionários podres e decadentes e um punhado de estúpidos cegos por suas vorazes ambições, sempre estimam equivocadamente a situação. Quando estavam empenhados em seu selvagem contra-ataque, o quartel general proletário encabeçado pelo Presidente Mao destacou penetrantemente que era necessário criticar Yang Sien-chen e cia, que desde há muito tempo vinham tergiversando deliberadamente as palavras de Engels para apoiar suas próprias falácias reacionárias. Guiado pelo quartel general proletário, Ai Si-chi [O camarada Ai Si-chi era um vice-presidente da antiga Escola Superior do Partido sob o Comitê Central do Partido Comunista da China. Morreu de uma enfermidade em março de 1966] e outros camaradas publicaram artigos denunciando e criticando no teórico e político a “teoria da falta de identidade entre o pensar e o ser”.

Em setembro de 1962, o Presidente Mao transmitiu, na X Sessão Plenária do VIII Comitê Central do Partido o magistral chamamento: “Não esquecer jamais a luta de classes”, e dirigiu a todo o Partido e ao povo em um contra-ataque total aos revisionistas e à burguesia. O quartel general proletário encabeçado pelo Presidente Mao também denunciou e criticou na Sessão os crimes contrarrevolucionários de Yang Sien-chen e seus comparsas.

III

Depois da X Sessão Plenária do VIII Comitê Partido, Yang Sien-chen e cia, ao invés de cessar suas atividades contrarrevolucionárias, recorreram a métodos mais desleais para um forcejo de agonia. Se entregaram a uma série de ardis a fim de provocar uma terceira luta aberta.

Acusando o revisionismo de Kruschov no estrangeiro e o complô de Liu Shao-chi, Yang Sien-chen e seus comparsas de combater a prática revolucionária proletária e restaurar o capitalismo dentro do país, o Presidente Mao escreveu em maio de 1963 o artigo De onde provém as ideias corretas? E outros brilhantes documentos, nos quais critica radicalmente o idealismo e a metafísica burgueses deles e formula a linha política para desatar o movimento de educação socialista nas cidades e no campo. Este artigo, que desenvolve ainda mais a teoria marxista do conhecimento, é uma nova síntese e um novo avanço de dita teoria e um balanço científico da luta em torno da questão da identidade entre o pensar e o ser na frente filosófica.

A grande teoria do Presidente Mao de que “A matéria pode se transformar em consciência e a consciência em matéria” feriu na carne Liu Shao-chi e Yang Sien-chen. Resistiram freneticamente. Liu Shao-chi sacou sua linha reacionária burguesa, “esquerdista” na teoria, mas direitista de fato, para reprimir as massas, proteger os dirigentes seguidores do caminho capitalista e socavar o movimento de educação socialista. Enquanto isso, lutou desenfreadamente contra a teoria marxista do conhecimento e arremeteu abertamente contra o método científico propugnado pelo Presidente Mao para a investigação e o estudo. Opositor tanto da transformação da matéria em consciência como da transformação da consciência em matéria, vociferou: “É idealista considerar que todas as coisas artificiais estão precedidas pelas ideias”. Yang Sien-chen, siguindo Liu Shao-chi, declarou que no referente à transformação da matéria em consciência e da consciência em matéria, ela “não deve se fazer desatinadamente”, “nem se aplicar a torto e a direito”. Fez assim uma insinuação tachando de “idealista” a teoria marxista do conhecimento desenvolvida pelo Presidente Mao.

Insultando peçonhentamente que era “idealista” sustentar a identidade entre o pensar e o ser, Yang Sien-chen lançava vis calúnias e se apresentava como partidário jurado do materialismo. Que sem vergonha! Ao negar a identidade entre o pensar e o ser, Yang Sien-chen estava negando a interrelação e a transformação recíproca entre a matéria e a consciência sobre a base da prática. Abriu entre as duas um abismo insuperável, separando contundentemente a matéria da consciência, a prática do conhecimento, e convertendo-os em coisas não interrelacionadas. Desta forma, negou o fato de que a consciência emana da matéria e o conhecimento da prática. De acordo com essa falácia, a consciência e o conhecimento, como um rio sem fonte e uma árvore sem raízes, seriam inatos na mente ou seriam algo caído do céu. Isto é, de cabo a rabo, o dualismo kantiano e o transcendentalismo do idealismo.

Yang Sien-chen não se cansou de declarar que “o ser é o primeiro e o pensar o secundário”, afetando sustentar o “materialismo”. Mas isso era pura hipocrisia. Os marxistas não só reconhecem o mundo objetivo, senão que, o que é mais importante, transformam ativamente o mundo objetivo conforme suas leis. Não obstante, aos olhos de Yang Sien-chen, o reconhecimento de que “o ser é o primeiro e o pensar o secundário” significa tudo, parece que tudo marchará felizmente se “a realidade objetiva for reconhecida” e, ao fazê-lo, a pessoa “será um materialista consciente”. E mais, “reconhecer a realidade objetiva” significa que se estivesse um prego diante de alguém, se teria que “reconhecer” sua existência mas não fazer nada a respeito. E é possível chamar isso de “materialismo consciente”? Não, em absoluto. Era capitulação “consciente”, uma filosofia renegada de ponta a ponta. Segundo esta prédica, o homem ficaria impotente ante o mundo objetivo e não poderia mais que se deixar levar pela sorte e ser um dócil criado. Nas últimas décadas, precisamente de acordo com este suposto “materialismo”, Liu Shao-chi, Yang Sien-chen e seus semelhantes prostravam uma e outra vez aos pés do inimigo.

