Discurso da Camarada Jiang Qing em um comício das massas revolucionárias de Pequim

Nota do blog: Jiang Qing fora dirigente comunista e revolucionária, para além, uma das principais lideranças da Grande Revolução Cultural Proletária e o quadro mais avançado da linha proletária do PC da China pós-Mao, além de ser esposa do Presidente Mao. Jiang Qing tinha estreitas relações com as Guardas Vermelhas e seus combatentes. Inúmeras vezes, reunia-se com os Guardas nas ruas, locais públicos e semelhantes, os criticava, incentivava-os e lhes dava sugestões, ideias, enfim, buscava sempre se unir politicamente aos Guardas. Foi de inestimável importância durante a Revolução Cultural e poderia ter ido além se a linha proletária não tivesse sido golpeada e o estado e Partido chineses usurpados pelos revisionistas com a morte do Presidente Mao. Demonizada pelos revisionistas como “bruxa” nos artigos e matérias oficiais chineses, foi sentenciada a pena capital, posteriormente transformada em prisão perpétua. Morreu em 1991 com chuva de fogos de artifício pelos revisionistas, tendo até comemorado sua morte nos órgãos oficiais. Sua obra vive e seu legado, igualmente. Este texto é, portanto, uma demonstração da — já citada anteriormente — importância da camarada Jiang Qing durante a GRCP e sua ligação com os Guardas Vermelhos. Traduzido pela colaboração do Blog, inédito em português.

Jiang Qing e Mao Tsetung.


Publicado originalmente no periódico Pequim Informa, 
Nº. 37 (18 de setembro) de 1968, pág. 8.


Apenas nesta manhã me inteirei do plano de convocar esse grandioso comício em celebração ao estabelecimento de comitês revolucionários em todas as províncias, municípios e regiões autônomas da China (com exceção de Taiwan). Me disseram há pouco tempo que deveria pronunciar algumas palavras aqui.

Camaradas revolucionários proletários, dirigentes e combatentes do Exército Popular de Libertação, jovens combatentes da Guarda Vermelha, saúdo a Grande Revolução Cultural Proletária!
Aprendo com vocês, camaradas! Saúdo vocês, camaradas!

Não encontro palavras para expressar a alegria que toma meu coração.

Relembrando a Grande Revolução Cultural Proletária nos dois anos que se passaram, vemos quantas tempestades atravessamos. Seguindo o nosso grande líder, o Presidente Mao, e avançando valentemente, destruímos de forma completa e definitiva a linha revisionista e contrarrevolucionária encabeçada pelo Krushev chinês do Partido.

Não devemos esquecer que a juventude revolucionária e os jovens combatentes da Guarda Vermelha realizaram grandes façanhas nas etapas iniciais e médias da Revolução.

Um pequeno número de jovens combatentes cometeu erros de diversos tipos. Temos o dever de ajuda-los e corrigi-los. É muito ridículo que haja luta pelo uso da força em algumas entidades. Isto é, naturalmente, um coisa ruim, pois eles estão divorciados das massas, incluindo as massas dessas entidades. Não é algo positivo e nós nos opomos a isto. Mas, uma coisa negativa pode se transformar em uma coisa positiva, isto é, se aprenderam as lições, os jovens combatentes se modificaram e os inimigos foram desmascarados.

Sob o comando do nosso grande líder, o Presidente Mao, a classe operária, a principal força, avançou, no 27 de julho, à etapa da luta, crítica e transformação da superestrutura. O Exército Popular de Libertação lhe dá sustentação. Os jovens combatentes da Guarda Vermelha, todos os professores, empregados e trabalhadores que querem realizar a revolução, devem dar boas-vindas a esse ato da classe operária e aceitar sua direção. Não permitimos que os elementos nocivos, mesmo que em número reduzido, coloquem-nos obstáculos. Devemos nos livrar desses elementos perniciosos que sabotam a luta, a crítica e a transformação.

Porém, sendo a classe dirigente, a classe operária deve realizar um bom trabalho na proteção dos jovens combatentes da Guarda Vermelha, deve ajuda-los e educa-los. Por conseguinte, também sugiro que estudem conscientemente a nota da redação da revista Hongqi, que apareceu na Renmin Ribao do dia 5 deste mês.¹ Esta nota representa a voz do nosso grande líder: o Presidente Mao.

Temos, ainda, uma grande quantidade de trabalho adiante, uma efetiva grande quantidade de trabalho: a luta, a crítica e a transformação, a retificação e a construção do Partido, a depuração nas fileiras da classe. Enfrentamos muitas coisas que ainda não conhecemos. Portanto, devemos seguir o ensinamento do Presidente Mao de nos prevenir contra a presunção e precipitação, hastear bem alto a grande bandeira vermelha do pensamento Mao Tsé-tung e avançar triunfalmente!

Concluo minhas palavras aqui.

“Aprenda com o porta-estandarte valente da Grande Revolução Cultural,
camarada Jiang Qing, e pagar-lhe respeito!”

¹ Tanto “Hongqi” como “Renmin Ribao” são revistas e órgãos oficiais do Partido Comunista da China.