Yang Sien-chen falava que “reconhecia a realidade objetiva”, mas, de fato, ele e seu bando de renegados, por sua natureza contrarrevolucionária, fizeram vista grossa e se negaram teimosamente a reconhecer a incomparável superioridade do socialismo, a inesgotável força das massas populares armadas com o pensamento Mao Tsetung e as gigantescas realizações da revolução e construção socialistas de nosso país. Para dizer francamente, o “reconhecimento da realidade objetiva” e coisas do tipo de Yang Sien-chen não eram mais que uma armadilha. O que ele “reconheceu” ou não “reconheceu” partia por completo das necessidades contrarrevolucionárias da burguesia e dependia do favorecimento à restauração do capitalismo. Materialismo de palavra e idealismo de fato. Eis aqui a essência da “teoria da falta de identidade entre o pensar e o ser” apregoada por Yang Sien-chen.

Yang Sien-chen caluniou os que propugnavam a identidade entre o pensar e o ser dizendo que estavam “propagando a teoria de Bernstein” e “brandindo a arma de Bernstein para se opor ao marxismo”. Isto esta cem por cento uma tática enganosa do ladrão que grita: “Alto, ladrão!”. Ao desmascarar o revisionismo de Bernstein, Lenin destacou:

“no campo da filosofia, o revisionismo ia a reboque da ‘ciência’ acadêmica burguesa. Os professores ‘retornavam a Kant’ e o revisionismo se arrastava atrás dos neokantianos” (Marxismo e revisionismo).

Bernstein fez “modificações” na teoria marxista do conhecimento, tergiversou intencionalmente a identidade entre o pensar e o ser qualificando-a de teoria idealista que “põe o pensar e o ser em um mesmo plano”. Disse o disparate de que o materialismo e o idealismo são iguais e que, ainda que partam de diferentes pontos de vista, ambos supõem que o pensar e o ser são idênticos. Por meio desta vil prática, Bernstein negou por completo a identidade entre o pensar e o ser. O que Yang Sien-chen tratou de introduzir de contrabando foi exatamente esta mercadoria de Bernstein. A única diferença entre eles residia em que este declarou franca e abertamente que em princípios apoiava de maneira resoluta o ponto de vista de Kant, enquanto Yang Sien-chen ocultava isso sem se atrever a expô-lo em público. Quem “propagava a teoria de Bernstein” e “brandia a arma de Bernstein para se opor ao marxismo? Não era senão o próprio Yang Sien-chen!

A publicação da obra do Presidente Mao: De onde provém as ideias corretas? fez fracassar o complô de Yang Sien-chen e cia, que desencadearam a terceira luta aberta, mas eles se recusaram a aceitar a derrota. Em março de 1964 publicaram alguns artigos reacionários, apregoando com rodeios a reacionária “teoria da falta de identidade entre o pensar e o ser” e se opondo à grande teoria de que “a matéria pode se transformar em consciência e a consciência em matéria”. Ao mesmo tempo, opuseram a teoria de “integrar dois em um” à dialética revolucionária de que “um se divide em dois” e realizaram forcejos desesperados contra o movimento de educação socialista e contra a luta antirrevisionista.

Assim que a teoria contrarrevolucionária de Yang Sien-chen de “integrar dois em um” apareceu, o quartel general proletário encabeçado pelo Presidente Mao denunciou sua verdadeira essência e dirigiu e desatou uma aberta crítica a Yang Sien-chen. Logo, a vigorosa torrente de massas da Grande Revolução Cultural Proletária varreu completamente Yang Sien-chen e seu sinistro amo Liu Shao-chi, assim como o quartel general burguês, para a lata de lixo da história. Apesar dos muitos complôs urdidos por Liu Shao-chi, Yang Sien-chen e seus comparsas, e por mais desesperada que fosse sua resistência, sua linha revisionista contrarrevolucionária e idealismo e metafísica terminaram em total fracasso.

***

Dando uma olhada retrospectiva na luta em torno do problema da identidade entre o pensar e o ser, podemos ver claramente que as atividades de Yang Sien-chen e cia na relação com esse problema formam parte importante da intriga contrarrevolucionária de Liu Shao-chi destinada a restaurar o capitalismo. A filosofia sempre serve à política. A concepção do mundo de alguém determina o tipo de pensamento filosófico que formula para servir a sua linha política. Em resposta ao chamamento do Partido, devemos estudar com consciência o marxismo-leninismo-pensamento Mao Tsetung e as obras filosóficas do Presidente Mao, elevar nossa consciência sobre a luta entre as duas linhas e perseverar na consolidação da ditadura do proletariado.


A teoria de “integrar dois em um” é uma filosofia reacionária para restaurar o capitalismo

O grande líder Presidente Mao destacou :

“toda coisa se divide em dois”. “A lei da contradição nas coisas, ou seja, a lei da unidade dos contrários, é a lei mais fundamental da dialética materialista” (Sobre a contradição).

Esta tese científica do Presidente Mao, que revela profundamente as leis objetivas das coisas e expõe de forma penetrante a essência da dialética materialista, é uma arma afiada para que o povo chinês leve a cabo os três grandes movimentos revolucionários – a luta de classes, a luta pela produção e a experimentação científica –, consolide a ditadura do proletariado e persevere na continuação da revolução sob esta ditadura.

A extensa e profunda divulgação do magistral conceito de que um se divide em dois entre as massas populares suscitou sumo ódio e temor no punhado de inimigos de classe no país e no mundo. Em 1964, Liu Shao-chi ordenou a Yang Sien-chen, seu agente nos círculos filosóficos, que desatasse uma aguda polêmica sobre a questão de se um se divide em dois ou “integrar dois em um”. O quartel general proletário encabeçado pelo Presidente Mao dirigiu de maneira direta esta importante luta de princípios na frente filosófica da China. Tomando o pensamento Mao Tsetung como arma, os operários, camponeses e soldados, assim como os quadros intelectuais revolucionários, criticaram a reacionária teoria de “integrar dois em um” e a fizeram fracassar ante a dialética revolucionária de que uma se divide em dois.

“Base teórica” da linha revisionista contrarrevolucionária de Liu Shao-chi, a teoria de “integrar dois em um” penetrou nas esferas política, econômica, ideológica, cultural e artística. A fim de liquidar a venenosa influência deixada pela mencionada linha nos diversos terrenos, devemos criticar em maior medida o idealismo e a metafísica burgueses de Liu Shao-chi, Yang Sien-chen e semelhantes falsificadores políticos e criticar a teoria reacionária de “integrar dois em um”.

Uma reação à continuação da revolução sob a ditadura do proletariado

Às ordens de Liu Shao-chi, o renegado Yang Sien-chen, que há tempos se ajoelhara aos pés dos reacionários do Kuomintang, saiu em cada momento crucial da revolução socialista a atacar o Partido na frente filosófica. Se opôs raivosamente à linha revolucionária proletária do Presidente Mao e tentou remodelar nosso Partido e Estado por meio da concepção reacionária de mundo de “integrar dois em um”.

Em 1958, Yang Sien-chen propugnou com motivos ocultos “utilizar a identidade da contradição” e, mediante insinuações, arremeteu contra nosso Partido dizendo que este “só fala da luta entre os contrários e não da unidade dos mesmos”. Seu objetivo foi o de assentar um fundamento filosófico para a teoria de Liu Shao-chi da “extinção da luta de classes” e opor-se à grande obra do Presidente Mao: Sobre o tratamento correto das contradições no seio do povo.

Em estreita coordenação com o coro anti-chinês no exterior, a camarilha renegada de Liu Shao-chi tramou, entre 1961 e 1962, uma restauração contrarrevolucionária de cima a baixo. Enquanto isso, Yang Sien-chen correu de um lado a outro, propalando sua reacionária filosofia e opondo-se com maior fúria ao pensamento filosófico do Presidente Mao. Lançou o disparate de que a unidade dos contrários significa “pontos comuns”. Clamou sem escrúpulos por “integrar em um” o proletariado e a burguesia, o socialismo e o imperialismo, o marxismo e o revisionismo.

O Presidente Mao foi o primeiro a se precaver do perigo dos complôs contrarrevolucionários de Liu Shao-chi e sua camarilha e advertiu uma e outra vez a todo o Partido e o povo que se guardassem do revisionismo. Na X Sessão Plenária do VIII Comitê Central do Partido, celebrada em 1962, planteou, de forma mais completa, a linha básica para nosso Partido durante toda a etapa histórica do socialismo e lançou o grande chamamento de que “não se deve esquecer jamais a luta de classes”. Sob a sábia direção do Presidente Mao, nosso Partido fortaleceu a propaganda e a educação sobre a dialética revolucionária de que um se divide em dois, desatou um amplo movimento de educação socialista, sustentou uma aberta polêmica contra o revisionismo contemporâneo e deu duros golpes nos inimigos de classe de dentro e de fora do país. Mesmo assim, estas advertências e lutas não mudaram nem podiam mudar a natureza contrarrevolucionária de Liu Shao-chi, Yang Sien-chen e cia, que ansiavam restaurar o capitalismo. Yang Sien-chen, antes de mais nada, apregoou abertamente a teoria de “integrar dois em um” na cátedra da antiga Escola Superior do Partido sob o Comitê Central. Ao final de um cuidadoso planejamento, esta filosofia reacionária foi exposta ao público em 1964.

Lenin disse que a luta na filosofia

“expressa, em última instância, a tendências e a ideologia das classes inimigas dentro da sociedade moderna” (Materialismo e empiriocriticismo).

A aparição da teoria de “integrar dois em um” estava destinada, no plano internacional, a satisfazer as necessidades do imperialismo e do social-imperialismo de subverter a grande China socialista e, dentro do país, a satisfazer as necessidades da restauração contrarrevolucionária da burguesia. Essa teoria é uma filosofia a seviço dos esforços de Liu Shao-chi por restaurar o capitalismo e é uma reação à continuação da revolução sob a ditadura do proletariado.

Idealismo e metafísica burgueses dos pés à cabeça

Os oportunistas e revisionistas de todo tipo, com o propósito de lutar contra a filosofia marxista, sempre tentam desesperadamente apagar o limite entre o materialismo e o idealismo, entre a dialética e a metafísica. Ao apregoar a reacionária teoria de “integrar dois em um”, Yang Sien-chen adotou exatamente esta vil tática contrarrevolucionária. Disfarçou de dialética a referida teoria, dizendo o absurdo de que “integrar dois em um” e “um se divide em dois” têm o mesmo significado”. Tentou deliberadamente negar o antagonismo fundamental entre “um se divide em dois” e “integrar dois em um”.

Lenin destacou:

“A divisão de um todo e o conhecimento de suas partes contraditórias é a essência da dialética” (Sobre a dialética).”Em uma palavra, a dialética pode ser definida como a doutrina da unidade dos contrários. Isto encarna a essência da dialética, mas exige explicações e desenvolvimento” (Resumo do livro de Hegel “Ciência da lógica”).

Em Sobre a contradição, Sobre o tratamento correto das contradições no seio do povo e suas demais importantes obras filosóficas, o Presidente Mao desenvolve ainda mais este magistral conceito de Lenin. O Presidente Mao disse.

“A lei da unidade dos contrários é a lei fundamental do universo. Esta lei tem validade universal, tanto na natureza e na sociedade humana, como no pensamento humano. Os contrários em uma contradição formam uma unidade enquanto lutam entre si, o que impulsiona o movimento e a mudança nas coisas” (Sobre o tratamento correto das contradições no seio do povo).

O conceito formulado pelo Presidente Mao de que um se divide em dois sintetiza de modo profundo e conciso a lei da unidade dos contrários e encarna a essência da dialética materialista.

De acordo com o conceito de que um se divide em dois, toda coisa encerra contradições. Os dois aspectos de uma contradição dependem um do outro e lutam entre si, e isto determina a vida de todas as coisas. A natureza, a sociedade e o pensamento humano estão cheios de contradições e lutas e não existe o “integrar dois em um”. Sem contradição não haveria a natureza, nem a sociedade, nem o pensamento humano, nem tampouco o mundo. As contradições se encontram em todos os processos, percorrendo desde o começo até o fim e impulsionam o desenvolvimento das coisas. A constante aparição e solução das contradições são a lei universal deste desenvolvimento.

Ao aplicar à sociedade socialista o conceito de que “um se divide em dois”, devemos saber que em toda a etapa histórica do socialismo existem classes, as contradições de classe e a luta de classes, existe a luta entre o caminho socialista e o capitalista, existe o perigo da restauração capitalista e existe a ameaça da subversão e agressão por parte do imperialismo e do social-imperialismo. Para resolver estas contradições é necessário fortalecer a ditadura do proletariado e perseverar na continuação da revolução sob dita ditadura. Inclusive uma sociedade comunista terá contradições e estará repleta de lutas entre o novo e o velho, entre o avançado e o atrasado, entre o correto e o errôneo. O Presidente Mao destacou:

“Onde quer que vivam grupos de pessoas – ou seja, exceto os desertos desabitados – se dividem invariavelmente em esquerda, centro e direita. Em dez mil anos seguirá existindo esta situação”.

Só quem persiste neste conceito e o aplica para guiar a prática revolucionária é consequente materialista dialético. Negar o conceito de que um se divide em dois significa negar a universalidade das contradições, significa abjurar da dialética materialista e conduz inevitavelmente à traição, no político, da revolução proletária e da ditadura do proletariado.

O elemento essencial da teoria de “integrar dois em um” consiste em fundir as contradições, liquidar a luta, combater a revolução e fazer com que o proletariado seja “integrado” à burguesia, o marxismo ao revisionismo e o socialismo ao imperialismo e ao social-imperialismo. Esta concepção idealista e metafísica burguesa do mundo, reacionária até a medula, se opõe diametralmente à concepção do mundo de que um se divide em dois.

Refutação da teoria das “necessidades comuns”

Yang Sien-chen falava loquazmente que a identidade de uma contradição significa “pontos comuns” e “coisas comuns”. Deformando a tese de Lenin sobre a identidade da contradição, expressou que a “identidade na esfera da dialética” é “buscar as necessidades comuns”.

Vejamos o que o grande Lenin escreveu sobre essa matéria:

“A dialética é a teoria de como os contrários podem e costumam ser (ou devêm) idênticos; em que condições são idênticos ao converter-se uns nos outros, e por que o entendimento humano não deve considerar estes contrários como mortos, petrificados, mas como vivos, condicionados, móveis e que se convertem uns nos outros” (Resumo do livro de Hegel “Ciência da lógica”).

Lenin estava falando da identidade da contradição. Não se vê aqui nem rastro de “pontos comuns” ou de “necessidades comuns”. A afirmação absurda de Yang Sien-chen de que Lenin queria dizer “necessidades comuns” ao se referir à identidade da contradição é pura mentira e calúnia.

Em Sobre a contradição, o presidente Mao explica profundamente o conceito de Lenin a respeito da identidade da contradição. Destaca com nitidez:

“todos os contrários estão interconectados; não só coexistem em um todo único sob determinadas condições, senão que, também sob determinadas condições, se transformam um no outro; este é o significado íntegro da identidade dos contrários”.

O ensinamento do Presidente Mao nos diz claramente que o primeiro sentido da identidade da contradição se estriba em que os dois aspectos contraditórios dependem um do outro em condições determinadas. No período da revolução de nova democracia da China, por exemplo, os dois aspectos contrários, as massas populares por um lado e o imperialismo, o feudalismo e o capitalismo burocrático por outro, assim como o proletariado e a burguesia, não existiram isolados um do outro; cada aspecto teve o outro como a condição de sua existência e os dois coexistiram em um todo único. Devemos interpretar só desta maneira o primeiro sentido da identidade da contradição e jamais devemos admitir que Yang Sien-chen o distorça, qualificando-o de “necessidades comuns”. Acaso havia algumas “necessidades comuns” na interdependência entre as massas populares oprimidas, por um lado, e o imperialismo, o feudalismo e o capitalismo burocrático, por outro? Claro que não. Mesmo quando a burguesia nacional, em dado período, participou na frente única da revolução nacional e democrática e teve com o proletariado certas necessidade comuns antiimperialistas e antifeudais, isto não foi em absoluto a identidade da contradição entre o proletariado e a burguesia. Quando falamos de tais necessidades comuns, tomamos o proletariado, o campesinato, a pequena burguesia e a burguesia nacional como um aspecto da contradição, em contraposição ao outro aspecto que são os três inimigos: o imperialismo, o feudalismo e o capitalismo burocrático. No que diz respeito ao proletariado e à burguesia como os dois aspectos contrários de uma contradição, sua relação é a do explorado com o explorador e as necessidades de um se opõem de maneira fundamental às do outro

O presidente Mao destaca ainda que a questão não se limita à interdependência dos dois aspectos contraditórios, e que, o que é mais importante, cada um deles se transforma em seu contrário sob certas condições determinadas, mudando sua posição com o outro. Eis aqui o segundo sentido da identidade da contradição. Nosso Partido dirigiu o povo chinês em vários decênios de heróica luta. Isto tinha precisamente por objetivo criar condições para promover a transformação das coisas e alcançar a meta da revolução. Por exemplo, depois da revolução de nova democracia, as massas populares, longamente exploradas e oprimidas, se transformaram em donas do país e o imperialismo, o feudalismo e o capitalismo burocrático, ou seja, os três inimigos que as oprimiam e exploravam, foram derrotados definitivamente. Logo da revolução socialista na propriedade dos meios de produção, as massas trabalhadoras transformaram a propriedade individual na agricultura e manufatura na propriedade coletiva socialista, e a propriedade capitalista na indústria e comércio em propriedade socialista de todo o povo. Yang Sien-chen recurreu a todos os meios concebíveis para se opor a estas transformações revolucionárias. Para dizer claramente, sua teoria reacionária das “necessidades comuns” tenta fazer com que o proletariado e o resto do povo trabalhador permaneçam para sempre na miserável situação de explorados e escravizados, deixando que o imperialismo, os latifundiários e a burguesia cavalguem eternamente sobre suas costas.

Partindo da reacionária teoria das “necessidades comuns” Yang Sien-chen fez hora extra para negar o antagonismo básico entre as duas linhas no Partido Comunista da China. Argumentou que ambas linhas no Partido estavam “a favor do socialismo” e que por isso não havia nenhuma luta entre os dois caminhos.

O Presidente Mao destacou de forma profunda:

“Os revisionistas apagam o que distingue o socialismo do capitalismo, a ditadura do proletariado da ditadura burguesa. De fato, não preconizam a linha socialista, mas a capitalista” (Discurso ante a Conferência Nacional do Partido Comunista da China sobre o Trabalho de Propaganda).

Esta tese científica do Presidente Mao desnudou os traços contrarrevolucionários de Liu Shao-chi, Yang Sien-chen e seus comparsas e golpeou a essência de sua chamada teoria das “necessidades comuns”.

Refutação da teoria da “inseparabilidade”

Yang Sien-chen predicava sem cessar que os aspectos contrários são “vínculos inseparáveis”. Disse o absurdo de que estudar dialética significa “aprender como vincular as duas ideologias contrárias”. Esta é uma porca tentativa de desnaturalizar a dialética materialista.

A dialética materialista sustenta que a natureza de uma coisa é a qualidade de contraditório em seu interior e sua separabilidade. Engels destacou:

“A dialética provou, dos resultados de nossa experiência da natureza no passado, que todos os contrários polares são determinados, em geral, pela ação mútua dos dois polos contrários entre si, que a separação e oposição destes polos só existem em sua mútua conexão e união, e que, ao contrário, sua união só existe em sua separação, e sua mútua conexão, só em sua oposição” (Dialética da natureza).

Isto quer dizer que não se pode falar dos vínculos entre os dois aspectos contrários prescindindo de sua luta e separabilidade. A luta dos aspectos contrários conduz inevitavelmente ao rompimento de sua interconexão, à desintegração de um todo e à mudança da natureza de uma coisa. Portanto, a interconexão entre os aspectos contrários é condicional e relativa, enquanto que sua separabilidade é incondicional e absoluta.

Como destaca o Presidente Mao:

“Na sociedade humana, assim como na natureza, cada entidade invariavelmente se divide em suas diferentes partes; só há diferenças no conteúdo e na forma sob condições concretas diversas” (Discurso ante a Conferência Nacional do Partido Comunista da China sobre o Trabalho de Propaganda).

Não há nada indivisível no mundo. O desenvolvimento das coisas objetivas desmentiu uma e outra vez a podre ideia metafisica de que uma coisa não pode ser dividida. Não surgiram diversas velhas e novas frações revisionistas antimarxistas no curso do desenvolvimento do movimento comunista internacional? No curso do desenvolvimento de nosso Partido apareceram, da mesma forma, as linhas oportunistas de “esquerda” e de direita dos renegados Chen Tu-siu e Wang Ming e a linha revisionista contrarrevolucionária de Liu Shao-chi. A linha revolucionária proletária do Presidente Mao logrou grandes vitórias precisamente na luta contra essas linhas errôneas. Por conseguinte, a “divisão” revolucionária não é uma coisa má, mas boa. Acelera a elevação da consciência ideológica das pessoas e a unidade do povo revolucionário, e fomenta o desenvolvimento da causa revolucionária proletária e o avanço da sociedade. Yang Sien-chen não disse nem uma só palavra sobre a luta entre os contrários nem da transformação de um no outro, negou por inteiro a divisibilidade de uma coisa e descreveu como “vínculos inseparáveis” a interdependência dos aspectos contrários. De fato, não existem em absoluto vínculos mortos e livres de contradição e transformação.

Ao defender a teoria da “inseparabilidade”, Yang Sien-chen perseguia objetivos políticos sumamente sinistros. Em 1956, quando a transformação socialista da propriedade dos meios de produção chegou ao apogeu na China, ele saiu a sermonear como um padre dizendo que para o proletariado e a burguesia “será proveitoso se unirem e prejudicial se separarem”. Isto provém do mesmo molde que as falácias propugnadas por Liu Shao-chi, tais como “a exploração (burguesa) tem méritos”. Revela cabalmente que todos esses tipos são fieis lacaios da burguesia.

A contradição entre o proletariado e a burguesia é, na essência, antagônica e inconciliável. Só pode ser resolvida por meio da revolução socialista. Como pontualizou o Presidente Mao em 1959, a luta de vida ou morte entre as duas grandes classes antagônicas – o proletariado e a burguesia – no período da revolução socialista

“continuará… pelo menos durante 20 anos mais e possivelmente até meio século. Em resumo, a luta cessará só quando desaparecerem completamente as classes”.

Por isso, neste período, a relação entre o proletariado e a burguesia é

“a ditadura do proletariado sobre a burguesia. Não pode haver nenhum outro tipo de relação”.

Nos terrenos político, econômico e cultural, o proletariado deve varrer a sujeira e o veneno da burguesia e demais classes exploradoras. O proletariado deve exercer a ditadura omnimoda sobre a burguesia na superestrutura, incluídos os diversos terrenos da cultura. Em certo sentido, perseverar na continuação da revolução sob a ditadura do proletariado significa que o proletariado se separa radicalmente da burguesia e demais classes exploradoras. Na batalha de vida ou morte entre o proletariado e a burguesia, como é possível “integrar dois em um”? Se “integrássemos dois em um” em relação com a burguesia, esqueceríamos as classes e a luta de classes e jogaríamos ao esquecimento a ditadura do proletariado,

“então não faltaria muito tempo, talvez uns quantos anos, ou uma década, ou várias décadas no máximo, para que se produzisse fatalmente uma restauração contrarrevolucionária em escala nacional, o partido marxista-leninista se transformasse em partido revisionista ou em partido fascista, e toda China mudaria de cor. Pensem, camaradas. Que situação perigosa seria essa!”.

O fato de Yang Sien-chen dedicar todas suas energias para propugnar que o proletariado e a burguesia devem “se integrar” e não “se separar” se destinava precisamente a tornar realidade o complô contrarrevolucionário de restaurar o capitalismo.

Refutação da teoria de que “a síntese significa ‘integrar dois em um’”

Yang Sien-chen e seus congêneres afirmaram que “a análise significa que ‘um se divide em dois’, enquanto a síntese significa ‘integrar dois em um’”. Isto não é só uma questão de sua ignorância da filosofia marxista; seu propósito real foi cortar a relação dialética entre a análise e a síntese e substituir a dialética materialista pela metafísica reacionária.

A filosofia marxista nos diz que a análise e a síntese são tanto uma lei objetiva das coisas como métodos com os quais os seres humanos as conhecem. A análise mostra a divisão de um todo em duas partes diferentes e a luta entre elas; a síntese indica como, mediante a luta entre si, um dos aspectos contrários supera, derrota e elimina o outro, como se resolve uma velha contradição e se produz uma nova, e como se liquida um coisa velha e triunfa outra nova. Em termos simples, síntese significa que um “devora” o outro. O curso do desenvolvimento da história é sempre assim: o revolucionário “devora” o reacionário e o correto “devora” o errôneo. Mas isto requer passar por uma série de lutas complicadas e tortuosas. Tal como o Presidente Mao destacou:

“As classes lutam, umas saem vitoriosas, outras ficam derrotadas. Assim é a história da civilização dos últimos milênios. Interpretar a história desde este ponto de vista é materialismo histórico; sustentar o ponto de vista oposto é idealismo histórico”(Abandonar as ilusões, preparar-se para a luta).

A história da civilização humana é a história da luta de classes, a história em que as classes revolucionárias derrotam e “devoram” as reacionárias. O imperialismo, o socialimperialismo e todos os demais sistemas de exploração terminarão por ser “devorados” pelo socialismo e o comunismo. Esta é uma lei objetiva independente da vontade da humanidade. Uma vez refletidos na mente das pessoas, tal análise e síntese objetivas requerem que analisemos concretamente o movimento dos contrários nas diversas coisas e, sobre a base desta análise, façamos uma síntese, indiquemos a natureza do problema e determinemos os métodos para resolvê-lo. Diferentes tipos de contradições são resolvidos por métodos distintos. Fica claríssimo que a análise e a síntese objetivos só residem em que “um se divide em dois” e não em “integrar dois em um”.

A análise e a síntese estão estreitamente relacionados. Há síntese na análise e análise na síntese. Como expressou Engels ao se referir à ciência química:

“A química, na qual a análise constitui a forma predominante de investigação, não é nada sem seu polo oposto: a síntese”(Dialética da natureza).

Negando a interrelação entre a análise e a síntese, Yang Sien-chen e seus semelhantes disseram que “a análise significa que “um se divide em dois”, enquanto a síntese significa “integrar dois em um”. Esta mercadoria é do mesmo tipo que o dualismo burguês apregoado por Trotsky: “Política, marxista: arte, burguesa”.

O Presidente Mao aponta em Sobre a contradição:

“Só quando Marx e Engels, os grandes protagonistas do movimento proletário, criaram a grande teoria do materialismo dialético e do materialismo histórico sintetizando todo o positivo na história do conhecimento humano e, em particular, assimilando criticamente os elementos racionais da dialética hegeliana, se produziu na história do conhecimento humano uma grande revolução sem precedentes”.

De forma extremamente profunda, o Presidente Mao expõe como os fundadores do marxismo analisaram e sintetizaram os logros na história do conhecimento humano. Marx e Engels não afirmaram nem negaram a dialética hegeliana em seu conjunto, senão que, dividindo um em dois, criticaram sua casca idealista e assimilaram seu núcleo racional. Tal análise e síntese encarnam plenamente o consequente espírito revolucionário proletário e a atitude científica que eles propugnavam sempre, e nos deram um brilhante exemplo a seguir.

O processo de resumir nossas experiências é também o processo de análise e síntese. Entregando-se a diversas lutas na prática social, a humanidade acumula ricas experiências, umas exitosas e outras não. Ao resumir as experiências, devemos distinguir o correto do errôneo, afirmar o primeiro e negar o segundo. Isto quer dizer que, sob o guia do marxismo-leninismo-pensamento Mao Tsetung, é preciso elaborar os ricos materiais do conhecimento sensorial adquiridos na prática,

“desprezando a casca para ficar com o grão, descartando o falso para conservar o verdadeiro, passando de um aspecto a outro e do externo ao interno” (Sobre a prática),

e elevar o conhecimento sensorial ao nível do conhecimento racional e dominar as leis internas das coisas. O movimento dos contrários – “um se divide em dois” – atravessa este processo desde o princípio até o fim. Com tal síntese de experiências somos capazes de persistir na verdade e corrigir nossos erros, “para extender a experiência proveitosa e extrair ensinamentos das falhas”.

Reacionária tendência do revisionismo internacional

A reacionária filosofia de “integrar dois em um” foi criada pelos renegados Liu Shao-chi, Yang Sien-chen e semelhantes? Não! Não é mais que uma variante, sob novas condições históricas, da teoria da “conciliação das contradições” dos velhos oportunistas e revisionistas.

Desde o nascimento do marxismo, os inimigos jurados do socialismo científico tem preconizado abertamente a reacionária teoria da “conciliação das contradições”. Proudhon declarou que queria “encontrar um princípio de conciliação” para acomodar as contradições da sociedade capitalista.Dühring disse absurdos tais como o mundo é “indivisível” e “não há contradições nas coisas”. Os cabecilhas reacionários da II Internacional tentaram em vão substituir a dialética revolucionária pelo evolucionismo vulgar e as doutrinas marxistas da luta de classes e a ditadura do proletariado pela teoria da “colaboração de classes”. Kautsky predicou que

“em uma sociedade não existem duas classes que não tenham interesses comuns, inclusive há interesses comuns entre os escravistas e os escravos”, e que “ existem realmente interesses comuns entre os capitalistas e os operários”.

Esses tipos, sem exceção alguma, não são mais que passageiros intrusos na história. Implacavelmente criticados e postos a descoberto por Marx, Engels e Lenin, revelaram sua repugnante catadura.

Depois da vitória da Revolução de Outubro, quando o povo soviético, sob a direção de Stalin, empreendeu a industrialização socialista e a coletivização agrícola, Deborin e cia se opuseram freneticamente à teoria de Lenin sobre a unidade dos contrários. Sustentaram que as contradições não aparecem no começo de um processo, senão quando este chega em seus desenvolvimento a uma etapa determinada, e que a solução das contradições significa “conciliação dos contrários”. Esta teoria da “conciliação das contradições” de Deborin foi uma manifestação, na filosofia, da teoria de Bukharin da “extinção da luta de classes”, que alegava que “o capitalismo crescerá de maneira pacífica até se converter em socialismo”. Tal reacionária filosofia para a restauração do capitalismo foi criticada severamente por Stalin. Mas o revisionismo contemporâneo ressuscitou e desenvolveu descaradamente a reacionária filosofia de Deborin. Tratando-a de salvadora, Kruschov clamou:

“O mundo é um todo e indivisível frente à ameaça de um desastre nuclear. Aqui todos somos seres humanos”.

Seus lacaios acadêmicos responderam dizendo que a lei da unidade dos contrários estava “passada de moda” e que a unidade havia se “convertido na fonte e força motriz que desempenhava um papel permanente no avanço da sociedade”. Descreveram sem vergonha esta renegada filosofia revisionista como “desenvolvimento criador do marxismo-leninismo”.

Ante à corrente adversa revisionista contra a filosofia marxista, o Presidente Mao, com o grande espírito proletário, sublinhou repetidas vezes o importante significado da difusão da dialética materialista. Assinalou:

“Queremos divulgar passo a passo a dialética e solicitar a todos que apreendam gradualmente o uso do método dialético científico”(discurso ante à Conferencia Nacional do Partido Comunista da China sobre o Trabalho de Propaganda).

Em 1957, em seu discurso pronunciado ante à Conferencia dos Partidos Comunistas e Operários em Moscou, o Presidente Mao expôs profundamente uma vez mais a dialética revolucionária de que um se divide em dois, assentando um duro golpe frontal à corrente adversa revisionista.

As experiências históricas do movimento comunista internacional provaram reiteradamente que, se um partido marxista-leninista não observa, analisa nem trata os problemas desde o ponto de vista do materialismo dialético e materialismo histórico, cometerá erros e degenerará politicamente. Posto que o revisionismo contemporâneo traiu por inteiro o materialismo dialético e o materialismo histórico, assim como a revolução proletária e a ditadura do proletariado, foi, como é natural, cada dia mais longe pelo caminho revisionista e degenerou em socialimperialismo.

Hoje, a teoria reacionária da “conciliação das contradições” se converteu em um instrumento de que se vale o socialimperialismo para reforçar sua ditadura fascista, impulsionar sua política de agressão e conspirar e lutar com o imperialismo ianque pela hegemonia do mundo. O socialimperialismo clama a altos brados por estabelecer uma “comunidade socialista” e “por os interesses comuns em primeiro lugar”. Isto é uma estéril tentativa de apagar a distinção que existe entre o agressor e a vítima da agressão, entre o explorador e o explorado, entre o que controla e o que é controlado. Querem que os povos trabalhadores dos países da comunidade” sacrifiquem seus interesses, abandonem sua independência e soberania e “se fundam” de todo na “entidade” da dominação colonial do socialimperialismo. Mas a teoria reacionária da “conciliação das contradições não pode salvá-lo em absoluto. As leis inerentes à dialética são independentes da vontade dos revisionistas. Na atualidade, os povos de todo o mundo e muitos países médios e pequenos se unem, lutam contra o hegemonismo das duas superpotências – o imperialismo ianque e o socialimperialismo soviético – e traçam uma clara linha de demarcação entre eles e estas últimas. Isto se converteu em uma irresistível corrente histórica. A dialética revolucionária lança raízes cada vez mais profundas no coração das pessoas e é assimilada por um número crescente de partidos marxista-leninistas e de revolucionários que a utilizam como arma afiada para fazer a revolução. Enquanto integrarem a verdade universal do marxismo-leninismo com a prática do movimento revolucionário em seus respectivos países, os povos revolucionários de todos os países derrotarão o velho mundo e lograrão a vitória final da revolução proletária mundial.